Crítica | Elle

O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não. Baseado na obra do escritor Philippe Djian, o novo trabalho do ótimo cineasta holandês Paul Verhoeven  (RoboCop – O Policial do Futuro, Instinto Selvagem, Zwartboek) , Elle, que concorreu à Palma de Ouro em Cannes esse ano, é uma jornada, um tanto quanto psicológica, que coloca em discussão o medo e a frieza em lados apostos.

Protagonizado pela sempre extraordinária atriz francesa Isabelle Huppert (que mais uma vez dá um espetáculo em cena), e um elenco pra lá de primeira, o longa metragem pode ser considerado um grande quebra cabeça onde vamos montando as peças do roteiro e pela lente inteligente, totalmente presa aos detalhes, de Verhoeven.

Na trama, conhecemos a fria e solitária empresária do mundo dos games Michèle Leblanc (Isabelle Huppert), uma mulher de personalidade que possui um único filho, totalmente diferente dela. Certo dia, após deixar um gato entrar em sua casa, um homem mascarado aproveita a situação e a violenta. Tentando lidar com o ocorrido, Michèle se cala, não vai à polícia e conta para poucas pessoas o ocorrido mas começa a ligar o alerta e desconfiar de que o seu estuprador é alguém que ela conhece.

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Ao longo dos intensos 130 minutos de projeção, Verhoeven joga o público em uma trama recheada de pequenos segredos que sempre circula em um tom de suspense.

Às vezes filmes de suspense, às vezes um drama, às vezes uma história de sedução. Elle pode ser visto por várias óticas. Verhoeven apresenta seu melhor, a todo tempo esperamos o desenrolar dos fatos na cena seguinte, são 130 minutos de projeção que nem vemos o tempo passar. Huppert desfila mais uma vez para o coração dos cinéfilos, uma atuação magistral em uma personagem cheia de complexidade e imperfeições.

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