Lançado em 2018, Megatubarão chegou sem muito alarde, como se fosse só mais um daqueles filmes genéricos que são lançados anualmente com tubarões de computação gráfica questionável. No entanto, ele acabou cativando o público por trazer um elenco carismático e efeitos realmente bons na construção da ameaça.
Não que seja um primor, mas é realmente uma aventura divertida sobre Jason Statham enfrentando um tubarão gigante, enquanto interage com um Rainn Wilson (o Dwight de The Office) trabalhado na ironia em pleno oceano. E como o filme fez um sucesso considerável, garantindo até a péssima sequência que chegou aos cinemas neste ano, separamos 10 curiosidades sobre Megatubarão que você talvez não conheça. Confira!
Adaptação
Por mais incrível que pareça, Megatubarão é uma adaptação do livro Meg: A Novel of Deep Terror, do autor norte-americano Steve Alten. O livro foi lançado em 1997 e marcou o início de uma saga de 7 livros, com o oitavo previsto para sair entre 2024 e 2025.
Visual
No livro, a “Meg” é descrita como um tubarão gigante com pele branca bioluminescente. A justificativa é que serviria como uma forma dela se guiar numa profundidade de escuridão total. No filme, porém, não funcionou a ideia de adaptar esse visual, já que a equipe de CGI queria deixar o monstro mais realista e essa “aura” de bioluminescência estava destoando. Então, eles construíram o monstro com base em um grande Tubarão-Branco.
Diferença
Houve várias grandes mudanças do livro para o filme, mas talvez a maior dela tenha sido o estilo de ataque da Meg. Nos livros, por ser uma criatura que vive em escuridão total, ela só atacava à noite por conta da sensibilidade dos olhos. Porém, no filme, o tubarãozão ataca a maior parte do tempo durante o dia mesmo.
Monstruoso
Paleontólogos estimam que o tamanho do Megalodonte na vida real girava em torno de 15 a 18 metros de comprimento. Já no filme, eles dizem que a espécie podia atingir até 27 metros de comprimento. Por isso, a “Meg” é considerada um Megalodonte mediano, por ter “apenas” 23 metros.
Fidelidade
Um dos pontos mais legais é que o filme adaptou um comportamento real dos tubarões. Nos momentos pré-assassinatos em massa, a Meg se aproxima dos banhistas com um comportamento de curiosidade. Ela não quer devorá-los, mas ver o que está acontecendo com todas aquelas formas boiando sobre ela. Só que, ao verem a barbatana, os banhistas se desesperam e começam a se debater na água, fazendo com que o tubarão os interprete como presas, aí sim atacando.
Divergências
Originalmente, o diretor contratado para o filme era Eli Roth, mas ele deixou o projeto após “divergências criativas” com o estúdio. Algum tempo depois, fontes internas revelaram que ele havia feito exigências complicadas. Além de um orçamento gigante de 150 milhões de dólares, ele queria que a classificação indicativa fosse para maiores de 18 anos. Sem contar que ele queria escrever o roteiro, dirigir o filme e interpretar o protagonista. Só que os executivos não acharam que ele seria capaz de trazer público para a produção só com sua presença.
O brabo
A escolha de Jason Statham para o papel principal foi um grande acerto. Isso porque ele é atleta vida real, chegando até mesmo a ter representado a Inglaterra na modalidade de saltos ornamentais nos Jogos da Commonwealth (tipo uma Olimpíada, mas só com países que foram colônias britânicas) dos anos 90 nas provas de natação. Por conta disso, ele fez a maior parte de suas cenas embaixo d’água, usando dublê apenas para sequências mais longas.
Por pouco
A atriz Ruby Rose passou um perrengue daqueles durante as filmagens. Para gravar uma cena submersa, ela entrou em um tanque muito fundo na Nova Zelândia, só que suas botas encheram d’água, o que aumentou seu peso, e a roupa que estava usando limitava seu movimentos. Resultado: ela começou a afundar e não conseguia nadar de volta para a borda. Ela quase se afogou, mas foi salva pelos mergulhadores profissionais da equipe de segurança.
Desconfortável
A ideia do diretor Jon Turteltaub era deixar o público extremamente desconfortável em todas as cenas debaixo d’água. Para ele, o ideal era que todos se sentissem explorando um planeta alienígena desconhecido. Para isso, ele fez uma trabalho pesado com as equipes de som e iluminação para criar a sensação de que algo ruim poderia acontecer a qualquer momento. Inclusive, ele chegou a debater se a Meg deveria ter ou não algum tipo de rugido. Eles concluíram que não seria adequado, mas que poderiam explorar esses sons mais altos para criar terror por meio dos barulhos de alta velocidade e da ruptura da tensão superficial da água.
Origens
No filme, a Meg é descrita como um Megalodonte, um tubarão pré-histórico que sobreviveu vivendo em águas profundas. No entanto, o livro trata o animal como uma nova espécie. Seria um descendente do Megalodonte que evoluiu e se adaptou ao ambiente profundo. Como o filme virou franquia, é possível que explorem isso em um novo capítulo.
Megatubarão está disponível no Max.