sexta-feira , 22 novembro , 2024

Black Mirror 4ª Temporada – Do Pior ao Melhor

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Pois é, amiguinhos, chegou um dos dias mais esperados do ano! Este que é o antipenúltimo dia de 2017, marca também a estreia da quarta temporada de Black Mirror, série que se tornou uma das preferidas do público de todos os tempos.

Tivemos a oportunidade de conferir de antemão todos os seis episódios da nova temporada e já lançamos as críticas do primeiro episódio (agora o segundo), Arkangel, dirigido por Jodie Foster, e uma crítica da temporada inteira – que você pode conferir clicando nos links.



Já fizemos também a crítica em vídeo – que você pode assistir clicando aqui. Mas achamos que era pouco – já que falar de Black Mirror nunca é demais. Então resolvemos estender o assunto e ranquear todos os seis episódios da quarta temporada, como de costume do pior ao melhor. Como sempre comentaremos com alguns detalhes cada item, portanto, se você é o louco que ainda não maratonou Black Mirror, corra para fazê-lo e depois volte aqui. Queremos também saber a sua opinião, que é muito importante para nós, mas sempre com educação e respeito. Lembrando que esta lista reflete nossa opinião, e que a sua tem todo o direito de ser diferente. Vamos lá.

06 | Episódio 2: Arkangel

Uma pequena confusão inicial ocorreu quanto a ordem dos episódios. Inicialmente, Arkangel era tido como o primeiro episódio da nova temporada. Seja erro do Imdb, no qual constava a ordem trocada, ou uma estratégia da própria Netflix devido às críticas, os episódios chegam em nova ordem. De qualquer forma, Arkangel segue como o último em nossa preferência. O episódio dirigido pela prestigiada Jodie Foster fala sobre o relacionamento abusivo de uma mãe ultra zelosa (Rosemarie DeWitt) com sua filha – famílias problemáticas sempre foram alvo de interesse da diretora Foster. A tecnologia apresentada é uma espécie de babá eletrônica do futuro, que funciona através de um chip implantado na cabeça da cria, permitindo à progenitora ver tudo pelos olhos da criança, a rastrear e inclusive bloquear o que julgar impróprio. O esforço poderia render um desfecho mais interessante, resultando apenas numa picuinha novelesca de mães sufocadoras e suas filhas subjugadas.

05 | Episódio 3: Crocodile

Dirigido por outro dos mais talentosos diretores deste lote, o episódio de John Hillcoat (A Estrada) também não possui um desenvolvimento satisfatório, resultando num exagero que espera chocar por certa crueza. Aqui temos a mulher de negócios bem sucedida interpretada por Andrea Riseborough (Oblivion), que esconde um crime acidental em seu passado, quando era jovem. Como forma de encobrir esse rastro ela começa a eliminar toda ponta solta que encontra pelo caminho, descendo em uma espiral de loucura e psicopatia. O episódio não tem tempo de trabalhar bem sua personalidade e ao mesmo tempo apresentar uma investigação de outro acidente, que irá levar uma agente de seguros até os crimes da mulher. A tecnologia apresentada aqui é uma espécie de leitor de mentes, que consegue resgatar suas memórias e salvá-las numa máquina.

04| Episódio 6: Black Museum

O último episódio e mais misterioso é na verdade uma grande homenagem para a mitologia da série. É como se o criador Charlie Brooker decidisse criar seu primeiro crossover dentro do universo de Black Mirror, trazendo num único episódio, em um museu, todos os artefatos tecnológicos apresentados até aqui, em episódios de todas as temporadas. Acredite, aqui irão encontrar muitas referências. Além disso, o episódio funciona como três dentro de um. Aqui, além da trama principal do Museu, temos dentro dela, duas outras que apresentam verdadeiramente os itens encontrados no local. A primeira conta sobre um médico cuja tecnologia o faz sentir os sintomas das vítimas, conseguindo evitar muitas mortes. O sujeito, no entanto, termina viciado em dor, como efeito colateral, e sendo Black Mirror a coisa não acaba nada bem. O segundo mostra uma mulher em coma tendo a consciência transferida para dentro da mente de seu companheiro. Uma ideia nada convidativa também. Mas o desfecho deixa a desejar com uma história de vingança.

03| Episódio 5: Metalhead

Este é o episódio com a trama mais simples e direta. O que tem se mostrado uma tendência nesta temporada – o abandono de ideias complexas e interpretações intrincadas. O que satisfaz em Metalhead é seu teor cult, que soa saído diretamente da década de 1980, misturando cinema de entretenimento com obras de arte. É o filme de terror desta temporada, e soa como a simplicidade e eficiência de O Exterminador do Futuro (1984), por exemplo. Tudo o que se precisa saber aqui é que estamos num futuro pós-apocalíptico, e existem máquinas assassinas dispostas a nos exterminar. Isso é o suficiente para este episódio todo criado em preto e branco, e dirigido por David Slade (30 Dias de Noite) te arrepiar dos cabelos aos pés. É tenso, muito nervoso e promete te deixar na beira da poltrona esperando a próxima cena. Metalhead mostra também que se bem trabalhado, episódios com premissas simples podem funcionar bem dentro de tal universo.

02| Episódio 4: Hang the DJ

O San Junipero desta temporada, Hang the DJ, ao contrário da maioria aqui, fala sobre relacionamentos amorosos no mundo moderno. Uma premissa que sempre precisa fazer parte de Black Mirror porque é muito de seu cerne também. Este é o único com tal temática na nova temporada. Na trama, o mundo é ditado por um aplicativo de relacionamentos que indica seu parceiro e te diz exatamente quanto tempo a relação terá– uma espécie de pastores evangélicos do futuro. Imagine O Lagosta, filme com Colin Farrell, porém, mais tecnológico. Hang the DJ encanta por ser o episódio mais bonitinho e romântico do novo lote. É claro que os protagonistas não irão aceitar as imposições deste novo mundo e se rebelar. O episódio entretém e consegue manter o interesse, revelando exatamente o teor ao qual estamos acostumados em Black Mirror.

01| Episódio 1: USS Callister

Nosso episódio preferido, e o da maioria, é esta homenagem de Black Mirror à cultuadíssima série de ficção científica Star Trek. Nada mais justo do que um grande seriado de ficção homenagear outro que é a base para quase tudo que foi feito no gênero. Mas USS Callister não é, como se imaginava, apenas uma sátira/homenagem da obra criada por Gene Roddenberry, e funciona por si próprio, criando a reviravolta mais dark da temporada. O episódio é o melhor porque funciona com harmonia em relação a tudo criado por Black Mirror ao longo destes anos. É o episódio mais respeitoso da mitologia, e o que segue de perto sua cartilha, criando uma trama interessante, urgente e muito criativa.

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Pois é, amiguinhos, chegou um dos dias mais esperados do ano! Este que é o antipenúltimo dia de 2017, marca também a estreia da quarta temporada de Black Mirror, série que se tornou uma das preferidas do público de todos os tempos.

Tivemos a oportunidade de conferir de antemão todos os seis episódios da nova temporada e já lançamos as críticas do primeiro episódio (agora o segundo), Arkangel, dirigido por Jodie Foster, e uma crítica da temporada inteira – que você pode conferir clicando nos links.

Já fizemos também a crítica em vídeo – que você pode assistir clicando aqui. Mas achamos que era pouco – já que falar de Black Mirror nunca é demais. Então resolvemos estender o assunto e ranquear todos os seis episódios da quarta temporada, como de costume do pior ao melhor. Como sempre comentaremos com alguns detalhes cada item, portanto, se você é o louco que ainda não maratonou Black Mirror, corra para fazê-lo e depois volte aqui. Queremos também saber a sua opinião, que é muito importante para nós, mas sempre com educação e respeito. Lembrando que esta lista reflete nossa opinião, e que a sua tem todo o direito de ser diferente. Vamos lá.

06 | Episódio 2: Arkangel

Uma pequena confusão inicial ocorreu quanto a ordem dos episódios. Inicialmente, Arkangel era tido como o primeiro episódio da nova temporada. Seja erro do Imdb, no qual constava a ordem trocada, ou uma estratégia da própria Netflix devido às críticas, os episódios chegam em nova ordem. De qualquer forma, Arkangel segue como o último em nossa preferência. O episódio dirigido pela prestigiada Jodie Foster fala sobre o relacionamento abusivo de uma mãe ultra zelosa (Rosemarie DeWitt) com sua filha – famílias problemáticas sempre foram alvo de interesse da diretora Foster. A tecnologia apresentada é uma espécie de babá eletrônica do futuro, que funciona através de um chip implantado na cabeça da cria, permitindo à progenitora ver tudo pelos olhos da criança, a rastrear e inclusive bloquear o que julgar impróprio. O esforço poderia render um desfecho mais interessante, resultando apenas numa picuinha novelesca de mães sufocadoras e suas filhas subjugadas.

05 | Episódio 3: Crocodile

Dirigido por outro dos mais talentosos diretores deste lote, o episódio de John Hillcoat (A Estrada) também não possui um desenvolvimento satisfatório, resultando num exagero que espera chocar por certa crueza. Aqui temos a mulher de negócios bem sucedida interpretada por Andrea Riseborough (Oblivion), que esconde um crime acidental em seu passado, quando era jovem. Como forma de encobrir esse rastro ela começa a eliminar toda ponta solta que encontra pelo caminho, descendo em uma espiral de loucura e psicopatia. O episódio não tem tempo de trabalhar bem sua personalidade e ao mesmo tempo apresentar uma investigação de outro acidente, que irá levar uma agente de seguros até os crimes da mulher. A tecnologia apresentada aqui é uma espécie de leitor de mentes, que consegue resgatar suas memórias e salvá-las numa máquina.

04| Episódio 6: Black Museum

O último episódio e mais misterioso é na verdade uma grande homenagem para a mitologia da série. É como se o criador Charlie Brooker decidisse criar seu primeiro crossover dentro do universo de Black Mirror, trazendo num único episódio, em um museu, todos os artefatos tecnológicos apresentados até aqui, em episódios de todas as temporadas. Acredite, aqui irão encontrar muitas referências. Além disso, o episódio funciona como três dentro de um. Aqui, além da trama principal do Museu, temos dentro dela, duas outras que apresentam verdadeiramente os itens encontrados no local. A primeira conta sobre um médico cuja tecnologia o faz sentir os sintomas das vítimas, conseguindo evitar muitas mortes. O sujeito, no entanto, termina viciado em dor, como efeito colateral, e sendo Black Mirror a coisa não acaba nada bem. O segundo mostra uma mulher em coma tendo a consciência transferida para dentro da mente de seu companheiro. Uma ideia nada convidativa também. Mas o desfecho deixa a desejar com uma história de vingança.

03| Episódio 5: Metalhead

Este é o episódio com a trama mais simples e direta. O que tem se mostrado uma tendência nesta temporada – o abandono de ideias complexas e interpretações intrincadas. O que satisfaz em Metalhead é seu teor cult, que soa saído diretamente da década de 1980, misturando cinema de entretenimento com obras de arte. É o filme de terror desta temporada, e soa como a simplicidade e eficiência de O Exterminador do Futuro (1984), por exemplo. Tudo o que se precisa saber aqui é que estamos num futuro pós-apocalíptico, e existem máquinas assassinas dispostas a nos exterminar. Isso é o suficiente para este episódio todo criado em preto e branco, e dirigido por David Slade (30 Dias de Noite) te arrepiar dos cabelos aos pés. É tenso, muito nervoso e promete te deixar na beira da poltrona esperando a próxima cena. Metalhead mostra também que se bem trabalhado, episódios com premissas simples podem funcionar bem dentro de tal universo.

02| Episódio 4: Hang the DJ

O San Junipero desta temporada, Hang the DJ, ao contrário da maioria aqui, fala sobre relacionamentos amorosos no mundo moderno. Uma premissa que sempre precisa fazer parte de Black Mirror porque é muito de seu cerne também. Este é o único com tal temática na nova temporada. Na trama, o mundo é ditado por um aplicativo de relacionamentos que indica seu parceiro e te diz exatamente quanto tempo a relação terá– uma espécie de pastores evangélicos do futuro. Imagine O Lagosta, filme com Colin Farrell, porém, mais tecnológico. Hang the DJ encanta por ser o episódio mais bonitinho e romântico do novo lote. É claro que os protagonistas não irão aceitar as imposições deste novo mundo e se rebelar. O episódio entretém e consegue manter o interesse, revelando exatamente o teor ao qual estamos acostumados em Black Mirror.

01| Episódio 1: USS Callister

Nosso episódio preferido, e o da maioria, é esta homenagem de Black Mirror à cultuadíssima série de ficção científica Star Trek. Nada mais justo do que um grande seriado de ficção homenagear outro que é a base para quase tudo que foi feito no gênero. Mas USS Callister não é, como se imaginava, apenas uma sátira/homenagem da obra criada por Gene Roddenberry, e funciona por si próprio, criando a reviravolta mais dark da temporada. O episódio é o melhor porque funciona com harmonia em relação a tudo criado por Black Mirror ao longo destes anos. É o episódio mais respeitoso da mitologia, e o que segue de perto sua cartilha, criando uma trama interessante, urgente e muito criativa.

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