Lançado em 1984, Indiana Jones e o Templo da Perdição é o filme mais sombrio da saga do aventureiro mais famoso dos cinemas. Sucesso entre os fãs, ele será exibido hoje na Globo. Por conta disso, o CinePOP separou 10 curiosidades sobre o longa. Confira!
Prequel
Por mais que o filme seja o segundo da franquia, cronologicamente, ele se passa um ano antes de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. Isso se deu porque o roteirista, George Lucas, não queria que os vilões fossem novamente os nazistas. Dessa forma, a saída encontrada foi colocar a aventura para acontecer em 1935.
Descartada
A cena de abertura original seria uma perseguição de Indy (Harrison Ford) na Muralha da China. Ele usaria uma moto para fugir dos vilões. No entanto, o governo chinês proibiu as filmagens, então a ideia foi descartada. No lugar, entrou o bar em Shangai, que foiuma sequência baseada em uma cena pensada para fazer parte do primeiro filme, mas que também acabou sendo descartada na época. A cena teria Indy e Marion fugindo de tiros atrás de um gongo de ferro. Partindo desse momento, eles bolaram a cena do bar para encaixar o gongo.
General Kenobi
As referências de Star Wars na franquia Indiana Jones são bem frequentes, mas essa aqui passa despercebida por muitos fãs. O bar da sequência de abertura se chama “Club Obi Wan”, em homenagem ao general Obi Wan Kenobi, mestre dos Skywalker nos cinemas.
Elenco canino
Uma das curiosidades mais legais da franquia é que o apelido do protagonista, Indiana, foi uma homenagem ao cachorro do George Lucas, um simpático Malamute-do-alasca, cujo comportamento também inspirou outro ícone do cinema: o Chewbacca.
Mas a influência canina não parou por aí. Isso porque outros dois personagens da franquia receberam nomes dos doguinhos da equipe criativa.
Em O Templo da Perdição, a cantora Willie ganhou esse nome em homenagem à Cocker Spaniel de Steven Spielberg. Essa da foto ao lado.
Já o garotinho Short Round foi chamado assim por conta do cachorrinho do roteirista Willard Huyck, que, por sua vez, recebeu esse nome por causa de um personagem do filme Capacete de Aço, de 1951.
Amor de bastidores
Kate Capshaw, que interpreta a Willie, detestava sua personagem porque, para ela, a cantora não passava de uma loira burra e escandalosa. Da mesma forma, Spielberg já assumiu que não gosta muito de O Templo da Perdição por achá-lo sombrio demais ante o resto da franquia, mas diz que tem um lugar especial em seu coração por ter sido o filme que o fez conhecer Kate, com quem é casado desde 1991. Inclusive, em O Reino da Caveira de Cristal (2008), haveria uma piada do Dr. Jones dizendo que a Willie havia casado com um diretor de cinema, fazendo referência a Spielberg, mas acabaram cortando a brincadeira.
Perdido na Tradução
O xamã do vilarejo em que Indy e seus amigos caem na Índia é interpretado por D.R. Nanayakkara, que não sabia falar inglês, apesar de ter bastante presença em tela. A alternativa encontrada para as cenas em que o personagem precisa falar o idioma foi colocar Steve Spielberg por trás das câmeras repetindo as falas e gesticulando para o ator repetir. Inclusive, dá para perceber que ele fala de modo bem pausado. Essas pausas aconteciam porque Spielberg ainda não tinha gesticulado o que ele deveria falar depois.
Por acaso
O Templo da Perdição foi o primeiro trabalho do ator Ke Huy Quan, que interpretou o Short Round e depois faria o Dado, de Os Goonies. A parte mais curiosa é que ele não foi para as audições fazer um teste, mas sim para dar apoio moral ao seu irmão, que tentava o papel. Só que ele ficava o tempo inteiro dizendo ao irmão o que fazer. Sua atitude chamou a atenção de Spielberg, que o convidou para improvisar aquela cena em que o Shortie briga com o Indy ao vê-lo trapaceando no carteado. A cena agradou tanto que ele foi escolhido dentre seis mil atores mirins.
O Grito
Considerada uma das personagens mais irritantes da franquia – senão a mais irritante -, a pobre da Willie foi realmente feita para ser a mocinha em perigo, burrinha, bonita e escandalosa. E isso se reflete na quantidade de gritos que ela dá ao longo do filme. São nada menos que 71 gritos em cerca de 2h. O curioso é que Kate Capshaw não sabia gritar de um jeito “cinematográfico”, precisando tomar aulas para aprender a gritar durante as filmagens.
Reaproveitado
A cena mais icônica do filme é a perseguição nos carrinhos de mineração. Além de extremamente bem executada, ela virou sinônimo deste filme por ser bem suja e sombria, tal qual a própria aventura do longa. Assim como a cena do gongo, essa sequência foi planejada para fazer parte do primeiro filme, mas acabou sendo descartada. Com a continuação aprovada, Lucas e Spielberg decidiram usá-la. Ainda bem!
Pau pra toda obra
O ator alemão Pat Roach tem quatro papéis ao longa da franquia Indiana Jones. Em Caçadores da Arca Perdida, ele interpreta um soldado barbudo que briga com Indy no bar em chamas. Mais tarde, ele aparece como soldado alemão parrudo e careca que briga com o Indiana Jones no aeroporto nazista no Cairo e acaba sendo fatiado por uma hélice.
Já em O Templo da Perdição, ele interpreta o cara que toca o gongo no Club Obi Wan e o guarda que briga com o Indy no Templo da Perdição e acaba morrendo esmagado. A ideia era que ele aparecesse em todos os filmes da franquia como um parrudo que morria para o Indy, mas acabaram cortando sua participação no filme três e ele morreu na vida real antes do filme quatro.
A franquia Indiana Jones está disponível no HBO Max.