sexta-feira, março 29, 2024

Jude Law e Eddie Redmayne falam sobre o arco de seus personagens em ‘Animais Fantásticos 3’ [COLETIVA]

‘Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore’ é um dos filmes mais aguardados do ano e promete revitalizar uma franquia que vem passando por inúmeros percalços.

Controvérsias à parte, é inegável dizer que o universo mágico arquitetado por J.K. Rowling encantou o mundo desde seu nascimento, em 1997, com a publicação de ‘Harry Potter e a Pedra Filosofal’. Agora, estamos diante da contínua expansão desse panteão com mais um capítulo do spin-off ‘Animais Fantásticos’, que chega aos cinemas brasileiros amanhã, 14 de abril.

CinePOP já assistiu ao longa-metragem e você pode conferir nossa crítica clicando aqui. E, além disso, também participamos de uma recente coletiva de imprensa em que o elenco da produção se reuniu para comentar sobre a narrativa do mais novo capítulo.

Um dos temas principais que Rowling e Steve Kloves, co-roteiristas do projeto, trouxeram às telonas foi o desenvolvimento do arco de Alvo Dumbledore (Jude Law), um dos personagens mais conhecidos do universo bruxo. Na saga original, tanto de livros quanto de filmes, Alvo posava como um grandioso e sábio bruxo, dotado de uma experiência invejável e servindo como mentor para os jovens protagonistas. Aqui, voltamos no tempo para vê-lo de uma forma mais complexa, batalhando contra seus demônios interiores e lutando contra os próprios princípios e seu amor verdadeiro para impedir que o mundo bruxo e o mundo trouxa colidam em uma batalha sangrenta e interminável.

Durante a coletiva, Law comentou sobre o desenrolar do arco de Dumbledore, caracterizando a jornada que experimenta no longa não como uma mudança, e sim como uma regressão, quando comparada às outras vezes que o personagem foi levado aos cinemas – por Richard Harris, em ‘A Pedra Filosofal’‘A Câmara Secreta’, e por Michael Gambon nos outros capítulos.

“Não é um processo de mudança, e sim de regressão, creio eu”, ele disse. “Uma das maravilhas que [o diretor] David [Yates] me permitiu investigar, em vez de sentir o peso das incríveis performances de Michael Gambon e Richard Harris foi poder retornar e compreender que ele não é o Dumbledore completamente formado de ‘Harry Potter’, e sim um homem que ainda está encontrando seu caminho, ainda confrontando e resolvendo seus demônios – e é isso que eu quero dizer por ‘regressão’. Neste filme, em particular, ele está enfrentando seu passado, a si mesmo e à sua própria culpa. Mas se houvesse uma qualidade que se conecta a ele eu diria que é sua malícia, seu humor e sua crença nas pessoas. Ele vê o positivo, nós vemos que Dumbledore acreditou em Draco [Malfoy], ele até acreditou em Tom Riddle. Ele vê o bom, a bondade em potencial. E creio que é algo que ele sempre teve”.

Law foi além e, quando questionado sobre o motivo de ter aceitado o papel de Dumbledore e como foi a experiência de mergulhar na história desse icônico e marcante personagem, revelou que já estava se preparando para compreendê-lo há muito tempo, quando lia os livros para os filhos.

Ele comenta: “foi algo incrível. Sabe, me perguntaram: ‘você gostaria de interpretar Alvo Dumbledore?’. Sim, eu gostaria [risos]. Acho que eu estava subconscientemente em preparação para o papel desde o momento em que comecei a ler os livros para os meus filhos. E há muito sobre o personagem para investigar como um ator. E isso é antes mesmo de entrarmos nesse extraordinário mundo de magia. É [investigá-lo] como um humano. Mas a magia é muito divertida também”.

É claro que Dumbledore não é o único foco de ‘Animais Fantásticos 3’, e sim uma das grandes engrenagens de um organismo muito maior que envolve seu arqui-inimigo e ex-amante, Gellert Grindelwald (interpretado brilhantemente por Mads Mikkelsen), e o relacionamento que tem com Newt Scamander (Eddie Redmayne), protagonista do capítulo inicial que vem dividindo os holofotes com Dumbledore desde a estreia de ‘Os Crimes de Grindelwald’.

A verdade é que, no começo, Dumbledore e Newt não pareciam estar em um patamar de igualdade, visto que Newt, trabalhando apenas como magizoologista e não se envolvendo com os preceitos políticos que ferviam dentro do mundo bruxo, teve de aprender a lidar com as forças das trevas e teve Dumbledore como guia. Agora, os papéis se invertem e, como apontou Redmayne na coletiva, é isso que permite que a história cresça ainda mais.

“Eu amo o relacionamento entre Newt e Dumbledore. Para mim, o que eu amo é a complexidade entre mestre e aprendiz, mas evoluiu através dos filmes para se tornar algo quase fraternal, eu diria, algo como irmão mais velho e irmão mais novo”, ele disse. “E há um momento em que Newt percebe e vê e vulnerabilidade em Dumbledore e tenta passar um momento de sabedoria para ele. E o que eu amo sobre Newt é que ele é, fundamentalmente, introvertido e está mais confortável com suas criaturas e seu próprio mundo. Mas Dumbledore viu uma qualidade nele que é o potencial de liderança. E o que eu amo mais sobre esse filme é que é uma obra sobre um roubo bruxo em que um grupo se junta e todos nós somos fora do convencional”.

Não deixe de assistir:

Newt permanece como uma importante peça do desenrolar da trama e, além de impactar na narrativa do filme, também dialogou em níveis bem íntimos com o próprio Redmayne, que se apaixonou pela personalidade empática e introvertida do adorável herói.

“Eu adoro o Newt”, ele falou. “E há várias coisas que eu amo sobre ele, eu amo que ele é uma pessoa extremamente empática, que ele procura pela bondade nas pessoas… Ele também é bastante feliz com a própria companhia e na companhia de criaturas. Ele é alguém que gosta do silêncio – e eu sou alguém que, dentro da minha ansiedade, gosta do silêncio. Mas, ao longo disso, há vários epítetos ou coisas que ele diz que eu tento levar para a minha vida. Uma delas é: se preocupar é sofrer em dobro. No primeiro filme, eu sou um grande guerreiro e eu me dizia: ‘se essas coisas vão acontecer, não há motivo para me preocupar. Só vai aumentar minha dor’. E há algo que ele diz a Dumbledore, que eu adoro: ‘todos nós cometemos erros na vida, mas nós podemos tentar e fazer as coisas melhor. E é a tentativa que conta'”.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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