terça-feira, abril 23, 2024

Os Filmes de Terror que Completam 20 Anos em 2020

O tempo passa, o tempo voa… e estes filmes de terror entram na vida adulta completando vinte anos de seu lançamento. Ao contrário dos clássicos das décadas de 1960 e 1970, e dos slashers dos anos 1980, os anos 1990 não são muito lembrados por suas obras de terror. Isso é, até o fim da década, quando algumas produções voltaram a soprar fôlego ao gênero – vide O Sexto Sentido e A Bruxa de Blair.

Assim, o antes temido ano 2000, emendou com a originalidade de alguns filmes de terror, embora não tão celebrados quanto os do ano anterior. Mesmo assim, o ano viu o lançamento de obras do gênero comandadas por grandes diretores, astros do time A e algumas produções jovens que, ou continuavam sucessos de anos recentes, ou davam início a novas franquias adoradas pelos fãs – uma em especial é sinônimo de paixão.

Sem mais delongas, vamos conhecer os filmes de terror que completam 20 anos em 2020.

Premonição

Este primeiro item da lista foi citado acima, como dando origem a uma franquia pra lá de adorada pelos fãs desta geração. Nascido basicamente como uma ideia para o seriado Arquivo X, inclusive contando com roteiro e direção de um cineasta oriundo de tal programa (James Wong), a ideia era fazer um filme slasher diferente, onde o vilão não fosse um ser materializado, mas a própria morte em si. Um grupo de alunos colegiais em viagem para a Europa consegue sair do voo a tempo antes da aeronave explodir graça à premonição de um dos estudantes. Agora, como escaparam da morte sem querer, ela irá caça-los um a um através de acidentes pra lá de bizarros.

O filme fez tanto sucesso que gerou continuações a cada três anos, até a parte cinco em 2011. Esse ano os fãs tem mais do que motivos para comemorar, afinal, além da celebração de vinte anos do original, os produtores já estão bolando um novo episódio.

O Homem Sem Sombra

No ano em que um novo filme com a temática revigorada da clássica história do Homem Invisível faz um tremendo sucesso nos cinemas – antes do coronavírus -, também comemoramos vintes anos de sua grande investida anterior. Produção da Sony, o diretor Paul Verhoeven (Robocop) foi quem apostou em efeitos de primeira – que ainda impressionam – para contar uma nova história sobre um cientista egocêntrico que enlouquece ao testar a fórmula da invisibilidade em si mesmo. Kevin Bacon vive o homem da ciência insano, e Elisabeth Shue interpreta sua contraparte, uma companheira de trabalho ética, que também é sua ex-namorada.

Eclipse Mortal

Não deixe de assistir:

Você sabia que o astro Vin Diesel começou a fazer sucesso no cinema com este “filhote” de Alien – O Oitavo Passageiro (1979)? O filme de Ridley Scott tem mais de quarenta anos, mas continua incrivelmente influente, servindo de inspiração para diversos cineastas e produções. E aqui é exatamente o que ele faz com esta obra do diretor David Twohy, sobre uma missão espacial interrompida, que acaba precisando fazer um pouso forçado num planeta inóspito e pouco convidativo. Para azar maior da tripulação, no local vivem criaturas alienígenas monstruosas, que só saem num determinado período, quando um eclipse total atinge o planeta. E adivinha que época é esta? Curiosamente, a protagonista aqui é a personagem de Radha Mitchell, deixando Diesel como o anti-herói coadjuvante. O filme rendeu duas continuações, já com Diesel como protagonista: A Batalha de Riddick (2004) e Riddick 3 (2013).

O Dom da Premonição

O diretor Sam Raimi começou sua carreira no comando de um terror de baixo orçamento, que viria a se tornar uma das obras mais cult do gênero: Evil Dead – A Morte do Demônio. O filme deu origem a uma trilogia muito querida dos fãs – que gerou um remake e uma série de TV derivada. Antes de retornar a um terror fantástico escrachado com Arraste-me para o Inferno (2009), Raimi criava um terror adulto e sofisticado – que terminou fora dos holofotes, ao contrário de suas produções mais lembradas. Aqui, ele escala a premiada Cate Blanchett no papel de uma vidente no sul dos EUA, que prevê o assassinato de uma jovem (papel de Katie Holmes) de sua cidadezinha. A mulher realmente desaparece, dando início a uma série de ocorrências de gelar a espinha. No elenco ainda temos Keanu Reeves e Hilary Swank.

Revelação

“Faz com uma banheira o que Psicose fez com o chuveiro”, era a frase de efeito que estampava o pôster deste thriller/terror sobrenatural, dirigido por outro mestre do cinema, o diretor Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro e Forrest Gump). O curioso é que este filme foi “feito às pressas”, no intervalo de Náufrago, enquanto o astro Tom Hanks emagrecia. Só mesmo um diretor do porte de Zemeckis conseguiria produzir um filme no intervalo de outro – e pela bagatela de US$100 milhões. Sabemos que um filme fez sucesso quando é parodiado por outros, e Revelação foi muito comentado após seu lançamento. Aqui temos dois dos maiores astros do cinema, Harrison Ford e Michelle Pfeiffer, contracenando pela primeira vez na pele de um casal com muitos esqueletos no armário. Um terror de gelar a espinha.

A Cela

Com efeitos revolucionários para a época, A Cela aposta no terror surreal psicodélico – que viria a ser tornar a marca visual do cineasta indiano Tarsem Singh. Mistura de O Silêncio dos Inocentes e A Hora do Pesadelo, banhada a uma viagem alucinógena, o longa é protagonizado pela musa Jennifer Lopez no papel de uma psiquiatra referência na área, que aceita a missão mais arriscada de sua carreira – invadir a mente de um serial killer a fim de encontrar sua mais recente vítima antes que uma armadilha mortal a mate (e que de quebra pode ter inspirado Jogos Mortais). Para a tarefa entra em cena uma tecnologia de ponta que insere a mente de uma pessoa dentro do cérebro da outra – toma essa Brilho Eterno! E se a mente de Jim Carrey era perturbada, imagine a do psicopata assassino vivido por Vincent D’Onofrio neste filme. Completando o trio principal, Vince Vaughn na pele de um policial, num papel sério antes de True Detective.

Pânico 3

Já falamos sobre este filme numa matéria especial sobre seu aniversário de vinte anos. Tido como o filme maldito da franquia, o terceiro longa da série demorou para sair do papel por diversos motivos, e terminou perdendo o timing sendo lançado numa época em que tais filmes já não tinham muita relevância. Ao menos o elenco original conseguiu ser reunido, e aqui temos o filme de maior orçamento da franquia. Sua produção teve mais dinheiro do que A Cela, por exemplo, dá para imaginar isso? Um dos motivos de insatisfação talvez tenha sido a mudança de roteirista, com a saída de Kevin Williamson – e muitas pontas deixadas no ar. Seja como for, esta terceira investida do saudoso Wes Craven no terror brinca muito com metalinguagem e os bastidores de Hollywood, assim como o diretor havia feito em O Novo Pesadelo (1994).

Drácula 2000

Existem muitas boas encarnações do maior vampiro de todos nas telonas. Bela Lugosi e Christopher Lee vem logo à mente – só para citar as mais icônicas. Mas quando falamos das mais inusitadas, temos ao lado de Luke Evans em Drácula: A História Nunca Contada (2014) e Dominic Purcell (chamado de Drake no filme) em Blade: Trinity (2004), esta vivida por Gerard Butler em Drácula 2000. Vejam só esta história: um grupo de ladrões invade a casa de um ricaço para em seu cofre roubar quadros e obras de arte. Uma vez lá, descobrem da pior maneira possível o que o sujeito de fato guardava em segurança: o príncipe das sombras a sete chaves. É claro que os trapalhões o libertam, e ele chega em full mode sedutor nas formas de Butler. E de quem era o cofre você pergunta, de nenhum outro senão o próprio Van Helsing. Não, não Hugh Jackman, e sim o lendário Christopher Plummer.

Possuída

Passamos de vampiros para lobisomens, nesta que é possivelmente a primeira história girlpower sobre o tema mirada ao grande público. Ginger Snapes em seu título original – algo como “Ginger Surta” -, traça um paralelo curioso entre as mudanças hormonais que toda jovem passa ao adentrar na puberdade, com a transformação em uma criatura monstruosa. Ginger, papel de Katharine Isabelle (Freddy Vs. Jason), e sua irmã são duas jovens socialmente deslocadas, obcecadas pela morte e inseparáveis. Sua dinâmica precisará mudar quando ela é mordida por um lobisomem e começa aos poucos se tornar um destes seres mitológicos. Duas continuações foram produzidas, ambas em 2004, e contaram com o retorno da dupla protagonista.

A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras

Por falar em A Bruxa de Blair (1999), aqui temos a controversa continuação, lançada logo no ano seguinte, que desfez tudo o que havia sido estabelecido neste grande sucesso do cinema independente. Dizem que com menos dinheiro a criatividade flui melhor. E isso sem dúvidas é verdade quando se trata desta pretensa franquia de terror – quando comparamos os US$60 mil do original com os US$15 milhões da sequência. Aqui, o estilo found footage de câmera amadora é deixado de lado para um mais tradicional. O mistério também é esquecido em prol de um terror mais gore, repleto de alucinações, onde não entendemos bem o que está acontecendo até a revelação final. Na trama, passeios turísticos no território da lenda urbana conhecida como bruxa de Blair se tornaram famosos, assim um grupo com pessoas bem estranhas parte para a experiência, que irá mudar para sempre suas vidas de forma trágica.

A Sombra do Vampiro

Voltamos a falar de vampiros, mas aqui num filme que exala criatividade desde o roteiro até seu produto final em tela. Um dos melhores filmes do gênero dos últimos vinte anos, A Sombra do Vampiro é produzido por ninguém menos que o lendário Nicolas Coppola, vulgo Nicolas Cage, um aficionado por terror. Aqui, a brincadeira é em torno de um dos maiores clássicos do gênero, Nosferatu (1922), pérola do cinema mudo do diretor alemão F.W. Murnau. A proposta aqui é a seguinte: e se Max Schreck, ator que interpreta o vampiro no filme, fosse de verdade uma criatura das trevas bebedora de sangue. John Malkovich interpreta o cineasta, e Willem Dafoe, indicado ao Oscar por sua atuação, dá vida ao morto vivo Schreck.

Supernova

Falando nos Coppola, o mais famoso deles, Francis Ford, foi chamado às pressas para remontar este filme de terror espacial – que ficou conhecido como uma das produções mais problemáticas do gênero nos últimos vinte anos, ou quem sabe de todos os tempos. Muitas mudanças de diretor e elenco ao longo dos anos, desde que o primeiro tratamento do roteiro surgiu lá em 1988. Finalmente, o longa saiu do papel com o veterano Walter Hill (The Warriors – Os Selvagens da Noite) na direção. Mas, constantes colisões entre o cineasta (que reescrevia o roteiro constantemente) e os produtores, levaram a uma versão final não planejada por ele – que contou com retoques de Coppola – e Hill terminou pedindo para não ser creditado como diretor. Ao invés do infame Alan Smithee, o pseudônimo utilizado aqui foi Thomas Lee. Na trama, uma equipe espacial resgata um tripulante, que pode não ser quem diz. Angela Bassett e James Spader são os protagonistas.

Rios Vermelhos

Produção francesa baseada no livro de Jean-Christophe Grangé (que também assina o roteiro), o longa tem direção de Mathieu Kassovitz (O Ódio) e traz no elenco como protagonistas dois dos mais renomados astros do país: Jean Reno e Vincent Cassel. Na trama, a dupla interpreta dois detetives bem diferentes da polícia francesa, encarregados de desvendar um macabro caso de assassinatos envolvendo uma prestigiada universidade do país. Quatro anos depois, uma continuação foi orquestrada, sem Cassel no elenco, mas com roteiro de Luc Besson – não mais baseado num livro.

Filha da Luz

Baseado num livro, este é o primeiro e único filme de terror na carreira da estrela vencedora do Oscar Kim Basinger. Na trama, a atriz vive a guardiã legal de sua sobrinha, uma pequena menina chamada Cody, papel de Holliston Coleman. Logo, a tutora descobre que a pequena possui dons sobrenaturais e ela se vê vítima de um grupo de satanistas que planeja sequestrar a menina para um de seus rituais de culto. No elenco, Christina Ricci, a eterna Wandinha Addams, interpreta uma ex-integrante do grupo satânico viciada em drogas.

Medo em Cherry Falls

Aqui, temos como protagonista a saudosa Brittany Muprhy (As Patricinhas de Beverly Hills). Neste terror que tentou surfar na onda dos slashers revigorados do fim da década de 1990, mas que terminou chegando tarde demais, uma premissa curiosa que subverte o que é geralmente apresentado nestes filmes. Na pequena cidade de Cherry Falls, um assassino mascarado está eliminando jovens estudantes colegiais. Até aí tudo igual. Acontece, que diferente das conveniências do gênero, onde a personagem virginal é que a sempre sobrevive, aqui o matador busca exatamente as virgens como vítimas – ou seja, é fazer sexo para continuar vivendo. Até mesmo o título do filme faz alusão ao fato – já que perder a virgindade pode ser referido com a gíria “loosing the cherry”, algo como “perder a cereja”. Assim, “Cherry Falls”, significa literalmente as cerejas cairão.

Lenda Urbana 2

Por falar em slashers que pegaram carona na revitalização do gênero no fim da década de 1990, podemos incluir nesta lista o infame Lenda Urbana (1998), o terceiro no pódio depois de Pânico (1996) e Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997) – também da Sony. A continuação demorou a ser lançada, e poderia ter saído logo no ano seguinte do original, ou seja, em 1999. Aqui, nenhum dos atores originais retorna, portanto não pense em rever Jared Leto. Ou quase, já que temos de volta a segurança do campus Reese (Loretta Devine) e uma ponta de Rebecca Gayhart ao final. No entanto, ganhando os holofotes temos as então iniciantes Jennifer Morrison e Eva Mendes, como parte de um grupo de estudantes de cinema produzindo um filme sobre lendas urbanas. Ao mesmo tempo, um assassino com roupa de esgrima desta vez (ao contrário do casaco de esquimó do original) irá dar o corte final. Uma curiosidade é que um novo Lenda Urbana está atualmente em pré-produção, com Gayhart e Devine reprisando seus personagens.

Dominação

Aqui é outra musa dos anos 1980 e 1990 quem protagoniza. Estamos falando de Winona Ryder, e assim como Filha da Luz, aqui temos um filme com teor apocalíptico e religioso, do fim do mundo proporcionado pelo coisa ruim em pessoa. Na trama, Ryder interpreta uma professora de catolicismo, que no passado foi possuída pelo demônio e precisou ser exorcizada. Agora, ela ajuda um grupo de padres, incluindo os personagens de Elias Koteas e John Hurt, a impedir que o diabo possua outra pessoa. A mais indicada para ser o vaso do anticristo é um escritor ateu, vivido por Ben Chaplin. O filme, como dito, faz parte da onda de produções com a temática de “fim do mundo”, que conta, além de Filha da Luz, com obras como Fim dos Dias e Stigmata, ambos de 1999.

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