quinta-feira, abril 25, 2024

Crítica | November Man: Um Espião Nunca Morre

Meu nome é Brosnan, Pierce Brosnan

Baseado no livro There Are No Spies, do americano Bill Granger, November Man: Um Espião Nunca Morre é o novo thriller de ação dirigido pelo eficiente e diversificado Roger Donaldson. O cineasta australiano tem na carreira de tudo um pouco. Desde ficção científica/terror (A Experiência), filme catástrofe (O Inferno de Dante), obras políticas (Treze Dias que Abalaram o Mundo), e dramas pessoais (Desafiando os Limites). Aqui, Donaldson volta a se aventurar pelo cinema de espionagem, após Sem Saída (1987) e O Novato (2003), recobrando a parceria com Pierce Brosnan, do filme de vulcão citado.

Apesar dos fatores apresentados, o chamariz aqui é realmente a presença do classudo Brosnan voltando a interpretar um agente secreto 12 anos após abandonar sua permissão para matar em nome da Rainha, como James Bond, um dos personagens mais icônicos da sétima arte. Apesar de não ser o preferido da maioria na pele de 007, Brosnan personificou o espião para toda uma geração, como a minha, que puderam conferir os filmes da série no cinema por volta da década de 1990.

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As coincidências com o universo criado pelo romancista Ian Fleming não param por aí, pelo menos na versão desta história nas telas. November Man conta ainda com a presença de uma verdadeira bondgirl. A ucraniana Olga Kurylenko foi a protagonista feminina de Quantum of Solace (2008), já na era Craig. Apesar das interessantes curiosidades, o resultado final da obra é um tanto quanto morno. O filme reprisa o básico do gênero e soa mais como alguma continuação de Busca Implacável (2008), do que de fato com as superproduções do maior espião do cinema.

November Man não consegue exibir um entretenimento divertido, no qual a ação é o que mais conta, ao mesmo tempo em que não é sério o suficiente para ser completamente respeitado. Brosnan é o que salva aqui, com mais charme e elegância em sua performance aos 61 anos do que a maioria dos pseudo astros da atualidade. Infelizmente não é o bastante para recomendar o filme, já que todo o resto não o acompanha.

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No roteiro adaptado por Karl Gajdusek, da “obra-prima” Reféns (2011), e Michael Finch, da “obra-prima” Predadores (2010), Peter Devereaux (Brosnan) é um superagente da CIA. Uma de suas incumbências é apadrinhar e ensinar o jovem David Mason. Anos mais tarde, com o protagonista já devidamente aposentado, mestre e pupilo voltam a se encontrar, dessa vez como rivais, quando o personagem de Brosnan é tragado de volta ao jogo devido a uma situação pessoal.

November Man é rotineiro. Não cria situações de brilho para deslanchar. Além disso, conta com “âncoras” o puxando para trás. A primeira atende pelo nome de Luke Bracey, o intérprete do jovem espião Mason. Talvez de importância para a trama equivalente ao personagem de Brosnan, Mason deveria refletir a humanidade de Devereaux, ou a falta dela, num verdadeiro jogo de bate e volta. Infelizmente seu protagonista não consegue manter o nível ao dividir momentos com o veterano ator irlandês. Já Kurylenko, sofre com uma personagem estereotipada, que repete Camille, a mocinha atrás de vingança (um dos clichês mais básicos em filmes assim) do citado filme de 007.

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