Chegando na segunda parte desse especial, acompanhamos histórias diversas, algumas muito profundas sobre o tema, outras embutidas em subtramas poderosas onde aprendizados sempre chegam como reflexão. Tem filme da Jordânia, francês, canadense, dinamarquês, suíço, polonês, dos Eua, etc.
Segue abaixo, 10 filmes sobre Irmãos – Parte II:
Minha Irmã (Suíça, 2020)
A força do amor entre irmãos e as superações da vida que precisam enfrentar. A vida não é fácil, é uma estrada complicada, repleta de obstáculos. Indicado da Suíça ao Oscar 2021, Minha Irmã é um impacto recorte na vida de uma forte mulher que aos poucos vê a solidez de alguns de seus pilares desmoronarem incontrolavelmente, desde o estado complicado de saúde de seu irmão gêmeo até uma crise intensa e amargurada em seu casamento. Escrito e dirigido pela dupla de cineastas Stéphanie Chuat e Véronique Reymond. Destaque para a atuação emocionante da atriz alemã Nina Hoss.
Na trama, conhecemos os irmãos gêmeos Sven (Lars Eidinger) e Lisa (Nina Hoss). O primeiro está com um sério problema de saúde e passa por uma não bem sucedida transplante de medula óssea. A segunda é uma escritora de peças de teatro que está com um vendaval de situações importantes acontecendo ao mesmo tempo em sua vida e precisa ainda ser a principal cuidadora do irmão o que gera nela terríveis dramas e uma iminente decadência em seu casamento com o marido Martin.
O foco é na irmã, uma mulher que precisa se virar para poder conciliar a terrível doença do irmão, a educação de suas filhas, idas e vindas do seu país de origem até onde seu marido trabalha, as complicadas decisões do futuro de sua família com a oportunidade que chega ao seu marido. Os desenrolares das escolhas dessa forte protagonista acabam sendo uma jornada bem bonita de encarar os obstáculos mesmo que para isso precisem ser tomadas decisões solitárias.
Minha Irmã é um longa-metragem repleto de amor e de solidão do afeto. Há contrapontos que se unem em momentos de reflexão, como o fato de uma certa distância da mãe sobre tudo que acontece com o filho. Nem sempre na vida teremos finais felizes mas precisamos converter nossas escolhas em soluções vindas de escolhas que vem do coração. Schwesterlein, no original, nos faz refletir bastante sobre a vida. Belo filme.
Terra Selvagem (EUA, 2019)
O que você escolhe, medo ou esperança? Falando sobre força de dois Irmãos e seus distantes sonhos em uma realidade cruel lutando contra a falta de dias melhores, Jungleland, dirigido por Max Winkler (em seu terceiro longa-metragem) e produzido por Ridley Scott é um filme forte que mostra a dureza de duas almas nômades sem foco no mundo, caminhando por uma melancolia diária, que resolvem apostar todas suas fichas em um torneio de visibilidade no circuito amador de boxe sem luvas, além de serem obrigados a embarcar em uma missão misteriosa para conseguir pagar uma dívida. Exibido no Festival de Toronto, o projeto é estrelado por Charlie Hunnam, Jack O’Connell e Jessica Barden.
Na trama, conhecemos os irmãos Stanley (Charlie Hunnam) e Walter ‘Lion’ (Jack O’Connell), que vagam pelas ruas de uma cidade norte-americana em busca do sonho de serem famosos dentro do universo do boxe amador. Quando se veem encurralados por uma dívida, são obrigados a levar Sky (Jessica Barden), que eles não fazem a mínima de ideia de quem seja, até uma pessoa em San Francisco, em troca disso tem a dívida perdoada e conseguem a inscrição em um torneio de boxe de alta visibilidade em San Francisco. Assim, os três entram em uma jornada sem muito foco que passa por abalos emocionais enormes.
Explorando o Looping em eternos recomeços, Jungleland, mostra todo o sofrimento emocional de dois irmãos com poucos pontos de interseção mas que de alguma forma apresentam uma grande lealdade mútua mesmo que isso implique em confusões e caminhos que ambos não pensam iguais. Há um foco marcante na questão da desestrutura familiar, nessa ótica nos apresentam esporádicos momentos de profundidade sobre o passado dos irmãos e dentro de uma subtrama pouco explicada que é a trajetória de Sky. As lacunas preenchidas das consequências dos atos transformam o desfecho aberto em algo compreendido de quem conseguir ler nas entrelinhas das atitudes de cada personagem em suas trajetórias. Jungleland é forte, duro e mostra uma realidade quase dentro de um universo paralelo para muitos que não conhecem ou não viveram dificuldades na vida.
Meu Verão na Provença (França, 2014)
A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família. Depois do ótimo Amor é Ódio no já distante ano de 2010, a cineasta Rose Bosch volta a direção, dessa vez em um filme muito bonito que mostra todas as fases de uma família contada de uma maneira deliciosa. Somando-se a isso, conta com uma atuação maravilhosa do excelente ator francês Jean Reno.
Na trama, conhecemos três irmãos de personalidades diferentes, entre eles um jovenzinho com deficiência auditiva, que partem, forçadamente, de férias para a bela cidade de Florença, na Itália, logo depois de um abalo na estrutura familiar que estavam acostumados. Meio sem saber o que será do destino deles, chegam à casa de Paul (Jean Reno) e Irene (Anna Galiena), seus avós que não viam a muito tempo. Por conta de brigas familiares, não conheciam direito seu avô, um semi-idoso rabugento que vai aprender com a juventude a sorrir novamente.
A primeira vista, parece que Meu Verão na Provença não passa de um filme bobinho, aguinha com açúcar, que avançará por clichês durante todos os 105 minutos de duração. Bem, o filme é muito mais profundo do que isso. O entrosamento dos atores em cena é um dos pontos de sustentações da história, que contém uma premissa bem simples, um conflituoso choque de gerações oriundos, em partes, de escolhas do passado. O desenvolvimento desses personagens ao longo do filme é delicado e só realmente percebemos o quanto que a história é cativante no arco final. Alguns podem até achar alguns diálogos bobinhos mas garanto a vocês, de bobinho esse filme não tem nada.
O foco da trama gira em torno do personagem de Jean Reno, Paul, um quase velhinho amargurado, rabugento, que na verdade sofre internamente com saudades de seu passado underground onde passava dias e dias viajando numa levada Hippie. Como em time de futebol, no cinema acontece a mesma coisa, quando você tem um super talento na sua equipe você joga a bola para ele que o mesmo resolve. Jean Reno, com muita habilidade em cena consegue agarrar o espectador do primeiro ao último minuto e o melhor de tudo: não decepciona! Sem dúvidas, uma das melhores atuações deste grande astro do cinema mundial.
Como Gato e Cachorro (Polônia, 2018)
Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos. Dirigido pelo cineasta nascido no Cazaquistão Janusz Kondratiuk, Jak Pies Z Kotem (sem tradução para o português) é um projeto que fala sobre as fábulas da vida em paralelo a uma realidade cheias de razões para não mais se acreditar. Uma relação conflituosa entre irmãos se transforma em uma jornada de descobertas, onde o brilho dos personagens está contido em cada cena.
Na trama, conhecemos os irmãos cineastas Andrzej (Olgierd Lukaszewicz) e Janusz (Robert Wieckiewicz) que ao longo do tempo nutriram uma relação repleta de altos e baixos. Agora já na etapa final de vida, Andrzej sobre um acidente que o impossibilita de ser sozinho e como não há mais ninguém para ajudar , seu irmão Janusz e sua esposa decidem cuidar dele.
A relação de entre os irmãos navega pela tristeza e nos conflitos emotivos. Janusz guiou sua vida através dos sonhos do irmão e sentiu demais uma longa distância entre os dois que acontece já na chegada do terço final da vida de ambos. Andrzej , mente muito criativa talvez pelo fato de trabalhar com arte, após seu derrame só lhe sobra o ato de sonhar e imaginar situações para tudo que está vivendo e o pouco caminho que ainda precisa percorrer antes de falecer.
Misturando um drama profundo com pitadas de comédia, esse longa polonês se destaca pela alma de seus personagens e pelo ótimo roteiro que nos faz navegar junto a tudo de emocional que aparece na trama. Sem previsão de estreia no Brasil, o filme é quase uma relíquia em torno de tantos lançamentos aos longos dos anos.
Nefta Futebol Clube (França, Tunísia, Argélia, 2019)
Nas linhas da ingenuidade, propósito e razão nunca desaparecem. Um dos indicados ao Oscar de Melhor Curta do ano passado, Nefta Football Club usa da criatividade de um assunto comum com a fragilidade do olhar ingênuo. Sacada bastante interessante do cineasta Yves Piat que entre outros pontos incorpora à sua história a essência do futebol pelo olhar das crianças.
Ao longo dos quase 17 minutos de projeção, conhecemos rapidamente dois irmãos que estão sozinhos andando de moto por uma estrada deserta da Tunísia (próximo à fronteira com a Argélia) até que eu deles precisa urinar e acaba avistando um burro com o headphone e uma carga curiosa: um pó branco que, no modo deles enxergarem, parece sabão em pó. Tentando descobrir ao certo o que é aquele produto, o mais velho bola um plano para tentar negociar aquilo, enquanto o mais novo acaba tendo outros planos.
Todo curta bom precisa ser impactante em algum momento, pois são poucos minutos para se fazer o público se interessar pelo que acontece em tela. Nefta Football Club consegue reunir elementos que juntos constroem um desfecho com mensagem positiva, pra lá de emblemática, onde a pureza e a ingenuidade vencem qualquer tipo de caminho.
À Sua Completa Disposição (França, 2015)
Não é preciso que a bondade se mostre; mas sim é preciso que se deixe ver. Em seu primeiro trabalho como diretora de longas metragens, a atriz, roteirista e cineasta Baya Kasmi traz para o público uma história repleta de reviravoltas que começa com uma trama peculiar que gira em torno de uma bondade excessiva em fazer as pessoas se sentirem bem. Je Suis a Vous Tout de Suíte é também um complexo retrato familiar que contorna temas como a religião, o preconceito e as inúmeras maneiras que temos de enxergar as coisas mais simples da vida.
Na trama, conhecemos a bela Hanna Belkacem (Vimala Pons), uma assistente de recursos humanos de uma empresa de vinhos que mora na França onde vive um cotidiano repleto de situações inusitadas, muitas dessas por conta de sua vontade de fazer os outros se sentirem bem. Sua família, de descendência argelina, sempre foi bastante parecida. Seu pai (Ramzy Bedia) é um comerciante que não consegue dizer não as pessoas, sua mãe Simone (Agnès Jaoui) é uma pseudoterapeuta que vive tentando fazer sua família viver feliz não importa os acontecimentos conturbados do cotidiano. Já com seu irmão Donnadieu (Mehdi Djaadi), a relação de Hanna era de muita proximidade na infância mas aos poucos foi se afatando a partir de diversas divergências na maioria de enxergarem o mundo ao redor. Assim, com altas doses de feedbacks explicativos, o filme vai mostrando aos poucos as novas possibilidades para a protagonista, regada por muito amor de sua família.
Je Suis a Vous Tout de Suíte começa um pouco confuso, talvez por tamanha peculiaridade das cenas iniciais, talvez por não conseguir realmente mostrar nos primeiros minutos sobre o que seria a trama. Quem consegue aguentar chegar ao segundo ato, se surpreende com a virada na trama, que adota flashbacks para explicar o porquê das escolhas de todos nas suas respectivas trajetórias mas sempre focando em sua protagonista. Podemos dizer que é uma comédia nonsense, repleta de diálogos confusos mas que de alguma forma conseguem envolver o espectador. A subtrama mais interessante é a do irmão da personagem principal e sua curiosa escolha em se converter a religião muçulmana e adotar hábitos da mesma, talvez a sua maior complicação na relação com a irmã.
Comédia ou drama? O filme navega nessas duas trajetórias e tenta uma fórmula mágica de interação com o espectador que funciona mais do meio para frente.
O Lobo do Deserto (Jordânia, 2014)
A guerra é feita para que os mais fortes vivam, e os mais fracos lutem pela sobrevivência. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pela Jordânia, O Lobo do Deserto é um filme com uma fotografia belíssima, uma direção determinada e atuações concentradas. A sutileza envolta de situações extremas é a assinatura de Naji Abu Nowar que marca sua estreia na direção de longa-metragem. Mas, mesmo com ótimas qualidades técnicas, é necessário dizer que é um filme deveras difícil e para alguns será facilmente esquecido.
Na trama, ambientada em parte do período da primeira guerra mundial, conhecemos o jovem Theeb (Jacir Eid Al-Hwietat) um menino, muito apegado com seu irmão, que vive com sua família na província otomana de Hijaz. Certo dia, um soldado do exército britânico aparece buscando ajudando para encontrar um lugar. Assim, em meio a um deserto cheio de perigos, Theeb e seu irmão vão ajudar o soldado e acabam encontrando uma aventura que fará Theeb amadurecer bem mais rápido que qualquer outro menino de sua idade.
Com diálogos amadurecidos, personagens convincentes e excelente tecnicamente, O Lobo de Deserto, instiga no espectador uma profundidade ampla sobre o contexto para definir as ações e reações da trama. A descoberta de várias coisas ao mesmo tempo, um precoce amadurecimento evidente e um espírito indomável do jovem protagonista são algumas das marcas desta história forte sobre o cotidiano de uma região em tempos de guerra. O filme não veste o rótulo de comercial, longe disso, prefere detalhar sua ambientação e conta muito com a força dos poucos personagens que vemos em cena.
Vencedor do prêmio de Melhor Diretor na conceituada mostra Horizontes do Festival de Veneza 2014, Naji Abu Nowar brinda o público com uma aula de como fazer cinema em alto nível usando muita habilidade para contextualizar complexas situações ambientadas em um passado conturbado de uma região muitas vezes esquecida por todos nós.
Irmãos (Dinamarca, 2004)
Na fita, um militar exemplar, pai de dois filhos, é mandando pela ONU para uma missão no Afeganistão. Seu irmão mais novo acaba de sair da cadeia e vai morar um tempo na casa dele um pouco antes desse viajar. Chegando ao local da missão, o helicóptero em que está, é abatido, e o mesmo é dado como morto. Em contra partida, seu irmão (um ex-presidiário) começa a ter relação mais tênue com a mulher do militar desaparecido. Será que o militar morreu? E se ele voltar para casa e perceber que as coisas estão muito diferentes?
Assim, conheci Bier (que mais tarde viraria uma de minhas diretoras favoritas) que desde Depois do Casamento, mexeu comigo com sua narrativa e modo de filmar bastante interessante que marca pelo enredo envolvente e a sempre espera pelo desfecho. No longa, mostra-se a dor impensável de um homem, onde tem que lutar contra muitas coisas que podem até serem banais comparados à guerra, mas não são.
O trio Ulrich Thomsen, Nikolaj Lie Kaas e Connie Nielsen atua de maneira impecável, dando um verdadeiro show em cima da tentativa americana de regravação do mesmo. Lembrando aquela velha máxima cinéfila: Nada é melhor que o original, salvo raras exceções.
Jo pour Jonathan (Canadá, 2010)
Esse filme canadense é uma espécie de cinema para instituições ou feito mesmo para campanhas de direção perigosa. O garoto, personagem principal, faz de tudo para ferrar com sua vida: dirige sem habilitação, pratica muitos assaltos relâmpagos tudo isso somado à muitas abdominais (cenas que volta e meia aparecem nas sequências). Aos poucos, vamos vendo a decadência da juventude através das consequências dos atos impulsivos do protagonista.
O jovem que dá nome à produção vive basicamente à sombra do irmão. Um apaixonado por carros, não consegue tirar a licença para dirigir legalmente e volta e meia entra em pegas pela cidade onde mora. Quando entra em dívida por conta de uma aposta não paga, se une ao seu irmão para um racha que pode quitar essa situação. Mais os acontecimentos dessa corrida não saem conforme o planejado.
A câmera estacionada em alguns momentos da trama faz o imaginário cinéfilo trabalhar na eminência das consequências das ações. Modo muito interessante usado pelo diretor Maxime Giroux (que também assina o roteiro ao lado de Alexandre Laferrière). O recurso é uma maneira de fazer o espectador refletir.
Uma “autopunição” aflora em Jonathan, interpretado pelo meu xará Raphaël Lacaille. Levando a história para um mar de estranhas cenas dramáticas.
O longa lembra um pouco o filme Paranoid Park, do genial Gus Van Sant. Esses personagens que estão em ebulição em seus conflitos internos é o paralelo dessas produções.
Por conta da conscientização, mesmo tendo que ter um pouco da paciência de Jó, recomendo!
Tudo por Justiça (EUA, 2013)
Até onde vai o controle emocional de uma boa pessoa quando percebe que seu mundo desabara ao seu redor? Contando uma história para lá de comovente e sofrida, o diretor Scott Cooper (Coração Louco) consegue em um único trabalho criar um clima de vingança e tensão poucas vezes visto nos últimos filmes norte-americanos do gênero ação. Cada sofrimento que acerta em cheio o protagonista tem uma razão, uma argumentação consistente para existir e a forma que o protagonista lida com isso é tocante e extremamente violenta, não deixando o público tirar os olhos da telona num por um segundo.
O foco central do filme é Russell (Christian Bale), o filho boa praça do paizão Rodney Baze (Bingo O’Malley). Um homem muito querido pela comunidade onde mora e que leva uma vida pacata trabalhando onde seu pai trabalhou e sonhando em construir uma família ao lado de sua namorada Lena (Zoe Saldana). Porém, tudo muda em sua vida quando, após pagar uma dívida de um integrante de sua família, se envolve em um terrível acidente de carro e vai parar na prisão. Após anos na cadeia, consegue sair em condicional e logo precisa enfrentar sérios problemas com a nova realidade que o aguarda, principalmente as enrascadas que seu irmão mais novo (Casey Affleck) provoca.
Após quatro anos longe das câmeras, quando rodou seu primeiro longa metragem Coração Louco (que deu a Jeff Bridges seu primeiro Oscar), o bom diretor Scott Cooper reaparece no cenário hollywoodiano trazendo de volta a melancolia e a ótima captura do drama de seus personagens. Com um orçamento de U$$ 22 Milhões, o cineasta apostou no material humano que tinha nas mãos e criou uma atmosfera de dor deixando seus atores, com muita naturalidade, executarem ao extremo cada personagem.
O elenco é admirável. O polivalente Woody Harrelson na pele do terrível bandido Harlan De Groat, Willem Dafoe interpretando o canastrão de bom coração John Petty e o excelente irmão de Ben Affleck, Casey, contribuem e muito para a ótima interação do público com todos os acontecimentos que se desenrolam na trama. Mas quem rouba a cena, mais uma vez, é o protagonista, Christian Bale. O ganhador do Oscar e o melhor intérprete do Batman de todos os tempos, dá mais um show de interpretação. O sofrimento de seu personagem é nítido em cada gesto, cada palavra de Bale. Só por isso, já vale o ingresso do filme.
Uma ótima canção executada pela peculiar voz de Eddie Vedder, logo no início do filme, já era um sinal que os cinéfilos estariam diante de uma bela obra. Tudo por Justiça pode ser visto por alguns como apenas um filme de vingança. Mas garanto, é mais do que isso. A transformação súbita que passa seu protagonista é eletrizante, se vingar é apenas umas das armadilhas que a vida coloca em sua frente. Não deixem de conferir esse belo trabalho que possui muitos ingredientes para conquistar o público.