sexta-feira, março 29, 2024

Os Filmes MAIS ASSUSTADORES dos Últimos Tempos

Já se pode afirmar que nos últimos anos o gênero do terror ou horror vem ganhando excelentes títulos, tematicamente distintos e de várias partes do mundo, tendo em vista a escassez e falta de variedade das duas décadas passadas. O que se via basicamente eram remakes asiáticos ou fitas genéricas que pegavam carona no sucesso de Jogos Mortais (2004). Aliás, o homem por trás deste longa, James Wan acabou se tornando um dos maiores nomes da vertente no cenário atual, sendo sinônimo de sucesso e qualidade em suas produções. Um realizador que sabe como criar atmosferas sombrias e assustadoras.

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O próprio Wan confessa que faz filmes repletos de influências cinematográficas, como falar então de obras assustadoras e não recordar clássicos como O Bebê de Rosemary (1968), O Exorcista (1973) e O Iluminado (1980), produções referenciais que até hoje, quando revisitadas, gelam a espinha. Por sinal, a lista de películas memoráveis nesse meio é extensa, outros exemplares como Suspiria (1977), Alien: O 8º Passageiro (1979) e O Enigma de Outro Mundo (1982) também não ficam atrás.

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No entanto o intuito dessa matéria em questão é apontar alguns exemplos de produções mais recentes que igualmente se destacaram por suas qualidades e peculiaridades. Além do já citado James Wan, surgiram vários outros cineastas que despertaram a atenção do fandom por fazerem filmes bastante interessantes e até genuínos, estes que merecem ser lembrados ou descobertos.

Listamos algumas obras contemporâneas que marcaram o estilo e foram aclamadas por público e (ou) crítica.

Cite também os seus favoritos nos comentários abaixo.

Crítica | Invocação do Mal 2 

12 – Atividade Paranormal (2006)

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A qualidade dos filmes é completamente discutível, é verdade, mas também é inegável que essa é a franquia de terror mais lucrativa das ultimas décadas e possui uma legião de fãs espalhados pelo mundo. Aliás, a ideia do primeiro longa é sensacional e se de fato comprada deixa o espectador com os olhos pregados na tela a procura do que está acontecendo ou vai acontecer. Ainda que façam arranjos forçadíssimos para interligar as inúmeras continuações, os realizadores conseguem agradar o público alvo até hoje e não devem largar o osso tão cedo.

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Desde criança Katie ouve ruídos estranhos, sussurros e sente sensações inesperadas. Já adulta, ela mora com seu namorado Micah, que, meio cético quanto aos depoimentos, resolve usar uma câmera para gravar tudo o que acontece enquanto eles dormem e vivem dentro da casa. O que era para ser apenas uma forma de esclarecer o mistério torna-se uma experiência intrigante e assustadora.

11 – A Morte do Demônio (2013)

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Refilmagens de clássicos do terror tendem geralmente a dar errado, Carrie – A Estranha (2013), A Hora do Pesadelo (2010) e Psicose (1998) são apenas alguns desses exemplos negativos, mas vez ou outra surge uma luz na escuridão. A nova versão de A Morte do Demônio, dirigida pelo uruguaio Fede Alvarez, não tem o mesmo frescor do filme de Sam Raimi, mas possui um lado técnico primoroso. Além de se levar muito mais a sério que o filme original e ter cenas graficamente pesadíssimas, a estética é um deleite a parte.

Cinco jovens vão passar um fim de semana em uma cabana isolada nos bosques de Tennessee. Os jovens têm estranhas experiências, causadas pela presença ali do Livro dos Mortos, que logo encontram. Depois encontram um gravador. Dentro do mesmo a fita que foi gravada pelo dono da cabana, contém a tradução de algumas passagens do livro. Ao ser reproduzida pelos estudantes, desperta os espíritos que estavam adormecidos e que habitam o bosque. Os espíritos começam a possuir os jovens um por um.

10 – O Orfanato (2007)

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Na década de 2000 surgiram alguns filmes de terror espanhóis que ganharam o mundo por seu estilo narrativo perturbador, fazendo com que a grande indústria finalmente atentasse para essa nova onda europeia. E talvez este O Orfanato reúna as principais características da vertente e tenha sido visto pelos mais variados públicos. Inserir crianças como ameaças é uma sacada antiga, porém a forma empreendida por Juan Antonio Bayona foi bem particular.

Laura passou os anos mais felizes de sua vida em um orfanato, onde recebeu os cuidados de uma equipe e de outros companheiros órfãos, a quem considerava como se fossem seus irmãos e irmãs verdadeiros. Agora, trinta anos depois, ela retornou ao local com seu marido Carlos e seu filho Simón, de sete anos. Ela deseja restaurar e reabrir o orfanato, que está abandonado há vários anos. O local logo desperta a imaginação de Simón, que passa a criar contos fantásticos. Entretanto à medida que os contos ficam mais estranhos Laura começa a desconfiar que há algo à espreita na casa.

9 – Corrente do Mal (2015)

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Essa recente produção quase independente já carrega consigo o feito de conseguir, de maneira muito orgânica, emular diversos clássicos do terror da década de 1970 e 1980, inserindo uma trama jovial, ao estilo Kevin Williamson, e ainda soar como uma obra moderna do mestre John Carpenter. O cineasta David Robert Mitchell foi bastante elogiado pela crítica devido aos maravilhosos enquadramentos e planos soturnos concebidos elegantemente. Um dos suspenses mais interessantes lançados nos últimos anos.

A jovem Jay leva uma vida tranquila entre escola, paqueras e passeios no lago. Após uma transa, o garoto com quem passou a noite explica que carregava no corpo uma força maligna, transmissível às pessoas apenas pelo sexo. Enquanto vive o dilema de carregar a sina ou passá-la adiante, a jovem começa a ser perseguida por figuras estranhas que tentam matá-la e não são vistas por mais ninguém.

8 – Sobrenatural (2011)

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James Wan já era bastante conhecido por Jogos Mortais (2004) quando lançou Sobrenatural, seu verdadeiro retorno ao gênero que o consagrou. No entanto dessa vez o cineasta apostou em uma linha completamente diferente, largou a mão do gore e começou a trabalhar com o suspense, empregando elementos narrativos sutis que deixava a atmosfera fílmica tensa o suficiente para manter o espectador ligado o tempo todo. Quando é revelado o que há por trás do caso empreendido, a reação do público é de total pasmasses e horror pelo nível de maluquice do realizador.

A família Lambert, formada por Josh, Renai e os filhos Dalton e Foster, acaba de se mudar. Logo, uma das crianças entra em coma de forma inexplicável, fazendo os pais pensarem que a nova casa abriga algum tipo de espírito do mal. Mas eles logo se mudam do local e nos dias seguintes acabam descobrindo que o problema não estava na casa e sim no próprio filho.

7 – Os Outros (2001)

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Quando Alejandro Amenábar explodiu em Hollywood com o petardo Os Outros, já possuía no currículo os ótimos Morte ao Vivo (1996) e Preso na Escuridão (1997), mas foi mesmo o filme protagonizado por Nicole Kidman que solidificou de vez a carreira do cineasta. O longa tinha muito do clássico Os Inocentes (1961) e detinha de uma atmosfera mórbida quase sufocante. Seu final é lembrado até hoje como um dos mais impactantes já vistos.

Durante a 2ª Guerra Mundial, Grace decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.

6 – Abismo do Medo (2005)

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Tá aí um filme independente que chegou a poucos cinemas pelo mundo, mas conseguiu fazer barulho por sua qualidade e quando finalmente saiu para home video foi abraçado pelos fãs do gênero. A plot basicamente simples e até clichê não tirou sua credibilidade ou empalideceu o trabalho de Neil Marshall, pelo contrário, o longa detinha uma narrativa sóbria e competente que levava seus personagens ao limite, por todo clima sombrio ali passado, deixando o espectador sempre na ponta da cadeira.

Um ano após um trágico acidente, algumas amigas vão explorar uma caverna. Uma delas, Juno, sem avisar as outras, as levou para uma caverna que nenhuma pessoa tinha explorado. Logo elas descobrem que talvez alguém tenha entrado ali, mas nunca saído vivo. Um acidente faz com que uma rocha se desprenda e as amigas fiquem presas na caverna. Com a saída bloqueada, elas passam a explorar o local, buscando outro meio de sair. Porém elas passam a ser perseguidas por estranhas criaturas, que se escondem na escuridão da caverna.

5 – [REC] (2007)

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O estilo found footage já havia se disseminado com A Bruxa de Blair (1999), e várias outras pequenas produções apostaram em tal linguagem, mas conseguiu surtir tanto efeito quanto o filme de Eduardo Sánchez e Daniel Myrick. No entanto o longa espanhol [REC], que foi distribuído aos poucos, pegou todo mundo de surpresa. Há tempos não se via algo tão assustador quanto tal produção. Onde Jaume Balagueró e Paco Plaza pegou na verdade outra ideia do estilo e conseguiu causar uma aflição terrível, no melhor sentido da palavra.

Ángela Vidal é uma jornalista que, juntamente com seu operador de câmera Pablo, faz uma reportagem em um quartel do Corpo de Bombeiros, na intenção de mostrar seu cotidiano. Porém o que aparentemente seria uma saída noturna rotineira de resgate logo se transforma em um grande pesadelo. Presos em um edifício, a equipe de filmagens e os bombeiros enfrentam uma situação desconhecida e letal.

4 – Invocação do Mal 2 (2016)

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Desde o início da projeção de Invocação do Mal 2, tudo parece muito claro e gráfico. A ideia é passada de maneira mais “gritada”. O uso de jumpscares é constante e a aparição dos fenômenos sobrenaturais é pouco medida, surgindo na presença de policiais ou mesmo na frente das câmeras. Ou seja, temos então uma produção tão genérica quanto tantas outras contemporâneas do estilo, certo? Errado! O caso aqui é exatamente oposto e, ao contrário do que se pode pensar, tal empreitada constata ainda mais o total domínio de James Wan no gênero em questão. Utilizando artifícios que estariam desgastados e ferramentas relegadas por alguns especialistas do gênero, Wan desconstrói essa vertente do estilo que é olhada de lado e consegue, de maneira impressionante, entregar um filme ainda mais assustador que o original.

Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970.

3 – A Bruxa (2016)

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À medida que a trama vai caminhando se observa em A Bruxa contornos completamente diferentes e inesperados. É fácil se perguntar se tudo aquilo não passa de um distúrbio que envolve os personagens ou se simplesmente forças sobrenaturais estejam mesmo agindo ali. O terceiro ato então traz cenas intensas e absolutamente inusitadas em relação ao que era apresentado. Mas a certeza mesmo é que ao fim da sessão você provavelmente estará apavorado ou impressionado diante do que viu.

Nova Inglaterra, década de 1630. William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A família passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da família seus piores medos e seu lado mais condenável.

2 – O Babadook (2014)

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O terror psicológico sem duvidas é um subgênero interessantíssimo justamente por gerar uma dualidade latente em sua proposta, fazendo com que o espectador tenha a mesma perspectiva. No australiano O Babadook (um filme que não chegou nos cinemas brasileiros e foi direto para a Netflix) damos de cara com este artificio o tempo todo. Seria aqueles acontecimentos não sobrenaturais e sim coisas da cabeça do garoto, ou da mãe transtornada com toda situação? A sociedade é o verdadeiro monstro? Esses são alguns dos muitos questionamentos que este também assustador filme levanta.

Seis anos já se passaram desde a morte de seu marido, mas Amelia ainda não superou a trágica perda. Ela tem um filho pequeno, o rebelde Samuel, e tem dificuldades para amá-lo. O garoto sonha diariamente com um monstro terrível e ao encontrar um livro chamado “The Babadook” reconhece imediatamente seu pesadelo. Certo de que Babadok deseja matá-lo, o menino começa a agir irracionalmente, para desespero de Amélia.

1 – Invocação do Mal (2013)

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Com o lançamento de Invocação do Mal, sucesso astronômico de bilheteria, James Wan conseguiu o status de maior nome do terror mundial da atualidade no meio pop. O filme responsável por isso é repleto de elementos interessantíssimos e funcionais. E sendo este baseado num casal médium que ainda existe na vida real, a credibilidade pelas histórias contatadas era geral, principalmente por estar nas mãos de um cineasta tão habilidoso quanto Wan. Mas o texto também é muito bom, o elenco é fantástico e o longa possui um rigor estético invejável. Uma obra que aposta novamente em sutilidade e demonstra a total maturidade do realizador.

Um casal muda para uma casa nova ao lado de suas cinco filhas. Inexplicavelmente, estranhos acontecimentos começam a assustar as crianças, o pai e, principalmente, a mãe. Preocupada com algumas manchas que aparecem em seu corpo e com uma sequência de sustos que levou, ela decide procurar um famoso casal de investigadores paranormais, mas eles não aceitam o convite, acreditando ser somente mais um engano de pessoas apavoradas com canos que fazem barulhos durante a noite ou coisas do gênero. Porém, quando eles aceitam fazer uma visita ao local, descobrem que algo muito poderoso e do mal reside ali.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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