quinta-feira, abril 25, 2024

Novos 52 | O Top 5 das melhores histórias da LIGA DA JUSTIÇA

Fase mais recente da DC Comics trouxe histórias que inevitavelmente mudaram a percepção sobre os personagens

Com o lançamento de Liga da Justiça de Zack Snyder, é inevitável teorizar a remota probabilidade do sucesso do filme dar uma sobrevida à visão do diretor para o DCEU; visão essa muito atrelada ao formato de narrativa adotado pela editora durante a fase dos Novos 52. Entre 2011 e 2016 o universo da DC Comics foi reiniciado e dessa forma os seus principais personagens tiveram suas origens e conceitos reimaginados para um novo público.

Consequentemente isso permitiu a criação de linhas narrativas novas e interessantes sobre tais personagens famosos, não só conseguindo entreter leitores mas como também adicionando novas ideias à mitologias consolidadas. Abaixo, veja cinco arcos que capturaram a atenção do público na fase dos Novos 52.

5) Action Comics de Grant Morrison

Umas das joias editoriais da DC Comics não é outra senão a Action Comics; uma das revistas em quadrinhos mais antigas e importantes (junto com a Detective Comics) da indústria, ela é mundialmente conhecida por ter apresentado o Superman para o mundo na sua primeira edição em 1937. No entanto, o Clark em seus primeiros dias não era exatamente o símbolo de esperança famoso atualmente e nem tinha como inimigos forças alienígenas apocalípticas.

Grant Morrison conseguiu mesclar a apresentação de um novo Clark Kent com o resgate de elementos clássicos

Seus primeiros confrontos quase sempre envolviam políticos ou empresários corruptos que, de uma forma ou de outra, estavam prejudicando a população e seus métodos eram muito mais brutos e ameaçadores. Pode parecer superficial atualmente mas a ideia de um poderoso defensor do povo que enfrentava a classe privilegiada no contexto de uma economia em reconstrução pós Grande Depressão funcionou muito bem.

Dessa forma, quando o aclamado autor Grant Morrison assumiu a responsabilidade de mostrar Clark Kent em seus primeiros anos antes de ser o guardião de Metrópolis ele optou por resgatar essa visão mais clássica do Superman só que atualizada ao mesmo tempo aonde Clark é um blogueiro que denuncia casos de corrupção em Metrópolis e revida contra esses criminosos do colarinho branco de uma maneira que não chega à brutalidade (por razões obvias) mas é bem mais intimidadora que o normal. Foi um bom tributo atualizado para um mundo mais digital.

4) Liga da Justiça

A edição que iniciou os Novos 52 não poderia ter sido outra senão Liga da Justiça #1, lançada basicamente ao mesmo tempo que a última edição de Flashpoint (que foi a última saga da DC pré Novos 52) em 2011. A história juntou uma dupla bastante badalada na época, sendo escrita por Geoff Johns (que aquela altura era o principal autor da editora com os sucessos da já mencionada aventura do Flash e da saga A Noite mais Densa) e ilustrada por Jim Lee (amplamente considerado um dos melhores ilustradores a trabalhar no Batman como visto anteriormente em Grandes Astros: Batman e Robin e Silêncio).

A nova formação da equipe enfrentou ninguém menos do que as forças de Darkseid

Logo, quando lançada a edição a dupla precisou mostrar que era uma nova realidade que estava começando e que esses personagens ao mesmo tempo que seriam aqueles heróis culturalmente reconhecidos também teriam elementos diferentes. A melhor forma de alcançar esse objetivo foi apresentar todos de uma vez em um crossover de embate com as forças de Darkseid (uma ameaça maior para o grupo do que Starro certo?).

3) Morte da Família

A partir desse ponto não estranhe se o top três for tomado por histórias do Batman, afinal ele certamente foi quem recebeu maior carga de atenção por parte da DC durante a fase dos Novos 52. Toda a fase em que Scott Snyder (sem ligações com o diretor) foi responsável pelo Homem Morcego se tornou memorável, positiva ou negativamente, para os leitores pois ao mesmo tempo que o autor era capaz de entregar histórias mais fracas, ao acertar ele realmente conseguiu impactar o microuniverso de Gotham City.

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Com Morte da Família não foi diferente, aqui o autor entrega uma ameaça mais crescente e, mais importante, crível vinda do Coringa do que qualquer outro momento. Tudo se inicia com a exposição de que o Palhaço Príncipe do Crime ainda estava à solta após realizar uma cirurgia no qual removeu o próprio rosto ao fugir de Arkham. Não demora até que ele retorna a Gotham em um quadro referência à sua contraparte na HQ Batman #251 nos anos 70.

O Coringa, como poucas vezes antes, se revela uma ameaça não só física como cerebral para a Batfamília

De volta à cidade, o Coringa iniciar uma série de ataques planejados que eventualmente chamam a atenção do Batman e de seus aliados; isso se revela como sendo uma isca e o vilão passa a mirar cada membro da Batfamília individualmente, expondo-os a situações que refletem seus traumas ou medos dando a entender que ele conhece a identidade de todos eles; inclusive a do próprio Batman. 

2) Mulher Maravilha de Brian Azzarello

A persona da poderosa guerreira amazona, apesar de mundialmente famosa como a maior heroína dos quadrinhos, nem sempre conseguiu transmitir para o público muito de sua origem ou do tom de suas aventuras. Apesar de algumas histórias de origem como a do Superman e principalmente do Batman já terem sido contadas tantas vezes que acabaram se tornando conhecimento comum, com a Mulher Maravilha é um pouco diferente.

Antes do filme de Patty Jenkins uma pequena parcela do grande público estava realmente cientes da ligação entre Diana e o panteão de divindades gregas. Foi justamente relacionado a isso que o autor Brian Azzarello deu sua visão da dinâmica conflituosa entre as amazonas de Themyscira em geral e os deuses gregos. A Mulher Maravilha dos Novos 52, portanto, segue um perfil similar ao do Superman: ela é bastante autoconfiante, impulsiva e possui plena confiança em suas habilidades de combate.

A fase de Azzarello trabalhou muito bem o lado mitológico da personagem

A opção de explorar o lado mitológico de Diana também concede a Azzarello a chance produzir situações de drama bastante eficazes; como após Hipólita revelar a Diana que ela é filha de Zeus a heroína acaba por repensar toda a sua vida, não mais se considerando uma amazona e ao mesmo tempo sem ter um lugar no mundo. Essa acaba sendo, como a maioria das tramas solo dos grandes nomes da editora durante essa fase, uma atualização eficaz de um ícone bem estabelecido.

1) Corte das Corujas

Indiscutivelmente o grande trabalho de Scott Snyder com o Batman e que já a curto prazo se revelou muito significativo na mitologia geral do mesmo. É nessa história que tanto o roteiro instigante de Snyder quanto o traço de Greg Capullo, que confere grande personalidade a lugares acinzentados, se complementam de tal maneira que o resultado acaba sendo uma verdadeira trama detetivesca do morcego.

Scott Snyder deixa sua contribuição definitiva para a mitologia do Batman

Após anunciar um plano ousado de recuperar os bairros mais pobres de Gotham durante uma festa em sua mansão, Bruce Wayne percebe que o Comissário Gordon recebeu um chamado sobre um homicídio. Trajado de Batman ele vai até o local do crime e durante a investigação preliminar ele vê navalhas com emblemas de corujas que foram usados no ato, além disso é descoberto que o próximo alvo do assassino é ninguém menos do que o próprio Bruce Wayne.

Corte das Corujas poderia facilmente se tornar mais um enredo sobre uma enorme conspiração em Gotham envolvendo suas famílias mais poderosas e de alguma forma eles iriam colidir com o Batman. Porém, a história acaba sendo inteligentemente conduzida como um enorme e complexo exercício investigativo para o Homem-Morcego, ressaltando talvez a habilidade mais interessante do personagem que é a de ser o maior detetive do mundo; além de expandir a história do segundo personagem mais importante de suas histórias que é a própria Gotham City. 

 

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