A música é capaz de dialogar com uma variedade considerável de emoções humanas – e nos transportar para um mundo diferente do nosso.
Um dos “poderes” mais característicos dessa arte é, sem sombra de dúvida, a capacidade de nos fazer esquecer dos nossos problemas e nos convidar para jornadas sensoriais cujo único intuito é nos fazer dançar ou se divertir – sem que isso seja um grande problema. E, dentro desse espectro, é notável como o gênero pop, com seu apelo propositalmente comercial, sobressai como carro-chefe de um escapismo inebriante.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista com sete álbuns incríveis para quem quer apenas dançar e se divertir.
Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:
…BABY ONE MORE TIME, Britney Spears (1999)
Com ‘…Baby One More Time’, Britney Spears começava seu reinado como a princesa do pop com uma das maiores estreias de todos os tempos, talvez na mesma medida de seus predecessores Michael Jackson e Madonna. A partir desse marcante e revolucionário álbum de estreia, Britney ficaria conhecida no mundo inteiro, quebrando recordes de vendas, ganhando um tardio aclame e conquistando qualquer um que desse uma chance para suas reconfortantes e animadoras canções.
CONFESSIONS ON A DANCE FLOOR, Madonna (2005)
Em 2005, Madonna fez o que ninguém esperava: retornou à forma. Com diversos veículos falando sobre o fim da veia artística da popstar, o público começava a duvidar de que a performer conseguiria resgatar as raízes que a colocaram no topo do mundo – mas foi exatamente o que ela fez. Dessa forma, a cantora e compositora mergulhou de cabeça na nostalgia oitentista de seus primeiros anos com ‘Confessions on a Dance Floor’, seu CD mais bem produzido depois de ‘Ray of Light’. Aliando-se a Stuart Price e chamando novamente as ousadas mãos de Mirwais Ahmadzaï, as doze longas faixas se comprimem em um set dançante, vibrante, colorido e incansável que reitera o status imbatível de uma das mulheres mais poderosas de todos os tempos.
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THE FAME, Lady Gaga (2008)
Responsável por influenciar uma gama de artistas, veteranos ou estreantes, ‘The Fame’ (o icônico álbum de estreia de Lady Gaga) trouxe consigo hits memoráveis e atemporais que, até os dias de hoje, continuam quebrando recordes e servindo de inspiração para várias pessoas. Músicas como “Paparazzi” e a faixa titular discorreram acerca da problemática da fama e de se tornar uma pessoa pública, enquanto “Just Dance” e “Beautiful, Dirty, Rich” apostaram fichas em um excêntrico hedonismo para celebrar a vida.
ANTI, Rihanna (2016)
Lançado em 2016, ‘ANTI’ promoveu uma grande mudança na imagem artística de Rihanna, afastando-a do pop e permitindo que ela mergulhasse em explorações do dancehall, do hip hop, do soul e até mesmo do synth-rock. Aclamado pela crítica especializada, a obra contra com diversos hits, como “Love On The Brain” e “Work”, além de ter vendido mais de 11 milhões de cópias ao redor do mundo, passado mais de 300 semanas na Billboard 200 (tornando-a a primeira mulher negra a conquistar tal feito) e garantido inúmeros prêmios à cantora e compositora.
NÃO PARA NÃO, Pabllo Vittar (2018)
‘Não Para Não’, segundo trabalho profissional de Pabllo Vittar, alcançou números importantes para sua carreira nas poucas horas depois de ter sido lançado – e não é por menos: aqui, o espírito de brasilidade parece ganhar força, mesclando inúmeros estilos musicais e concentrando-os em dez faixas divertidas e no melhor estilo “chiclete”. Ainda que não esteja livre de problemas eventuais, principalmente na identidade da obra, cada música tem o seu valor comercial e abre margens para a produção de mais singles futuros, com imenso potencial artístico.
RENAISSANCE, Beyoncé (2022)
Movido por uma mistura incrível de house, disco, funk, R&B, dance e tantos outros gêneros, ‘Renaissance’, o sétimo álbum de estúdio da lendária Beyoncé, se tornou um sucesso de crítica (além de entrar para nossas listas de Melhores do Ano e Melhores do Século), bem como alcançou o topo da Billboard 200 em sua semana de estreia. Mais do que isso, a performer abriu oportunidade para uma celebração da cultura afro-americana em uma narrativa hedonista e empoderadora.
FUNK GENERATION, Anitta (2024)
É notável como o gênero funk sempre esteve associado a adjetivos e caracterizações pejorativas – erroneamente mencionado como palanque para o tráfico de drogas e a hiperssexualização. Entretanto, caso tracemos as origens desse estilo musical, a construção emergiu como um levante contracultural que começava a dar mais voz a artistas de comunidades periféricas e promoviam uma deliberada exploração da sociedade ao se afastar da burguesia e do elitismo musical. De certa maneira, ao incorporar as múltiplas facetas do funk em sua mais recente obra, ‘Funk Generation’, Anitta utiliza a popularidade inescapável de que se apoderou para fazer questão de apresentar uma perspectiva nostálgica e original através de um sólido compilado de quinze faixas.