terça-feira, abril 23, 2024

Titanic 110 anos | 10 Curiosidades sobre o navio que inspirou o romance mais famoso do cinema

Na virada do dia 14 para o dia 15 de abril de 1912, o Titanic colidia contra um iceberg e naufragava, vitimando cerca de 1500 passageiros em sua viagem inaugural. O acidente se tornou um dos mais famosos de todos os tempos e permeou a imaginação de várias pessoas pelo mundo, principalmente a do diretor James Cameron, que se tornou fanático pelo caso e decidiu contar sua história por meio de um filme sobre o amor impossível de Jack e Rose em meio à tragédia. Além de lançar Leonardo DiCaprio ao estrelato, faturar um caminhão de dinheiro e conquistar nada menos que 11 prêmios do Oscar, o longa fez com que o fanatismo de Cameron sobre o gigante de aço da White Star Line atiçasse a curiosidade de ainda mais gente pelo mundo.

Nestes 110 anos da tragédia, o CinePOP separou 10 curiosidades sobre o Titanic. Confira!

A viagem de uma vida

Na década de 1910, com os motores à vapor dominando o mercado, os grandes navios eram o que havia de mais moderno e tecnológico. Viajar em um desses era sinal não apenas de prestígio, mas para muitos era a viagem de uma vida, tanto que muitos passageiros sequer compraram passagem de volta. Na foto, vemos os membros da família Goodwin, que tinham planos de atravessar o mar em outro navio, mas por conta de problemas no motor, precisaram ser transferidos para o Titanic em cima da hora com passagens da “terceira classe”. Nenhum deles sobreviveu.

Animais no navio

O Lulu da Pomerânia sobreviveu por mais 7 anos depois do acidente

Sempre que se fala do Titanic, são citados os cerca de 2.200 passageiros que embarcaram e dos aproximadamente 1.500 mortos após a colisão e o naufrágio. Porém, um número curioso do acidente é que havia alguns cachorros no barco, quais apenas três sobreviveram. No filme de James Cameron, a Rose idosa (Gloria Stuart) tem um Lulu da Pomerânia. Essa foi uma homenagem do diretor a um dos três cachorrinhos que sobreviveram. A passageira Margaret Bechstein Hays levou seu cãozinho clandestinamente para o barco. No momento do naufrágio, Hays conseguiu subir à bordo de um dos botes e retribuiu a lealdade de seu Lulu da Pomerânia carregando o mascote junto com ela para o bote salva-vidas número 7. O doguinho ficou vivo até 1919.
Os outros dois cachorrinhos sobreviventes foram o mascote de Elizabeth Rothschild – um cachorro de raça não identificada -, que se recusou a embarcar no bote número 6 se não pudesse levar seu pet junto. O bote número 3 contou também com o pequinês de Henry e Myra Harper.

No fim, a história mais triste envolvendo os mascotes foi o Frou-Frou de Helen Bishop, que foi abandonado por ela dentro da cabine. Segundo a própria, o cachorrinho fincou os dentes em seu vestido e fez tanta força para ir junto que chegou a rasgar a costura: “A perda do meu cãozinho me machuca muito. Eu nunca vou esquecer como ele segurou minhas roupas. Ele queria tanto me acompanhar”, disse Bishop. Ainda assim, ela o deixou lá para morrer.

Além dos cachorros, outros animais, como gatos, canários e galinhas, estavam presentes no navio. Todos morreram. Menos as lagostas e siris da cozinha.

Inimiga da perfeição

Uma das causas para o navio ter batido com tanta força no iceberg foi a velocidade do Titanic no momento da colisão. Ele estava navegando a uma velocidade altíssima para uma zona de icebergs. Isso aconteceu porque porque a White Star Line pilhou sua tripulação para conseguir a tão almejada Fita Azul, que premiava a embarcação que completasse a viagem entre Europa e América do Norte no menor tempo possível. A ideia da empresa é que o Titanic se tornasse o navio modelo para o mundo. O mais seguro, o mais confortável e o mais rápido. Infelizmente, acabou não sendo nenhum desses.

Encontro fatal

O iceberg que causou o rompimento do casco do Titanic estava na região há mais de 2 mil anos. E, segundo estudos, o encontro fatal com o Titanic poderia ter sido evitado caso o Capitão Edward J. Smith tivesse recebido o alerta de iceberg cerca de 30 segundos antes do que aconteceu. O choque com o gelo danificou de seis a sete estanques dianteiros. Quando o navio foi projetado, as medidas de segurança previam que ele aguentaria navegar com até quatro estanques danificados. Até hoje, o incidente com o Titanic é o único caso de um navio desse porte afundado após a colisão com um iceberg.

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O problema dos Botes

Uma das cenas mais marcantes do filme é quando os personagens da primeira classe perguntam se eles vão embarcar nos botes junto com os passageiros de “classes mais baixas”. O Titanic foi projetado para comportar até 64 botes salva-vidas, porém, por uma questão estética – e até mesmo de arrogância – o projetista Thomas Andrews colocou apenas 20 botes, que não foram desenhados para cobrir longas distâncias, apenas para o transporte de passageiros para embarcações que estivessem por perto.

O tempo de naufrágio

Passagem para a primeira classe foi leiloada em 2019

Conforme mostrado no filme, o Titanic não afundou de uma vez, ele foi naufragando aos poucos. A submersão começou às 23h20 e terminou às 2h20 da madrugada de 15 de abril de 1912. Uma curiosidade é que se forem removidas as cenas ambientadas no “presente”, o filme Titanic dura exatamente 2h40, o tempo total do naufrágio.

O Navio está se desintegrando

Habitando o fundo do Oceano Atlântico há exatos 110 anos, o Titanic começou a se deteriorar. Enquanto parte do navio está em boas condições, há outras que sofreram o impacto das condições. Por exemplo, o setor que comportava os alojamentos da tripulação, incluindo a cabine do capitão, está praticamente todo corroído pela salinidade da água e pelas bactérias que se alimentam de metais. Os pesquisadores já avisaram que a desintegração natural do navio não vai parar, e o próximo setor a ser corroído é o dos grandes salões.

 Túmulo gelado

Por conta da salinidade e da deteriorização natural de um navio de aço que permanece há mais de um século embaixo d’água, é simplesmente impossível remover o Titanic do fundo do mar sem destruí-lo por completo. Por isso, ele seguirá enterrado para sempre no túmulo gelado do oceano. No entanto, itens resgatados do navio, como pratarias, louças e ingressos costumam ser encontrados em leilões por valores altíssimos.

Mais caro que o original

Foto do Titanic em sua primeira – e última – viagem

O custo de produção do filme foi altíssimo para a época. O valor gasto para rodar as filmagens de Titanic giraram em torno de US$ 200 milhões, enquanto a embarcação de verdade custou US$ 7,5 milhões, o que dá aproximadamente US$ 150 milhões em valores atualizados. James Cameron justificou os gastos usando o máximo de efeitos práticos possíveis. Ele criou versões praticamente idênticas aos ambientes do navio original. Além disso, o diretor forneceu diversas informações sobre os passageiros para os figurantes do filme. Ou seja, eles estavam mesmo interpretando pessoas reais, com histórias e objetivos, não apenas fazendo figuração.

Teoria da Conspiração

O Olympic era considerado o “irmão” mais velho do Titanic

Como toda grande tragédia da humanidade, o naufrágio do Titanic também conta com algumas teorias da conspiração ao seu redor. A mais famosa diz que não foi o Titanic que afundou, mas sim o Olympic, um navio “irmão” do Titanic. Essa teoria foi levantada por Robin Gardiner, autor do livro Titanic: O Navio Que Nunca Afundou. Segundo Robin, a White Star Line, companhia dona das duas embarcações, estava à beira da falência e não poderia arcar com os custos de reforma – não cobertos pelo seguro – que o Olympic precisava depois de ter sofrido uma colisão que danificou sua quilha. Então, visando o dinheiro do seguro de um navio novinho em folha, a companhia teria feito um reparo desleixado no Olympic para que ele afundasse e a White Star Line recebesse uma enorme quantia. Gardiner afirma ainda que o Titanic teria sido usado pela empresa por anos e anos sob o nome do Olympic, chegando até a ser usado na Primeira Guerra Mundial, antes de ser aposentado em 1935 e desmontado em 1936.

Titanic está disponível no catálogo do Star+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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