sexta-feira, abril 19, 2024

20 Continuações que Completam 30 Anos em 2020

Essa matéria é para aqueles que acham que as intermináveis continuações e franquias são artifícios utilizados pelos grandes estúdios apenas na atualidade. O desejo pelo sucesso financeiro e por manter uma indústria ativa e muito aquecida caminha lado a lado com a criação da sétima arte em si. Adaptações de livros clássicos e seus personagens fictícios, como Tarzan, criação de Edgar Rice Burroughs, ou reais, como Robin Hood, foram alguns dos primeiros filmes de entretenimento do cinema.

Nos anos 1970, com o advento do primeiro blockbuster da história, Tubarão, a ideia seria catapultada e nunca mais freada, gerando um segmento extremamente lucrativo que dura até hoje com bilionárias franquias. Mas as sequências de produções cinematográficas ainda precedem a era dos blockbusters, é só olharmos para cine séries como 007 (iniciada em 1962, e que ao final de tal década já tinha seis filmes) e A Pantera Cor de Rosa (iniciada em 1963).

Toda esta apresentação é apenas para contextualizar e apresentar nossa nova matéria. Voltando trinta anos no passado, o ano de 1990 é um dos mais lembrados por suas inúmeras continuações. Mas não apenas isso, essas são continuações de franquias famosas, que marcaram seu nome na história do cinema ou ao menos da década em que produziram suas obras originais. Sendo assim, o CinePOP relembra para você as 20 Continuações que Completam 30 Anos em 2020. Vamos conhecer.

O Poderoso Chefão – Parte III

Terceira parte da famosa e prestigiada trilogia de máfia criada por Mario Puzzo e dirigida por Francis Ford Coppola. Este terceiro filme é o menos adorado dos três, mas nem por isso menos celebrado pelos fãs, e ainda assim um dos mais importantes do gênero de crime – indicado ao Oscar de melhor filme, diretor e mais cinco prêmios.

Desta vez, Michael (Pacino), já bem mais velho, tenta legitimar os negócios da família, ligando suas finanças com o Vaticano. Um dos pontos mais criticados é a presença de Sofia Coppola, filha do diretor, num papel importante: a herdeira dos Corleone, filha do protagonista. As habilidades de atuação da hoje famosa diretora deixam a desejar.

De Volta para o Futuro III

Outro encerramento de uma adorada trilogia, as partes 2 e 3 de De Volta para o Futuro foram gravadas de forma simultânea e lançadas com menos de um ano de intervalo. Apesar do sucesso, o terceiro filme foi o que menos arrecadou em bilheteria. Na trama, continuação direta do anterior, Doc Brown (Christopher Lloyd) vai parar acidentalmente no velho oeste, e Marty (Michael J. Fox) arruma um jeito de ir atrás dele resgatá-lo. O filme se passa inteiramente em tal cenário, se comportando quase como um western. Um dos pontos positivos é a introdução da professora Clara Clayton (papel de Mary Steenburgen), interesse amoroso do velho cientista.

Duro de Matar 2

Não deixe de assistir:

O primeiro Duro de Matar (1988) revolucionou o cinema de ação dos anos 1980 ao apresentar o herói mais humano e falho da época. Assim, é claro que a Fox não iria perder tempo em confeccionar uma sequência, mesmo que a história não necessariamente pedisse. Mudando o diretor e o cenário dos arranha-céus de Los Angeles para um aeroporto em Washington, o roteiro é baseado no livro 58 Minutes, de Walter Wager. Duro de Matar 2 é tido por muitos como tão interessante quanto seu predecessor.

Troll 2

Calma, esta não é a sequência da famosa animação de 2016 sobre os bonecos descabelados, prometida para este ano. Trata-se de uma continuação que é considerada um dos piores filmes já produzidos na história do cinema. E sendo assim, é claro que não a deixaríamos de fora da lista. Troll – O Mundo do Espanto (1986) é um filme tipicamente saído dos anos 1980, que fala sobre um duende (ou troll) vindo parar num condomínio de San Francisco a fim de adquirir forma humana. O mais inusitado é que este terrir tem no elenco ninguém menos do que Julia Louis-Dreyfus, conhecida por seus personagens em séries cômicas prestigiadas como Seinfeld e Veep.

A continuação saiu quatro anos depois e automaticamente se tornou um prazer culposo cult, destas prontas para serem consumidas ao lado de amigos e muita bebida, com o propósito único de boas gargalhadas. As atuações são atrozes, fazendo Troll 2 ser muito comparado a The Room (2003), neoclássico trash de Tommy Wiseau – com diálogos que já viraram memes.

Robocop 2

Ao contrário de outros filmes de ação, Robocop – O Policial do Futuro (1987), de Paul Verhoeven, parece ter sido criado para virar febre e enlouquecer os jovens dos anos 1980. Tudo no filme grita status de culto, em especial o design do policial robô. Foi como o nascimento de um novo super-herói, mesmo com a censura alta para maiores: cenas violentíssimas, muitos palavrões e momentos traumatizantes. Bonecos e desenho animado foram produzidos, e claro que uma sequência também saiu do papel. Desta vez, a trama tem ainda mais elementos típicos de uma HQ, com a presença do papa Frank Miller criando a história e roteiro.

Na trama, uma nova droga (injetada no pescoço) assola a Detroit do futuro. O traficante responsável por sua criação e distribuição morre num confronto, e uma criança assume em seu lugar. A mesma empresa que criou o protagonista deseja uma nova máquina de combate ao crime, desta vez mais humana, e usa o cérebro de tal criminoso para seu novo robô.

Rocky V

Depois de duas grandes lutas contra Apollo Creed, e de derrotar Clubber Lang e Ivan Drago, Sylvester Stallone decidia levar a história de seu personagem mais humano de volta às origens. Para isso, foi escalado o diretor Oscarizado do original, John G. Avildsen. Na trama, escrita pelo próprio protagonista, Rocky não pode mais lutar, sendo assim se torna treinador de um jovem no qual o campeão vê muito de si. Tommy Gunn, o novo lutador, no entanto, trai a confiança do mentor, resultando numa luta de rua no clímax. O resultado amargo do quinto Rocky fez com que Stallone retornasse para mais um filme 16 anos depois, antes dos derivados de Creed.

Três Solteirões e uma Pequena Dama

Muitos podem não saber, mas o clássico cômico oitentista Três Solteirões e um Bebê (1987) é a refilmagem do francês 3 Homens e um Bebê (1985). Além de ficar famoso por conter o espírito de um garoto em uma de suas cenas, o longa foi um sucesso e gerou uma continuação três anos depois. Assim, Tom Selleck, Steven Guttenberg e Ted Danson retornavam para a continuação Três Solteirões e uma Pequena Dama, precisando agora lidar com a infância da pequena Mary e a mudança de cenário dos EUA para Londres.

Predador 2 – A Caçada Continua

Assim como Robocop, o personagem Predador (em especial seu design) se tornou icônico, transcendendo o resultado de tais filmes. O sucesso financeiro do primeiro filme obviamente ajudou, e colocou no radar da cultura pop o alienígena caçador de homens com cara de crustáceo. Mas como contornar a ausência do astro Arnold Schwarzenegger e do diretor John McTiernan, que não aceitaram retornar? Simples, a Fox logo confeccionou uma mudança de cenário, para a selva urbana de Los Angeles no “futuro”. Danny Glover, saído do sucesso de Máquina Mortífera 1 e 2 estrelou e a direção ficou com Stephen Hopkins (A Hora do Pesadelo 5). Ficar sem continuação é que o estúdio não iria. Uma terceira parte, no entanto, nunca ocorreria, a opção sendo dois reboots e dois derivados para a franquia.

Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus

Os anos 1980 foram uma fase difícil para as animações da Disney. Quase não dá para imaginar isso nos dias de hoje. Mas os 80’s foram uma época em que as produções do estúdio não se encontravam em seu auge de popularidade e alguns de seus maiores sucessos eram, ou ao menos em partes, obras live-action. Assim, o estúdio amargava os lançamentos de O Cão e a Raposa (1981), O Caldeirão Mágico (1985), As Peripécias do Ratinho Detetive (1986) e Oliver e sua Turma (1988), filmes esquecíveis que não atingiram o esperado, e que muitos sequer conhecem.

Foi só com o lançamento de A Pequena Sereia (1989) no fim da década que as animações da Disney fariam as pazes com o sucesso. Dando sequência, no ano seguinte a Disney resolveu lançar a continuação de uma de suas animações cultuadas dos anos 1970, Bernardo e Bianca (1977), sobre dois ratinhos membros de uma agência de resgate. Nesta continuação, a dupla de ratinhos parte para a Austrália, na missão de resgatar um menino e uma águia.

O Exorcista III

Deixando um pouco de lado a história da personagem principal dos filmes anteriores, a jovem duplamente possuída Regan (Linda Blair), o terceiro filme da franquia de terror sobrenatural opta por uma trama envolvendo um serial killer que volta do além. Dirigido por William Peter Blatty, o autor do livro original, que também assina o roteiro aqui, a ideia desta vez acompanha um detetive (papel do vencedor do Oscar George C. Scott) investigando os crimes do psicopata conhecido como Gemini (não, não é Will Smith), mesmo depois que o assassino é morto. O caso o leva até um hospital psiquiátrico onde eventos sobrenaturais estão ocorrendo.

Gremlins 2 – A Nova Geração

Um dos filmes mais icônicos produzidos por Steven Spielberg na década de 1980, a fantasia em partes cômica e em partes assustadora Gremlins (1984) se tornou um grande fenômeno do cinema. Sendo um favorito dos fãs, a continuação recebeu sinal verde, porém, seriam 6 anos até a sequência chegar às telas de cinema. Subvertendo o conceito original minimalista de uma pequena cidade aterrorizada pelas criaturinhas no natal, mas ainda tendo o mesmo Joe Dante na direção, Gremlins 2 leva a ação até Nova York, onde dentro de um prédio extremamente hich-tech a ação se desenrola. A continuação ainda arruma tempo para tirar sarro de sucessos recentes como Rambo e Batman.

Brinquedo Assassino 2

Com o sucesso do primeiro Brinquedo Assassino (1988), dois anos foram o suficiente para o filme de terror sobre um boneco possuído pelo espírito de um assassino serial ganhar uma continuação. Criativo, muitas das ideias do original são abandonadas nesta sequência caça-níquel, que agora coloca o pequeno Andy num lar adotivo, aonde um Chucky remontado pela mesma empresa (o que não faz o menor sentido) o segue. As boas adições são a irmã adotiva mais velha do menino, e a cena do clímax passada na fábrica do brinquedo – que o remake recriou.

A História Sem Fim 2

Assim como Gremlins, quem também ganhava sua primeira sequência 6 anos após o original era a superprodução alemã (sim, isso mesmo) A História Sem Fim (1984), sobre um menino que sofre bullying no colégio, recorrendo a um mundo de magia e fantasia de um livro, onde faz amizade com seres mitológicos e sobrenaturais. A continuação, curiosamente dirigida por George Miller, da franquia Mad Max, basicamente reconta a mesma história do original. Outra curiosidade, esta é uma das poucas franquias do cinema onde o protagonista a cada novo filme é interpretado por um ator diferente.

Jovens Demais para Morrer

Você que é fã de Bon Jovi sabe muito bem. O álbum Blaze of Glory (1990), primeiro solo do cantor, é a trilha sonora deste filme, e contém canções de sucesso como a própria Blaze of Glory e Miracle. Sendo assim, esta continuação ficou mais famosa que se predecessor, o qual muitos não conhecem – já que no Brasil o filme inclusive recebeu um título independente. Mas Os Jovens Pistoleiros (1988) conta a história de origem do famoso Billy the Kid, vivido por Emilio Estevez, e seu bando, que passava de um lado da lei para o outro. Um dos chamarizes era a presença de jovens atores de futuro, vide Kieffer Sutherland, Charlie Sheen, Dermot Mulroney, Lou Diamond Phillips e o próprio Estevez.

Na sequência, lançada apenas dois anos depois, outro pistoleiro lendário, Pat Garrett (William Petersen), é colocado na trilha do grupo, e no elenco as adições de Christian Slater e Viggo Mortensen.

48 Horas – Parte 2

48 Horas foi o primeiro filme de Eddie Murphy no cinema, saído do programa humorístico Saturday Night Live. O filme dirigido pelo lendário Walter Hill fez sucesso, e após Um Tira da Pesada (1984), Murphy se tornava um astro. Assim, uma continuação de seu primeiro sucesso era praticamente exigida. Novamente trazendo Murphy e Nick Nolte como a dupla disfuncional de um policial e um ex-presidiário, e dirigido de novo por Hill, a sequência foi lançada 8 anos após o original, para desta vez combaterem um poderoso traficante da região de San Francisco.

Olha Quem Está Falando Também

Só um ano separa esta continuação, confeccionada às pressas, de seu original sobre um bebê “falante”. Escrito e dirigido pela cineasta Amy Heckerling (de As Patricinhas de Beverly Hills e Picardias Estudantis), Olha Quem Está Falando (1989) é um filme para toda família que fala sobre uma mãe solteira (Kirstie Alley) se apaixonando e iniciando um relacionamento com o motorista de táxi que a leva para ter o bebê no hospital, papel de John Travolta. O diferencial desta comédia romântica é que podemos ouvir os pensamentos do filho da protagonista, o recém-nascido Mikey, que tem a voz de Bruce Willis. Na continuação, Mikey ganha uma irmãzinha, que pensa com a voz de Roseanne Barr.

A Chave do Enigma

Dessa poucos sabem. Mas o clássico absoluto do cinema noir Chinatown (1974) teve uma continuação. E uma escrita novamente pelo roteirista Robert Towne. No lugar do polêmico Roman Polanski na cadeira de direção, o astro Jack Nicholson assume o comando, em seu terceiro longa na função. Aqui, o detetive Jake Gittes (Nicholson) se depara com um novo caso envolvendo petróleo, adultério e um xará (Harvey Keitel), 16 anos depois dos eventos no ganhador do Oscar Chinatown.

O Massacre da Serra Elétrica 3

Depois dos dois primeiros, e muito diferentes, filmes da franquia de terror dirigidos por Tobe Hooper, a New Line Cinema assume a produção e lança este terceiro longa, que usa pela primeira vez no título, o nome do psicopata principal da família de canibais, Leatherface. No entanto, ao contrário da crueza visceral do primeiro, e do tom nonsense de sátira alucinógena do segundo, este terceiro O Massacre da Serra Elétrica se comporta mais como um slasher rotineiro. No elenco, Viggo Mortensen em início de carreira é o destaque.

A Guerra dos Donos do Amanhã

Esta é a continuação de um filme cult, cuja franquia merece ser ressuscitada por Hollywood, já que faz uso de uma ideia criativa e que pode ser aproveitada nos dias de hoje. Escrito e dirigido pelo cineasta Mark L. Lester (Comando para Matar), Os Donos do Amanhã (1982) é uma crítica à violência e à criminalidade na forma de filme de gangues e ficção. Passada num futuro de apenas dois anos a frente de seu tempo real, o longa previa escolas dominadas por gangues, onde um novo professor termina batendo de frente com os alunos, iniciando uma verdadeira guerra.

A continuação tardia chega 8 anos depois, e traz uma ideia ainda mais criativa e futurista. Aqui, elementos de O Exterminador do Futuro são introduzidos à mistura, quando em 1999 (apenas 9 anos além da data real), professores ciborgue são a resposta do governo para controlar as gangues que reinam nas escolas. Porém, o que acontece quando estes mesmos professores metalizados saem do controle?

A Noiva do Re-Animator

O último item de nossa lista é igualmente a continuação de uma obra cult e não tão conhecida quanto deveria. A Hora dos Mortos Vivos (ou Re-Animator), baseado no famoso autor H.P. Lovecraft, é uma espécie de reedição do clássico Frankenstein para os tempos modernos. Na trama, estudantes de medicina brincam de Deus quando descobrem uma forma de reanimar tecidos mortos. Daí para ressuscitarem pessoas em experimentos bizarros e lascivos é só um pulo. O filme se tornou cult e 5 anos depois do original chegou esta sequência. E adivinhe, agora a homenagem é para a continuação A Noiva de Frankenstein – com os protagonistas do original decidindo criar uma mulher perfeita.

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