Um dos grandes elos de informação com o público é o jornalismo. Profissão importante para qualquer sociedade, ainda mais em uma época repleta de Fake News onde parte das informações que vemos, lemos, é transformada e muitas vezes pessimamente apuradas. Alguns projetos audiovisuais nos mostram a importância do bom jornalismo ou até mesmo críticas a determinadas situações midiáticas. Assim, resolvemos criar uma lista com 10 filmaços para você que é jornalista ou estudante de comunicação social:
Breslin and Hamill: Deadline Artists
A simplicidade da origem do impactante jornalismo nova-iorquino de décadas passadas e as imensas transformações dessa profissão aventureira e ainda pouco valorizada. Buscando resgatar a história marcante de dois dos maiores colunistas de jornais impressos dos Estados Unidos, que escreveram para diversos jornais de Nova Iorque, Jimmy Breslin e Pete Hamill, os diretores Jonathan Alter, John Block, Steve McCarthy conseguem em pouco menos de duas horas passar com bastante informação sobre fatos marcantes da história norte-americana que tiveram os dois jornalistas citados na linha de frente entre público e notícia. Produzido pela HBO.
O bom jornalismo está em muitos lugares, a fonte desse é a verdade. Prêmio de Melhor Longa-Metragem Documentário da Competição Internacional na edição 2020 do Festival É Tudo Verdade, Collective, de Alexander Nanau é um filme forte e corajoso. Um documentário investigativo mostrando quase em tempo real as chocantes descobertas e os desdobramentos de um fato que desencadeou uma crise feroz no Ministério da Saúde da Romênia. Um grupo de jornalistas tenta apurar e noticiar todas as portas que se abrem conforme vão avançando no caso. Detalhado e argumentativo, somos testemunhas de um golpe completo de um estado disfuncional, sua corrupção e seu sistema de saúde repleto de esquemas gananciosos.
Dhamaka, no original, conta a saga de um jornalista premiado chamado Arjun Pathak (Kartik Aaryan) que chegou ao estrelato bem cedo na carreira sendo âncora de um dos principais telejornais da Índia. Só que algo, mal explicado no início, acontece e ele é rebaixado para um programa de rádio da mesma emissora que trabalha. Um dia, em meio a sua nova rotina depressiva e sem inspiração, ele recebe uma chamada ao vivo de um homem que diz que vai explodir uma ponte. Sem acreditar no ouvinte, ele não dá muita bola até que a ponte mencionada é explodida. A partir daí Arjun busca ao mesmo tempo encontrar uma solução para o problema nacional além de tentar de todas as formas voltar a ser o âncora do principal telejornal da emissora.
Na trama, conhecemos Arezoo Rahimi (Zar Amir Ebrahimi) uma jornalista que já passou por maus bocados na profissão e resolve partir para uma complexa investigação de um possível serial killer de prostitutas que promove o terror na cidade de Mexede, segunda maior em população e situada no nordeste do Irã. Na sua caçada por provas de quem seria esse assassino e contando com a ajuda de um jornalista local, enfrenta todo tipo de desconfiança além de inúmeras situações políticas ligadas ao caso que ganha os olhos da opinião pública.
Na trama, conhecemos a vida do ingênuo e trabalhador boa praça Richard Jewell (Paul Walter Hauser), um homem que consegue depois de muito tempo realizar seu sonho de trabalhar como agente de segurança. Anos se passam e ele está trabalhando em um evento, dentro das olímpiadas de Atlanta em 1996, quando acha suspeito uma mochila e dispara a notícia de emergência para os demais agentes, só que minutos depois a mochila com uma bomba explode. Mesmo com algumas poucas mortes, Jewell num primeiro momento é tratado como herói nacional. Só que dias depois, agentes federais pressionados por não encontrarem suspeitos, resolvem investigar Richard Jewell e a informação vaza para a repórter Kathy Scruggs (Olivia Wilde) que com seu artigo consegue transformar o herói em um vilão aos olhos da mídia. Completamente perdido, Richard só pode contar com sua carinhosa mãe Bobi Jewell (Kathy Bates) e um velho amigo e ótimo advogado Watson Bryant (Sam Rockwell) para provar sua inocência.
The Post
Baseado em fatos reais, em um caso famoso político/midiático conhecido como ‘Papéis do Pentágono’, ambientado na década de 70, o editor chefe do famoso jornal (na época nem tão famoso assim) The Washington Post Ben Bradlee (Tom Hanks) é informado por uma fonte de um de seus jornalistas que está de posse em documentos sigilosos do governo americano que atinge não só o presidente da época, Richard Milhous Nixon, mas graves informações sobre o governo norte-americano e seu papel com a Guerra do Vietnã. Assim, Ben precisa do apoio da atual manda chuva do jornal, Kay Graham (Meryl Streep) para publicar a matéria sem medo de serem perseguidos pelo governo norte americano.
Na trama, conhecemos a solitária Kim Baker (Tina Fey), uma editora que nunca teve nas frentes das câmeras e na necessidade de sua emissora de enviar alguém para cobrir a guerra no Afeganistão, acaba topando o desafio e embarca com sua chamativa mala para frente do conflito. Chegando lá, enfrenta muitas dificuldades que vão do alojamento precário da imprensa até um certo tipo de preconceito por ser uma das poucas mulheres cobrindo esse conflito. Mas aos poucos, Kim vai mostrando seu valor e conseguindo histórias muito interessantes que cercam esse conflito.
Spotlight – Segredos Revelados
O filme, baseado em fatos reais, gira em torno de uma equipe de jornalistas investigativos comandados Robby (Michael Keaton) que acabam descobrindo um escândalo ligado à igreja católica que escondia casos de abuso de menores por padres na cidade de Boston. Lutando contra grandes forças que sempre protegeram essa história, os jornalistas precisam lidar com muitas surpresas e bastante paciência para poder apurar todos os fatos e publicar a matéria. A reportagem rendeu aos jornalistas o prestigiado Prêmio Pulitzer de serviço público em 2003.
Um dos sequestros mais absurdos e com desenrolares inacreditáveis da história da Europa. Gravações feitas no mês de agosto do ano de 1988 se transformaram em um documentário que nos impacta do início ao fim. Os Reféns de Gladbeck, lançado na Netflix tem a proposta de apresentar os fatos de um sequestro onde, por mais de 50 horas, sem interrupção, telespectadores da Alemanha Ocidental acompanharam os desenrolares da ação criminosa que virou um grande circo midiático. Totalmente feito com gravações originais, mostrados em ordem cronológica, vamos acompanhando uma série de absurdos que se sucedem, desde um passivo comando das forças policiais até a interferência massiva de jornalistas ao longo de todos os fatos.
Na trama, conhecemos rapidamente o apresentador de um programa de televisão de boa audiência especializado em análise do mercado financeiro, Lee Gates (George Clooney). Durante um dos programas desse show, que acontece ao vivo, um homem alterado chamado Kyle (Jack O’Connell – do ótimo 71: Esquecido em Belfast) entra com uma arma na mão e faz Gates de refém. Ao longo das horas seguintes, o sequestrador vai exigir uma coisa e o apresentador e sua fiel escudeira, a produtora Patty (Julia Roberts) vão fazer de tudo para entregar o que ele quer.