terça-feira , 24 dezembro , 2024

‘007’: “No Time To Die”, música-tema de Billie Eilish, é uma amálgama de partes que não se completam

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A nova franquia 007 tem um histórico consideravelmente consistentes em relação a canções originais: em 2006, Chris Cornell era indicado ao Oscar por seu impecável trabalho com “You Know My Name”, enquanto Adele faturava a estatueta sete anos depois por Skyfall – um dos melhores temas do cinema das últimas décadas.

Em 2016, Sam Smith manteria o mesmo veio com o lançamento de “Writing’s on the Wall” (ainda que recebesse críticas mistas e se transformasse em uma das composições mais pedantes e sem vida da indústria fonográfica).



E agora, com o anúncio de mais um longa-metragem da saga estrelada por Daniel Craig, chegou a vez da jovem Billie Eilish ser chamada para fazer uma breve aparição na produção ao lado do irmão e produtor Finneas O’Connell. Afinal, a dupla acaba de sair de um belo e ocupado ano, tendo lançado o aclamado álbum ‘When We All Fall Asleep, Where Do We Go?’, que levou para casa inúmeras estatuetas do Grammy Awards e transformou Billie em um ícone de sua geração ao se tornar a pessoa mais jovem a ganhar o gramafone de Álbum do Ano.

Entretanto, parece que seguimos um mesmo problema já visto em diversos prolíficos nomes da indústria do entretenimento. É claro que Adele manteve sua carreira sólida através dos anos, talvez pelo fato de saber quando respirar e tirar uma pausa para si; Lady Gaga já sofreu desse mal na transição de 2012 para 2013, tempo durante o qual seu nome irradiava nos letreiros do mundo inteiro até sua brusca queda pela subestimada compreensão de ‘Artpop’Madonna, depois de se consolidar através de três décadas, também foi “esquecida” nos últimos anos pelo número de projetos ao qual se destinava; e talvez Eilish esteja caminhando para um destino semelhante, recusando-se a “dar um tempo” em prol de deixar sua marca o mais cedo possível na esfera musical (coisa que já conseguiu, de fato).

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O resultado de “No Time To Die”, anunciada há poucas semanas em suas redes sociais, reflete uma necessidade quase prolixa de provar seu talento: afinal, nada parece convergir para um ponto em comum – pelo contrário; a conhecida voz sussurrada da artista, prática quando pensamos em faixas como “bad guy”“all the good girls go to hell”, não consegue acompanhar a épica e exuberante orquestra no pano de fundo, falhando em basicamente todas as tentativas de se tornar memorável.

O’Connell, por sua vez, encontra um espaço nostálgico, quase mimético, ao produzir uma sonoridade que nos encanta pela familiaridade. De fato, é inegável notar acordes e progressões que remetam os ouvintes às últimas canções para o mundo de James Bond – incluindo a manutenção do clássico crescendo e da “catártica” explosão que premedita as últimas notas (tão bela e propositalmente dissonantes quanto os trompetes que pincelam o primeiro ato).

É certo dizer que, a cada nova vez que ouvimos a canção, ela se torna um pouco mais suportável (créditos a Finneas por suas habilidades irretocáveis de mascarar até a investida mais insossa possível), e é bem capaz que “No Time To Die” fature uma indicação às principais premiações da música, o que não nos diz muito sobre seu teor crítico, visto que Smith levou várias condecorações por algo medíocre e esquecível demais. Afinal, Billie está em alta (e qualquer coisa que a jovem venha a produzir vai ser abraçada sem o mínimo de discernimento por qualquer um).

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Com estreia agendada para 9 de abril de 2020, o longa marca o retorno de Daniel Craig ao papel do icônico personagem James Bond, de Ian Fleming – pela quinta e última vez.

Na trama, o agente secreto britânico está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica, depois de ter deixado o serviço ativo. No entanto, sua paz está com os dias contados, já que uma nova missão lhe é dada.

O último filme lançado – ‘007 Contra Spectre‘ – foi um sucesso global, abrindo em primeiro lugar em 81 territórios pelo mundo. O filme ainda quebrou recorde de bilheteria de todos os tempos no Reino Unido como a maior abertura em sete dias, com US$ 63,8 milhões. O longa anterior, ‘007 – Operação Skyfall‘, arrecadou US$ 1.1 bilhão em escala mundial.

Dirigido por Cary Joji Fukunaga (Beasts of No Nation e True Detective), ‘007 – Sem Tempo Para Morrer‘ traz também o retorno de Ralph Fiennes, Naomie Harris, Rory Kinnear, Léa Seydoux, Ben Whishaw e Jeffrey Wright ao elenco e ainda apresenta Ana de Armas, Dali Benssalah, David Dencik, Lashana Lynch, Billy Magnussen e Rami Malek.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Em 2016, Sam Smith manteria o mesmo veio com o lançamento de “Writing’s on the Wall” (ainda que recebesse críticas mistas e se transformasse em uma das composições mais pedantes e sem vida da indústria fonográfica).

E agora, com o anúncio de mais um longa-metragem da saga estrelada por Daniel Craig, chegou a vez da jovem Billie Eilish ser chamada para fazer uma breve aparição na produção ao lado do irmão e produtor Finneas O’Connell. Afinal, a dupla acaba de sair de um belo e ocupado ano, tendo lançado o aclamado álbum ‘When We All Fall Asleep, Where Do We Go?’, que levou para casa inúmeras estatuetas do Grammy Awards e transformou Billie em um ícone de sua geração ao se tornar a pessoa mais jovem a ganhar o gramafone de Álbum do Ano.

Entretanto, parece que seguimos um mesmo problema já visto em diversos prolíficos nomes da indústria do entretenimento. É claro que Adele manteve sua carreira sólida através dos anos, talvez pelo fato de saber quando respirar e tirar uma pausa para si; Lady Gaga já sofreu desse mal na transição de 2012 para 2013, tempo durante o qual seu nome irradiava nos letreiros do mundo inteiro até sua brusca queda pela subestimada compreensão de ‘Artpop’Madonna, depois de se consolidar através de três décadas, também foi “esquecida” nos últimos anos pelo número de projetos ao qual se destinava; e talvez Eilish esteja caminhando para um destino semelhante, recusando-se a “dar um tempo” em prol de deixar sua marca o mais cedo possível na esfera musical (coisa que já conseguiu, de fato).

O resultado de “No Time To Die”, anunciada há poucas semanas em suas redes sociais, reflete uma necessidade quase prolixa de provar seu talento: afinal, nada parece convergir para um ponto em comum – pelo contrário; a conhecida voz sussurrada da artista, prática quando pensamos em faixas como “bad guy”“all the good girls go to hell”, não consegue acompanhar a épica e exuberante orquestra no pano de fundo, falhando em basicamente todas as tentativas de se tornar memorável.

O’Connell, por sua vez, encontra um espaço nostálgico, quase mimético, ao produzir uma sonoridade que nos encanta pela familiaridade. De fato, é inegável notar acordes e progressões que remetam os ouvintes às últimas canções para o mundo de James Bond – incluindo a manutenção do clássico crescendo e da “catártica” explosão que premedita as últimas notas (tão bela e propositalmente dissonantes quanto os trompetes que pincelam o primeiro ato).

É certo dizer que, a cada nova vez que ouvimos a canção, ela se torna um pouco mais suportável (créditos a Finneas por suas habilidades irretocáveis de mascarar até a investida mais insossa possível), e é bem capaz que “No Time To Die” fature uma indicação às principais premiações da música, o que não nos diz muito sobre seu teor crítico, visto que Smith levou várias condecorações por algo medíocre e esquecível demais. Afinal, Billie está em alta (e qualquer coisa que a jovem venha a produzir vai ser abraçada sem o mínimo de discernimento por qualquer um).

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Com estreia agendada para 9 de abril de 2020, o longa marca o retorno de Daniel Craig ao papel do icônico personagem James Bond, de Ian Fleming – pela quinta e última vez.

Na trama, o agente secreto britânico está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica, depois de ter deixado o serviço ativo. No entanto, sua paz está com os dias contados, já que uma nova missão lhe é dada.

O último filme lançado – ‘007 Contra Spectre‘ – foi um sucesso global, abrindo em primeiro lugar em 81 territórios pelo mundo. O filme ainda quebrou recorde de bilheteria de todos os tempos no Reino Unido como a maior abertura em sete dias, com US$ 63,8 milhões. O longa anterior, ‘007 – Operação Skyfall‘, arrecadou US$ 1.1 bilhão em escala mundial.

Dirigido por Cary Joji Fukunaga (Beasts of No Nation e True Detective), ‘007 – Sem Tempo Para Morrer‘ traz também o retorno de Ralph Fiennes, Naomie Harris, Rory Kinnear, Léa Seydoux, Ben Whishaw e Jeffrey Wright ao elenco e ainda apresenta Ana de Armas, Dali Benssalah, David Dencik, Lashana Lynch, Billy Magnussen e Rami Malek.

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