Lançado em 1997, Titanic é considerado por muitos o maior filme de todos os tempos. Não apenas por sua extensa duração, mas pela grandiosidade desse projeto, que foi inspirado em uma história real e apaixonou gerações com a trama de amor de Jack e Rose, um rapaz pobre e uma menina rica prometida a um magnata.

Com quase 30 anos de existência, o épico romântico segue encantando pessoas de todas as idades, escondendo até hoje segredos e curiosidades que muitos não imaginam. Pensando nisso, o CinePOP selecionou 10 delas. Confira!
Dublagem

A dublagem clássica do filme foi feita nos lendários estúdios da Herbert Richers e contou com a nata da dublagem carioca. Mas o grande destaque do elenco foi o dublador do jovem Leonardo DiCaprio, que interpretou Jack Dawson no longa. Para o papel principal, o experiente Oberdan Júnior (a eterna voz do Tintim) fora escalado. No entanto, ele conversou com a direção da dublagem e indicou Danton Mello, que se destacava na TV aberta na novela Malhação, e já havia dublado DiCaprio em Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador (1994).
Pioneira

A dublagem de Titanic da Herbert Richards foi mais que especial, foi pioneira. Na época, ainda era muito comum que os dubladores gravassem suas falas juntos no mesmo estúdio. No entanto, a deste filme foi a primeira da história do estúdio a ser gravada com o método atual de dublagem, o individual, no qual cada dublador grava suas falas separadamente, deixando que a mixagem e edição cuidem da junção das falas posteriormente. O método visava dar maior qualidade ao produto final que chegaria ao Home Video. Por falar nisso, o VHS desse filme ficou muito conhecido. O filme era tão grande que teve de ser dividido em duas fitas cassete.
Duas versões

A dublagem do filme ficou excepcionalmente famosa após a primeira exibição do filme na TV Globo, em dezembro de 2000. Em 2012, no centenário do naufrágio do Titanic, o filme retornou aos cinemas do mundo inteiro e ganhou relançamentos em Blu-Ray. Infelizmente, para conseguir a qualidade de som exigida pelo formato de Home Video, eles precisaram redublar o filme, perdendo o material original. O trabalho foi feito na Dublavídeo, com elenco paulista. A nova versão causou estranhamento em quem comprou o Blu-Ray e se deparou com as vozes diferentes daquelas que se imortalizaram nas reprises da TV e nas locadoras de vídeo.
Eternidade

O filme é mundialmente conhecido por ser muito extenso, com 3h14 de duração. No entanto, se você desconsiderar as cenas do filme ambientadas no “presente”, e os créditos de abertura e de conclusão, esse tempo cai para 2h40, que é o tempo exato que o Titanic da vida real levou para naufragar. Mais do que isso, a cena da colisão com o iceberg dura exatos 37 segundos, que é o tempo estimado do choque que aconteceu em 1912 e ocasionou o naufrágio.
Caríssimo

O custo de produção do filme foi altíssimo para a época. O valor gasto para rodar as filmagens de Titanic giraram em torno de US$ 200 milhões, enquanto a embarcação de verdade custou US$ 7,5 milhões, o que daria aproximadamente US$ 150 milhões em valores atualizados. James Cameron justificou os gastos usando o máximo de efeitos práticos possíveis. Ele criou versões praticamente idênticas aos ambientes do navio original. Além disso, o diretor forneceu diversas informações sobre os passageiros para os figurantes do filme. Ou seja, eles estavam mesmo interpretando pessoas reais, com histórias e objetivos, não apenas fazendo figuração.
Direto na fonte

Para conseguir as filmagens que precisava, James Cameron fez diversas viagens ao Titanic embaixo d’água. De acordo com o diretor, foram mais de “33 mergulhos” realizados à carcaça da embarcação. Ele também afirmou que na primeira vez que fez a viagem e pôde observar o que havia sobrado, ele se debulhou em lágrimas por enfim ter compreendido a magnitude desse evento histórico engolido pelas águas gélidas.
Referência

As viagens de Cameron ao navio e os inúmeros estudos dele sobre os passageiros e histórias que viveram na embarcação antes do naufrágio fizeram do diretor uma das maiores autoridades sobre o Titanic no mundo. O diretor já disse se sentir profundamente conectado ao navio e se manifestou publicamente pela manutenção da estrutura do Titanic como um mausoléu que não deveria ser explorado, como algumas empresas vinham fazendo por valores milionários. Ele também já lamentou algumas vezes sobre os leilões das mobílias e objetos resgatados do barco, afirmando que essa dispersão dos objetos pelo mundo os desconecta das histórias que existiram no local.
Início da amizade

Uma das sequências mais famosas do filme rendeu uma curiosidade pra lá de inusitada. Na cena em que pede a Jack que a desenhe “como uma de suas garotas francesas”, a atriz Kate Winslet fez sua primeira cena de nudez da carreira. Quando descobriu que esse momento aconteceria, ela decidiu pregar uma peça em Leonardo DiCaprio logo de cara. No dia em que eles se conheceram oficialmente, ela levantou a blusa na frente do ator, que ficou sem jeito e riu muito. Dali em diante, eles desenvolveram uma amizade que dura até hoje.
Obra do diretor

Essa aqui é uma curiosidade bastante conhecida, mas o desenho da sequência icônica foi feito pelo próprio James Cameron, diretor do filme. Inclusive, as mãos que o público vê riscando o papel não são de DiCaprio, mas de Cameron. O ator viu como o diretor se movia enquanto desenhava e tentou replicar a cena, que foi construída em um trabalho excepcional da montagem.
Recordista

Quando saiu, Titanic conquistou a maior bilheteria da história, com mais de 2 bilhões de dólares arrecadados. O filme só foi desbancado em 2009, com o lançamento de outro filme de James Cameron: Avatar. Além disso, se tornou o filme com mais estatuetas do Oscar conquistadas (11), empatando com Ben-Hur (1959) e sendo igualado, anos mais tarde, por O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003). O filme também deve ser recordista de mais vezes questionado sobre bobeira. A icônica cena da morte de Jack já rendeu vários momentos engraçados para James Cameron, que é questionado até hoje se não havia espaço para o rapaz sobre a porta flutuante. A pergunta foi feita tantas vezes que James brincou, em 2023, que se soubesse o tamanho da repercussão desse momento, ele teria escolhido uma porta menor.




