O cinema tem o poder de mostrar pela ficção paralelos com a realidade de muitas pessoas pelo planeta. Um desses pontos, e que geralmente se tornam histórias tocantes, são caminhos que passam pela maternidade e a educação dos filhos por mães corajosas que enfrentam dificuldades em suas trajetórias. Pensando nisso, e pra refletir sobre o assunto, segue abaixo 10 filmes que mostram a luta de mães na criação de seus filhos:
O Mundo de Gloria
Na trama, conhecemos uma família que começa e buscar sentido em seus problemas após o nascimento de Gloria. A esforçada avó que tem que pegar mais de um turno no trabalho como faxineira de grandes empresas, tem o avô da recém-nascida, que esteve preso por duas décadas após uma situação mal compreendida, A sobrevivência em tempos tão complicados chega também no contexto dos jovens pais de Gloria, a mãe é vendedora de uma loja de artigos femininos, o pai é motorista de Uber. Há também a tia e suas impressões muitas vezes cruéis sobre a irmã, que mesmo criadas juntas possuem distanciamento na forma de pensar. A interseção chega com as dificuldades de cada integrante dessa família e seus subsequentes problemas financeiros que afetam a todos de alguma forma.
Na trama, conhecemos a astronauta francesa Sarah Loreau (Eva Green) que consegue a chance que tanto queria: fará parte da equipe que viajará para a estação espacial (ao lado de um norte americano e um russo) para um dos últimos projetos antes da ida à Marte. Para tal, precisará ficar 1 ano no espaço e longe de sua filha única. O longa mostra assim os últimos dias de Sarah e os primeiros movimentos de saudade que ambas precisarão enfrentar por conta do compromisso profissional (e dos seus sonhos) da astronauta francesa.
Na trama, conhecemos Elisabeth (Charlotte Gainsbourg), uma mulher de fala mansa, culta, que estudou psicologia e se separou recentemente de um homem que a abandonou. Ela mora com os filhos, Judith (Megan Northam) e Mathias (Quito Rayon Richter) num belo apartamento, com uma esplendorosa vista para uma grande cidade francesa. Mas a situação deles não é tão confortável assim, passando por várias fases e apertos financeiros. A protagonista tem certa dificuldade de adormecer, nessas horas assiste a um programa no rádio e tempos depois, quando procurava diariamente um emprego, acaba conseguindo um trabalho na equipe desse programa. Um dia, durante o período em que busca um mais amplo sentido para sua trajetória, chega na vida dessa família Talulah (Noée Abita), uma jovem que tem problemas com drogas que acabará se sentindo aceita nessa família, mesmo com idas e vindas ao longo de toda a década de 80.
A Mãe
Na trama, conhecemos Dona Maria (Marcélia Cartaxo), uma nordestina, de Cajazeiras (Paraíba) que mora em uma casa humilde na periferia de São Paulo faz alguns anos, lugar onde mora com o único filho, o adolescente Valdo, desde que ele tinha três anos. Ela é camelô pelas ruas do centro. Certo dia, após o filho sair para se divertir e ir tentar a sorte numa peneira de futebol, ele desaparece levando Maria a uma busca incansável para saber todas as verdades desse desaparecimento. Durante essa árdua estrada onde poucos a ajudam, acaba entrando em conflito com traficantes e com a polícia.
Na trama, super elogiada pelos críticos não só no Brasil, conta a saga de Klaus (Otávio Müller) e Irene (Karine Teles), pai e mãe de quatro filhos que vivem a cada dia tendo que matar um leão para que a felicidade reine no lar deles. Os negócios de Klaus, que tem uma copiadora, e o trabalho de vendedora sem dinheiro fixo de Irene, não vão muito bem e associado a isso, a irmã de Irene, Sonia (Adriana Esteves) busca refúgio na casa deles após ser agredida pelo marido Alan (César Troncoso). Para completar as variações emocionais presentes nesse presente da família, o filho mais velho do casal Fernando (Konstantinos Sarris) é chamado para jogar handball profissionalmente na Alemanha, fato esse que mexe demais com Irene.
Fala Sério, Mãe!
Na trama, conhecemos em um período de cerca de 18 anos a vida de Ângela (Ingrid Guimarães) que no início acaba de ser mãe de sua primeira filha, Malu (Larissa Manoela) e se encontra apavorada pelas emoções provocadas pela chegada da primeira filha. Depois, o longa-metragem mostra rapidamente o crescimento de Malu e todas as situações de alegria e tristeza que vão entrar na vida de mãe e filha.
Na trama, conhecemos a jovem Amaia (Laia Costa), de cerca de 30 e poucos anos, que acaba de ser mãe de primeira viagem. Após o nascimento da criança, ela passa por diversas fases, como: a relação com o seu lado profissional agora sendo mãe e os conflitos com o marido Javi (Mikel Bustamante) muitas vezes ausente. Em todos esses momentos, seu pai Koldo (Ramón Barea) e sua mãe Begoña (Susi Sánchez, em grande atuação) se mostram presentes e em certo momento onde já não consegue mais lidar com tudo que vem passando sozinha resolve passar um tempo com eles na casa onde morou quando pequena. Esse período será de grande aprendizado e também trará grandes surpresas.
Driveways – Uma Amizade Inesperada
Na trama, conhecemos Kathy (Hong Chau), uma mulher batalhadora que trabalha com transcrições médicas e tem o sonho de ser enfermeira. Ela, junto o filho pequeno, o sensível Cody (Lucas Jaye), estão indo reformar, para uma possível venda, a casa de sua irmã recém falecida. Chegando no lugar, uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos, acaba conhecendo aos poucos a vizinhança, principalmente seu vizinho de porta, o veterano da Guerra da Coreia Del (Brian Dennehy). Aos poucos começa a perceber que o sentido de casa, lar, pode estar bem próximo dali.
Na trama, conhecemos Jessica (Rainey Qualley), uma jovem de vinte e poucos anos, ex-viciada em drogas, com um recentemente passado vivido em algum tipo de reabilitação, que se vê em uma situação complicada quando fica presa dentro da dispensa da velha casa onde está morando de forma provisória com os dois filhos pequenos, ao mesmo tempo em que reaparece em sua vida Rob (Jake Horowitz) o ex-namorado viciado, pai das crianças. Lutando contra o tempo, contando com a ajuda da filha mais velha, mas ainda assim uma criança, e buscando soluções para sair dessa situação, a protagonista enfrentará seus medos.
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
Na trama, conhecemos Evelyn (Michelle Yeoh), uma mulher consumida por sua vida totalmente sem tempo para ela mesma, com problemas com a receita federal, dividida entre o empreendimento da família nos Estados Unidos e as preocupações com a família. Mora com o pai, já na parte final de sua vida, o marido atrapalhado Waymond (Ke Huy Quan) e a filha Joy (Stephanie Hsu) com quem tem muitos problemas de relacionamento. Tudo não saia do lugar na sua monótona rotina até certo dia ser recrutada para enfrentar uma grande vilã dos multiversos e entender aos poucos melhor sobre questões que nunca imaginara.