sexta-feira, abril 19, 2024

Listamos os Motivos que fazem ‘Deadpool’ ser um fenômeno

Deadpool 2‘ tem estreia agendada no Brasil para o dia 17 de maio e há uma grande expectativa para assistir à história estrelada por Ryan Reynolds no papel do mercenário tagarela. A ansiedade é justificável, afinal o primeiro filme, lançado em 2016, foi um sucesso de público e crítica com uma arrecadação de 783 milhões de dólares, um número impressionante para uma obra cinematográfica com classificação etária de 18 anos.

Há vários motivos para que Deadpool tenha sido este sucesso estrondoso. Alguns são óbvios, como os totais méritos ao diretor Tim Miller (que foi substituído por David Leitch na continuação), ao casamento perfeito entre Ryan Reynolds e o personagem e ao roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick. Eles fizeram um trabalho excelente junto à Fox para que o anti-herói ficasse rapidamente marcado e querido por muitos. A febre Deadpool pode ser dissecada por inúmeros fatores, tais como:

– Marketing de alto nível


Deadpool é um show de referências. Não somente a filmes de heróis como à Cultura Pop em geral. Músicas, programas, artistas… o material de divulgação abraça firme o deboche – que também pode ser visto como homenagem – a pessoas e/ou momentos marcantes. Isso passa uma ideia de que Deadpool é como qualquer pessoa que vive em nosso mundo, não um personagem fictício de um filme.

– Ryan Reynolds e exploração de fracassos recentes

Tal qual Robert Downey Jr parece ter nascido para viver o Homem de Ferro, Ryan Reynolds e Deadpool passam a ideia de que são um só ser, não ator e personagem. Deadpool é um acerto tão grande que dá liberdade a “zoar” momentos não tão glamorosos de Reynolds vivendo Lanterna Verde e sendo o próprio Deadpool em X-Men Origens: Wolverine, porém com uma caracterização completamente diferente. Em ambos, filmes execrados pela crítica e pelo público. Ao assistir ao filme e aos vídeos de divulgação, nota-se o quanto o ator se sente à vontade vivendo o personagem. Aliás, Ryan Reynolds talvez seja o grande responsável pela obra cinematográfica chegar às telas. Ele foi a pessoa que mais tentou convencer o estúdio, que não aparentava estar muito motivado a investir no anti-herói.

– Autoconsciência

Não deixe de assistir:

O termo “quarta parede” ficou mais comum após o lançamento do primeiro filme de Deadpool. Tal qual ocorre nas HQ’s, o personagem tem consciência de que está em uma história, fala com o público, narra o que se passa naquele momento e até arrisca ser o diretor de áudio, pedindo para iniciar as canções. O tom despretensioso gera uma leveza e causa um efeito cômico muito forte.

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– Deadpool fala tudo o que (o público) pensa


A Fox é detentora não só de Deadpool, como também do X-Men. O universo dos mutantes é confuso e a linha do tempo dá um nó na cabeça de muitas pessoas. Por ser responsável tanto pelas produções dos mutantes quanto do Mercenário Tagarela, ver o personagem de Ryan Reynolds fazer uma piada com a timeline dos X-Men pegou todos de surpresa e mostrou que Deadpool está acima de tudo, é a voz do público sobre as obras cinematográficas do universo dos super-heróis e isso não se limita apenas aos projetos da Fox. Para Deadpool 2, já houve um teaser com uma referência clássica a Superman, além de citar o trabalho de Josh Brolin como Thanos nos filmes da Marvel Studios e falar sobre o tom sombrio do Universo DC no último trailer divulgado.

– Pouco parâmetro em outras mídias

Deadpool não passa por um “problema” que super-heróis e grupos como, por exemplo, Superman, Batman, Homem Aranha e X-Men sofrem. Ao contrário dos citados, o anti-herói não tem muitas décadas de existência e arcos memoráveis nos quadrinhos. Desta forma, há poucas comparações ao material fonte a serem feitas e assim menos reclamações dos fãs mais puristas sobre a adaptação cinematográfica. Assim, há uma maior liberdade ao produzir o filme. Muitos não sabem, mas, apesar de Deadpool nos últimos anos ser marcado por ser totalmente louco e piadista, no início de sua existência tinha uma personalidade – ainda engraçada – porém mais sóbria. Por até então não ser um personagem popular e sua história ser desconhecida para o público geral, o filme funciona totalmente de modo independente, sem necessariamente precisar ficar preso ao que ocorreu nos quadrinhos.

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– Filmes de Super-Heróis no geral

Deadpool perderia muita força se não tivesse os filmes de heróis como pseudoinspirações. É graças a todo o material de produções como, principalmente, o Universo Marvel e DC nos cinemas que o filme da Fox pôde explorar e fazer todo o deboche necessário para o mercenário. Assim, foi possível parodiar todos os clichês de produções do gênero como discursos motivacionais – feito por Colossus – diversas piadas, referências ao Wolverine de Hugh Jackman e o tão famoso e adorado Superhero landing, o método não tão eficiente (embora estiloso) de pouso dos super-heróis. Para haver deboche, é preciso de alguma comparação a usar. Os filmes de heróis servem para isso em Deadpool.

 

– Atrai públicos de todos os tipos

Muito se fala que filme de herói é tudo igual e citam a “fórmula Marvel” de modo pejorativo devido ao padrão estrutural das produções do referido estúdio. Deadpool teve uma linha narrativa totalmente diferente do habitual e sua linguagem se aproximou muito do público médio, sem assim haver a necessidade de ser um nerd para entender o que se passa na história. Deste modo, o filme atraía aqueles que são fãs de heróis, pois estes conseguiriam aproveitar todas as referências, mas também funcionou para o público comum, que compreendeu e absorveu bem o filme mesmo sem pegar todas as inspirações de determinadas cenas. Além disso, é uma mistura de ação e comédia. Perfeita para despertar o interesse geral. Isso sem falar de ser um filme de classificação etária de 18 anos (nos EUA, 16), deixando assim o tom menos bobo e podendo explorar o sangue e os palavrões, porém passando longe de ser apelativo. Assim como os filmes de Tarantino, o sangue pode ser visto até como algo caricato e leve, agradando assim aos adultos e aos jovens. Tudo inserido de modo cirúrgico.

 

–  Tom do filme

Esqueça as trilhas épicas e motivacionais. Nada de orquestras de John Williams. Deadpool tem um tom urbano, de rap e hip/hop. É um filme com personalidade forte e única, muito diferente dos demais. Outro ponto é que o mundo não está à beira do caos, a trama do primeiro filme não envolve o perigo de uma cidade ou um país ser destruído. As proporções de destruição são pequenas e as motivações do protagonista são passionais e egoístas, longe de seguir a clássica jornada do herói. Mesmo com um drama por trás do personagem, a história segue num tom divertido e de ação e fala uma linguagem menos messiânica.

Deadpool foi uma febre e a tendência é que o segundo filme faça um sucesso no mínimo tão grande quanto. Passada a onde Vingadores, a próxima produção a causar ansiedade no público é a continuação da história de Wade Wilson. Pelo material de divulgação, é possível notar que muitos elementos do primeiro filme foram mantidos e outros foram inseridos. A espera acabou. Deadpool está de volta.

 

 

 

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