sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Cadáver – Terror dramático para quem gosta de jumpscares…

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Filmes sobre possessão demoníaca sempre mexeram com o imaginário dos cinéfilos, mas são raríssimas as produções que conseguem ser bem sucedidas ao contar histórias sobre exorcismo. Depois que o clássico ‘O Exorcista‘ foi lançado em 1973 e levou dois Oscars (Melhor Roteiro Adaptado e Mixagem de Som), tivemos dezenas de produções que tentaram reproduzir o sucesso de público e crítica, mas falharam miseravelmente – salve raríssimas exceções, como o sensacional ‘O Exorcismo de Emily Rose‘ (2005).

Cadáver‘ (The Possession of Hannah Grace) chega aos cinemas com uma proposta inovadora: mostrar o que acontece DEPOIS de um exorcismo que dá errado. A cena inicial do filme é brutal e chocante, e consegue nos assustar com o sofrimento de uma jovem garota, a Hannah Grace do título original, se contorcendo e quebrando todos os ossos de seu corpo enquanto os Padres e seu pai tentam tirar o poderoso demônio que habita em seu corpo.



É uma cena memorável conduzida de maneira brilhante pelo diretor holandês Diederik Van Rooijen (‘Taped’), e nos deixa na expectativa por uma produção aterrorizante. Porém, após chocar o espectador com uma das cenas mais brutais dos últimos anos (usada demasiadamente para divulgar o filme nos trailers), o que vem a seguir é um drama melancólico e mediano.

Três meses após os acontecimentos da cena inicial, conhecemos Megan Reed (Shay Mitchell) – uma jovem que passou por um estresse pós-traumático e deixou a vida de policial para trabalhar em um necrotério na madrugada. Acredito que nenhum psicólogo permitira tal trabalho para uma pessoa se recuperando de um trauma, mas a trama não se aprofunda muito nos dramas da protagonista.

Em sua primeira noite de trabalho, ela recebe um cadáver desfigurado no necrotério. Trancada sozinha dentro dos corredores do porão, Megan começa a ter visões horríveis e a suspeitar que o corpo pode ter sido possuído por uma força demoníaca.

O maior problema do terror reside em sua protagonista: uma garota apática que dificilmente vai gerar empatia com o público. Apesar da boa atuação da Shay Mitchell, de ‘Pretty Little Liars‘, o roteiro não dá muita liberdade para a atriz brilhar, com uma subtrama desinteressante sobre o vício da personagem em remédios controlados e seus problemas com o ex-namorado.

A grande atração do filme são os jumpscares, aqueles sustos fáceis que fazem a platéia pular, usando o cadáver da jovem exorcizada para tocar o terror no público. Nesse quesito o filme é bastante eficiente, e gera bons sustos usando o sufocante ambiente do necrotério, que por si só, é bastante aterrorizante e claustrofóbico.

Cadáver‘ tem um começo brilhantemente assustador, mas perde seu fôlego no destrinchar da história. Com apenas 85 minutos de duração, parece ser muito mais longo do que é, devido à falta de foco do roteiro escrito por Brian Sieve – que nunca decide se o filme será um drama ou um terror, patinando entre os dois gêneros.

Se você procura ir aos cinemas desligar o cérebro e se divertir com os amigos levando bons sustos, ‘Cadáver‘ pode ser uma boa pedida. Mas se quiser um filme realmente assustador, é melhor apelar para os clássicos do gênero.

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Cadáver‘ (The Possession of Hannah Grace) chega aos cinemas com uma proposta inovadora: mostrar o que acontece DEPOIS de um exorcismo que dá errado. A cena inicial do filme é brutal e chocante, e consegue nos assustar com o sofrimento de uma jovem garota, a Hannah Grace do título original, se contorcendo e quebrando todos os ossos de seu corpo enquanto os Padres e seu pai tentam tirar o poderoso demônio que habita em seu corpo.

É uma cena memorável conduzida de maneira brilhante pelo diretor holandês Diederik Van Rooijen (‘Taped’), e nos deixa na expectativa por uma produção aterrorizante. Porém, após chocar o espectador com uma das cenas mais brutais dos últimos anos (usada demasiadamente para divulgar o filme nos trailers), o que vem a seguir é um drama melancólico e mediano.

Três meses após os acontecimentos da cena inicial, conhecemos Megan Reed (Shay Mitchell) – uma jovem que passou por um estresse pós-traumático e deixou a vida de policial para trabalhar em um necrotério na madrugada. Acredito que nenhum psicólogo permitira tal trabalho para uma pessoa se recuperando de um trauma, mas a trama não se aprofunda muito nos dramas da protagonista.

Em sua primeira noite de trabalho, ela recebe um cadáver desfigurado no necrotério. Trancada sozinha dentro dos corredores do porão, Megan começa a ter visões horríveis e a suspeitar que o corpo pode ter sido possuído por uma força demoníaca.

O maior problema do terror reside em sua protagonista: uma garota apática que dificilmente vai gerar empatia com o público. Apesar da boa atuação da Shay Mitchell, de ‘Pretty Little Liars‘, o roteiro não dá muita liberdade para a atriz brilhar, com uma subtrama desinteressante sobre o vício da personagem em remédios controlados e seus problemas com o ex-namorado.

A grande atração do filme são os jumpscares, aqueles sustos fáceis que fazem a platéia pular, usando o cadáver da jovem exorcizada para tocar o terror no público. Nesse quesito o filme é bastante eficiente, e gera bons sustos usando o sufocante ambiente do necrotério, que por si só, é bastante aterrorizante e claustrofóbico.

Cadáver‘ tem um começo brilhantemente assustador, mas perde seu fôlego no destrinchar da história. Com apenas 85 minutos de duração, parece ser muito mais longo do que é, devido à falta de foco do roteiro escrito por Brian Sieve – que nunca decide se o filme será um drama ou um terror, patinando entre os dois gêneros.

Se você procura ir aos cinemas desligar o cérebro e se divertir com os amigos levando bons sustos, ‘Cadáver‘ pode ser uma boa pedida. Mas se quiser um filme realmente assustador, é melhor apelar para os clássicos do gênero.

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