sexta-feira, março 29, 2024

As 10 Melhores SURPRESAS de 2019

Pois é, queridos leitores, mais um ano chega ao fim. Ao piscarmos, 2019 se foi diante de nossos olhos. Este foi um ano de certo sufoco, mas quando falamos em arte, a esperança é sempre mais forte. Tivemos um ano repleto de boas produções, mas também as costumeiras “capengadas”. No primeiro time, se encontram ainda as surpresas – aqueles filmes pelos quais não dávamos absolutamente nada, mas que terminaram por nos surpreender positivamente, assim como, é claro, a crítica e o resto do público.

Assim, o CinePOP, abrindo suas listas de fim de ano, resolveu trazer para você, as melhores surpresas de 2019 nos cinemas. Vem conferir.

10) Brinquedo Assassino

A franquia do boneco Chucky já não ia muito bem das pernas, tendo seus últimos exemplares (embora relativamente elogiados pelos fãs) lançados direto em vídeo. De fato, devido a uma briga interna pelos direitos autorais, os últimos longas sequer podiam portar o título Brinquedo Assassino – ganhando nomes como A Noiva de Chucky (1998), O Filho de Chucky (2004), A Maldição de Chucky (2013) e O Culto de Chucky (2017). Tais filmes (dentro do possível), prometiam inclusive uma sequência ao deixar um gancho no mais recente episódio.

Assim, chegou como surpresa o anúncio deste remake, com o título original – e que inicialmente não podia chamar o boneco psicótico de Chucky. Com todos estes pontos contra, chamou atenção a qualidade do filme, apostando numa trama moderna, atualizando o brinquedo para os dias de hoje e, inclusive, dando ênfase ao drama dos personagens (como na relação de amizade mais eficiente entre o boneco e o menino Andy).

09) Aladdin

Outro que quase saiu pela culatra foi este live-action de mais uma animação clássica da Disney. Dos três filmes lançados dentro do segmento este ano (com Dumbo e O Rei Leão sendo os outros dois), Aladdin foi o mais controverso desde suas primeiras prévias. Nada estava agradando os fãs, fosse da escolha do ator com aparência de galã para viver o vilão Jafar, ou a demora para revelar o visual do gênio – com os fãs chegando a pensar que Will Smith passaria o filme em sua forma humana (como divulgou sua primeira imagem).

Depois disso, quando finalmente a Disney tentou acalmar os ânimos e revelar o gênio azulado, mais um tiro pela culatra: os fãs torceram o nariz para o visual e para os efeitos especiais. Quando todos puderam conferir o filme depois da estreia, o pensamento geral foi outro: o de aprovação. Aladdin ainda viveu para se tornar o live-action mais adorado do ano, ao contrário de seus irmãos. O Rei Leão então, que fez os fãs chorarem com seu trailer, recebeu duras críticas dos mesmos.

08) Alita: Anjo de Combate

Adiamento nunca é uma boa coisa. E Alita sofreu com eles, terminando despejado no mês de janeiro – outro sinal ruim para qualquer filme, já que é sinônimo de falta de confiança do estúdio. Se o caso for de uma superprodução, a coisa piora ainda mais. Baseado num mangá, e com o pedigree de James Cameron na produção e Robert Rodriguez na direção, Alita caminhava para se tornar um novo Ghost in the Shell (2017) no gosto dos fãs.

Quando a obra foi lançada, tudo mudou de figura. As críticas foram favoráveis e o público compareceu, fazendo de Alita uma das maiores bilheterias do início do ano, e de 2019 em geral. Agora, é esperar pela continuação.

Não deixe de assistir:

07) O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Aqui o caso é diferente. Depois de duas tentativas frustradas de reinício para a franquia – visando uma nova trilogia – com Salvação (2009) e Gênesis (2015) -, a saga O Exterminador do Futuro se mostrava desgastada. Fazendo qualquer projeto perder ainda mais a credibilidade estava a repercussão extremamente negativa obtida por Gênesis, considerado o pior exemplar da franquia, e um modelo do que não fazer numa campanha de marketing – que divulgou os maiores segredos do filme nas prévias.

Como fazer o público dar um voto de confiança? O primeiro passo foi trazer de novo ao jogo o criador original (James Cameron), agora na capacidade de roteirista e produtor; e sua ex-mulher, a musa da franquia Linda Hamilton – de volta no papel da única Sarah Connor possível. Na direção, Tim Miller fez para os exterminadores o que já havia feito para Deadpool (2016), igualmente um personagem desacreditado graças ao erro conhecido como X-Men Origens: Wolverine (2009). O resultado foi um só: Destino Sombrio ficou marcado como a melhor continuação da franquia após o segundo filme.

06) Predadores Assassinos

Sim, amamos filmes de animais assassinos. E estávamos precisando de um bom – que fosse a definição de puro entretenimento, uma boa diversão na sala de cinema, aquele tipo de filme pipoca que nos deixa extasiados, lembrando de quando éramos crianças. Ninguém melhor para entregar isso do que Alexandre Aja, cineasta francês especializado em thrillers tensos – que já havia entregue um projeto nos mesmos moldes (adicionando risos nervosos ao lado dos sustos) com Piranha 3D (2010).

Quem comanda a ação é a filha de brasileiros Kaya Scodelario, no papel de uma jovem lutando contra crocodilos assassinos em sua casa, na tentativa de salvar seu pai durante um furacão de categoria 5 que atinge sua cidade. Um filme despretensioso que cativou os críticos e espectadores.

05) Doutor Sono

Quem diria que algum dia iríamos ver sair do papel a continuação do cultuadíssimo O Iluminado (1980), tido como um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Mas o próprio criador Stephen King resolveu continuar sua história no papel, ao lançar o livro Doutor Sono em 2013. Assim, nada mais natural que Hollywood arregalasse os olhos na direção da obra. E convenhamos que esta deve ter sido a intenção do autor desde o começo.

O maestro ideal para arquitetar tamanho plano ambicioso não poderia ser outro que Mike Flanagan, responsável pela obra-prima seriada conhecida como A Maldição da Residência Hill (2018). A mesma técnica precisa, dando ênfase ao lado artístico, que todo cinéfilo aprecia, utilizada na série é confeccionada no longa que conta a jornada de Danny adulto (nas formas de Ewan McGregor), agora precisando lidar com um grupo de “vampiros de almas”.

04) As Golpistas

Quando a notícia sobre esta produção chegou, todos imaginaram que seria uma nova versão de Striptease (1996), agora protagonizada por Jennifer Lopez – cuja carreira não andava na melhor das formas. Ou pior ainda, uma nova versão de Showgirls (1995). Para a sorte de todos, no entanto, em sua estreia no Festival de Toronto deste ano, As Golpistas começou sua trajetória de elogios da crítica especializada, que culminou na indicação de J-Lo ao Globo de Ouro, e possivelmente no Oscar.

Muito mais do que um filme de striptease, As Golpistas fala da crise econômica que assolou os EUA na década passada, contextualizando bem como o fato foi sentido não apenas pelos altos investidores, mas também pela parte de baixo da pirâmide financeira. Fora isso, é divertido, dinâmico, e acerta em cheio no drama. Parte do mérito para isso vai para as atuações do elenco, um encontro entre gerações de rostos novatos que dão conta do recado, com uma veterana como Lopez. Ah, sim e a atriz em sua melhor forma – em todos os sentidos.

03) Shazam!

É a DC dando a volta por cima. Depois de erros consecutivos como Batman Vs. Superman (2016), Esquadrão Suicida (2016) e Liga da Justiça (2017), o estúdio precisou se reinventar. Nada de seguir copiando a rival Marvel. O que funcionou para um não necessariamente irá funcionar para outro. Uma vez entendido isso, a Warner começou a lançar produções como Mulher-Maravilha (2017), Aquaman (2018) e Coringa (2019). Obras independentes, mas que nem por isso deixam de pertencer ao mesmo universo.

Shazam! chega bem nessa leva. Um filme despretensioso, mais voltado para um tom infantil e leve, cheio de humor e colorido. O acerto vem justamente no abraço que é dado em ser um filme de quadrinhos. Mistura dos filmes da Sessão da Tarde dos anos 1980, em especial Quero Ser Grande (1988), o longa conseguiu ultrapassar a barreira das adversidades (leia-se a negatividade em torno das primeiras imagens divulgadas) em especial devido ao seu elenco carismático. Este é o filme para toda a família, protagonizado por crianças – uma manobra não tentada antes no subgênero. A inocência define o filme, que se mostrou um sucesso absoluto.

02) Fora de Série

Sejamos sinceros, mesmo que adoremos a atriz Olivia Wilde (e seguimos gostando, até mesmo após seu retrato caricatural de uma jornalista em O Caso Richard Jewel), sabemos que ela é no máximo uma boa intérprete, nunca tendo entregue uma atuação fenomenal. Assim ela segue por sua carreira. No entanto, na hora de migrar para trás das câmeras na direção, Wilde desempenhou seu melhor trabalho no cinema até hoje.

Ninguém sabia o que esperar desta espécie de Superbad (2007) feminino, levado num tom mais sério, dramático e menos escrachado. Mas o resultado foi tão positivo, e a chuva de boas avaliações logo se tornaram uma enxurrada, que todos começaram a prestar atenção em quem estava no comando da obra. Quando surgiu em tela o nome de Olivia Wilde, todos precisaram reconhecer uma diretora de mão cheia, em seu primeiro trabalho, para ficarmos de olho.

01) Meu Nome é Dolemite

Eddie Murphy é outro que não andava com a melhor das sortes. Por isso, Meu Nome é Dolemite não era um projeto no qual muitos levavam fé. Mesmo contando a história de uma figura emblemática para o gênero do blaxploitation e do cinema de forma geral, ainda existia muita descrença por parte dos cinéfilos por esta ser uma obra capitaneada por um (ultimamente) azarado Murphy.

Quando o resultado chegou e os críticos puderam conferir a obra em festivais aconteceu o que sempre ocorre quando especialistas ficam diante de um filme de qualidade: falatório de prêmios. Não deu outra, quando o filme estreou na Netflix fez um tremendo sucesso, não deixando uma viva alma em dúvida sobre estar diante de uma produção realmente emotiva – e também muito engraçada. Murphy honrou o nome de Rudy Ray Moore, seu personagem Dolemite, e de quebra o filme e o ator foram indicados ao Globo de Ouro. Muitos acreditam ainda em indicações ao Oscar.

Bônus: Parasita

O filme não americano de maior sucesso este ano nos EUA é o forte candidato a levar para casa a estatueta do Oscar de melhor produção estrangeira no próximo ano. Não é surpresa que o diretor Joon-ho Bong é um excelente cineasta e que suas obras sempre despertam o interesse dos cinéfilos. A surpresa foi Parasita ter feito o sucesso comercial que fez fora de seu país de origem, sendo um filme não recomendado para todo tipo de público.

Bônus 2: Gloria Bell

Essa é para os puristas que vivem torcendo o nariz para refilmagens. O que acontece quando o próprio diretor de um filme adorado pelos cinéfilos resolve dar um tapa na cara com luva de pelica nos chatos de plantão refilmando sua própria obra? Já aconteceu no passado e este ano voltou a ocorrer com o ótimo Sebastián Lelio (Uma Mulher Fantástica e Desobediência). O diretor resolveu refilmagem Gloria (2013), sua obra prestigiada e premiada, de quebra dando um presentaço para a veterana Julianne Moore. A adaptação é uma eficiência troca de territórios, fazendo a mesma história funcionar em outro país.

Bônus 3: Verão de 84

Filmes de terror que usam a temática dos anos 1980 estão tão na moda quanto na própria década. Ficamos acostumados a todo tipo de produção usando o mote, muitos soando como mero artifício de afeição. Foi o que pensamos deste Verão de 84. Mas o que ganhamos ao adentrar a sessão foi um filme que aborda de forma séria questões intrigantes (como um assassino em série na vizinhança), pairando acima das bobeiras que são produzidas no gênero. Um teor mais realista e sóbrio para a corriqueira homenagem feita para a década transforma Verão de 84 em uma das produções mais interessantes deste estilo.

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