domingo , 22 dezembro , 2024

10 Filmes para Entender mais sobre Genocídio

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A palavra “genocídio” caiu no vocabulário popular nos últimos anos frente a diversas políticas controversas adotadas nesse período de pandemia do COVID-19. Mas o que exatamente significa genocídio?

Criado pela primeira vez em 1944 por Raphael Lemkin, o verbete foi associado à perseguição judaica, homossexual e negra ocorrida na II Guerra Mundial, com a ascensão do nazifascismo europeu comandado principalmente por Adolf Hitler. A palavra faz referência ao ato de exterminação sistemática de um grupo étnico ou a todo ato deliberado que tenha como objetivo o extermínio de um aspecto cultural de extrema importância para um povo.



É claro que as práticas genocidas não se limitaram apenas ao período supracitado, mas também em outros momentos da história, como no Camboja entre 1975 e 1979, na Turquia entre 1915 e 1923, e na Ruanda entre abril e julho de 1994.

Para ajudá-los a entender mais sobre o conceito de genocídio e genocida, o CinePOP separou uma breve lista com dez produções sobre o tema (independente de terem sido bem recebidas pela crítica internacional ou não).

Assista também:
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Confira abaixo as nossas escolhas:

TERRA DE UM SONHO DISTANTE (1963)

Direção: Elia Kazan

Inspirado pela vida de seu próprio tio, Elia Kazan utilizou um elenco pouco conhecido para contar a história de um homem que mora em um pequeno povoado na Turquia como parte da minoria grega. Enfrentando uma opressão crescente por parte dos turcos, ele é mandado para a Constantinopla, mas sonha em conhecer os Estados Unidos e começar uma vida nova.

A LISTA DE SCHINDLER (1993)

Direção: Steven Spielberg

Sem sombra de dúvidas, A Lista de Schindler é uma das produções mais conhecidas de todos os tempos – e uma das várias obras-primas do lendário Steven Spielberg. Levando para casa nada menos que sete estatuetas do Oscar, a narrativa é ambientada no trágico período do Holocausto e gira em torno de Oskar Schindler (Liam Neeson), empresário alemão que foi contra a ideologia nazista de seu país e salvou mais de mil refugiados judeus holandeses durante a II Guerra Mundial.

A VIDA É BELA (1997)

Direção: Roberto Benigni

Enquanto muitos associam o tema do genocídio a dramas poderosos ou a documentário reflexivos, Roberto Benigni provou que conseguiria fornecer uma perspectiva única ao tema com o clássico ‘A Vida É Bela’. Vencedor de três estatuetas do Oscar, o longa-metragem é centrado em um pai que utiliza sua imaginação para impedir que o filho enxergue os horrores de um campo de concentração para judeus em que estão presos.

ARARAT (2002)

Direção: Atom Egoyan

O metalinguístico ‘Ararat’ é provavelmente um título pouco conhecido no cenário mainstream, mas merece um lugar na nossa lista. A história gira em torno de Edward Saroyan (Charles Aznavour) um cineasta de origem armênia que está dirigindo um filme sobre os trágicos eventos de 1915, que culminaram com o massacre de parte do povo armênio pelo exército turco. A realização desse filme acaba afetando profundamente a vida de duas famílias. Uma delas, a do jovem Raffi (David Alpay), que, ao regressar da Turquia, é retido na alfândega com latas de filme. A outra, a de David (Christopher Plummer), o inspetor aduaneiro que se encarrega de interrogar Raffi. Enquanto o rapaz enfrenta uma relação tumultuada com a mãe e a irmã de criação, David encontra-se em fase de reconciliação com seu filho homossexual e o amante dele, que trabalha como ator no filme de Saroyan.

HOTEL RUANDA (2004)

Direção: Terry George

Em ‘Hotel Ruanda’, o diretor Terry George abre portas para explanações sobre o genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994. A história, baseada em fatos, traz Don Cheadle e Sophie Okonedo como Paul Rusesabagina e sua esposa, Tatiana, que salvaram a vida de sua família e outros mil refugiados ao lhes fornecer abrigo no Hôtel des Mille Collines. Além disso, o longa-metragem explora temas como corrupção política e as repercussões da violência – ganhando aclame por parte da crítica e três indicações ao Oscar.

A IMAGEM QUE FALTA (2013)

Direção: Rithy Panh

O premiado documentário dirigido por Rithy Panh nos transporta para os tensos momentos do governo dos Khmers Vermelhos no Camboja, entre os anos de 1975 e 1979. Por si só, a imagem não poderia provar o genocídio – mas certamente levaria o público a pensar, a refletir e a escrever os recentes capítulos da História. Pahn procurou por muito tempo nos arquivos, documentos antigos e nas zonas rurais do país pela foto e, eventualmente, decidiu criá-la como forma de buscar um entendimento que só o cinema consegue permitir.

A PROMESSA (2016)

Direção: Terry George

Assim como em sua investida anterior, George aproveitou sua necessidade de contar histórias reais para dar vida ao longa ‘A Promessa’. Aqui, os holofotes se transferem para Michael (Oscar Isaac), um jovem armênio que sonha em estudar medicina, mas que não tem o dinheiro suficiente para bancar os estudos. Após prometer se casar com uma garota do próprio vilarejo, na intenção de receber o dote da família, ele viaja para a Turquia e ingressa no curso durante os meses finais do genocida Império Otomano -eventualmente apaixonando-se por uma professora armênia que, por sua vez, nutre de fortes sentimentos por um fotógrafo estadunidense.

O ZOOLÓGICO DE VARSÓVIA (2017)

Direção: Niki Caro

Niki Caro tornou-se mundialmente conhecida ao comandar o elogiado remake em live-action de ‘Mulan’. Porém, em suas investidas predecessoras, ela dirigiu o drama cinebiográfico O Zoológico de Varsóvia. Baseado na vida de Jan e Antonina Żabiński (vividos por Johan Heldenbergh e Jessica Chastain respectivamente), o filme mostra os esforços do casal em esconder centenas de judeus poloneses dos alemães nazistas no zoológico em que moravam.

PRIMEIRO, MATARAM MEU PAI (2017)

Direção: Angelina Jolie

Em mais uma das inúmeras obras dirigidas por Angelina Jolie, ‘Primeiro, Mataram Meu Pai’ nos transporta novamente para o regime comunista do Khmer Vermelho no Camboja. Depois da insurgência do governo genocida, a pequena Loung Ung (Sareum Srey Moch) foi obrigada a deixar sua casa para trás e seguir com a família para o interior. Obrigada a viver em um campo de trabalho forçado, ela lida dia após dia com o horror, a fome, o medo e a ameaça de separação dos pais e dos irmãos.

LA LLORONA (2019)

Direção: Jayro Bustamante

Alma (María Mercedes Coroy) e seus filhos são assassinados no conflito armado da Guatemala. Trinta anos depois, é instaurado um processo criminal contra Enrique (Julio Diaz), um general aposentado que supervisionou o genocídio. Mas ele é absolvido através de um julgamento e o espírito de La Llorona é desencadeado para vagar pelo mundo como uma alma perdida entre os vivos. À noite, Enrique começa a ouvi-la lamentar. Sua esposa e filha acreditam que ele está tendo crises de demência relacionada ao Alzheimer. Mal poderiam suspeitar que sua nova governanta, Alma, está lá para cumprir a vingança que o julgamento não foi capaz de fazer.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A palavra “genocídio” caiu no vocabulário popular nos últimos anos frente a diversas políticas controversas adotadas nesse período de pandemia do COVID-19. Mas o que exatamente significa genocídio?

Criado pela primeira vez em 1944 por Raphael Lemkin, o verbete foi associado à perseguição judaica, homossexual e negra ocorrida na II Guerra Mundial, com a ascensão do nazifascismo europeu comandado principalmente por Adolf Hitler. A palavra faz referência ao ato de exterminação sistemática de um grupo étnico ou a todo ato deliberado que tenha como objetivo o extermínio de um aspecto cultural de extrema importância para um povo.

É claro que as práticas genocidas não se limitaram apenas ao período supracitado, mas também em outros momentos da história, como no Camboja entre 1975 e 1979, na Turquia entre 1915 e 1923, e na Ruanda entre abril e julho de 1994.

Para ajudá-los a entender mais sobre o conceito de genocídio e genocida, o CinePOP separou uma breve lista com dez produções sobre o tema (independente de terem sido bem recebidas pela crítica internacional ou não).

Confira abaixo as nossas escolhas:

TERRA DE UM SONHO DISTANTE (1963)

Direção: Elia Kazan

Inspirado pela vida de seu próprio tio, Elia Kazan utilizou um elenco pouco conhecido para contar a história de um homem que mora em um pequeno povoado na Turquia como parte da minoria grega. Enfrentando uma opressão crescente por parte dos turcos, ele é mandado para a Constantinopla, mas sonha em conhecer os Estados Unidos e começar uma vida nova.

A LISTA DE SCHINDLER (1993)

Direção: Steven Spielberg

Sem sombra de dúvidas, A Lista de Schindler é uma das produções mais conhecidas de todos os tempos – e uma das várias obras-primas do lendário Steven Spielberg. Levando para casa nada menos que sete estatuetas do Oscar, a narrativa é ambientada no trágico período do Holocausto e gira em torno de Oskar Schindler (Liam Neeson), empresário alemão que foi contra a ideologia nazista de seu país e salvou mais de mil refugiados judeus holandeses durante a II Guerra Mundial.

A VIDA É BELA (1997)

Direção: Roberto Benigni

Enquanto muitos associam o tema do genocídio a dramas poderosos ou a documentário reflexivos, Roberto Benigni provou que conseguiria fornecer uma perspectiva única ao tema com o clássico ‘A Vida É Bela’. Vencedor de três estatuetas do Oscar, o longa-metragem é centrado em um pai que utiliza sua imaginação para impedir que o filho enxergue os horrores de um campo de concentração para judeus em que estão presos.

ARARAT (2002)

Direção: Atom Egoyan

O metalinguístico ‘Ararat’ é provavelmente um título pouco conhecido no cenário mainstream, mas merece um lugar na nossa lista. A história gira em torno de Edward Saroyan (Charles Aznavour) um cineasta de origem armênia que está dirigindo um filme sobre os trágicos eventos de 1915, que culminaram com o massacre de parte do povo armênio pelo exército turco. A realização desse filme acaba afetando profundamente a vida de duas famílias. Uma delas, a do jovem Raffi (David Alpay), que, ao regressar da Turquia, é retido na alfândega com latas de filme. A outra, a de David (Christopher Plummer), o inspetor aduaneiro que se encarrega de interrogar Raffi. Enquanto o rapaz enfrenta uma relação tumultuada com a mãe e a irmã de criação, David encontra-se em fase de reconciliação com seu filho homossexual e o amante dele, que trabalha como ator no filme de Saroyan.

HOTEL RUANDA (2004)

Direção: Terry George

Em ‘Hotel Ruanda’, o diretor Terry George abre portas para explanações sobre o genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994. A história, baseada em fatos, traz Don Cheadle e Sophie Okonedo como Paul Rusesabagina e sua esposa, Tatiana, que salvaram a vida de sua família e outros mil refugiados ao lhes fornecer abrigo no Hôtel des Mille Collines. Além disso, o longa-metragem explora temas como corrupção política e as repercussões da violência – ganhando aclame por parte da crítica e três indicações ao Oscar.

A IMAGEM QUE FALTA (2013)

Direção: Rithy Panh

O premiado documentário dirigido por Rithy Panh nos transporta para os tensos momentos do governo dos Khmers Vermelhos no Camboja, entre os anos de 1975 e 1979. Por si só, a imagem não poderia provar o genocídio – mas certamente levaria o público a pensar, a refletir e a escrever os recentes capítulos da História. Pahn procurou por muito tempo nos arquivos, documentos antigos e nas zonas rurais do país pela foto e, eventualmente, decidiu criá-la como forma de buscar um entendimento que só o cinema consegue permitir.

A PROMESSA (2016)

Direção: Terry George

Assim como em sua investida anterior, George aproveitou sua necessidade de contar histórias reais para dar vida ao longa ‘A Promessa’. Aqui, os holofotes se transferem para Michael (Oscar Isaac), um jovem armênio que sonha em estudar medicina, mas que não tem o dinheiro suficiente para bancar os estudos. Após prometer se casar com uma garota do próprio vilarejo, na intenção de receber o dote da família, ele viaja para a Turquia e ingressa no curso durante os meses finais do genocida Império Otomano -eventualmente apaixonando-se por uma professora armênia que, por sua vez, nutre de fortes sentimentos por um fotógrafo estadunidense.

O ZOOLÓGICO DE VARSÓVIA (2017)

Direção: Niki Caro

Niki Caro tornou-se mundialmente conhecida ao comandar o elogiado remake em live-action de ‘Mulan’. Porém, em suas investidas predecessoras, ela dirigiu o drama cinebiográfico O Zoológico de Varsóvia. Baseado na vida de Jan e Antonina Żabiński (vividos por Johan Heldenbergh e Jessica Chastain respectivamente), o filme mostra os esforços do casal em esconder centenas de judeus poloneses dos alemães nazistas no zoológico em que moravam.

PRIMEIRO, MATARAM MEU PAI (2017)

Direção: Angelina Jolie

Em mais uma das inúmeras obras dirigidas por Angelina Jolie, ‘Primeiro, Mataram Meu Pai’ nos transporta novamente para o regime comunista do Khmer Vermelho no Camboja. Depois da insurgência do governo genocida, a pequena Loung Ung (Sareum Srey Moch) foi obrigada a deixar sua casa para trás e seguir com a família para o interior. Obrigada a viver em um campo de trabalho forçado, ela lida dia após dia com o horror, a fome, o medo e a ameaça de separação dos pais e dos irmãos.

LA LLORONA (2019)

Direção: Jayro Bustamante

Alma (María Mercedes Coroy) e seus filhos são assassinados no conflito armado da Guatemala. Trinta anos depois, é instaurado um processo criminal contra Enrique (Julio Diaz), um general aposentado que supervisionou o genocídio. Mas ele é absolvido através de um julgamento e o espírito de La Llorona é desencadeado para vagar pelo mundo como uma alma perdida entre os vivos. À noite, Enrique começa a ouvi-la lamentar. Sua esposa e filha acreditam que ele está tendo crises de demência relacionada ao Alzheimer. Mal poderiam suspeitar que sua nova governanta, Alma, está lá para cumprir a vingança que o julgamento não foi capaz de fazer.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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