segunda-feira , 3 março , 2025
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007: Aaron Taylor-Johnson pode ser o novo James Bond?

aaron taylor johnson 007

O ator Aaron Taylor-Johnson, conhecido por seus papéis de ação, continua sendo alvo de especulações sobre assumir o posto de James Bond.

Apesar de não confirmar os rumores, o ator desviou das perguntas com bom humor, deixando a dúvida no ar.

Durante sua participação no Good Morning America, o apresentador perguntou diretamente se ele aceitaria vestir o clássico smoking do 007. Taylor-Johnson, mantendo o mistério, respondeu: “Eu adoro vestir um smoking.

Ao ser pressionado para falar especificamente sobre James Bond, ele mudou de assunto, mantendo o mistério sobre a possibilidade de assumir o personagem.

“Sabe… Eu uso um smoking neste [filme, ‘Kraven, o Caçador’]. Você deveria assistir a este filme. Honestamente, tem muita ação, e é uma aventura emocionante, de verdade.” 

A Amazon assumiu recentemente o controle criativo da franquia James Bond, mas para que Barbara Broccoli e Michael G. Wilson filhos do lendário produtor de 007, Albert R. Broccoli, cedessem, a empresa de Jeff Bezos precisou investir uma verdadeira fortuna.

Conforme o Deadline, a Amazon desembolsou cerca de US$ 1 bilhão para garantir o controle total da franquia.

Inicialmente, a empresa pagou um valor acima do comum pela MGM, estúdio responsável pela franquia, em um acordo orquestrado pelo então presidente do conselho da MGM, Kevin Ulrich.

O estúdio foi adquirido por US$ 8,5 bilhões, embora sua avaliação girasse entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões.

No entanto, para ter controle criativo total sobre o personagem, a Amazon precisou investir mais US$ 1 bilhão, garantindo assim a liberdade para Broccoli e Wilson explorarem e controlarem a propriedade intelectual de Ian Fleming.

Essa decisão de compra foi motivada pelo desejo da Amazon de expandir a franquia James Bond para um universo próprio, semelhante ao que Marvel e Star Wars fizeram. Algo que Broccoli, não concordava. Eles sempre defenderam um controle rigoroso da qualidade da franquia, mantendo a série como uma marca independente nos cinemas.

james bond 007

‘Industry’: Harry Lawtey NÃO retornará para a 4ª temporada da série

harry lawtey industry

De acordo com o DeadlineHarry Lawtey não irá retornar para a 4ª temporada da elogiada série Industry, da HBO.

As informações indicam que Lawtey deixou o elenco após três temporadas em virtude de conflitos de agenda.

Lawtey interpretou Robert Spearing na produção, um recém-graduado em finanças arrogante e ambicioso que entrou para a Pierpoint & Co. com toda a confiança do mundo – mas ele logo se vê em meio a um impiedoso ambiente de trabalho.

Lembrando que as três primeiras temporadas estão disponíveis na Max.

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A premiada dupla Mickey DownKonrad Kay, ambos vencedores do BAFTA, é responsável pelo roteiro.

A história gira em torno de um grupo de jovens graduandos competindo por limitadas vagas em uma empresa de investimento em Londres. As fronteiras entre colegas, amigos, amantes e inimigos logo se fundem umas com as outras à medida que eles mergulham num mundo marcado pelo sexo, pelas drogas e pela egolatria.

Aunjanue Ellis-Taylor entra para o elenco de ‘Lucky’, nova série de SUSPENSE da Apple TV+

Aunjanue Ellis-Taylor

Segundo o Deadline, a indicada ao Oscar Aunjanue Ellis-Taylor (‘Nickel Boys’) foi escalada para o elenco de Lucky, nova série de suspense da Apple TV+.

A atriz dará vida à agente Billie Rand.

Ellis-Taylor se junta às previamente confirmadas Anya Taylor-Joy (‘Entre Montanhas’) e Annette Bening (‘NYAD’).

Na trama…

“Anos após ter deixado para trás a vida de crime em que foi criada, uma jovem precisa abraçar seu lado sombrio e criminoso uma última vez em uma tentativa desesperada de escapar de seu passado.”

Bening dará vida a Priscilla, uma perigosa líder da máfia.

Além de estrelar, Taylor-Joy também entra como produtora executiva ao lado de Reese Witherspoon e Jonathan Tropper.

Este será o primeiro projeto da atriz nas telinhas desde o sucesso de ‘A Rainha do Gambito‘, que lhe rendeu indicações ao Emmy, Globo de Ouro e SAG Awards.

“[A produtora] Hello Sunshine continua a fazer um trabalho fantástico em defender as vozes femininas e eu estou honrada em fazer parte dessa equipe ao lado de Jonathan, Cassie e a Apple TV+ para trazer a história de ‘Lucky’ à vida,” declarou Taylor-Joy.

Tropper (‘See’) atuará como showrunner ao lado de Cassie Pappas (‘Silo’).

As filmagens estão programadas para meados de 2025.

Novas informações devem ser divulgadas em breve.

‘O Brutalista’: Longa é criticado pela ausência do BRUTALISMO e IMPRECISÕES HISTÓRICAS

Homem sorrindo segurando buquê de flores na estação.

O Brutalista, filme indicado ao Oscar e um dos favoritos ao prêmio, está no centro de uma polêmica envolvendo arquitetos e especialistas da área. O drama é vagamente inspirado na vida e obra do arquiteto Marcel Breuer, mas gerou críticas por conta da ausência do estilo brutalista no enredo e algumas imprecisões históricas.

Para quem não conhece, o brutalismo é um estilo de design que tem como principais características o concreto exposto, formas geométricas imponentes e ousadas, sem adornos. Esse estilo foi muito popular na Europa pós-guerra, especialmente na década de 1950.

Contudo, apesar do título, a arquitetura brutalista está praticamente ausente do filme, sendo que a única obra representada de Toth é sua “obra-prima” mostrada no final. Além disso, o longa tem sido criticado por erros históricos.

No filme, Toth é um sobrevivente do Holocausto que chega aos Estados Unidos em busca de trabalho na América pós-guerra, até que seu talento é descoberto.

Entretanto, na realidade, ex-alunos da Bauhaus, como Breuer e Walter Gropius, chegaram aos Estados Unidos ainda na década de 1930, já como profissionais renomados, com cargos prestigiados em universidades como Harvard.

Outro ponto controverso é a representação de Toth como um viciado em heroína e devotamente religioso, algo completamente diferente da personalidade de Breuer, que era sóbrio e secular.

O Brutalista’ está em cartaz nos cinemas nacionais.

Homens abraçados em frente a ônibus verde.
o brutalista 2

Anteriormente, o editor Dávid Jancsó havia revelado o uso de IA para naturalizar a pronúncia dos diálogos em húngaro para garantir uma precisão histórica e cultural significativa à narrativa.

“Judy Becker e sua equipe não usaram Inteligência Artificial para criar ou renderizar nenhum dos prédios. Todas as imagens foram pintadas a mão por artistas. Para esclarecer, no vídeo memorial apresentado no fundo de uma cena, nossa equipe criou imagens que intencionalmente pareciam renderizações ruins dos anos 80.”

Ele completa, “‘O Brutalista’ é um filme sobre a complexidade humana, e todos os aspectos de sua criação foram gerados por esforço humano, criatividade e colaboração. Nós estamos incrivelmente orgulhosos da nossa equipe e do que ela alcançou.”

Casal abraçado em ambiente iluminado
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ENTENDA…

Em uma recente entrevista ao RedShark News, o editor Dávid Jancsó revelou que o time criativo responsável pelo longa-metragem, que contou com o diretor Brady Corbet, não mediu esforços para garantir uma precisão histórica e cultural significativa à narrativa – e, considerando que boa parte do filme é falado em húngaro, parte do elenco tinha dificuldades em pronunciar os diálogos com fluidez.

Dessa forma, tomou-se a decisão de utilizar um programa ucraniano conhecido como Respeecher para “nativizar” possíveis equívocos dos atores.

“Eu sou falante nativo de húngaro e sei que essa é uma das línguas mais difíceis de serem pronunciadas”, Jancsó explicou. “Mesmo com o histórico húngaro de Adrien [a mãe de Brody é uma refugiada húngara que emigrou aos Estados Unidos em 1956], não é tão simples. É uma linguagem bastante única. Nós guiamos [Adrien e Felicity] e eles fizeram um trabalho fabuloso – mas também queríamos aperfeiçoá-lo para que nem os nativos percebessem qualquer diferença”.

O editor afirma que foram necessários ajustes para aprimorar letras específicas de seus sons vocais: “se você vem do mundo anglo-saxão, certos sons podem ser particularmente difíceis de entender. Primeiro tentamos abordar esses elementos mais difíceis com os atores. Então tentamos abordar completamente com outros atores, mas isso simplesmente não funcionou. Então procuramos outras opções de como melhorá-los”.

“É polêmico na indústria falar em IA, mas não deveria ser”, Jancsó completa. “Deveríamos ter uma discussão muito aberta sobre quais ferramentas a IA pode nos fornecer. Não há nada no filme usando IA que não tenha sido feito antes. Isso apenas torna o processo muito mais rápido. Usamos IA para criar esses pequenos detalhes que não tínhamos dinheiro ou tempo para filmar”.

Crítica | O Brutalista: Adrien Brody pode ser o próximo ganhador do Oscar com ESTUPENDO retrato de um artista autodestrutivo

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A trama é centrada na vida do arquiteto visionário László Toth (Brody), recém-fugido da Europa, que chega aos Estados Unidos em busca de reconstruir sua vida por completo, incluindo seu trabalho e principalmente seu casamento, após uma separação forçada. Sozinho em um novo país, encontrará quem reconheça seu talento para a construção, mas o preço disso pode ser alto.

Andrew LaurenD.J. Gugenheim entram como produtores ao lado de Brian YoungTrevor MatthewsNick Gordon.

Cartaz do filme 'O Brutalista' com Estátua da Liberdade.
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Eric Mabius, astro de ‘Betty, A Feia’ e ‘Resident Evil’, é PRESO por agressão

O galã Eric Mabius, famoso por seu papel em Ugly Betty, foi preso recentemente, supostamente por agressão, no Condado de Nassau, na Flórida.

De acordo com o Deadline, o ator foi detido por volta das 2h da madrugada de quinta-feira e levado para a prisão do condado às 5h45, enfrentando duas acusações de contravenção.

Mabius está sendo acusado de agressão e resistência à prisão sem violência, ambas contravenções, e aguarda julgamento.

Ele é amplamente reconhecido por interpretar Daniel Meade emUgly Betty, versão da ABC de ‘Betty, A Feia’, durante suas quatro temporadas, de 2006 a 2010. O ator também teve papéis recorrentes emThe L Word,O.C.: Um Estranho no Paraíso e Chicago Fire’.

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Diretor revela QUAL ameaça o Líder alerta Sam Wilson na cena pós-créditos de ‘Capitão América: Admirável Novo Mundo’

A cena pós-créditos de ‘Capitão América: Admirável Novo Mundo’ traz Sam Wilson entra em uma prisão falando com o Líder, que o avisa de que ameaças multiversais são iminentes.

Agora, o diretor Julius Onah revelou que a cena pós-créditos do filme faz referência aos Illuminati, mas não contou quais membros do grupo veremos invadindo o MCU.

“Não vou dizer. Digamos que as coisas foram deixadas propositalmente em aberto naquela cena pós-créditos por um motivo”, ele afirmou. 

Com 52% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes, o longa já está em exibição nos cinemas nacionais!

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Crítica 2 | Com uma história esquecível, ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’ não justifica a própria existência

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Dirigido por Julius Onah (‘O Paradoxo Cloverfield’), o longa servirá como sequência direta da série ‘Falcão e o Soldado Invernal‘. Além disso, será o primeiro filme solo do herói desde ‘Capitão América: Guerra Civil‘, lançado em 2016.

O roteiro fica por conta de Malcolm Spellman e Dalan Musson.

Anthony Mackie, Danny Ramirez, Carl Lumbly, Tim Blake Nelson, Shira Haas, Harrison Ford e Liv Tyler estrelam.

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Última temporada de ‘The Handmaid’s Tale’ ganha teaser LEGENDADO e data de estreia no Brasil

A Paramount+ divulgou o teaser legendado da 6ª (e última) temporada de ‘The Handmaid’s Tale‘.

Além disso, foi confirmado que o ciclo final estreará no Brasil no dia 9 de abril – um dia após o lançamento no território norte-americano.

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Na sexta temporada, o espírito inflexível e a determinação de June a puxam de volta para a luta para derrubar Gilead; Luke e Moira se juntam à resistência; Serena tenta reformar Gilead enquanto o Comandante Lawrence e a Tia Lydia avaliam o que fizeram; e Nick enfrenta testes desafiadores de caráter.

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Vale lembrar que todas as cinco iterações continuam disponíveis no catálogo do Disney+.

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Confira o trailer LEGENDADO da série ‘Uma Família Perfeita’, baseada em história REAL que inspirou ‘A Órfã’

O Disney+ divulgou o trailer legendado de ‘Uma Família Perfeita‘ (Good American Family), nova série estrelada e produzida por Ellen Pompeo (‘Grey’s Anatomy’).

A produção é baseada na sinistra história real que inspirou o terror ‘A Órfã‘.

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A produção será lançada no serviço de streaming no dia 19 de março.

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Antes chamada Orphan, a série é inspirada na história real de Natalia Grace e do casal do Meio-Oeste que a adotou, acreditando ser uma menina com nanismo, mas, com o tempo, passou a duvidar de sua identidade.

“Contada de múltiplos pontos de vista, a série explora questões de perspectiva, viés e trauma. O drama é inspirado em uma história perturbadora de um casal do Meio-Oeste que adota uma garota com uma rara forma de nanismo. Porém, à medida que começam a criá-la ao lado de seus três filhos biológicos, um mistério sobre sua idade e origem surge, levando-os a suspeitar que ela talvez não seja quem diz ser. Enquanto defendem sua família da filha que acreditam ser uma ameaça, ela enfrenta sua própria batalha para confrontar seu passado e o futuro, em um embate que acaba ganhando destaque nas tabloides e no tribunal”, diz a sinopse oficial.

O elenco conta com Mark Duplass e Imogen Reid, enquanto Dulé Hill, Christina Hendricks, Sarayu Blue e Jenny O’Hara fazem participações recorrentes.

Elenco de ‘Lusco-Fusco’ revela DETALHES sobre o novo filme dos diretores de ‘Onde Quer que Você Esteja’ [EXCLUSIVO]

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Bel BecharaSandro Serpa são dois dos cineastas mais prestigiados do cenário contemporâneo da sétima arte nacional – e, ao longo de sua carreira, já comandaram projetos como ‘Onde Quer que Você Esteja’‘Histórias de Marabaixo’‘Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida’, entre muitos outros.

Agora, a dupla está retornando às telonas com o ambicioso projeto Lusco-Fusco, cujas gravações terminam hoje, 20 de fevereiro, em Osasco – na Grande São Paulo.

O enredo do longa-metragem gira em torno da relação de amizade entre duas mulheres. Vera (Amandyra), uma professora do ensino fundamental envolvida em uma relação abusiva com Matias (Allan Souza Lima), cujo retorno repentino abala sua vida. Já Alda (Sandra Corveloni), sua vizinha não alfabetizada e faxineira no mesmo colégio, desistiu de seus sonhos para cuidar do filho, Dinho (Pedro Ottoni), e da neta, Joana (Duda Sampaio). A amizade entre as duas fortalece e ilumina os caminhos para escaparem da opressão que vivem, inspirando a menina Joana, sobre o que é ser uma mulher no Brasil no século XXI.

Recentemente, tivemos a oportunidade de acompanhar as gravações do filme e a honra de conversar com Ottoni e Amandyra, que revelaram alguns detalhes sobre o projeto e sobre os personagens que interpretam. Também conversamos com Corveloni, cuja entrevista você pode conferir aqui!

O QUE PODEMOS ESPERAR DO FILME?

OTTONI: Olha, eu acho que o que eu posso contar até agora é o que tem de… De releases. É uma história sobre essas duas mulheres, Alda e Vera, que estão passando por diferentes situações de abuso nas suas vidas pessoais. A Vera com relacionamento abusivo, a Alda sendo vítima de fake news… E elas se encontram para que juntas consigam… Eu não digo vencer, porque não é uma história tão fantasiosa, assim, de “o bem vence o mal”, mas… Poder sobreviver através desses abusos e terem uma nova visão de mundo, sabe?

AMANDYRA: Eu espero que as pessoas possam esperar… Acho que o filme vem para abrir a perspectiva do que é possível e sempre será possível. Como a gente está retratando, falando sobre a amizade de duas mulheres, dois personagens, e o filme mostra como que essa sororidade, essa aproximação, essa amizade, [isso] é um caminho para sair de determinadas opressões. Então, acho que, com esse filme, a gente pode observar o que acontece mais no nosso bairro, estar atento às pessoas que a gente pode se aliar e ter essa disposição e confiança de sair das nossas opressões através dos encontros. Talvez isso seja uma das coisas.

O QUE VOCÊS PODEM CONTAR SOBRE SEUS PERSONAGENS?

OTTONI: O Dinho é esse homem, né? Eu gosto de enfatizar que é um homem pra não cair no erro que a sociedade tem de chamar homens de meninos. Porque aí tiram a responsabilidade desses homens, porque são tratados como meninos. E aí, eles são meninos até os 40, 50 anos de idade. O Dinho é um homem já com seus 20 e tantos, quase 30. É um pai, já tem uma filha de nove anos. E por que eu gosto de deixar claro que ele é um homem e não um menino? Porque ele não entendeu isso ainda. A responsabilidade de ser esse pai, de ser presente. Presente ele é, porque ele vive com a Alda e com a Joana na mesma casa. Mas na hora que ele tem que ser responsável, lhe falta essa responsabilidade: buscar a filha no horário, fazer o dever de casa com a criança. Estar presente ali pra ter um momento de qualidade com a filha. Então, eu acho que é um desafio muito grande fazer um personagem que tem muitos erros.

E ainda assim, protegê-lo em cena e mostrar que todo mundo tem os seus porquês. É uma coisa que a gente não vê no filme, ele tem um background ali de não ter a sua parceira. Ela não tá mais entre nós. Então, ele ficou com essa responsabilidade de ser um pai solo. Mas que não é solo, porque a Alda, que é a mãe dele e a avó da Joana, tá ali cuidando da menina até mais do que o Dinho faz. Eu adoro [interpretá-lo], porque é um personagem que tem muitas camadas. Eu acho que vocês vão gostar dele, mas vão estar sempre com o pé atrás de esse cara não tá fazendo o que deveria pra ajudar essa família.

AMANDYRA: Então, eu faço a professora Vera, que é uma professora do ensino fundamental e que tem essa relação dificultosa, tóxica, abusiva com o marido. Um namorado de muitos anos. E, ao conhecer a faxineira da escola que sofre outro tipo de opressão, elas começam a se fortalecer nessa relação através da amizade, do aprendizado, do ensino-aprendizagem. Então, eu faço essa personagem da professora.

E COMO FORAM AS GRAVAÇÕES EM OSASCO? ALGUMA HISTÓRIA DIVERTIDA DE BASTIDORES?

OTTONI: Ah, eu acho que [gravar em Osasco] está sendo maravilhoso. São Paulo tem sido muito bom pra mim, né? A verdade é essa. Eu acho que em 2024, todos os trabalhos audiovisuais que eu fiz foram em São Paulo. E agora, começar 2025, também aqui, tem sido… [As pessoas] têm me recebido muito bem. Eu estou adorando. É bem tranquila, né? A rua que a gente está gravando aqui em Osasco. Os vizinhos estão sendo muito… Estão sendo muito solícitos. Eles estão entendendo o que é uma gravação. Estão evitando o barulho pra que a gente possa fazer um filme bonito e maravilhoso.

AMANDYRACara, eu não sei se é uma história engraçada, mas quando eu faço uma professora, a gente teve o período de gravação com as crianças na escola. E teve o Caio. O Caio é um ator, uma criança maravilhosa. E na escola que a gente gravava, tinha um piano parado, ninguém nunca tocou, a gente passava despercebido. E o Caio um dia parou nesse piano e começou a tocar “Hit the Road Jack”. Nossa! É isso! E aí toda a vibe do set mudou e até hoje, quando eu encontro o Caio, ele me revigora. Isso foi uma situação curiosa de muita distensão. Criança faz isso no set.

Lembrando que Lusco-Fusco ainda não tem data de estreia nos cinemas nacionais.

Vencedora em Cannes, Sandra Corveloni fala sobre o filme ‘Lusco-Fusco’ e rasga elogios para Fernanda Torres [EXCLUSIVO]

sandra corveloni

Sandra Corveloni está prestes a voltar ao mundo da sétima arte e estender seu importante legado na cultura artística nacional.

Corveloni, que iniciou sua formação ainda nos anos 1990 e sagrou-se uma das maiores atrizes brasileiras após conquistar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes por Linha de Passe, já eternizou diversos personagens nas telonas e nas telinhas – com seus últimos créditos incluindo a série dramática ‘Não Foi Minha Culpa’ e o longa ‘Alegria do Amor’ (que tem lançamento previsto para este ano).

Agora, a atriz, que também conquistou quatro indicações ao Grande Otelo, finaliza as filmagens do ambicioso drama tour-de-force Lusco-Fusco, que conta com a direção da dupla Bel BecharaSandro Serpa.

O filme, cujas gravações se encerram hoje, 20 de fevereiro, gira em torno da relação de amizade entre duas mulheres. Vera (Amandyra), uma professora do ensino fundamental envolvida em uma relação abusiva com Matias (Allan Souza Lima), cujo retorno repentino abala sua vida. Já Alda (Corveloni), sua vizinha não alfabetizada e faxineira no mesmo colégio, desistiu de seus sonhos para cuidar do filho, Dinho (Pedro Ottoni), e da neta, Joana (Duda Sampaio). A amizade entre as duas fortalece e ilumina os caminhos para escaparem da opressão que vivem, inspirando a menina Joana, sobre o que é ser uma mulher no Brasil no século XXI.

Recentemente, tivemos a oportunidade de participar das gravações da penúltima diária do longa, que ocorreu nas ruas de Osasco, na Grande São Paulo, convidando o público a conhecer uma história que, infelizmente, torna-se bastante comum entre inúmeras pessoas.

Ainda que o enredo do projeto tenha sido oficialmente divulgado, informações mais detalhadas permanecem sob sigilo – mas isso não impediu que Corveloni pudesse comentar um pouco sobre sua personagem e sobre as importantes temáticas retratadas pela história.

“A minha personagem, Alda, sofre uma violência envolvendo fake news, uma coisa bem grave. Só que ela, por ser uma pessoa muito simples, não tem muito conhecimento, não tem internet, não tem celular, ela é seminalfabeta, então ela não tem a dimensão [do problema]”, a atriz conta. “Ela sabe que é uma coisa séria, mas ela acha que é uma brincadeira de mau gosto. Nem ela, nem os familiares têm a dimensão da gravidade. E ela é muito amiga, vai se tornando amiga da Vera, que é a vizinha de frente, professora da neta dela, que sofre um outro tipo de violência do namorado – é um relacionamento tóxico -, sobre o qual a vizinhança toda já está a par, porque ele faz escândalo, quebra a porta, aquelas coisas ‘lindas’, né? Aquelas coisas incríveis”.

Corveloni continua: “então, o filme fala dessas violências. Não só essas violências mais explícitas, mas também as pequenas coisas de tratamento do dia a dia, dentro da própria família. Aquelas microagressões, que antigamente a gente nem chamava assim, a gente dizia só que a pessoa era folgada e preguiçosa. Mas isso é uma, digamos, um comportamento, uma educação que a gente vai perpetuando na nossa sociedade”.

“São essas pequenas agressões que levam, às vezes, a desrespeitos e agressões maiores. Então, acho que o filme está dentro desse universo, mas a seta que aponta para o norte do filme não pinta com tintas fortes. Tem cenas muito fortes, claro, mas o foco principal do filme é o fortalecimento da amizade entre essas duas mulheres, que é a Alda e a Vera. Mulheres que são de gerações diferentes, que têm uma formação diferente, profissões diferentes nelas. Uma é professora, outra faxineira da escola, uma estudou, a outra não. Uma é sozinha, a outra tem família. Uma tem 30 anos, a outra tem 55”.

“Então, elas estão nesses momentos, mas o fato de elas estarem próximas nesses momentos de violência, a preocupação de uma em relação à outra, faz com que essa amizade se fortaleça. E isso abre novas possibilidades tanto para a Alda quanto para a Vera, porque uma chama a atenção da outra. Porque, às vezes, a gente está tão ensimesmado no nosso problema que a gente não vê uma saída. Às vezes, precisa alguém de fora para te dizer: ‘olha, mas será que você não pode ir para cá? Você não pode parar de fazer isso? Ou você não pode tentar uma coisa melhor?'”.

“É um filme muito delicado”, ela reflete.

Apesar de ter iniciado sua carreira nos anos 1990, Corveloni ganhou proeminência e projeção mundiais ao ser condecorada com o prêmio de Melhor Atriz em Cannes por Linha de Passe.

Dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas, a trama acompanhou quatro irmãos que são pela mãe, que trabalha como empregada doméstica e está mais uma vez grávida de pai desconhecido. Com a ausência do pai, lutam por seus sonhos e um deles vê seu talento como jogador de futebol a esperança de uma vida melhor.

Durante a conversa, Corveloni se recordou de seu trabalho com Salles – que, este ano, está indicado ao Oscar pelo aclamado drama de época ‘Ainda Estou Aqui’, estrelado por Fernanda Torres. Corveloni rasgou elogios tanto para o diretor, que apelidou carinhosamente de Waltinho, quanto para Torres, além de discorrer sobre a crescente projeção do cinema brasileiro no mercado internacional.

“É tão importante para a gente [esse reconhecimento], né? Porque a gente estava em um período até bom do cinema, fazendo coisas muito interessantes, muita coisa acontecendo. Aí veio a pandemia, junto com todo o apagamento da nossa cultura, e essas coisas de desmerecer a cultura, de desmerecer o trabalho dos artistas”, ela comentou.

Ela continua: “e isso é muito triste, mexe muito com a gente. Então, assim, é uma… Nossa, um respiro saber que a gente conseguiu, a gente foi lá no fundo e subimos para a superfície de novo com possibilidades de filmes. Em Cannes, o ano passado, o Baby’ foi super bem, ganhou o prêmio de atuação, e teve também o sucesso que fez Malu’“.

“Aí vem Fernanda Torres com essa obra-prima do Waltinho, Daniela Thomas também está junto, essas duas figuras tão importantes do nosso cinema. E um filme que fala dessa nossa memória, ou não-memória, né? Que fala sobre coisas tão terríveis, mas que estão nos escombros, ninguém fala disso. Então, assim, é um filme que vem num momento que o mundo está nessa onda de ultradireita, de cercear os direitos. É um filme que traz todas essas possibilidades de a gente se juntar e pensar juntos, uma outra forma”.

“Eu acredito que a arte serve para isso também, de nos acender para novas perspectivas, novas possibilidades e para não deixar a gente esquecer de coisas terríveis que aconteceram, né? E agora, em Berlim, ‘O Último Azul’, né? Que foi super bem, né? Também saíram críticas incríveis, eu recebi umas mensagens, tenho amigos e amigas no filme, Denise Weinberg, que acompanhei quando ela estava fazendo esse filme. Ela foi contando para a gente que era uma coisa muito poderosa filmar na Amazônia. Então, assim, isso é muito importante para nós. Para nos dar vontade e força de fazer coisas. De contar histórias, de reviver histórias, de ficcionar, de poetizar, de criar beleza e reflexão. Estou muito feliz”.

“O Waltinho é um diretor super dedicado, inteligente, delicado, ele sabe dirigir muito bem, ele conduz um set com muita maestria e com um mergulho no que ele tem que fazer, ele se prepara. Então, a gente se sente muito à vontade para trocar, para jogar dentro daquele roteiro que foi criado, que foi muito bem decupado, estudado. Ele tem uma estrela, o Waltinho, né? Fernanda Montenegro [também] concorreu ao Oscar, por ‘Central do Brasil’, ela continua. 

“Eu ganhei Cannes e agora a Fernanda Torres, que ganhou o Globo de Ouro e concorrendo ao Oscar, e ganhou muitos outros prêmios. Eu fico tão feliz e tão orgulhosa, sabe? Eu fico muito, muito feliz, assim, porque são as mulheres, né? Marcélia, Ana Beatriz Nogueira, Ruth de Souza, tantas mulheres que foram premiadas e que estão, que continuam a fazer cinema, né? As que já se foram, as que estão aqui, Fernanda Montenegro fazendo filme, gente, até agora. É muito bom, muito importante. Então, eu espero que isso traga um fôlego bem grande para o nosso cinema, porque a gente está merecendo. A gente merece; eu estou fazendo esse filme aqui, que diz para a minha personagem: ‘você merece mais'”.

Lusco-Fusco, que também traz nomes como Pedro OttoniAmandyraDuda Sampaio no elenco, ainda não tem previsão de lançamento.