Um das angústias que mais causam curiosidade quando pensamos sobre a humanidade, sem dúvidas é a inveja. Por que os outros tem tudo e eu não tenho nada? Por que determinada pessoa conseguiu mais coisas na vida do que eu? Essa e algumas outras perguntas podem chegar por meio desse desgosto provocado pela felicidade alheia que já foi inserido em diversos personagens ao longo da história do cinema. Pensando sobre esse curioso tema, resolvemos criar uma lista com 10 filmes sobre inveja:
Othello (1995)
Baseado em um dos maiores clássicos de Shakespeare, nessa adaptação da década de 90, dirigida pelo britânico Oliver Parker, acompanhamos um general que se casa com a mulher amada mas passa a ser manipulado por Iago, um invejoso ser humano, dizendo que sua esposa o está traindo.
Na trama conhecemos Brad (Ben Stiller), um homem de meia idade, em parte infeliz, que recentemente vem refletindo sobre a vida até ali, chegando a pensamentos comparativos com os amigos nos tempos de faculdade que se desenvolveram financeiramente e são um sucesso em suas profissões. Seu filho está prestes a entrar na faculdade, e durante um tour para conhecer algumas instituições em Boston, incluindo Harvard, Brad reflete ainda mais sobre as escolhas da vida e o sentimento de inveja que tem dos amigos.
O Talentoso Ripley
Filmaço lançado no final da década de 90, O Talentoso Ripley nos mostra um jovem invejoso chamado Tom Ripley (Matt Damon) que tem o estranho hábito de imitar e se fazer passar por outras pessoas. Ele recebe uma missão de ir buscar o filho de uma pessoa na Itália. Baseado na obra homônima da escritora texana Patricia Highsmith.
Notas de Rodapé
Logo nos primeiros minutos já somos apresentados ao rabugento Eliezer Shkolnik e seu incômodo de estar em uma certa solenidade. Seu filho conseguiu se desenvolver muito melhor e sua profissão, recebendo vários prêmios e honrarias que jamais preencheram as mãos do velho Eliezer. O Organizado pesquisador (sempre próximo de seu protetor de ouvido amarelo), caminha a quarenta anos à pé, sempre fazendo o mesmo trajeto de sua casa à biblioteca nacional. Entre alguns fatos curiosos sobre sua vida, se recusou a cancelar sua matéria na faculdade mesmo tendo apenas um aluno matriculado. A única felicidade que percebemos foi a de ter recebido, anos atrás, uma menção em uma roda de rodapé no livro de um autor famoso. Tem um relacionamento conturbado com seu único filho, sente inveja das conquistas do mesmo. Certo dia, o telefone toca e o velho pesquisador recebe a notícia que tanto queria: irá receber o prêmio máximo de pesquisa em seu país. Porém, por conta de um erro, a história se modifica levando a todos os personagens aos limites de suas paciências.
Na trama, conhecemos o jovem e ambicioso Tomasz Giemza (Maciej Musialowski, em atuação estacada) que vem de origem humilde, do interior da Polônia e tem seus estudos sustentados por tios ricos da capital. Invejoso pelos que os outros tem e ele não, possui uma obsessão com a família que o ajuda nos estudos. Quando o protagonista perde sua bolsa de estudos por conta de um plágio em um trabalho, seu mundo começa a se despedaçar e ele, apaixonado por Gabi (Vanessa Aleksander), filha dos tios que sustentaram seus estudos, entra em uma polêmica equipe de marketing digital onde começa a se envolver com difamação e ódio contra determinados alvos pelas redes sociais.
Vencedor do Oscar e de outros tantos prêmios, Parasita conta a saga de Kim Ki-woo (Woo-sik Choi) e sua família toda desempregada. Passando os dias olhando pela janela da casa no subsolo onde vivem, Kim Ki-woo consegue através de um amigo que vai viajar uma oportunidade única: ser professor de inglês de uma jovem milionária. Assim, usando todas as suas facetas de um grande cara de pau aos poucos vai instalando na família da jovem empregos para toda sua família. Quando determinadas situações acontecem, a família trambiqueira precisará realizar escolhas que mudarão os rumos de toda essa impactante história.
Até que ponto podemos nos prender a um passado que não existe mais? O novo filme de Jason Reitman fala sobre depressão, inveja e desejo pela felicidade alheia com uma carga dramática forte associada à uma protagonista bastante original muito bem interpretada pela ganhadora do Oscar, Charlize Theron. O competente Rolfe Kent assina a simpática trilha.
Dirigido por Christopher Nolan e disponível no catálogo da HBO Max, O Grande Truque nos leva para uma Londres no Século XIX onde dois ilusionistas se tornam mágicos rivais que entram em uma disputa obsessiva. O projeto tem o roteiro baseado no livro homônimo de Christopher Priest.
Na história, acompanhamos o porteiro (César) de um edifício. A princípio tudo aparentemente normal, até que aos poucos vamos sendo introduzidos à mente desse curioso personagem. Completamente insano despeja infelicidade ao seu redor, pois isso, é um remédio para sua tristeza e solidão. Está à beira do suicídio em muitos momentos, principalmente quando se sente dominado pelos raciocínios negativos de sua mente com problemas. A nova obsessão de Carlos tem apenas um nome: Clara. Completamente sem juízo, toda madrugada, invade o apartamento dessa moradora, aplica um mecanismo de dormência e se deita junto dela. Conforme os dias da semana vão passando a obsessão só cresce, a sorte de Clara é que alguns acontecimentos prejudicarão a continuidade da maluquice de César.
Na trama, conhecemos o publicitário Javier (Javier Gutiérrez), um homem que sempre teve bons empregos, morava em ótimos lugares que certo dia acaba perdendo todo esse status que conquistou após ser demitido e nunca mais conseguir um outro emprego muitas vezes por ser considerado velho demais para algumas empresas. Tendo que fazer uma nova engenharia financeira na sua vida, precisa vender o apartamento luxuoso que morava com a família. Só que os dias vão passando e Javier não consegue ficar longe do apartamento, inclusive invandindo-o várias vezes para saber mais detalhes da vida do novo morador, o vice-presidente de uma empresa de transportes Tomás (Mario Casas). Assim, começa uma obsessão que terá um destino trágico para alguns.