Brasil, terra do futebol, das lindas mulheres, da corrupção, dos governos festeiros, e, óbvio, a terra do carnaval. Uma data festiva, que todos comemoram, vista por muitos como importante para o turismo em nosso país. Agitos dos trios elétricos mais barulhentos do planeta, bundas rebolando, curtição, bebedeira, pegação, Ivete, Claudia, calor e uma ressaca terrível no dia seguinte. Legal! #sqn. Para quem foge de momentos como esse, vista o seu abadá cinéfilo, vá ao cinema, alugue um montão de filmes, entre no ar condicionado e faça a sua folia!
Abaixo, 10 filmes para você curtir o carnaval se deliciando como todo e bom cinéfilo:
10) Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum
Com uma introdução musical belíssima, o novo trabalho dos irmãos mais famosos do mundo do cinema pode ser considerado uma baladinha Folk dentro do cinema. Tecnicamente excelente, Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum mostra uma incrível jornada, rumo ao fundo do poço, ao mundo do Entretenimento musical norte-americano, trajeto vivido por uma alma conturbada e deveras sonhadora. A história fica engessada no protagonista mas bons coadjuvantes ajudam a contar esse conto sonhador moderno.
Esse filme mostra que cantar é a alegria e a expressão da alma. Quando o protagonista chega ao limite de suas forças, coadjuvantes surgem para contribuírem com um certo tipo de direção ou mesmo aprendizagem para o jovem cantor solo. Assim, vemos aparições relâmpagos de Justin Timberlake, a sempre ótima Carey Mulligan e o excelente John Goodman que dá um verdadeiro show com seu personagem folgado por si só que vai tirar risadas a todo instante da plateia.
A melancolia do personagem principal e a forma como vê e sente o mundo ao seu redor é muito parecidacom as letras das canções de Folk, gênero imortalizado pelo grande Bob Dylan (que é mencionado e interpretado em uma rápida sequência). Driblando sua própria desarmonia, somos testemunhas do sofrimento e desenvolvimento de um homem em busca do seu tão sonhado eldorado. É possível nos identificarmos facilmente com esse ótimo personagem, seu jeito enrolado de ver o mundo reflete o sentimento de muitos do lado de cá das telas.
Com o Folk tomando conta da telona, você vai sair do cinema querendo ter o cd com todas as músicas cantadas neste projeto. Mesmo sendo considerado Cult, o trabalho deve e merece ser assistido por pessoas de todas as idades, gostos cinéfilos, gostos musicais. Mais um acerto dos Coen. Viva essa experiência, bravo!
O que esse filme ensina: O Folk é um gênero musical bem melhor que qualquer trio elétrico. Assistir a esse ‘show’ no ar condicionado e sem abadá, é o que há!
09) Clube de Compras Dallas
Até onde um homem vai em busca de sua salvação? Uma das grandes sensações em festivais importantes mundo à fora, e um dos indicados ao Oscar de Melhor Filme neste ano, Clube de Compras Dallas é um retrato escancarado de um homem em busca da cura para uma doença que já matou milhões de pessoas neste planeta. Dirigido pelo canadense Jean-Marc Vallée (que comandou o ótimo A Jovem Rainha Victoria) e com uma atuação digna de Oscar dos atores Matthew McConaughey e Jared Leto, o drama deve comover do início ao fim qualquer um que tiver a sorte de assistir a este belo trabalho.
O longa-metragem aborda muito bem toda a mentalidade da população perante aos riscos do vírus HIV. O preconceito exacerbado (para muitos, quem tinha Aids era porque tivera relações homossexuais), as dúvidas sobre os tratamentos confiáveis pelos portadores do vírus, as brigas judiciais entre fabricantes de medicamentos norte-americanos e pessoas que procuravam novas soluções para combater a doença. Clube de Compras Dallas não deixa de ser uma crítica à indústria farmacêutica que lucra milhões anualmente. É um trabalho inteligente e muito corajoso de Vallée e toda a equipe.
Todo o elenco esteve inspirado durante o período de gravações. O antes rejeitado pelos cinéfilos, Matthew McConaughey consegue a melhor atuação de sua carreira (que decolou com muito mais talento nos pelos menos últimos cinco filmes que participou) e tem reais chances de conseguir um dos Oscars na próxima noite da grande festa. A certeza maior de prêmio é para Jared Leto. O cantor/ator mais uma vez interpreta um personagem envolvido no mundo das drogas e mais uma vez mostra que é um artista completo, magnífica atuação. Até a mulher do ex-novo Batman Ben Aflleck, Jennifer Garner, consegue desempenhar com muita eficácia sua complicada personagem.
Clube de Compras Dallas é um filme que conquistará muito fãs no Brasil e no mundo. A qualidade cênica é importante para toda a história fluir e captar a atenção do espectador durante toda a fita. Esse é um daqueles filmes impactantes que marcará a carreira de todos seus participantes.
O que esse filme ensina: A nossa vida vale muito e lutamos por ela todos os dias.
08) Grand Central
Quando o amor não basta, o medo consome. Para falar sobre as problemáticas nucleares, uma pincelada crítica dos abalos energéticos de muitos países, a diretora Rebecca Zlotowski (em seu segundo longa-metragem) utiliza uma cobertura romântica protagonizada pela mais nova musa do cinema francês, Léa Seydoux. Grand Central pode ser definido também como a história de homens e seu traiçoeiro trabalho que geram conflitos emocionais, físicos e familiares muito bem reproduzidos na telona.
A conflituosa relação que o destino cravou gira quase que exclusivamente em torno do protagonista, um homem que nunca esteve apaixonado e que vive de maneira intensa sua vida. Nas mesas de sinuca ou na estrada andando como nômade à procura de uma razão para sua existência, encontra no amor seus conflitos mais profundos. Um jogo de paixão, desejo e razão vão se misturando, deixando o personagem à deriva de ações inconseqüentes.
Obviamente, a intenção da fita era transmitir e criar uma discussão em cima da problemática e os perigos das usinas nucleares. Só que a história que a princípio viria em segundo plano, o amor singelo e bruto entre dois personagens, acaba tomando o papel de protagonista no processo de interação com o espectador muito por conta da intensidade e competência da atriz Léa Seydoux, iluminada (mais uma vez) em cena.
Longe de ser o melhor filme da coadjuvante principal de Azul é a Cor Mais Quente (nem tão pouco seu filme mais polêmico), Grand Central merece ser conferido por todos os cinéfilos pois consegue encontrar em suas subtramas uma inteligente razão de existência.
O que esse filme ensina: Nas histórias mais confusas encontramos os amores mais intensos.
07) Pais e Filhos
Depois do maravilhoso trabalho O Que Eu Mais Desejo, o diretor japonês Hirokazu Koreeda volta a falar sobre a relação da família no seu mais novo projeto, o cativante Pais e Filhos. Usando de uma simplicidade e uma delicadeza impressionante, o filme é uma grande jornada sentimental nas escolhas difíceis que pais e filhos se envolvem. O espectador é alvo fácil de cada palavra, cada sentimento, contidos em todas as linhas desse roteiro.
O que mais deixa o público envolvido com a história é a construção belíssima do personagem Ryota. Um Workaholic assumido, deixa sua família em segundo plano, assim como seu pai no passado fizera com ele. Perdido em meio ao caos emocional estabelecido pela trágica notícia, Ryoto, a cada passo que tenta dar pra frente se esquece dos pequenos detalhes afetivos e comete uma série de ignorâncias, fruto de sua frieza característica. Quando a mudança se torna eminente, o filme ganha contornos tão emocionantes que fica impossível os olhos não se encherem de água.
Se você já teve uma relação difícil com seus pais, esse filme chegará como um cometa colorido que vai atingir a superfície de seu coração. O poder dessa história, juntamente com a mágica do cinema, é enorme e pode fazer você querer mudar certas situações, quem sabe até mesmo perdoar. As lições são inúmeras, esteja de coração aberto para receber esse lindo trabalho. Sábio, é o pai que conhece o seu próprio filho. E vice-versa. Não perca esse filme.
O que esse filme ensina: Pais e filhos é uma relação eterna de amor, na maioria do tempo.
06) Fruitvale Station – A Última Parada
Em seu primeiro longa-metragem, o cineasta californiano Ryan Coogler surpreende o mundo do cinema com um poderoso drama baseado em fatos reais que gera indignação e calafrios do início ao fim. Fruitvale Station: A Última Parada é aquele tipo de filme que faz o espectador não conseguir desgrudar os olhos da telona. A impactante trama não deixa de ser uma bandeira contra a violência policial e o despreparo da segurança, que ainda ocorre em muitas grandes cidades ao redor do planeta.
Fruitvale Station: A Última Parada é um filme independente. Partindo desse ponto, já sabemos que a força cênica precisa funcionar, exatamente para conseguir criar toda a atmosfera de sofrimento que a trama pede. A vencedora do Oscar Octavia Spencer domina o filme com sua sofrida, controlada e bastante racional personagem. Aos olhos dessa mãe em desespero por dentro mas controlada por fora, o público se sente, cada minuto que passa, mais próximo desta trágica história.
O projeto como um todo, pode ser visto como uma grande crítica às injustiças do destino, ao despreparo de policiais e ao preconceito que ainda cisma em sobreviver nesse mundo. Ao causar indignação do público, ou para todos que não conheciam essa história, o diretor consegue que a mensagem seja passada de forma muito objetiva nas telonas. Fruitvale Station: A Última Parada é um filme que pode e deve ser usado em salas de aula, principalmente em disciplinas ligadas à sociologia e direito. Essa é, sem dúvidas, uma fita que todo cinéfilo precisa conferir.
05) Breathe In
As músicas mais bonitas são aquelas que chegam ao coração de alguém que nos entende. Depois de conquistar plateias no mundo todo com o tênue romance Loucamente Apaixonados, o cineasta californiano Drake Doremus dirige e assina o roteiro da atraente fita Breathe In. Falando sobre a redescoberta da arte do viver em meio a um caos familiar derivado das conseqüências de atos naturais e impensáveis, o drama possui um enredo envolvente que vai conquistar o público do primeiro ao último minuto de fita.
A profundidade em que chegam os personagens quando são atingidos por novas perspectivas é visto nas telas com uma verdade tocante. A trama gira toda em cima de Keith que teve uma vida cheia de alegria interrompida muito cedo por conta da gestação de sua namorada e atual mulher. Um certo complexo de juventude paira pela cabeça dele com a chegada da linda Sophia. Qualquer lembrança sobre como era mais divertida sua vida vivendo de música e na cidade grande, é motivo para um isolamento instantâneo que só Sophia parece entender.
Uma relação madura e carinhosa de desejo entre homem e mulher (e também pela arte que conhecem) vai dominando os dois personagens. Um encontra no outro um porto seguro. O jeito que se olham, aquele brilho no olhar, a maneira como sentem e se identificam com a música levam essas duas almas a um relacionamento de respeito, desejo, confiança e carinho, por mais que o restante dos envolvidos (mais precisamente a filha imatura e a passiva mulher de Keith) sofram as conseqüências desses atos.
Selecionado no Festival de Sundance em 2013, Breathe In é um daqueles trabalhos em que a força dos personagens faz a riqueza da história. As melancolias, os dramas, as situações constrangedoras são passadas ao público de maneira muito verdadeira. Os últimos 20 minutos de fita são cheios de momentos intensos, dramáticos, surpreendentes e avassaladores. Vocês não podem perder esse ótimo filme, afinal, quem nunca buscou novos sentidos para sua vida?
O que esse filme ensina: A felicidade está ao alcance de quase todos nós. Os opostos não se atraem.
04) Enquanto você Dorme
Já trancou direito a porta da sua casa hoje? A nova fita espanhola “Enquanto Você Dorme” é um drama misturado com suspense que deixa o espectador completamente abismado com o que está vendo em cena. O roteiro assinado por Alberto Marini mostra o dia-a-dia de um condomínio sob os olhos do psicótico César, um porteiro que controla tudo e todos, que possui uma avassaladora obsessão por uma das moradoras, a bela Clara. Esse Thriller, muito bem dirigido pelo catalão Jaume Balagueró (um dos diretores de “Rec”), é uma grata surpresa e por conta do desfecho em aberto pode muito bem ter uma continuação. Os cinéfilos adorariam.
Na história, acompanhamos o porteiro (César) de um edifício. A princípio tudo aparentemente normal, até que aos poucos vamos sendo introduzidos à mente desse curioso personagem. Completamente insano despeja infelicidade ao seu redor, pois isso, é um remédio para sua tristeza e solidão. Está à beira do suicídio em muitos momentos, principalmente quando se sente dominado pelos raciocínios negativos de sua mente com problemas. A nova obsessão de Carlos tem apenas um nome: Clara. Completamente sem juízo, toda madrugada, invade o apartamento dessa moradora, aplica um mecanismo de dormência e se deita junto dela. Conforme os dias da semana vão passando a obsessão só cresce, a sorte de Clara é que alguns acontecimentos prejudicarão a continuidade da maluquice de César.
O veterano ator espanhol Luis Tosar (do eletrizante Cela 211) dá vida ao protagonista. Extremamente complexo e muito bem executado em cena, César é um dos melhores papéis de Tosar no cinema. A atriz Marta Etura, que interpreta Clara, também está muito bem e passa todo o clima de tensão que vive sua sofrida personagem. Fato curioso: Luis Tosar e Marta Etura são namorados na vida real.
Um filme tenso, com pitadas de loucura, que possui ótimas interpretações e personagens bastante originais. Não deixem de conferir! Merece uma continuação! Hitchcock ficaria feliz se visse esse filme!
O que esse filme ensina: O Cinema argentino dá de 10 a 5 em nosso cinema.
03) As Delícias da Tarde
Em seu primeiro longa-metragem, a ex-roteirista de seriados famosos, Jill Soloway resolve abordar os dramas familiares e as problemáticas diárias que o sexo pode provocar em alguns casais na dramédia As Delícias da Tarde. Contando com um elenco oriundo de diversas séries norte-americanas, a estreante procura dar liberdade na composição dos personagens causando alguns exageros mas no geral uma fórmula que dá muito certo em cena.
É possível falar sobre sexo no cinema sem ser piegas ou ofensivo. As Delícias da Tarde é um grande consultório onde todos nós somos convidados a participar dos debates que acontecem entre os carismáticos personagens. A relação da protagonista com todos os outros coadjuvantes são excelentes, comovem e ajudam a contar essa boa história. O destaque para essas tramas secundárias fica para a ótima participação de Jane Lynch (Glee) na pele da psicóloga totalmente maluca Lenore.
Jill Soloway ganhou o prêmio de Melhor Direção no prestigiado Festival de Sundance deste ano. Realmente a direção surpreende positivamente, conseguem transformar uma história complicada em um filme gostoso de assistir. A liberdade que o elenco teve para criar os personagens poderiam ser um problema por conta do formato que estão acostumados (seriados) mas o saldo final é muito positivo e os personagens se sustentam com louvor até o final da história.
O único pecado é que o filme não tem data definida para ser exibido no Brasil. Os sortudos que frequentaram o Festival do Rio deste ano – assim como quem vos escreve – são os únicos brindados com essa delícia, seja ela de manhã, de tarde ou de noite. Se pintar por aqui, não esqueçam, anotem na agenda e vão ao cinema, essa história vocês precisam conferir.
02) 7 Caixas Paraguaias
O sonho e a violência ganham contornos surpreendentes no elogiado drama paraguaio 7 Caixas Paraguaias. Dirigido pela dupla Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori, o filme é uma grande caixinha de surpresas onde o espectador é o grande privilegiado. O longa-metragem (a maior bilheteria da história do cinema paraguaio) mostra o sonho, nos gestos e expressões do jovem protagonista que leva uma vida na pobreza, trabalhando duro todos os dias em um mercado de muambas, uma espécie de 25 de março (SP) ou Uruguaiana (RJ).
Em 7 Caixas Paraguaias somos apresentados a Víctor (Celso Franco), um carreteiro de 17 anos, que trabalha dia e noite em um famoso mercado no centro de Assunção (Paraguai) sonhando em algum dia ser famoso e aparecer nas telinhas das televisões que lotam as lojas do grande mercado. Certo dia, recebe uma proposta diferente e misteriosa, transportar 7 caixas de madeira até um lugar, cujo conteúdo ele desconhece, em troca de uma nota rasgada ao meio de 100 dólares. Assim, ao lado de sua amiga Liz (Lali Gonzalez) precisa chegar até o seu destino fugindo de todos que não querem que isso aconteça.
O drama vira suspense em questões de minutos. Somos jogados em uma história envolvente de ambição, segredos e assassinato. Com um ritmo ao melhor estilo Corra, Lola, Corra (1998), a câmera dos diretores apresenta uma realidade impressionante, sempre tremendo e captando as expressões dos personagens de maneira detalhista mesmo que alguns cortes secos mal feitos e enquadramentos esquisitos apareçam de vez em quando.
Os diálogos e situações inusitadas que acontecem são bem recebidos pelo público que executa gargalhadas em muitas sequências. O ritmo dinâmico, a inversão rápida entre os gêneros drama, suspense e comédia são uma ótima sacada e conquistam a todos. Dê uma chance aos nossos vizinhos, os vinte minutos finais de filme valem o ingresso. Bravo!
O que esse filme ensina: Você pode fazer sucesso a qualquer minuto. O Cinema paraguaio será outro depois desse filme.
1) Tiranossauro
Com uma história intensa que fala sobre raiva e redenção de maneira muito comovente, o ator e agora diretor Paddy Considine (que assina a direção e o roteiro) faz a alegria dos cinéfilos com seu novo trabalho, “Tiranossauro”. O nome assusta um pouco, tem gente que acha até que o filme é de ficção científica, porém, qualquer suposição é apenas ilusão. O filme é recheado de pontos positivos e com duas atuações pra lá de convincentes.
Na trama, conhecemos Joseph um homem rodeado por desilusões e que está à beira da loucura dominado completamente pelo ódio que sente. Um certo dia, após beber todas em uma tarde, acaba indo parar na loja de Hannah, uma simpática vendedora que também possui seus problemas no cotidiano. Aos poucos, entre um drama e outro, vai surgindo entre eles uma amizade muito forte que acaba virando um conforto para essas duas almas perturbadas por fantasmas que os assombram à muito tempo.Ao analisarmos os dois personagens percebemos dois lados em cada um deles.
O longa possui cenas fortes e marcantes provocadas pela fúria sem limite dos personagens principais. O desfecho caracteriza um novo caminho e a liberdade de alguns desses carmas passado, porém, toda ação tem suas consequências. Bruto, intenso, brilhante! Você não pode perder essa fita irlandesa que foi um dos filmes sensação dos últimos festivais do Rio de cinema.
O que esse filme ensina: A vida não é fácil pra ninguém