Um dos festivais de cinema mais interessantes do país está prestes a começar: a Mostra de Cinema de Ouro Preto. Em sua edição de 20 anos, o evento reúne 144 filmes que serão exibidos entre os dias 25 e 30 de junho, transformando a cidade histórica — reconhecida como Patrimônio da Humanidade — em uma verdadeira festa para os amantes da sétima arte. Abaixo, destacamos algumas obras para ficarmos de olho:
Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles

Escasso acompanha Rose, uma passeadora profissional de pets que apresenta sua nova casa para uma equipe documental enquanto celebra a realização de um sonho: o da casa própria, mesmo que ocupada. Enquanto diz cuidar do imóvel e aguardar o retorno da proprietária, a nova “inquilina” cria intimidade com a casa, assumindo um estado de paixão pela dona ausente. (Sinopse Oficial).
A Carta de Mudan e as Oito Primaveras, de Pedro Nishi
Após oito anos, uma jovem chinesa e sua família reencontram um amigo brasileiro. (Sinopse Oficial).
Zizi (Ou a Oração da Jaca Fabulosa), de Felipe M. Bragança
Filmado na Baixada Fluminense, ZIZI é um documentário fabular sobre a vida de duas pragas: uma fruta alienígena (a jaca) e uma mulher indígena (a avó do cineasta). (Sinopse Oficial)
Um Olhar Inquieto: o Cinema de Jorge Bodanzky, de Liliane Maia e Jorge Bodanzky
Em 1973, Jorge Bodanzky, filmando para a TV alemã, capturou uma imagem intrigante: uma grande maloca em meio à densa floresta amazônica, cercada por indígenas isolados tentando atingir o avião com flechas. Meio século depois, o registro recuperado pelo Instituto Moreira Salles, leva o cineasta de volta a Aripuanã. O filme conecta o passado e o presente, explorando sua trajetória e os mistérios da Amazônia a partir dos seus inúmeros rolos de super-8. (Sinopse Oficial).
Paraíso, de Ana Rieper

Documentário sobre as heranças da condição colonial brasileira na vida diária hoje. A partir de uma narrativa musical e do uso de material de arquivo de naturezas diversas o filme propõe uma viagem inquieta por relações forjadas pela posse de terras e pessoas. Uma sinfonia popular sobre violência, resistência, força e afeto. (Sinopse Oficial).
Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Mello

Em 1967, Luiz Sergio Person e Jean-Claude Bernardet escreveram o roteiro daquele que seria um de seus mais importantes filmes: “A Hora dos Ruminantes”, mas que nunca foi filmado. “Os Ruminantes” conta esta história, sobre o cinema brasileiro das décadas de 60 e 70 e suas questões políticas, além de fazer revelações de documentos confidenciais da Ditadura Militar em diálogo com Hollywood. (Sinopse Oficial).
Meu Pai e Eu, de Thiago Moulin

Dez anos após a morte do pai, o diretor Thiago Moulin abre a mala que herdou com fragmentos de uma vida inteira. Entre desejos interrompidos e silêncios familiares, ele tenta quebrar os diversos ciclos de ressentimento que atravessam sua família. (Sinopse Oficial).
Brasiliana: o Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, de Joel Zito Araújo

Brasiliana, o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo, resgata a trajetória da companhia de teatro de revista Brasiliana que percorreu mais de 90 países ao longo de seus 25 anos de atividade. (Sinopse Oficial).
Itatira, de André Luís Garcia
Em um pequeno município do interior do Ceará — que dá nome ao filme — um suposto espírito começa a se manifestar dentro de uma escola, fazendo os estudantes passarem mal de algumas formas. Com a recorrência dos episódios, o caso rapidamente desperta o interesse da mídia, que transforma a situação em um espetáculo sensacionalista, afetando de maneira profunda e desestabilizadora a rotina dos moradores da região.
A Nave que Nunca Pousa, de Ellen Morais
A Nave Que Nunca Pousa paira sobre uma comunidade quilombola no sertão da Paraíba. Os moradores locais precisam lidar com as consequências desse acontecimento. Uma ficção científica documental nas terras de Aruanda. (Sinopse Oficial).