Processo onde uma pessoa, geralmente criança ou adolescente, passa a ser filho de um adulto ou um casal, de forma legal, a adoção é um assunto bem comentado em filmes, com visões diferentes em vários lugares do mundo. Os ajustes para um laço familiar cada vez mais constante e duradouro acaba vindo com o tempo nessa alternativa na maioria das vezes adotada por pais que, por algum motivo, não podem ter filhos. No cinema, não só a adoção em si mas todo o pensar que se gira em torno do assunto foram pautas para roteiros em recortes quase sempre emocionantes. Pensando nesse assunto, resolvemos criar uma lista bem legal para quem se interessa pelo assunto. Segue baixo 10 filmes onde refletimos sobre adoção:
Na trama, conhecemos Satoko (Hiromi Nagasaku) e Kiyokazu (Arata Iura), um apaixonado casal, com ótima condição financeira que vivem seus dias na busca de ampliar sua família. Porém, quando descobrem que um deles é impossibilitado de terem biologicamente um bebê, resolvem procurar uma agência de adoção. Ouvindo relatos de todos os lados, dúvidas, incertezas e as condições para adotar batem o martelo e assim conseguem um recém-nascido para adotar. O tempo passa e uma situação acontece: a mãe biológica da criança os procura. Assim embarcamos em uma história com dois lados.
Lion: Uma Jornada Para Casa
Na trama, conhecemos a incrível história de Saroo Munshi (Sunny Pawar na fase criança e Dev Patel na fase adulta), um menino que com cinco anos acaba se perdendo de seu irmão mais velho em uma estação de trem na Índia e acaba vivendo dias intensos fugindo de diversos obstáculos e tendo a sorte de conseguir encontrar um lar bem longe dali, na Austrália, através da adoção do casal John (David Wenham) e Sue (Nicole Kidman). Quando mais velho, acende dentro dele um enorme desejo de reencontrar sua família na Índia e assim, com a ajuda do Google Earth, consegue bolar um plano para tentar encontrá-los mesmo que isso mexa demais com sua atual vida e principalmente com seus relacionamentos com a família e a namorada Lucy (Rooney Mara).
Disponível no catálogo da Netflix, De Repente Uma Família, longa-metragem inspirado na história real do próprio diretor do projeto Sean Anders, nos apresenta a história de um casal que adota três irmãos.
Thi Mai
Na trama, conhecemos a comerciante Carmen (Carmen Machi) que vive seus dias ao lado do marido Javier (Pedro Casablanc) gerenciando uma loja de materiais de construção e pequenos reparos. Certo dia, recebe a terrível notícia do falecimento da filha, que mora na capital, depois de um acidente de carro. Tentando entender os rumos do destino, acaba descobrindo que o processo de adoção que sua filha iniciou para adotar uma criança no Vietnã foi concluído e assim resolve partir para Hanói ao lado das inseparáveis amigas Rosa (Adriana Ozores) e Elvira (Aitana Sánchez-Gijón).
Quando a Vida Acontece
Na trama, conhecemos o casal Alice (Lavinia Wilson) e Niklas (Elyas M’Barek), que estão passando por uma fase muito complicada em seu relacionamento, com inúmeras tentativas fracassadas de ter um filho. As opções que existem, como adoção geram conflito por linhas de pensar diferentes. Perto dos 40 e poucos anos, e sem muitos respiros nas tentativas de renovar de alguma forma o casamento, resolvem sair de férias para um lugar quase isolado, uma espécie de clube com casas pequenas e confortáveis. Só não esperavam serem atingidos pela rotina do casal que aluga a casa vizinha a deles.
Philomena
Baseado na obra The Lost Child of Philomena Lee do escritor britânico Martin Sixsmith , Philomena, lançado quase 10 anos atrás nos cinemas brasileiros, acompanha a história de um jornalista que tem seu destino cruzado com uma velha senhora em busca do filho.
O roteiro navega em vários temas que são diariamente discutidos na realidade, como a inseminação artificial, adoção, os traumas da ditadura no Brasil, preconceito, direitos humanos. Também, debates importantes sobre a questão do soro positivo (o HIV) ganham o caminho dos personagens. Um fato que chama a atenção e que abre mais um leque para reflexões é da violência urbana, na guerra que muitas cidades vivem.
Na trama, conhecemos Luce (Kelvin Harrison Jr. , em ótima atuação), inteligente, atleta e aluno preferido de sua escola que fora adotado por seus pais, Peter (Tim Roth) e Amy (Naomi Watts), aos sete anos quando o país em que morava era caótico. Luce cresceu como americano, e se tornou brilhante. Mas tudo isso é colocado em xeque quando Harriet (Octavia Spencer) uma professora de história revela uma preocupação sobre uma redação feita por Luce, o que leva a família perfeita a conflitos onde vamos descobrindo aos poucos que nada acaba sendo perfeito.
Na trama, conhecemos Rannveig (Katla M. Þorgeirsdóttir), uma mãe rígida, controladora, comandante da empresa da família, a qual teve que assumir assim que seu pai faleceu interrompendo seus outros sonhos. Infeliz no trabalho, ela se desdobra entre a educação da filha adotada Agnes Joy (Donna Cruz), alguma atenção que busca do marido Einar (Þorsteinn Bachmann) e as aparências para os outros de sua ‘família perfeita’. Quando a chegada de um novo vizinho, um ator conhecido por alguns, acaba mexendo um pouco nessa história vamos descobrindo os sentimentos escondidos dos personagens. Embaralhados pontos de vistas sobre o casamento mãe e pai completamente distantes ganham argumentos diversos.
Longa-metragem baseado em fatos reais, lançado em 2009, que teve indicações ao Oscar, inclusive venceu a estatueta na categoria Mehor Atriz (Sandra Bullock), Um Sonho Possível nos mostra a incrível história de Michael Oher que teve seu destino mudado quando seu caminho cruza ao da família de Leigh Anne Tuohy.