“Amor é fogo que arde sem se ver”.
O clássico (e clichê) verso pertencente aos sonetos de Luís de Camões é apenas uma das poucas metáforas utilizadas para tentar, em vão, explicar o amor. O poeta português é até os dias de hoje relembrado como um dos artistas mais prolíficos e quintessenciais da literatura mundial, servindo de inspiração para romances atemporais que seriam publicados décadas e séculos mais tardes, para aventuras do coração que nos ganhariam por sua ingênua e, ao mesmo tempo, profunda narrativa.
E é claro que grande parte dessas produções ganharia sua versão para os cinemas, eternizando nas telonas personagens marcantes e enredos inspiradores não apenas para os amantes da vida, mas sim àqueles afeiçoados aos dramas de época que ano após ano chamam nossa atenção por sua construção epopeica, seus cenários idílicos e seus arcos instigantes e de nos tirar o fôlego.
Remontando aos tempos do eufórico e ilusório Romantismo literário, grande parte dos livros (de Jane Austen e de Liev Tolstói, por exemplo) foi adornada com floreios oníricos que transmutavam a essência crítica para a versão fílmica – mas não deixaram de nos encantar e voltar a nos encantar nas múltiplas vezes que fomos revisitá-los.
Por isso, separamos dez romances de época imperdíveis para os fãs do gênero. Confira abaixo nossa lista e conte para nós qual o seu favorito:
A ÉPOCA DA INOCÊNCIA (1993)
O filme é centrado em um triângulo amoroso entre membros da alta sociedade na Nova York de 1870. Um homem nobre se casa com uma moça bem educada e bonita, porém sem charme, e acaba se apaixonando por uma mulher independente com um passado escandaloso.
ORGULHO E PRECONCEITO (2005)
A versão mais conhecida do romance de Jane Austen ganhou os cinemas em 2005 e trouxe a icônica Keira Knightley no papel de Elizabeth “Lizzie” Bennet. Dirigido por Joe Wright, a história gira em torno da jovem Lizzie, que vive com sua mãe, pai e irmãs no campo, na Inglaterra. Por ser a filha mais velha, ela enfrenta uma crescente pressão de seus pais para se casar. Quando Elizabeth é apresentada ao belo e rico Darcy, faíscas voam. Embora haja uma química óbvia entre os dois, a natureza excessivamente reservada de Darcy ameaça a relação.
SHAKESPEARE APAIXONADO (1998)
O filme que deu o Oscar a Gwyneth Paltrow não poderia ficar de fora da nossa lista. Na trama, William Shakespeare, o jovem astro do teatro londrino, sofre um bloqueio criativo e não consegue escrever sua nova peça. Mas as coisas mudam quando conhece Viola de Lesseps, uma jovem que deseja ser atriz, algo considerado revolucionário no final do século 16. Viola se torna a musa inspiradora e a grande paixão de Shakespeare, que logo descobre que ela já estava prometida para outro homem.
RETORNO A HOWARD’S END (1992)
RAZÃO E SENSIBILIDADE (1995)
LIGAÇÕES PERIGOSAS (1988)
ANNA KARENINA (2012)
A SOCIEDADE LITERÁRIA E A TORTA DA CASCA DE BATATA (2018)
PERSUASÃO (2007)
O PIANO (1993)
‘O Piano’ pode até ter caído no esquecimento, mas foi o icônico longa-metragem que rendeu a Anna Paquin seu Oscar de Melhor Atriz com apenas dez anos. Tornando-se uma das produções mais aclamadas dos anos 1990, a trama é centrada na sofrida trajetória de Ada McGrath, uma mulher que não fala desde os seis anos de idade e se muda para a Nova Zelândia recém-colonizada. Em companhia da filha, ela conhece seu futuro marido, com o qual não simpatiza. Para piorar a situação, o noivo, Alisdair Stewart, recusa-se a transportar o piano de Ada, que é sua maior paixão. Porém, o administrador George Baines, imediatamente interessado na mulher, adquire o instrumento e promete devolvê-lo caso ela lhe ensinasse a tocá-lo. Com o tempo, as tais aulas de piano vão se tornando encontros sexuais e os dois acabam descobrindo o verdadeiro amor.