Acho que todos nós sabemos a importância da trilha sonora em um projeto audiovisual. Passeando no complemento das emoções, esse elemento fundamental de uma produção ajuda demais na construção de uma narrativa. Pensando sobre essa questão e lembrando algumas trilhas que me chamaram a atenção num rápido pensamento em minhas memórias cinéfilas, segue abaixo uma lista bem legal com 10 filmes com belíssimas trilhas sonoras:
A loucura de viver a vida intensamente pode trazer quando menos se espera algo muito especial. Com um abre alas envolvente, com um poderoso e marcante som de jazz ao fundo, intensos 15 minutos onde não desgrudamos da tela e antes dos créditos iniciais aparecerem, o longa-metragem de meados da década de 90 Despedida em Las Vegas é a obra-prima de Mike Figgis e porque não dizer também que é a melhor interpretação da carreira do ganhador do Oscar (por esse papel) Nicolas Cage. Elisabeth Shue também merece um grande destaque, sua personagem é delicada e emocionalmente destruída, um personagem complicado mas brilhantemente interpretado por Shue. Contando a trajetória rumo ao fundo do poço de um alcóolatra que não quer se curar e que acaba descobrindo uma paixão avassaladora por uma prostituta em uma viagem à Las Vegas, o projeto mostra duras realidades de duas almas que se completam à suas maneiras. Um baita filme, inesquecível.
Caminhos Violentos
Não deixe de assistir:
Violência gera violência. Explorando uma relação explosiva entre pai e filho, o cineasta nova iorquino James Foley nos apresenta um longa-metragem repleto de questões que envolvem principalmente questões familiares e a falta de uma maturidade em um início de uma fase adulta conturbada, sem muitas referências. Somos testemunhas de caminhos inconsequentes, violentos em uma primavera de 1978 no interior da Pensilvânia. Vale o destaque também para a trilha sonora, com direito a canção Live to Tell da Madonna. Destaques para as atuações de Christopher Walken e Sean Penn.
Minha Incrível Wanda
Na trama, conhecemos a jovem trabalhadora polonesa e mãe de dois filhos Wanda (Agnieszka Grochowska) que a cada nova temporada trabalha durante alguns meses para uma família rica na Suíça. Sua prioridade nos afazeres é cuidar do já debilitado Josef (André Jung) como uma espécie de enfermeira. A família adora Wanda, principalmente Josef. Só que as vezes, principalmente quando chega de madrugada, Wanda e Josef, escondido dos demais, entram em um acordo que causará graves confusões e situações para toda a família. Destaque também para a trilha sonora assinada pelo duo Grandbrothers formado em Düsseldorf pelo suiço Lukas Vogel e o alemão Erol Sarp.
O simbolismo das ações incontroláveis. Dirigido pela ótima cineasta escocesa Lynne Ramsay (Precisamos Falar Sobre o Kevin, Você Nunca Esteve Realmente Aqui), O Romance de Morvern Callar é um eletrizante recorte dramático de uma jovem que após um trauma, não busca objetivos, fica reativa ao que acontece no seu caminho. A personagem principal é completamente desnorteada e complexa, um desafio e tanto para a excelente atriz britânica Samantha Morton que mais uma vez mostra todo seu potencial. Destaque também para uma trilha sonora que explora a melancolia, a quebra da razão. Um trabalho interessante, pouco comentado por aqui.
O Confeiteiro
As entrelinhas detalhistas de situações ligadas ao coração. Após quatro curtas metragens e trabalhos como editor e roteirista, o cineasta Israelense Ofir Raul Graizer escreve e dirige seu primeiro longa-metragem que busca nos radapés das explicações emocionais respostas para situações que envolvem a vida de duas pessoas, uma na Alemanha e outra em Israel. O belíssimo roteiro se renova a cada movimento, a cada caminho que os personagens percorrem embalados por uma refinada trilha sonora. Um trabalho surpreendente e deveras interessante.
A força sem inteligência é como o movimento sem direção. Baseado no livro Hidden Figures, de Margot Lee Shetterly, Estrelas Além do Tempo fala sobre o preconceito na época da corrida espacial, com o foco em três grandes mulheres negras que ajudaram a mudar o rumo das descobertas norte americanas nesse período. Com ótimas atuações e uma trilha sonora assinada pelo craque Pharrell Williams, o longa-metragem dirigido pelo cineasta Theodore Melfi é um daqueles belos filmes.
La La Land – Cantando Estações
Na trama, ambientada em Los Angeles, conhecemos o pianista Sebastian (Ryan Gosling), um amante do Jazz que vive buscando seu espaço em meio a mudanças constantes que a vida coloca em seu caminho. Rabugento e completamente sozinho, de maneira inusitada, acaba conhecendo a sonhadora Mia (Emma Stone), uma jovem que partiu para Los Angeles para buscar a difícil carreira de atriz mas que hoje trabalha em uma espécie de Starbucks dentro de um famoso Estúdio de gravações de filmes. Logo o amor entre os pombinhos acontece e, entre as estações do ano, precisarão compreender como é viver a vida a dois e o tamanho que o sonho de cada um tem na vida do outro.
Soul
Na trama, conhecemos o músico e professor de música no colégio Joe (Jamie Foxx – dubla na versão original), um homem solitário que tem a paixão pela música e mais especificamente o Jazz como motores de sua felicidade. Certo dia, consegue a grande chance de sua vida e tocar em um quarteto de uma grande diva do Jazz. Só que Joe acaba sofrendo um acidente e acaba indo parar em uma espécie de pré-paraíso, um mundo das almas, onde conhece 22 (Tina Fey – dubla na versão original) uma alma descrente sobre a vida. Enquanto seu corpo está respirando por aparelhos no hospital, Joe e 22 embarcarão em uma aventura para tentar levar Joe de volta a seu corpo e também fazer com que 22 muda suas ideias pré conceituais do mundo.
Na trama, ambientada na década de 80 na famosa Gotham City, conhecemos o jovem Arthur (Joaquin Phoenix), um trabalhador norte-americano que entre alguns bicos faz parte de uma empresa que seleciona palhaços para campanhas publicitárias de ruas e eventos pela cidade. Ele mora com sua mãe debilitada em um apartamento em uma zona violenta de Gotham e passa seus dias entre suas escritas para futuros stand up comedies e assistindo a um famoso programa de televisão (Talk Show) apresentado por Murray Franklin (Robert de Niro). Após ser ridicularizado, uma série de acontecimentos acabam despertando nele uma fúria incontrolável e ele começa sua trajetória de loucura transformando caoticamente para sempre sua cidade.
Na trama, conhecemos a história da família Madrigal, que vive em uma vila onde todos sabem que moram em uma casa mágica e quase todos os habitantes da família possuem poderes que chegam em determinados dias de suas vidas. A exceção é a jovem Mirabel que durante sua cerimônia para saber seu poder acabou não recebendo nenhum, sendo, de alguma forma, deixada de lado por grande parte de sua família. Mas tudo isso muda quando quase que inexplicavelmente ela percebe que a casa onde gerações de sua família moram está perdendo força, assim parte em busca de respostas e soluções.