Irônico ou mesmo zombador, o sarcasmo é um elemento ligado à questões emocionais/existenciais que é muito usado como defesa e ataque em relação a um argumento. Não preciso nem dizer o quanto de brigas começaram por conta do uso desse recurso provocador. E o mundo do cinema, quando atinge o reflexo da sociedade, já nos apresentou filmes que tem esse detalhe provocador na características de alguns de seus personagens. Abaixo, segue alguns deles:
Dirigido pelo cineasta islandês Grímur Hákonarson, com um roteiro que tempos mais tarde ganhou um remake norte-americano, em A Ovelha Negra conhecemos dois irmãos amargurados que estão sem se falar faz mais de quatro décadas! Até que um dia precisam resolver um assunto problemático para ambos.
Na trama, conhecemos diversos personagens que por conta de um destino extremamente fictício, em meio ao modelo de família hollywoodiana, se interligam de maneira extrema. Tem a atriz jogada para escanteio pela indústria cinematográfica, um psicólogo que fez fortuna com livros de auto ajuda, um jovem astro infantil que adora se meter em uma polêmica e uma jovem com sérios problemas que acaba de ser liberada de um sanatório. Tem de tudo nesse filme: Dramas familiares, obsessões de todos os tipos, surtos psicóticos.
Na trama, conhecemos ao longo de uma semana a rotina de Blanco (Javier Bardem), o proprietário de uma empresa de fabricação de balanças industriais que nos próximos dias irá receber um famoso comitê para ganhar mais um prêmio. A questão é que justo nessa semana importante para seus objetivos, o caos reina em sua rotina pessoal e profissional. Um funcionário demitido acampa na frente da entrada da empresa, o poderoso patrão passa a se relacionar com a nova estagiária sem saber que ela é alguém que já conhecera, um funcionário antigo começa a causar problemas por conta da traição da esposa. Tudo aqui nesse filme pode ser visto como um grande crítica social com o subtópico nas éticas do mundo trabalhista.
Hoje, disponível no catálogo da Max, Os Fantasmas se Divertem ou mesmo como é conhecido entre alguns, Beetlejuice, o filme conta a história carismática de um casal que após morrerem viram fantasmas dentro de sua própria casa. Quando uma nova família chega no lugar o conflito acontece.
Na trama, exibida pela primeira vez durante o Festival de Gramado, conhecemos um grupo de amigos, desde os tempos do colégio que por conta do gosto em comum pela comida, criaram um grupo onde se encontravam todo mês para se deliciarem com o melhor da culinária. Mas ao longo do tempo, e com o falecimento do chef que cozinhava para eles, o afastamento foi algo lógico. Só que um deles, Daniel (Otávio Müller), inusitadamente conhece um misterioso chef chamado Lucídio (Matheus Nachtergaele) e assim convida novamente todos os integrantes do grupo para se reunirem mais uma vez. Após o encontro, e de toda comilança, um deles amanhece morto. Buscando entender o que houve, eles entram em grandes debates e nas dúvidas se devem se reunir novamente.
Na trama, conhecemos a ex-estudante de medicina Cassie (Carey Mulligan) que mora com os pais em uma confortável casa. Ela trabalha em um café da cidade e passa suas noites indo a boates e points de pegação onde se finge de bêbada para dar lições em homens que dão em cima dela nesse estado. Há algum trauma, um gatilho para fazer o que faz e vamos entendendo melhor os seus porquês principalmente quando sabemos do suicídio de uma grande amiga nos tempos de faculdade. Mas tudo muda com a chegada novamente em sua vida de Ryan (Bo Burnham), um cirurgião pediatra que esteve tempos atrás com ela.
Na trama, acompanhamos Noa (Daisy Edgar-Jones), uma jovem solitária, com poucos amigos, quase sem família, que busca relacionamentos em encontros terríveis pelos aplicativos de mensagens. Certo dia, acaba conhecendo em um mercadinho o médico Steve (Sebastian Stan) um homem super simpático que logo gera uma intensa atração em Noa. Eles se relacionam por um tempo e planejam uma viagem, só que coisas estranhas começam a acontecer quando eles fazem uma parada na casa de Steve.
Cegos, Surdos e Loucos
A força da amizade em mundo que parece nunca ser encaixar na sua trajetória. Dirigido pelo cineasta canadense Arthur Hiller, Cegos, Surdos e Loucos é uma hilária jornada de dois homens que mal se conhecem, um deficiente visual e um deficiente auditivo que gira em torno do não aceitarem suas condições. Terceiro trabalho juntos da dupla de comediantes Richard Pryor e Gene Wilder o filme se consolidou como uma das grandes comédias dos anos 80.
A década de 1980 nos apresentou diversos filmes de comédia excelente. Um desses, Loucademia de Polícia, muitas vezes exibido na saudosa Sessão da Tarde, nos conta a história de algumas pessoas recrutadas pelas forças policiais quando o governo resolve aumentar a tropa.
Na trama, protagonizada por Jim Carrey, conhece um advogado workholic que muitas vezes não coloca o único filho como prioridade. Quando o jovem faz um pedido inusitado no seu aniversário, que o pai só fale verdades. No dia seguinte, o desejo se realiza, causando uma verdadeira tormenta na vida do protagonista.