quinta-feira, abril 25, 2024

Em Ritmo de Fuga (Baby Driver) – o som e a fúria

Por Adriana Cruxen

Baby Driver (Em Ritmo de Fuga) é aquele filme de amor disfarçado de thriller onde a música é protagonista e dita o timing de todas as cenas. É como se estivéssemos assistindo a um videoclipe de tirar o fôlego do início ao fim. Com elenco interessante e história cativante, o longa tem tudo para ser um dos maiores acertos da carreira do diretor, roteirista e aficionado por música, Edgar Wright.

Leia nossa crítica de ‘Em Ritmo de Fuga’

O mocinho, apelidado “Baby”, é o motorista de fuga vivido pelo astro teen Ansel Elgort, que utiliza a música para se livrar de um zumbido nos ouvidos, resultado de um acidente de carro que o deixou órfão na infância e com isso cria um mundo musical à parte. Seu par romântico é a garçonete Deborah (Lily James), que também tem alma musical e sonha cair na estrada em direção ao oeste “em um carro que não pode pagar, com um plano que não têm”.

A cena inicial do filme, definitivamente memorável, foi tirada do clipe da banda inglesa “Mint Royale – Blue Song“, (clipe que foi dirigido pelo próprio Wright em 2003) acrescida da barulhenta música “Bellbotoms“, do trio nova-iorquino The Jon Spencer Blues Explosion, presente no disco “Orange” (1994), no qual o diretor é fã de carteirinha.

Assista nossa rapidinha com Ansel Elgort

Wright falou em entrevista ao site “Fast Company” que se considera muito parecido com o protagonista e sempre utiliza canções para cada momento de sua vida – assim como Baby – que tem um iPod para cada diferente tipo de humor. E assim a trama segue orquestrada: para cada cena, uma música. Tem Queen, Beck, The Champs, Beach Boys, Barry White, canções incríveis para as sequências de ação, romance, humor e violência.

Curiosidades: a cantora de indie pop Sky Ferreira interpreta a mãe de Baby (que sonhava em ser cantora). Ela também está na trilha sonora oficial do filme com uma versão para Easy (The Commodores), música que já foi regravada por meio mundo musical, mas que é especialmente linda na voz de Lionel Richie mesmo, quem a compôs.

Assista nossa crítica em vídeo de ‘Em Ritmo de Fuga’

Não deixe de assistir:

A escolha de “Easy” foi feita por acaso. Na audição para o filme, o diretor perguntou para Ansel se ele sabia alguma música de cor e o astro respondeu “Easy“. Foi uma identificação instantânea com Wright, que também ama essa canção e a tinha em sua playlist na hora do teste. Então Ansel fez a cena dublando a música dos Commodores perfeitamente.

Assista nossa entrevista com Edgar Wright, Ansel Elgort e Jon Hamm

O diretor adicionou ao script essa canção, que significava algo para Ansel e transformou em significante também para Baby, seu personagem. Quando ele lembra de sua mãe cantando Easy é como se todos os problemas fossem embora e tudo ficasse bem. Se eu fosse você não perderia este filme! Em cartaz nas principais salas de cinema do Brasil.

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