quinta-feira, março 28, 2024

Crítica | LUKE CAGE – 2ª Temporada

Quando a primeira temporada de Luke Cage chegou à Netflix, muito se esperava dela. Mas a expectativa não foi condizente com a realidade e o resultado foi um material frustrante, por assim dizer. Não por ser ruim, mas por apresentar um potencial grandioso sem nunca alcançá-lo, no entanto.

“Foguete Molhado” é um termo utilizado no futebol para descrever um jogador de sucesso nas categorias de base, mas que nunca conseguiu mostrar aquele seu jogo vistoso no time principal. É isso que essas duas temporadas do herói blindado são: um grande foguete molhado!

Ela repete os mesmos erros e acertos da season anterior. Ou seja, há um vilão extremamente carismático e bem interpretado, o jamaicano John ‘Bushmaster’ McIver (Mustafa Shakir) – que é basicamente um Luke do Mal – e outros dois malfeitores que estão ali apenas para o herói ter a quem enfrentar. O ritmo é tão maçante quanto a da série original e a indecisão entre seguir um rumo voltado às reflexões morais e sociais de ser um herói negro no Harlem ou cair para o combo ação + humor, característica da Marvel nos cinemas, é irritante.

Outro ponto que PRECISAMOS abordar é a duração das temporadas. Defensores, que foi a junção dos heróis no streaming, teve oito episódios. Pela quantidade de personagens, esperava-se algo em torno de 13 episódios, tais quais as séries solo de cada Defensor. No final, deu a sensação de falta de tempo. Luke Cage (1 e 2), Punho de Ferro, O Justiceiro e Jessica Jones (temporada 2) sofreram efeito oposto. 13 episódios para esses personagens separados tem sido MUITO! Tá na hora da Netflix repensar esse formato, porque o público vem sentindo dificuldade para terminar alguns seriados. Oito episódios parecem ser o ideal!

Com 13 infindáveis episódios, a segunda temporada de Luke Cage começa no nada e te leva a lugar nenhum. Ela tem bons momentos, principalmente quando aparece outro herói das séries e eles encenam uma célebre dinâmica dos quadrinhos, mas não consegue se sustentar ou ao menos se mostrar interessante. Falta coragem e poder de decisão aos Showrunners. Caso seja renovada para uma terceira temporada, espero que alcance seu verdadeiro potencial. Senão, ela continuará uma eterna promessa. Um foguete molhado.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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