quarta-feira , 20 novembro , 2024

10 Documentários Imperdíveis no Festival do Rio 2024

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Uma das melhores coisas sobre o Festival do Rio é a ampla gama de diversidade em sua programação. Com filmes para todos os gostos e de todos os gêneros e formatos, inclusive para quem curte assistir histórias reais e documentários. Por isso, separamos aqui 10 documentários imperdíveis para vocês conferirem no Festival do Rio 2024.

10 – Cine Memória Lupa



Resgate da Animação Promocional Brasileira, em cópias restauradas, em parceria com o Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense.

cine memoria lupa

9 – Greve!

Os acontecimentos principais da greve dos metalúrgicos do ABC, liderada por Lula em março de 1979, são narrados ao mesmo tempo em que se procura contextualizá-los no momento político brasileiro. Depoimentos de operários militantes revelam as razões objetivas que os conduziram a esse movimento sólido e transformador.

greve

8 – No Céu na Pátria Nesse Instante

Rodado ao longo de 2022, o documentário acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF no dia 8 de janeiro de 2023. Através do olhar e da vivência de alguns personagens envolvidos no processo das eleições, mergulhamos num Brasil de tensão e expectativa, onde coexistem realidades paralelas que têm dificuldade de se enxergar mutuamente. Um registro de um momento na história do país em que a democracia esteve seriamente em jogo. Dirigido por Sandra Kogut.

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7 – Eu Sou a Neta dos Antigos

Percorrendo extensos lavrados das terras dos netos de Makunaimi, Kelliane Wapichana viaja para preservar sementes nativas. Seu trabalho é fundamental na promoção da autonomia e da segurança alimentar de povos originários, além de contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. As paisagens revelam o cotidiano de sangue, resiliência e luta de seus parentes, mas também a magia e a renovação da esperança, enquanto testemunhamos saberes de sustentabilidade e fé.

eu sou a neta dos antigos

6 – Alma Negra, do Quilombo ao Baile

Um amplo mergulho no universo afro-brasileiro através da soul music, retratando desde o surgimento do gênero, no final dos anos 1960, e o sucesso na indústria fonográfica até o ápice com os famosos bailes blacks no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além da música, o filme retrata o movimento de valorização da cultura negra e a luta política contra o racismo na época. Através do olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 1970 e de hoje, como Sueli Carneiro e Ednéia Gonçalves, o longa busca nos quilombos e nos bailes de soul a “alma negra” brasileira.

alma negra do quilombo ao baile

5 – 3 Obás de Xangô

O filme gira em torno da amizade incondicional de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Artistas que foram os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até os dias de hoje. Os três defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres e a onipresença do mar. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé consolidaram “um modo de estar no mundo” dos baianos e influenciaram gerações de artistas.

screenshot

4 – Apocalipse nos Trópicos

Quando uma democracia termina e uma teocracia começa? O documentário investiga a crescente influência que líderes evangélicos exercem sobre a política brasileira. Entrelaçando passado e presente, apresenta um espelho inquietante para o resto do mundo. Dirigido por Petra Costa.

apocalipse nos tropicos

3 – Brizola – Anotações para uma História

Dirigido por Silvio Tendler que conta a história do político Leonel Brizola, um dos mais influentes da política brasileira. O filme aborda a construção da classe política e o ideal democrático no Brasil, e destaca o papel de Brizola desde a primeira metade do século XX.

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2 – Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta

Ecoa a voz de Davi Kopenawa Yanomami, líder indígena e defensor da Amazônia. Com participações de personalidades como Ailton Krenak, Claudia Andujar, José Celso Martinez e Gilberto Gil, entre outros, o filme traz um olhar atual e poético sobre o pensamento de Kopenawa e os desafios enfrentados pelo povo Yanomami. Davi, xamã e ativista global, reflete sobre os impactos causados pelas invasões nos territórios indígenas, a crise climática e o futuro da humanidade.

kopenawa sonhar a floresta

1 – A Queda do Céu

A partir do poderoso testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, o filme acompanha o importante ritual Reahu, que mobiliza a comunidade de Watorikɨ num esforço coletivo para segurar o céu. O documentário faz uma contundente crítica xamânica àqueles chamados por Davi de “povo da mercadoria”, assim como ao garimpo ilegal e à mistura mortal de epidemias trazidas por forasteiros, colocando em primeiro plano a beleza da cosmologia Yanomami, os espíritos xapiri e sua força geopolítica que nos convida a sonhar longe.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Uma das melhores coisas sobre o Festival do Rio é a ampla gama de diversidade em sua programação. Com filmes para todos os gostos e de todos os gêneros e formatos, inclusive para quem curte assistir histórias reais e documentários. Por isso, separamos aqui 10 documentários imperdíveis para vocês conferirem no Festival do Rio 2024.

10 – Cine Memória Lupa

Resgate da Animação Promocional Brasileira, em cópias restauradas, em parceria com o Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense.

cine memoria lupa

9 – Greve!

Os acontecimentos principais da greve dos metalúrgicos do ABC, liderada por Lula em março de 1979, são narrados ao mesmo tempo em que se procura contextualizá-los no momento político brasileiro. Depoimentos de operários militantes revelam as razões objetivas que os conduziram a esse movimento sólido e transformador.

greve

8 – No Céu na Pátria Nesse Instante

Rodado ao longo de 2022, o documentário acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF no dia 8 de janeiro de 2023. Através do olhar e da vivência de alguns personagens envolvidos no processo das eleições, mergulhamos num Brasil de tensão e expectativa, onde coexistem realidades paralelas que têm dificuldade de se enxergar mutuamente. Um registro de um momento na história do país em que a democracia esteve seriamente em jogo. Dirigido por Sandra Kogut.

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7 – Eu Sou a Neta dos Antigos

Percorrendo extensos lavrados das terras dos netos de Makunaimi, Kelliane Wapichana viaja para preservar sementes nativas. Seu trabalho é fundamental na promoção da autonomia e da segurança alimentar de povos originários, além de contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. As paisagens revelam o cotidiano de sangue, resiliência e luta de seus parentes, mas também a magia e a renovação da esperança, enquanto testemunhamos saberes de sustentabilidade e fé.

eu sou a neta dos antigos

6 – Alma Negra, do Quilombo ao Baile

Um amplo mergulho no universo afro-brasileiro através da soul music, retratando desde o surgimento do gênero, no final dos anos 1960, e o sucesso na indústria fonográfica até o ápice com os famosos bailes blacks no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além da música, o filme retrata o movimento de valorização da cultura negra e a luta política contra o racismo na época. Através do olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 1970 e de hoje, como Sueli Carneiro e Ednéia Gonçalves, o longa busca nos quilombos e nos bailes de soul a “alma negra” brasileira.

alma negra do quilombo ao baile

5 – 3 Obás de Xangô

O filme gira em torno da amizade incondicional de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Artistas que foram os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até os dias de hoje. Os três defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres e a onipresença do mar. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé consolidaram “um modo de estar no mundo” dos baianos e influenciaram gerações de artistas.

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4 – Apocalipse nos Trópicos

Quando uma democracia termina e uma teocracia começa? O documentário investiga a crescente influência que líderes evangélicos exercem sobre a política brasileira. Entrelaçando passado e presente, apresenta um espelho inquietante para o resto do mundo. Dirigido por Petra Costa.

apocalipse nos tropicos

3 – Brizola – Anotações para uma História

Dirigido por Silvio Tendler que conta a história do político Leonel Brizola, um dos mais influentes da política brasileira. O filme aborda a construção da classe política e o ideal democrático no Brasil, e destaca o papel de Brizola desde a primeira metade do século XX.

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2 – Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta

Ecoa a voz de Davi Kopenawa Yanomami, líder indígena e defensor da Amazônia. Com participações de personalidades como Ailton Krenak, Claudia Andujar, José Celso Martinez e Gilberto Gil, entre outros, o filme traz um olhar atual e poético sobre o pensamento de Kopenawa e os desafios enfrentados pelo povo Yanomami. Davi, xamã e ativista global, reflete sobre os impactos causados pelas invasões nos territórios indígenas, a crise climática e o futuro da humanidade.

kopenawa sonhar a floresta

1 – A Queda do Céu

A partir do poderoso testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, o filme acompanha o importante ritual Reahu, que mobiliza a comunidade de Watorikɨ num esforço coletivo para segurar o céu. O documentário faz uma contundente crítica xamânica àqueles chamados por Davi de “povo da mercadoria”, assim como ao garimpo ilegal e à mistura mortal de epidemias trazidas por forasteiros, colocando em primeiro plano a beleza da cosmologia Yanomami, os espíritos xapiri e sua força geopolítica que nos convida a sonhar longe.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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