sexta-feira, março 29, 2024

Crítica | Control Z – Segunda temporada repete estilo ‘Criminal Minds’, mas dá uma cansada

Depois que o público passou a ver com bons olhos as tramas envolvendo jovens e adolescentes descontrolados em ambiente escolar/universitário que se metem em confusões criminais, produtoras do mundo inteiro mexeram nas suas caixinhas do correio para ver se havia algum argumento desse tipo que pudesse ser engatilhado. Assim, as plataformas de streaming foram invadidas por filmes e séries nesse formato, e até aí tudo bem, desde que haja alguma coisa de diferente para oferecer. ‘Control Z’ tinha esse diferencial, mas, nessa segunda temporada, que chega essa semana à Netflix, pouco inovou.

Ninguém na Escola Nacional conseguiu superar a morte de Luis (Luis Curiel), tampouco conseguiu perdoar Gerry (Patricio Gallardo) por tê-lo matado. Apesar disso, mesmo que Raúl (Yankel Stevan) tenha se mostrado como o hacker, um novo vingador surge na escola para inquietar os alunos e divulgar o segredo de todos, caso ninguém revele onde se esconde Gerry. Temendo que uma nova tragédia ocorra, Sofía (Ana Valeria Becerril) e Javi (Michael Ronda) estreitam a amizade para, juntos, investigar quem estaria atormentando a comunidade escolar. Porém, em nome do amor que muitos erros são cometidos, e é justamente esse ponto fraco que o vingador quer atingir em cada um que se meteu em seu caminho.

A ver pela sinopse dessa segunda temporada, dá para reparar que ela repete a mesma fórmula da primeira, trocando apenas algumas peças de lugar. Isso demonstra a pouca inclinação dos criadores Miguel García Moreno, Adriana Pelusi e Carlos Quintanilla em mexer no time que está ganhando. Portanto, ao vermos a mesma sequência se desenrolar de novo, sem trazer absolutamente nada de novo, sentimos um cansaço.

O roteiro volta a centrar a investigação de todos os crimes na protagonista Sofía e seu estilo ‘Criminal Minds’ de adivinhar o que vai acontecer – algo que foi interessante de ver na primeira temporada, mas que dessa vez dá uma abusada, pois a garota literalmente vê um par de botas no chão e consegue resolver algo que nem a polícia foi capaz. Aliás, adulto e polícia são dois universos que permanecem ausentes na série, e dessa vez causa estranhamento, afinal, nem mesmo com a molecada se metendo em tanta encrenca, nem assim os adultos os coloca de castigo, restringe suas liberdades ou dá qualquer outro tipo de punição por suas ações. Na real, os jovens dominam os poucos adultos do enredo, literalmente.

Ainda assim, há qualquer coisa de viciante nessa série – provavelmente por não só trazer os crimes, mas por aproximar o mundo investigativo e colocar os jovens no centro da resolução de temas tão duros, enquanto lidam com o cotidiano trivial adolescente. Talvez a principal falha aparente de ‘Control Z’ seja justamente o alerta que a série tenta mostrar: o quanto os jovens de hoje estão inconsequentes e buscam resolver tudo por conta própria, em vez de procurar ajuda especializada, e, por isso, acabam se afundando mais e mais em situações que seriam reversíveis, não fosse a teimosia juvenil inerente nessa faixa etária.

Quem curtiu a primeira temporada de ‘Control Z’ provavelmente irá até o fim nesta segunda parte, pois vai encontrar a mesma receita de bolo. A ver pelas pontas soltas deixadas no último episódio, o gancho para a terceira temporada está lançado, aguardando a Netflix bater o martelo.

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