Crítica | The Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years

Ontem, todos os meus problemas pareciam tão distantes, agora parece que eles vieram pra ficar. Eu acredito no passado! Lançado em muitos cinemas mundo à fora em setembro passado, e com exibição na edição desse ano do Festival do Rio de Cinema,  o documentário The Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years é um baú de recordações das mais intensas de uma época mágica onde o mundo conheceu de vez a lendária banda de Liverpool, Os Beatles. Dirigido brilhantemente pela veterano cineasta norte americano Ron Howard, que durante as filmagens ainda teve acesso à arquivos históricos da da mais famosa das bandas e gravações feitas por fãs, The Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years é um presente para os fãs e também para quem quer conhecer melhor o porquê de tanta ‘famosidade’ em cima dos quatro rapazes britânicos.

O filme basicamente conta com detalhes um período marcante na trajetória da banda, entre os anos de 1962 e 1966, quando fizeram nada mais nada menos que 250 shows e exploraram com louvor a America. O mais legal é que conseguimos definir melhor a personalidade de cada um dos integrantes do lendário quarteto, chega a arrepiar o estado de espírito dos fãs em todos os shows lotados que fizeram nesse período. Mas a rotina cansativa e o não descanso da mídia em cima deles acabaram criando um cansaço precoce nesses jovens garotos que não tinham descanso. O documentário também mostra relatos de famosos, fãs dos Beatles, como Sigourney Weaver e Whoopi Goldberg, em histórias que puderam acompanhar naquela época. A segunda estava presente em um emblemático show da banda que uniu negros e brancos na mesma plateia em uma época que rolava um grande preconceito da sociedade norte americana.

Recordar é viver, sempre. A função desse fantástico documentário é teletransportar o espectador a uma época onde não tinha explosões de redes sociais, onde a comunicação é muito setorizada e por conta disso que o empresário dos Beatles Brian Epstein resolveu fazer essa turnê histórica pela América. A influência de Brian perante sua banda foi enorme, propôs rapidamente uma nova maneira dos músicos se vestirem e se comportar no palco. A liberdade do quarteto vinha muito em torno da música, John e Paul escreveram nessa época músicas que tocam nossos corações e nas rádios até os dias de hoje.

Se formos pensar como seria a exposição dos Beatles surgindo nos dias de hoje, fica até difícil fazer algum paralelo mas com as forças das redes sociais e as ações de um mundo cada vez mais globalizado, o sucesso seria maior ainda. Não importa a época, Beatles sempre serão os Beatles e vai ser difícil outra banda chegar com tamanha idolatria com o público como eles conseguiram. Seja beatlemaníaco ou não, você não pode perder esse belo documentário! Bravo!

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Raphael Camacho Crítico de Cinema
Raphael Camacho é um profissional com mais de 20 anos de experiência no mercado cinematográfico. Ao longo de sua trajetória, atuou como programador de salas de cinema, além de ter trabalhado nas áreas de distribuição e marketing de filmes. Paralelamente à sua atuação na indústria, Raphael sempre manteve sua paixão pela escrita, contribuindo com o site Cinepop, onde se consolidou como um dos colaboradores mais antigos e respeitados deste que é um dos portais de cinema mais queridos do Brasil.
Raphael Camachohttps://guiadocinefilo.blogspot.com.br
Raphael Camacho é um profissional com mais de 20 anos de experiência no mercado cinematográfico. Ao longo de sua trajetória, atuou como programador de salas de cinema, além de ter trabalhado nas áreas de distribuição e marketing de filmes. Paralelamente à sua atuação na indústria, Raphael sempre manteve sua paixão pela escrita, contribuindo com o site Cinepop, onde se consolidou como um dos colaboradores mais antigos e respeitados deste que é um dos portais de cinema mais queridos do Brasil.
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