segunda-feira, março 18, 2024

Polêmica! Martin Scorsese DETONA o Rotten Tomatoes e defende ‘Mãe!’

O aclamado cineasta Martin Scorsese saiu em defesa do cult ‘Mãe!’ e de seu diretor, Darren Aronofsky, em um artigo recente assinado por ele para o site The Hollywood Reporter.

Na publicação, o responsável por clássicos como ‘Touro Indomável’, ‘Os Infiltrados’ e ‘Taxi Driver’ fez duras críticas aos sites Rotten Tomatoes e Cinemascore, alegando que ambos são um desserviço como termômetros cinematográficos, não possuindo qualquer base empírica sobre a técnica na produção de filmes e a história do cinema.

Um dos aspectos mais criticados do Cinemascore foi a metodologia de avaliação da produção, que recebeu a pior nota no portal. De acordo com Scorsese, a avaliação provém de um desejo inflamado de algumas audiências em prejudicar um filme, simplesmente pelo fato de ele não conter uma narrativa simplista e padrão.

Diz ele:

“Muitos parecem se divertir com o fato de ‘Mãe!’ ter recebido uma nota F do Cinemascore. Isso acabou se tornando uma matéria. O filme foi esculachado pela pavorosa classificação F, um distinção terrível compartilhada com produções dirigidas por Robert Altman, Jane Campion, William Friedkin e Steven Soderbergh. Depois que tive a oportunidade de assistir ‘Mãe!’, eu fiquei ainda mais horrorizado por essa pressa em fazer julgamentos. As pessoas parecem estar atrás de sangue, simplesmente porque não pôde ser facilmente definido ou interpretado ou reduzido para uma descrição de duas palavras. É um filme de terror ou uma comédia sombria ou uma alegoria bíblica ou uma fábula admonitória sobre moral e a devastação do meio ambiente? Talvez um pouco de tudo isso, mas certamente não apenas uma dessas nítidas categorias”.

Scorsese foi além em seu artigo, abordando com propriedade as especificidades técnicas da produção, enaltecendo o talento de Aronofsky e sua paixão pela sétima arte:

“É uma obra que precisa ser explicada? Que tal a experiência de assistir ‘Mãe!’? Foi tão tangível, tão lindamente encenado, com uma câmera subjetiva e o ponto de vista através de ângulos reversos, sempre em movimento…o design de som, que vem ao público pelas extremidades e te profundamente para dentro do pesadelo…o desdobrar da trama, que gradativamente se torna cada vez mais inquietante à medida que o filme caminha adiante. O horror, a comédia sombria, os elementos bíblicos, a fábula admonitória. Está tudo lá, mas eles são aspectos que formam uma experiência total, que engolfa os personagens e a audiência com eles. Apenas um cineasta realmente apaixonado poderia ter feito este filme, cujo o qual eu ainda estou experienciando mesmo após semanas desde que o assisti”.

Quanto ao Rotten Tomatoes, o cineasta foi clínico em chamar até o título do portal de ofensivo, pontuando que o trabalho desenvolvido nada tem a ver com o trabalho de um crítico genuíno:

“Rotten Tomatoes não tem nada a ver com o verdadeiro trabalho de crítica. Eles avaliam um filme do mesmo jeito que você avalia um cavalo na pista de corrida ou um restaurante no guia Zagat ou um eletrodoméstico no Consumers Report. Eles tem tudo a ver com o ramo dos cinemas e absolutamente nada a ver com a criação ou a perspectiva inteligente de assistir um filme. O cineasta é reduzido a um fabricante de conteúdo e o espectador a um consumidor nada aventureiro”.

Scorsese fortaleceu seu argumento, salientando que sites como o Cinemascore e Rotten Tomatoes comprometem o minucioso trabalho de cineastas:

“Essas ‘empresas’ e agregadores estabeleceram um tom hostil para cineastas sérios e até mesmo o nome Rotten Tomatoes é ofensivo. E à medida as críticas de filmes feitas por pessoas engajadas e realmente apaixonadas com conhecimento genuíno da história do cinema acabam perdendo espaço, me parece que há cada um número cada vez maior de vozes mundo afora dispostas a fazer o puro julgamento sem propriedade, pessoas que parecem ter prazer em ver filmes e diretores sendo rejeitados, ignorados e em alguns casos, até mesmo destruídos completamente. Nada diferente do desespero crescente e da sede por sangue daquela multidão do final do filme de Darren Aronofsky, ‘Mãe!’”.

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