sexta-feira, março 29, 2024

Crítica | Aladdin – Frenético, visualmente espetacular e repleto de nostalgia

A este ponto, todos já estamos cientes que a Walt Disney está empenhada em refazer todas as suas clássicas animações em forma de live-action, enquanto segue seu plano em dominar o mundo e comprar todos os grandes estúdios concorrentes (essa última parte é brincadeira. Ou não?).

Após lançar o remake de ‘Dumbo‘, que dividiu opiniões e não levantou voo nas bilheterias, chega a hora do estúdio provar seu poder com ‘Aladdin‘, após uma campanha de marketing desastrosa que parecia querer boicotar o lançamento. Os trailers pareciam diminuir a expectativa dos fãs, até culminar na apresentação desastrosa do gênio vivido por Will Smith com um CGI extremamente mal feito.

Talvez a campanha tenha sido certeira: fui ao cinema com minhas expectativas lá embaixo, e fui surpreendido com um filme grandioso, que consegue recuperar a nostalgia da animação original e nos entregar um blockbuster deslumbrante e cheio de emoção.

Sempre conhecido por sua direção frenética, Guy Ritchie acerta em cheio ao recriar o cenário encantador do filme original em forma de live-action, uma Arábia muito parecida com a Índia que nos encanta com suas cores e palácios – misturando a riqueza com a pobreza da região de uma maneira visualmente espetacular apelando para uma fotografia de cair o queixo, criando cenas épicas e encantadoras.

A abertura é reformulada de maneira inteligente com um marinheiro (Will Smith) navegando pelo Mar da Arábia enquanto começa a narrar um conto para seus filhos pequenos. Ele nos apresenta a história de Aladdin e seu macaco Abu, mostrando o deslumbrante cenário da cidade portuária ao som da clássica ‘Arabian Nights‘. A cena é tão encantadora e alegre que os fãs do original já estarão com os olhos lacrimejando logo nos primeiros minutos do filme, tamanho a nostalgia que o momento nos rende.

Somos apresentados ao nosso ladrão protagonista e seu macaquinho recriado perfeitamente em CGI, que logo conhece a bela princesa Jasmine (Naomi Scott) e se apaixona perdidamente por ela. O novato Mena Massoud entrega uma atuação espetacular e consegue nos conquistar como o protagonista, trazendo uma química com a bela Naomi Scott (Jasmine) que transcende a telona. A dupla está deliciosa em tela, e protagonizam os melhores momentos do filme.

Apesar do CGI duvidoso, o gênio de Will Smith serve como um ótimo alívio cômico para a trama, dessa vez intercalando com alguns momentos bastante emotivos. Mas nem tudo são flores. Os números musicais são bastante desastrosos, e não conseguem captar a magia do original. Toda vez que vemos Smith dublando uma música, sentimos que é um rapper tentando cantar. Simplesmente não funciona.

Vários momentos são ofuscados pelo vilão, que é o grande ponto negativo do filme. Marwan Kenzari entrega um Jafar pouco convincente e raso, cuja subtrama se torna cansativa e extremamente esticada. O ritmo frenético do filme é quebrado quando o vilão entra em cena e começa a explicar suas motivações pouco convincentes, deixando o expectador sonolento. O filme poderia ter em torno de 20 minutos a menos para manter seu ritmo, mas opta por explicar de maneira extensa a subtrama pouco aproveitada do vilão, um feiticeiro que deseja assumir o trono.

Não deixe de assistir:

Apesar dos pontos negativos, ‘Aladdin‘ é um deleite visual, com uma fotografia estonteante e um conto de amor atemporal que funciona ainda melhor nos dias de hoje. Ritchie caprichou em criar um mundo realista e plausível, nos levando de volta para a Arábia de maneira extremamente convincente. Tirando o Gênio, todo o CGI do filme nos deixa boquiabertos tamanho o realismo.

Repleto de números musicais coloridos e animados, a produção acerta em cheio em recriar o original de maneira ainda mais espetacular e criativa. Mais um grande acerto da Disney.

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