Crítica | Mentes Sombrias – X-Men para jovens adultos

Após o sucesso fenomenal da saga ‘Jogos Vorazes‘, que arrecadou US$ 1,5 bilhão com quatro filmes, as adaptações de livros para jovens adultos sobre futuro distópico viraram febre em Hollywood. Tivemos ‘Divergente‘, ‘Maze Runner‘, ‘A 5a Onda‘, entre vários outros exemplos.

Com o subgênero saturado, alguns estúdios ainda apostam alto para tentar recuperar o público que lotava os cinemas para ver jovens tentando sobreviver em um futuro sombrio.

Mentes Sombrias‘ é a mais nova tentativa. Primeira obra da trilogia da escritora Alexandra Bracken, a trama pode ser descrita como ‘Jogos Vorazes‘ encontra ‘X-Men‘.

mentes sombrias

Em uma América pós-apocalíptica, 98% das crianças foram erradicadas devido a uma terrível doença e os 2% que restaram desenvolveram poder sobre-humanos. Estas super-crianças remanescentes são colocadas em campos de internação do governo para a segurança da população e delas mesmas.

As crianças são divididas em cores, que simbolizam seus superpoderes. Verde: As crianças que adquirem inteligência como poder; Azul são as que possuem poderes de telecinese; Amarelo dominam eletricidade; As Laranja têm o poder de controlar a mente. Os Vermelhos são os mais poderosos, e podem controlar praticamente tudo, inclusíve o fogo.

Nesse cenário, conhecemos Ruby (Amandla Stenberg), uma garota de 16 anos que consegue escapar do campo e se junta a um grupo de adolescentes super poderosos para criar uma resistência.

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O roteiro escrito por Chad Hodge consegue criar personalidade para os protagonistas, mas falha em tentar explicar todos os acontecimentos do livro. Nunca fica claro porque os pais abriram mão de seus filhos, que foram presos pelo governo. Ele até tenta criar uma explicação, mas nada plausível.

Não deixe de assistir:

A história parece uma reciclagem de TODAS as adaptações de ficção científica para jovens adultos: temos a protagonista altruísta, lutando por uma causa, se apaixonando por um garoto, depois se apaixonando por outro garoto e formando um triangulo amoroso (algo que parece ser imprescindível para histórias do gênero, já que todas têm).

A diretora Jennifer Yuh Nelson, que só tinha comandado as animações ‘Kung Fu Panda 2 e 3‘, estreia em seu primeiro filme live-action e demonstra um certo talento, com cenas muito bem realizadas na maioria do filme. Porém, é visível que se trata de uma diretora novata em outros momentos, que confundem o espectador.

O que salva ‘Mentes Sombrias‘ é seu elenco. A jovem Amandla Stenberg, que já havia interpretado Rue em ‘Jogos Vorazes‘, demonstra uma grande talento para as cenas dramáticas e consegue emocionar o público durante sua triste jornada, além de se revelar uma ótima atriz também nas cenas de ação.

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Mandy Moore (‘This is Us’) está bem e faz o melhor que pode com sua personagem, que aparece e some diversas vezes ao longo do filme. O elenco de apoio também é ótimo, com destaque para o fofo Harris Dickinson como Liam, o interesse romântico da protagonista; Skylan Brooks como o divertido alívio cômico Chubs; e Miya Cech como a fofíssima Zu, que rouba nosso coração mesmo tendo poucas falas.

Mentes Sombrias‘ reúne tudo aquilo que fez sucesso nas adaptações de futuro distópico, bate no liquidificador e entrega um filme que deve agradar aos fãs do subgênero, principalmente os jovens adultos. É um ‘X-Men‘ soft-core, com boas cenas de ação e jovens atores brilhando em seus papeis. Uma boa pedida para quem quer desligar o cérebro por duas horas e apenas se divertir…

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Assista a crítica em vídeo:

 

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