O cinema brasileiro está a todo vapor! Em 2024, vários ótimos filmes foram lançados nos cinemas e pelos streamings. Inclusive, temos uma real chance de prêmios importantes pelo mundo com o maravilhoso Ainda Estou Aqui. Com tanta qualidade, alguns ótimos projetos ao longo desses anos ficaram de fora na escolha como representante brasileiro ao Oscar. Pensando nisso, resolvemos criar uma lista bem legal com 10 filmes brasileiros que poderiam ter sido indicados ao Oscar:
Na trama, acompanhamos Suellen (Maeve Jinkings, em grande atuação) uma mulher batalhadora que trabalha como cobradora de um pedágio em Cubatão, São Paulo. Ela tem um filho, Tiquinho (Kauan Alvarenga), perto de completar 18 anos, que adora fazer vídeos e imitar divas da música. Ao longo do tempo, Suellen passou a se incomodar com algumas situações envolvendo o filho e de maneira inconsequente resolve ser parte de uma pequena gangue que rouba relógios, tudo isso para financiar a ida de seu filho à uma cura gay organizada por um pastor gringo.
Do que o ser humano é capaz? Com um excelente roteiro, inspirado num caso que chocou o Brasil, conhecido como Fera da Penha, O Lobo Atrás da Porta completou 10 anos em 2023 sendo considerado por muitos um dos grandes filmes brasileiros da última década. Nos mostrando o sumiço de uma criança, um tenso interrogatório com versões de uma mesma história, o filme passa um raio-x na obsessão, impulsividade, na violência. Quem está mentindo? Qual a verdade? Ao longo dos 101 minutos de projeção detalhes de um chocante crime vão sendo revelados dentro de um alto clima de tensão.
Na trama, conhecemos a jornalista Clara (Sônia Braga), uma mulher na fase final de sua vida que vive sozinha em um antigo e bem localizado apartamento de frente para a praia chamado Aquarius. Financeiramente de bem com a vida, possui um relacionamento agradável com seus filhos, (talvez um pouco mais complicado com Ana Paula (Maeve Jinkings)), e vem passando por um verdadeiro inferno astral já que uma construtora planeja destruir o edifício onde morou quase a vida toda para construir um daqueles enormes arranha céus. Entre memórias e diversas situações que vamos sendo testemunhas ao longo da fita, vamos entendendo melhor sua personalidade, suas escolhas e uma garra peculiarmente simples e objetiva para defender suas memórias.
Na trama, super elogiada pelos críticos não só no Brasil, conta a saga de Klaus (Otávio Müller) e Irene (Karine Teles), pai e mãe de quatro filhos que vivem a cada dia tendo que matar um leão para que a felicidade reine no lar deles. Os negócios de Klaus, que tem uma copiadora, e o trabalho de vendedora sem dinheiro fixo de Irene, não vão muito bem e associado a isso, a irmã de Irene, Sonia (Adriana Esteves) busca refúgio na casa deles após ser agredida pelo marido Alan (César Troncoso). Para completar as variações emocionais presentes nesse presente da família, o filho mais velho do casal Fernando (Konstantinos Sarris) é chamado para jogar handball profissionalmente na Alemanha, fato esse que mexe demais com Irene.
Em 2007 chegaria ao mundo do cinema um filme que ficaria para sempre na memória de todos que ama o cinema brasileiro: Tropa de Elite. Nesse primeiro filme, conhecemos o Capitão Nascimento (Wagner Moura) um dos líderes de uma equipe de elite da polícia do Rio de Janeiro que está em busca de um substituto. Durante uma operação em um morro carioca, conhece Matias e Neto que passarão pelo intenso treinamento para se tornarem um soldado da tropa de elite.
Na trama, exibida nos importantes Festivais de Toronto e San Sebastian, conhecemos Irene (Maeve Jinkings), uma mulher que vive com o marido (Rômulo Braga), o filho Jean (Jean de Almeida Costa) e o pai (esse já em estado bastante debilitado) em uma cidade isolada dos grandes centros, no interior do Brasil. A família vive uma vida simples onde a falta de dinheiro é algo frequente. Certo dia, uma mulher aparece com uma proposta inusitada, que consiste na família hospedar um misterioso visitante internacional chamado Miguel (César Bordón), em troca de uma boa quantia de dinheiro. Eles topam. Assim, se seguem dias de muitos conflitos, onde vamos entendendo melhor cada um desses personagens.
Na trama, conhecemos Hermila (Hermila Guedes), uma jovem que chega de São Paulo com seu filho pequeno de volta para o interior do Ceará, mais precisamente a cidade de Iguatu, para morar um tempo na casa da avó e da tia mototáxi, na espera da chegada de seu marido. Vive de bicos para conseguir sobreviver até o seu marido chegar de São Paulo. Mas será que ele vem? Rodeada de incertezas e com uma certa desconfiança nesse relacionamento aos olhos de sua família, ela reencontra João (João Miguel), um antigo amor. Mas conforme os dias passam, ela começa a ter mais certeza que está sozinha nesse mundo, e assim, resolve tomar uma atitude desesperada e rifa a si mesmo gerando um grande bafafá na cidade.
Na trama, que possui uma bela trilha sonora, conhecemos Pacarrete (Marcélia Cartaxo), forte como um mandacaru, uma ex-professora que veio de Fortaleza para morar com a irmã Chiquinha (Zezita de Matos), moradora do município de Russas. Ela tem o sonho em se apresentar como bailarina em um grande evento da cidade, os 200 anos de Russas, mas acaba encontrando muitas dificuldades em ser compreendida. Ao longo dos quase 100 minutos de projeção somos testemunhas da determinação, sonhos, desilusões dessa personagem que vai ser difícil esquecermos.
Na trama, conhecemos Tereza, uma mulher de família rica (Malu Galli) que no passado fora vítima de um assalto que acabou na morte do assaltante, fato que a deixou traumatizada. O tempo passa e junto ao seu marido resolvem fazer uma viagem para a fazenda da família no interior. Só que chegando no lugar, os trabalhadores que prestam serviços lá, liderados por Dona Antônia (Zuleika Ferreira), se revoltam por uma série de situações e tomam o lugar. Tereza consegue se trancar no seu carro mas sem ter a chance de fugir. Assim, começa um jogo psicológico onde a não comunicação se torna um elemento importante para refletirmos sobre o que assistimos até o último segundo de projeção.
Na trama, conhecemos Mauro, já adulto, que recebe uma notícia que o faz refletir sobre uma das pessoas mais importantes de sua vida, sua mãe, Pérola (Drica Moraes). Essa, uma mãe de família, esposa carinhosa, com dois filhos, moradora de Bauru, que tem uma personalidade forte mas nunca deixa de ser amável. Ao longo de alguns anos, onde, entre outras questões, vemos uma curiosa e demorada construção de uma piscina, vamos entendendo os grandes embates dessa família como tantas outras pelo Brasil, que brigam, fazem as pazes, buscam se entenderem nos conflitos mas nunca deixam de se amar.