domingo , 22 dezembro , 2024

10 Filmes de Terror para assistir na Netflix

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Nós do CinePOP demos uma boa garimpada nas centenas de produções de Terror da Netflix e indicamos aqui dez filmes, não tão populares e que talvez vocês não conheçam, muito propícios para dar bons sustos. Anote, assista e comente.

Holidays (2016)

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Começaremos a lista com um filme recente, lançado este ano. Filmes de antologia, aquele tipo do qual diversos contos de poucos minutos constituem o todo, estão em voga, se tornando praticamente um subgênero dentro do terror. Alguns dos expoentes são as séries VHS e ABCs da Morte. Em Holidays o mote são os diversos feriados, como Natal, Dia das Bruxas, Dia dos Namorados, Dia de São Patrício, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais e Ano Novo, vistos sob um prisma assustador.

O cineasta Kevin Smith (Yoga Hosers) comanda o conto sobre Halloween, dirigindo a própria filha Harley Quinn Smith. Dentre os destaques, o conto de Ano Novo tem uma das melhores guinadas do longa, com Lorenza Izzo (Bata Antes de Entrar), esposa do diretor Eli Roth, protagonizando; e o conto da Páscoa fará você nunca mais olhar o Coelhinho da mesma forma.

Assista também:
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Floresta Maldita (The Forest, 2016)

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Prometido inicialmente para estrear nos cinemas, pela Diamond Films, o destino deste terror protagonizado pela atriz Natalie Dormer (a Margaery Tyrell de Game of Thrones) foi mesmo o mercado de home vídeo no Brasil. A ideia para o longa é usar como pano de fundo a famosa floresta do suicídio no Japão, que já foi tema inclusive do recente último trabalho do cineasta Gus Van Sant, The Sea of Trees (ainda inédito no Brasil), protagonizado por Matthew McConaughey.

Na trama, Dormer interpreta uma jovem tentando descobrir o paradeiro de sua irmã gêmea desaparecida, vista por último adentrando tal localidade em terras nipônicas. Lá, a protagonista irá enfrentar seus próprios demônios internos – e alguns tantos outros – além de descobrir informações sobre seu próprio passado. Embora se passe no Japão e aborde o tema de espíritos malignos, esta não é uma refilmagem asiática e sim uma ideia original.

Clown (2014)

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Palhaços medonhos estão infelizmente na moda, com visões dos filhotes de coisa ruim pelos EUA e até mesmo aqui no Brasil. Para entrar no clima, antes de se deparar com um deles, este filme é a recomendação. Uma das obras de terror mais inusitadas de anos recentes, Clown conta a história de um amável pai de família que, atrasado para a festa do filho pequeno, veste a fantasia de palhaço encontrada numa das casas que pretendia vender como corretor imobiliário.

Daí para frente, o que vemos é uma estrutura semelhante a do clássico A Mosca (1986), com a transformação do sujeito num ser maligno e ancestral. A coisa é barra-pesada. Ah, além desta premissa tentadora, o longa marca a estreia nos cinemas do diretor Jon Watts, que tem um pequeno filme para lançar ano que vem, Spider-Man: Homecoming, da Marvel.

Aterrorizada (The Ward, 2010)

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Próxima parada: um dos grandes mestres de terror de todos os tempos. John Carpenter tem no currículo alguns dos mais cultuados filmes do gênero, como Halloween – A Noite do Terror (1978) e O Enigma de Outro Mundo (1982) – igualmente favoritos para a época. Aterrorizada foi o último longa-metragem de Carpenter lançado nos cinemas. A história aqui é sobre uma ala só de jovens mulheres num hospital psiquiátrico. Uma espécie de Um Estranho no Ninho (1975) feminino. Mas em se tratando de um filme do diretor, elas precisam lidar com algo mais além de funcionários pouco amistosos.

Quem protagoniza é Amber Heard, a ex-senhora Johnny Depp, em seu início de carreira, já mostrando talento para a coisa. Além de Heard, o elenco é recheado de nomes como Mamie Gummer (filha de Meryl Streep), Danielle Panabaker (da série Flash), Lyndsy Fonseca (Kick-Ass) e Jared Harris (Certas Mulheres). A aposentadoria de Carpenter deixou órfãos os fãs de seu cinema único.

As Senhoras de Salem (Lords of Salem, 2013)

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Outro cineasta renomado quando o assunto é terror, o músico Rob Zombie possui filmes crus, explícitos e, de forma geral, intensos em seu currículo expressivo. O sujeito teve até mesmo a honraria de refilmar uma das mais icônicas obras do gênero, o citado Halloween, de Carpenter. Aqui, Zombie aborda uma história de bruxas e coloca sua esposa e musa, Sheri Moon Zombie, para “rebolar” como nunca anteriormente, num tour de force assustador.

A protagonista e mulher do cineasta interpreta uma locutora de rádio underground, especializada em rock pauleira, que recebe de um fã um disco antigo, contendo uma gravação precária e arcaica, de sons mais semelhantes a rezas satânicas e mantras do que com música propriamente. Ao mesmo tempo, estranhos eventos começam a ocorrer no prédio da mulher, em especial envolvendo algumas vizinhas. Este filme te dará arrepios, prometendo deixá-lo sem dormir algumas noites.

A Noite do Cometa (Night of the Comet, 1984)

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Saindo das produções mais recentes, para voltar à época mais divertida e fanfarrona do cinema, os anos 1980. A Noite do Cometa se tornou uma obra cult por excelência, desconhecida por muitos, mesmo na época, mas que fez parte da infância de tantos outros, como o que vos fala. A salvadora Netflix disponibilizou esta preciosidade, que precisa ser encontrada, em seu acervo. Um dos representantes máximos dos 80´s, exalando a essência da época a cada frame, A Noite do Cometa é a mistura entre Eu Sou a Lenda (2007) e As Patricinhas de Beverly Hills (1995).

O roteiro usa como mote a passagem do cometa Halley pela Terra, para contar a história do que aconteceria se ele trouxesse apenas a devastação ao planeta. Na trama, a passagem de um cometa faz desaparecer toda a raça humana, deixando para trás apenas alguns sortudos protegidos. Entre os sobreviventes, duas irmãs nada parecidas, a rebelde Regina (Catherine Mary Stewart), projecionista de um cinema, e a patricinha líder de torcida Samantha (Kelli Maroney). Quem não foi dizimado e virou pó, bem, virou algo diferente. Assista e descubra.

Palhaços Assassinos (Killer Klowns from Outer Space, 1988)

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Voltando para o tema que vocês adoram – palhaços macabros – e para a época divertidíssima de podreira dos 80´s, este filme tem uma verdadeira legião de seguidores atualmente, e se tornou uma das obras mais cult-trash saídas do período. O fato é que não fazem mais filmes de terror como nos anos 1980, aonde o que contava eram os maravilhosos efeitos práticos e muita criatividade na hora de confecciona-los. E esta produção B até a medula, se banha no quesito.

Veja esta ideia: seres interplanetários, na forma de palhaços de circo (sua espaçonave inclusive é a tenda de um circo) chegam a Terra, ou melhor, a uma cidadezinha norte-americana, causando frenesi e deixando vítimas pelo caminho. Suas armas atiram pipocas assassinas e aprisionam pessoas em casulos de algodão doce, além, é claro, de suas tortas ácidas. Obviamente, a produção pertence ao subgênero “terrir”, e tudo é feito com muita graça e criatividade, se tornando impossível não entrar na brincadeira e rir do quão ridículas, histéricas e hilárias são as cenas confeccionadas. Uma sequência é anunciada, mas definitivamente não se fazem mais filmes como este.

As Bruxas de Zugarramurdi (Las Brujas de Zugarramurdi, 2013)

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Outra produção sobre bruxas, saída do mesmo ano de As Senhoras de Salem. A atmosfera aqui, no entanto, não é pesada, mas sim de pura descontração. Este filme espanhol é dirigido por Álex de la Iglesia, talentoso cineasta do país, que tem obras chamativas no currículo, vide Balada de Amor e Ódio (2010). Os filmes do cineasta possuem uma bela estética e ritmo narrativo acelerado, soando como saídas diretamente de Hollywood, o que com certeza é referência para o espanhol. São obras totalmente pop.

Esse filme é o ponto alto de sua carreira, e conta a história de ladrões de banco em fuga, se refugiando numa cidadezinha, que se mostrará o pior lugar na Terra para se abrigarem. Assim como Um Drink no Inferno (1996), de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, contraventores são postos à prova, num desafio sobrenatural. Troque os vampiros roqueiros por Bruxas sedentas de carne humana, no meio de um evento milenar. Assim como na maioria dos filmes de Iglesia, sua belíssima esposa, a atriz Carolina Bang (na foto acima), é um chamariz. No elenco, estrelas espanholas renomadas como Carmen Maura e Terele Pávez. A diversão é garantida.

Tales of Halloween (2015)

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Outro filme de antologia a figurar na lista, Tales of Halloween, ao contrário de Holidays, aborda somente contos passados no dia das bruxas, como diz o título original. O filme também foi eleito o melhor dentro do subgênero antologia desde Contos do Dia das Bruxas (Trick r Treat, 2007) pelo site Fangoria, veículo respeitado no segmento. Na direção dos trechos, nomes como Neil Marshall (Abismo do Medo) e Darren Lynn Bousman (Jogos Mortais 2).

Dentre as histórias, o destaque fica com The Night Billy Raised Hell, sobre um pestinha que mexe com o vizinho errado; The Ransom of Rusty Rex, sobre dois criminosos sequestrando o filho de um homem rico e se arrependendo amargamente; e Friday the 31st, uma guinada criativa nos slashers, com um pseudo Jason encarando uma ameaça ainda mais terrível.

O Convite (The Invitation, 2015)

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Este não é só o melhor filme desta lista, como um dos melhores filmes lançados este ano – a produção foi exibida em festivais no ano passado, mas estreou oficialmente nos EUA este ano, no Brasil chegando direto em home vídeo. Este é também um filme diferente dos outros nesta lista, funcionando de uma forma mais psicológica e muito mais intimista. Trata-se de um thriller dramático, onde a tensão e a espreita imperam mais do que os sustos fáceis e o teor explícito.

Talvez, justamente por isso, seja o que agradará menos pessoas, em especial quem busca apenas adrenalina para a data. O Convite é um filme adulto, sério e que aborda temas dignos de discussão, afastando-se completamente de ser apenas mirado ao entretenimento. O significado por trás de tudo é importantíssimo, relevante, atual e urgente. Na trama, Will (Logan Marshall-Green, de Prometheus) recebe um convite de jantar de sua ex-mulher, em sua antiga casa. Ele vai junto com a nova namorada, e no local reencontra amigos, além do novo marido de sua antiga companheira. No entanto, o protagonista começa a notar que há algo bem estranho em relação a tudo. Ou será apenas ele? O Convite é de tirar o fôlego, um verdadeiro soco no estômago.

Bonus:

Hush – A Morte Ouve (Hush, 2016)

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Outra produção novíssima, tendo seu lançamento, diretamente na plataforma, este ano. Dirigido por Mike Flanagan (O Espelho, O Sono da Morte e Ouija: Origem do Mal), um dos nomes atuais do terror, Hush retrata uma noite terrível na vida de uma escritora surda, interpreta de forma certeira por Kate Siegel (coautora do roteiro ao lado do cineasta).

Isolada em sua casa no campo (muito semelhante às conhecidas cabanas na floresta), Maddie (Siegel) está curtindo a ressaca do fim de um relacionamento, ao mesmo tempo em que tenta terminar sua nova obra literária. Sua companhia é o fiel cão, e ela conta apenas com os vizinhos, que vivem mais afastados, como fonte de contato humano. Até que uma ameaça chega literalmente à sua porta. Ao longo dos anos, tivemos personagens cegos protagonizando obras do gênero, vide Um Clarão nas Trevas (1967), Jennifer 8 – A Próxima Vítima (1992), Blink – Num Piscar de Olhos (1994), Os Olhos de Julia (2010) e o recente O Homem nas Trevas (2016). Hush mostra que ter uma protagonista surda é igualmente satisfatório quando o propósito é criar tensão e cenas absolutamente geladas.

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Holidays (2016)

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Começaremos a lista com um filme recente, lançado este ano. Filmes de antologia, aquele tipo do qual diversos contos de poucos minutos constituem o todo, estão em voga, se tornando praticamente um subgênero dentro do terror. Alguns dos expoentes são as séries VHS e ABCs da Morte. Em Holidays o mote são os diversos feriados, como Natal, Dia das Bruxas, Dia dos Namorados, Dia de São Patrício, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais e Ano Novo, vistos sob um prisma assustador.

O cineasta Kevin Smith (Yoga Hosers) comanda o conto sobre Halloween, dirigindo a própria filha Harley Quinn Smith. Dentre os destaques, o conto de Ano Novo tem uma das melhores guinadas do longa, com Lorenza Izzo (Bata Antes de Entrar), esposa do diretor Eli Roth, protagonizando; e o conto da Páscoa fará você nunca mais olhar o Coelhinho da mesma forma.

Floresta Maldita (The Forest, 2016)

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Prometido inicialmente para estrear nos cinemas, pela Diamond Films, o destino deste terror protagonizado pela atriz Natalie Dormer (a Margaery Tyrell de Game of Thrones) foi mesmo o mercado de home vídeo no Brasil. A ideia para o longa é usar como pano de fundo a famosa floresta do suicídio no Japão, que já foi tema inclusive do recente último trabalho do cineasta Gus Van Sant, The Sea of Trees (ainda inédito no Brasil), protagonizado por Matthew McConaughey.

Na trama, Dormer interpreta uma jovem tentando descobrir o paradeiro de sua irmã gêmea desaparecida, vista por último adentrando tal localidade em terras nipônicas. Lá, a protagonista irá enfrentar seus próprios demônios internos – e alguns tantos outros – além de descobrir informações sobre seu próprio passado. Embora se passe no Japão e aborde o tema de espíritos malignos, esta não é uma refilmagem asiática e sim uma ideia original.

Clown (2014)

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Palhaços medonhos estão infelizmente na moda, com visões dos filhotes de coisa ruim pelos EUA e até mesmo aqui no Brasil. Para entrar no clima, antes de se deparar com um deles, este filme é a recomendação. Uma das obras de terror mais inusitadas de anos recentes, Clown conta a história de um amável pai de família que, atrasado para a festa do filho pequeno, veste a fantasia de palhaço encontrada numa das casas que pretendia vender como corretor imobiliário.

Daí para frente, o que vemos é uma estrutura semelhante a do clássico A Mosca (1986), com a transformação do sujeito num ser maligno e ancestral. A coisa é barra-pesada. Ah, além desta premissa tentadora, o longa marca a estreia nos cinemas do diretor Jon Watts, que tem um pequeno filme para lançar ano que vem, Spider-Man: Homecoming, da Marvel.

Aterrorizada (The Ward, 2010)

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Próxima parada: um dos grandes mestres de terror de todos os tempos. John Carpenter tem no currículo alguns dos mais cultuados filmes do gênero, como Halloween – A Noite do Terror (1978) e O Enigma de Outro Mundo (1982) – igualmente favoritos para a época. Aterrorizada foi o último longa-metragem de Carpenter lançado nos cinemas. A história aqui é sobre uma ala só de jovens mulheres num hospital psiquiátrico. Uma espécie de Um Estranho no Ninho (1975) feminino. Mas em se tratando de um filme do diretor, elas precisam lidar com algo mais além de funcionários pouco amistosos.

Quem protagoniza é Amber Heard, a ex-senhora Johnny Depp, em seu início de carreira, já mostrando talento para a coisa. Além de Heard, o elenco é recheado de nomes como Mamie Gummer (filha de Meryl Streep), Danielle Panabaker (da série Flash), Lyndsy Fonseca (Kick-Ass) e Jared Harris (Certas Mulheres). A aposentadoria de Carpenter deixou órfãos os fãs de seu cinema único.

As Senhoras de Salem (Lords of Salem, 2013)

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Outro cineasta renomado quando o assunto é terror, o músico Rob Zombie possui filmes crus, explícitos e, de forma geral, intensos em seu currículo expressivo. O sujeito teve até mesmo a honraria de refilmar uma das mais icônicas obras do gênero, o citado Halloween, de Carpenter. Aqui, Zombie aborda uma história de bruxas e coloca sua esposa e musa, Sheri Moon Zombie, para “rebolar” como nunca anteriormente, num tour de force assustador.

A protagonista e mulher do cineasta interpreta uma locutora de rádio underground, especializada em rock pauleira, que recebe de um fã um disco antigo, contendo uma gravação precária e arcaica, de sons mais semelhantes a rezas satânicas e mantras do que com música propriamente. Ao mesmo tempo, estranhos eventos começam a ocorrer no prédio da mulher, em especial envolvendo algumas vizinhas. Este filme te dará arrepios, prometendo deixá-lo sem dormir algumas noites.

A Noite do Cometa (Night of the Comet, 1984)

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Saindo das produções mais recentes, para voltar à época mais divertida e fanfarrona do cinema, os anos 1980. A Noite do Cometa se tornou uma obra cult por excelência, desconhecida por muitos, mesmo na época, mas que fez parte da infância de tantos outros, como o que vos fala. A salvadora Netflix disponibilizou esta preciosidade, que precisa ser encontrada, em seu acervo. Um dos representantes máximos dos 80´s, exalando a essência da época a cada frame, A Noite do Cometa é a mistura entre Eu Sou a Lenda (2007) e As Patricinhas de Beverly Hills (1995).

O roteiro usa como mote a passagem do cometa Halley pela Terra, para contar a história do que aconteceria se ele trouxesse apenas a devastação ao planeta. Na trama, a passagem de um cometa faz desaparecer toda a raça humana, deixando para trás apenas alguns sortudos protegidos. Entre os sobreviventes, duas irmãs nada parecidas, a rebelde Regina (Catherine Mary Stewart), projecionista de um cinema, e a patricinha líder de torcida Samantha (Kelli Maroney). Quem não foi dizimado e virou pó, bem, virou algo diferente. Assista e descubra.

Palhaços Assassinos (Killer Klowns from Outer Space, 1988)

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Voltando para o tema que vocês adoram – palhaços macabros – e para a época divertidíssima de podreira dos 80´s, este filme tem uma verdadeira legião de seguidores atualmente, e se tornou uma das obras mais cult-trash saídas do período. O fato é que não fazem mais filmes de terror como nos anos 1980, aonde o que contava eram os maravilhosos efeitos práticos e muita criatividade na hora de confecciona-los. E esta produção B até a medula, se banha no quesito.

Veja esta ideia: seres interplanetários, na forma de palhaços de circo (sua espaçonave inclusive é a tenda de um circo) chegam a Terra, ou melhor, a uma cidadezinha norte-americana, causando frenesi e deixando vítimas pelo caminho. Suas armas atiram pipocas assassinas e aprisionam pessoas em casulos de algodão doce, além, é claro, de suas tortas ácidas. Obviamente, a produção pertence ao subgênero “terrir”, e tudo é feito com muita graça e criatividade, se tornando impossível não entrar na brincadeira e rir do quão ridículas, histéricas e hilárias são as cenas confeccionadas. Uma sequência é anunciada, mas definitivamente não se fazem mais filmes como este.

As Bruxas de Zugarramurdi (Las Brujas de Zugarramurdi, 2013)

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Outra produção sobre bruxas, saída do mesmo ano de As Senhoras de Salem. A atmosfera aqui, no entanto, não é pesada, mas sim de pura descontração. Este filme espanhol é dirigido por Álex de la Iglesia, talentoso cineasta do país, que tem obras chamativas no currículo, vide Balada de Amor e Ódio (2010). Os filmes do cineasta possuem uma bela estética e ritmo narrativo acelerado, soando como saídas diretamente de Hollywood, o que com certeza é referência para o espanhol. São obras totalmente pop.

Esse filme é o ponto alto de sua carreira, e conta a história de ladrões de banco em fuga, se refugiando numa cidadezinha, que se mostrará o pior lugar na Terra para se abrigarem. Assim como Um Drink no Inferno (1996), de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, contraventores são postos à prova, num desafio sobrenatural. Troque os vampiros roqueiros por Bruxas sedentas de carne humana, no meio de um evento milenar. Assim como na maioria dos filmes de Iglesia, sua belíssima esposa, a atriz Carolina Bang (na foto acima), é um chamariz. No elenco, estrelas espanholas renomadas como Carmen Maura e Terele Pávez. A diversão é garantida.

Tales of Halloween (2015)

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Outro filme de antologia a figurar na lista, Tales of Halloween, ao contrário de Holidays, aborda somente contos passados no dia das bruxas, como diz o título original. O filme também foi eleito o melhor dentro do subgênero antologia desde Contos do Dia das Bruxas (Trick r Treat, 2007) pelo site Fangoria, veículo respeitado no segmento. Na direção dos trechos, nomes como Neil Marshall (Abismo do Medo) e Darren Lynn Bousman (Jogos Mortais 2).

Dentre as histórias, o destaque fica com The Night Billy Raised Hell, sobre um pestinha que mexe com o vizinho errado; The Ransom of Rusty Rex, sobre dois criminosos sequestrando o filho de um homem rico e se arrependendo amargamente; e Friday the 31st, uma guinada criativa nos slashers, com um pseudo Jason encarando uma ameaça ainda mais terrível.

O Convite (The Invitation, 2015)

cinepop-invitation

Este não é só o melhor filme desta lista, como um dos melhores filmes lançados este ano – a produção foi exibida em festivais no ano passado, mas estreou oficialmente nos EUA este ano, no Brasil chegando direto em home vídeo. Este é também um filme diferente dos outros nesta lista, funcionando de uma forma mais psicológica e muito mais intimista. Trata-se de um thriller dramático, onde a tensão e a espreita imperam mais do que os sustos fáceis e o teor explícito.

Talvez, justamente por isso, seja o que agradará menos pessoas, em especial quem busca apenas adrenalina para a data. O Convite é um filme adulto, sério e que aborda temas dignos de discussão, afastando-se completamente de ser apenas mirado ao entretenimento. O significado por trás de tudo é importantíssimo, relevante, atual e urgente. Na trama, Will (Logan Marshall-Green, de Prometheus) recebe um convite de jantar de sua ex-mulher, em sua antiga casa. Ele vai junto com a nova namorada, e no local reencontra amigos, além do novo marido de sua antiga companheira. No entanto, o protagonista começa a notar que há algo bem estranho em relação a tudo. Ou será apenas ele? O Convite é de tirar o fôlego, um verdadeiro soco no estômago.

Bonus:

Hush – A Morte Ouve (Hush, 2016)

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Outra produção novíssima, tendo seu lançamento, diretamente na plataforma, este ano. Dirigido por Mike Flanagan (O Espelho, O Sono da Morte e Ouija: Origem do Mal), um dos nomes atuais do terror, Hush retrata uma noite terrível na vida de uma escritora surda, interpreta de forma certeira por Kate Siegel (coautora do roteiro ao lado do cineasta).

Isolada em sua casa no campo (muito semelhante às conhecidas cabanas na floresta), Maddie (Siegel) está curtindo a ressaca do fim de um relacionamento, ao mesmo tempo em que tenta terminar sua nova obra literária. Sua companhia é o fiel cão, e ela conta apenas com os vizinhos, que vivem mais afastados, como fonte de contato humano. Até que uma ameaça chega literalmente à sua porta. Ao longo dos anos, tivemos personagens cegos protagonizando obras do gênero, vide Um Clarão nas Trevas (1967), Jennifer 8 – A Próxima Vítima (1992), Blink – Num Piscar de Olhos (1994), Os Olhos de Julia (2010) e o recente O Homem nas Trevas (2016). Hush mostra que ter uma protagonista surda é igualmente satisfatório quando o propósito é criar tensão e cenas absolutamente geladas.

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