domingo , 22 dezembro , 2024

10 Grandes Atuações de Joaquin Phoenix

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Coringa está quebrando todos os recordes e despertando as maiores polêmicas. Adorado pelos fãs e malhado pelos críticos (devido a sua mensagem e violência), o que todos parecem concordar é que o filme traz mais um impressionante desempenho de seu protagonista – o ator Joaquin Phoenix.

Metódico até a medula, o irmão mais novo do falecido River Phoenix, escalou até se tornar um dos melhores intérpretes da Hollywood atual e, por que não, do mundo. Sempre buscando desafios, Joaquin não se acomoda em papeis fáceis e parece optar por personagens donos de diversas camadas, de histórias trágicas e personalidades problemáticas. Justamente por isso, seus filmes dificilmente são mirados ao grande público, já que o ator gosta de se aprofundar psicologicamente.



Phoenix disse não para a Marvel, que o buscou para ser o intérprete do protagonista em Doutor Estranho (2016). Mas agora investe na empresa “rival” DC, dando vida a seu maior vilão, o Coringa. Por esta descrição dá para perceber bem o que você encontrará numa sessão do filme, e porque ele disse sim ao projeto. Pensando nisso, o CinePOP resolveu relembrar dez dos grandes papeis vividos por este excepcional ator. Não esqueça de comentar e dizer quais são seus preferidos. Vem conhecer.

Theodore Twombly (Ela)

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Outra característica de um grande ator é sempre buscar trabalhar com grandes cineastas. E com Phoenix não é diferente. Aqui, é exatamente o que ele faz ao ser comandado pelo indicado ao Oscar Spike Jonze (Quero Ser John Malkovich). Joaquin já era um ator três vezes indicado ao Oscar quando lançou este que é um dos melhores filmes desta década. Na trama, o ator vive Theodore um sujeito solitário, ainda “de luto” pela separação da mulher (vivida por sua companheira na vida real, Rooney Mara). Quando as relações humanas parecem não fazer mais sentido, ele termina se apaixonando por um revolucionário sistema de inteligência artificial, com a voz de Scarlett Johansson. Mas a relação homem/máquina ainda precisa ser aprimorada. Ela foi indicado para 5 Oscar, incluindo  melhor filme, e levou o de roteiro, mas Phoenix foi injustiçado e ficou de fora.

Commodus (Gladiador)

É seguro dizer que esta obra de Ridley Scott, indicada para 12 Oscar e vencedora de melhor filme, colocou o nome de Joaquin Phoenix no mapa. Até então o ator havia sido um intérprete mirim e se saído bem em sua fase jovem pós-adolescente. Porém, sua coroação na fase adulta veio com Gladiador, o filme que fez seu nome estar na boca de todo fã de cinema e não apenas em rodinhas cinéfilas. Fora isso, foi daqui que veio sua primeira indicação ao Oscar, na pele do vilanesco filho negligenciado do Imperador Romano Marcus Aurelius. Sem qualquer moral, o herdeiro destrona o pai, e inicia sua trajetória de crueldade rumo ao poder.

Johnny Cash (Johnny & June)

O terceiro filme da lista conta com a segunda indicação de Phoenix ao Oscar. De forma espantosa, o ator se transforma no músico country Johnny Cash, conhecido como o homem de preto, falecido dois anos antes do lançamento do filme em 2005. De forma metódica, Phoenix captura todas as nuances do cantor e inclusive solta a voz em performances cheias de energia. Como o mundo não é justo, apesar dos elogios e da indicação, Phoenix não saiu com o prêmio, ao contrário de sua companheira de cena, Reese Witherspoon. O fato virou até brincadeira entre a dupla de amigos. Johnny & June foi indicado para 5 Oscar no total.

Freddie Quell (O Mestre)

O filme que estremeceu as bases da Cientologia e a amizade entre Paul Thomas Anderson e Tom Cruise – fervoroso adepto da religião/seita. Jogando a luz na criação e nos primórdios da ideologia, o cineasta conta com um timaço dando apoio à história, entre eles Philip Seymour Hoffman como o criador da ideia e Amy Adams como sua esposa. Mas é a visceralidade animalesca de Phoenix na pele de Freddie Quell, um homem perturbado e sem rumo, a atuação que se destaca. É nele que os conceitos irão ser testados para ver se funcionam de verdade. O Mestre recebeu três indicações ao Oscar, todas de atores para o trio citado e Phoenix mais uma vez era esquecido na hora da grande noite.  Esta foi sua última indicação até então – apesar de sempre surpreender com seus desempenhos.

Jimmy Emmett (Um Sonho Sem Limites)

Veículo para uma Nicole Kidman em ascensão brilhar – saindo da sombra do marido Tom Cruise, em seu primeiro protagonismo –, e ela faz justamente isso, esta obra de humor negro do diretor Gus Van Sant trouxe atrelada uma grande surpresa: o primeiro desempenho chamativo de Joaquin Phoenix. Ainda um rapaz de 21 anos na época do lançamento, o ator porto-riquenho era reconhecido pela primeira vez e elogiado por seu talento dramático, na pele de um jovem seduzido pela ambiciosa e inescrupulosa personagem de Kidman, uma aspirante a repórter e apresentadora, que consegue convencê-lo a matar seu marido. Grandes atuações em todo o canto neste filme.

Abbé de Coulmier (Os Contos Proibidos do Marquês de Sade)

No mesmo ano de Gladiador, Joaquin Phoenix entregava outro desempenho acima da média, em um filme igualmente muito falado. Este com teor mais adulto e polêmico. Baseado na peça premiada de Doug Wright (que também adapta o roteiro para o cinema), o texto reimagina os últimos dias do libertino Marquês de Sade (vivido por Geoffrey Rush no filme). Phoenix vive François Simonet de Coulmier, um padre católico francês, sacerdote encarregado da administração de um asilo para loucos. O ator ainda um jovem ascendendo na carreira, entregava duas atuações de peso no mesmo ano e escrevia seu nome dentre os intérpretes mais promissores da época.

Bruno Weiss (Era uma Vez em Nova York)

Como dito, um bom ator anseia trabalhar com bons diretores. E uma das parcerias mais frutíferas e constantes da carreira de Joaquin Phoenix foi com o diretor James Gray – em cartaz nos cinemas com a ficção científica Ad Astra: Rumo às Estrelas, protagonizada por Brad Pitt. Foram três trabalhos de Phoenix e Gray juntos, desde 2000, até chegarmos neste item em 2013. Apesar de todos serem colaborações de qualidade, aqui selecionamos a última parceria da dupla: seu projeto mais ambicioso. Sempre tendo Nova York como pano de fundo, aqui Gray volta no tempo para os anos 1920, para contar a história de uma imigrante polonesa (papel da francesa Marion Cotillard), tentando a vida como artista na terra das oportunidades. Phoenix mais uma vez aceita o papel de antagonista, na pele de um empresário inescrupuloso e abusivo. O ator acrescenta diferentes nuances ao personagem, subvertendo nossas expectativas.

Larry ‘Doc’ Sportello (Vício Inerente)

Nesta nova colaboração de Phoenix com o diretor Paul Thomas Anderson, o clima é totalmente outro de O Mestre. Um filme bem mais leve e voltado para o humor, mas sem esquecer as esquisitices e pontas deixadas soltas (tão típicas do diretor). Aqui, os dois brincam com o gênero do cinema de detetives particulares, colocando o inusitado investigador maconheiro Doc (Phoenix) numa trama pra lá de complicada, muito além de sua alçada. Este é um trabalho verdadeiramente único na filmografia de Phoenix nesta fase de sua carreira, mais acostumado a trabalhos intensos. Aqui, o ator tem a chance de deixar correr sua veia cômica. Apesar de baseado no livro de Thomas Pynchon, são notáveis as semelhanças com a comédia cult O Grande Lebowski (1998), dos irmãos Coen.

Joe (Você Nunca Esteve Realmente Aqui)

Escrito e dirigido pela cineasta Lynne Ramsey, o longa é baseado no livro de Jonathan Ames. A cineasta é especialista em dramas/suspenses psicológicos, sendo seu trabalho mais famoso o visceral Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011). E se muitos acharam que o recente Coringa guarda muitas semelhanças com o icônico Taxi Driver (1976), o mesmo já era dito desta obra. Aqui, Phoenix é Joe, um veterano de guerra atormentado, que encontra dificuldade em se adaptar à sociedade. Ele descobre um grande esquema de tráfico humano, e resolve fazer justiça com as próprias mãos, libertando uma jovem prisioneira. O filme é violento e realista, e o desempenho de um barbudo Phoenix, é claro, é o chamariz.

Jesus (Maria Madalena)

Muitos filmes bíblicos já retrataram a vida e a morte do mártir Jesus Cristo, de Nazaré. Esta investida, no entanto, se difere ao focar a trama em Maria Madalena. Além disso, a proposta deste longa de Garth Davis é desmistificar a imagem entranhada no consciente coletivo sobre esta personagem, muito difamada ao longo dos séculos. A própria igreja católica reconheceu sua importância, a admitindo como uma dos apóstolos – o filme chega na esteira desta revelação histórica. Phoenix vive um Jesus sereno, um líder humano e repleto de dúvidas. Dando vida à sua companheira Maria Madalena, a companheira do ator na vida real, Rooney Mara – em seu terceiro trabalho juntos nas telas.

Bônus 1:

Arthur Fleck (Coringa)

Como deixar de fora o mais recente e elogiadíssimo trabalho de Joaquin Phoenix. O filme vem despertando uma grande divergência de opiniões e a polêmica é garantida. No entanto, em uma coisa todos parecem concordar: a atuação de Phoenix é um dos chamarizes. Desde a risada (um dos pontos mais difíceis de encontrar segundo o mesmo), o ator encontra em cada nuance, em cada trejeito, em cada postura, em cada movimento, uma forma de construir um de seus mais exímios e detalhados personagens. A indicação ao Oscar é garantida e quem sabe o papel finalmente renda ao ator sua tão aguardada estatueta da Academia ano que vem. E você, já foi ver Coringa?

Bônus 2:

Joaquin Phoenix (Eu Ainda Estou Aqui)

Não, este não é um filme de ficção no qual atores interpretam a si mesmos – como Quero Ser John Malkovich ou Almas à Venda. Esta é uma ideia audaciosa, saída das mentes do próprio Joaquin Phoenix e do cunhado Casey Affleck, que podemos dizer não ter dado muito certo. Espécie de mockumentary (um documentário falso e brincalhão), o filme acompanhou um ano da vida de Phoenix – seguido de perto pelo diretor Casey – em sua pretensa aposentadoria da carreira de ator para se tornar um cantor de rap branco. No fim da década passada, Phoenix engordou e ostentou uma senhora barba para dar vida a um personagem: o próprio Joaquin Phoenix, surtado e cansado da vida em Hollywood. Ele chegou a ir a talk shows, como o de David Letterman, e não saiu do “papel”, demonstrando ter verdadeiramente surtado. O lançamento do filme, porém, não atraiu tanta atenção quanto almejada – tendo seus bastidores e sua confecção ganhado mais os holofotes do que o resultado em si.

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Coringa está quebrando todos os recordes e despertando as maiores polêmicas. Adorado pelos fãs e malhado pelos críticos (devido a sua mensagem e violência), o que todos parecem concordar é que o filme traz mais um impressionante desempenho de seu protagonista – o ator Joaquin Phoenix.

Metódico até a medula, o irmão mais novo do falecido River Phoenix, escalou até se tornar um dos melhores intérpretes da Hollywood atual e, por que não, do mundo. Sempre buscando desafios, Joaquin não se acomoda em papeis fáceis e parece optar por personagens donos de diversas camadas, de histórias trágicas e personalidades problemáticas. Justamente por isso, seus filmes dificilmente são mirados ao grande público, já que o ator gosta de se aprofundar psicologicamente.

Phoenix disse não para a Marvel, que o buscou para ser o intérprete do protagonista em Doutor Estranho (2016). Mas agora investe na empresa “rival” DC, dando vida a seu maior vilão, o Coringa. Por esta descrição dá para perceber bem o que você encontrará numa sessão do filme, e porque ele disse sim ao projeto. Pensando nisso, o CinePOP resolveu relembrar dez dos grandes papeis vividos por este excepcional ator. Não esqueça de comentar e dizer quais são seus preferidos. Vem conhecer.

Theodore Twombly (Ela)

Outra característica de um grande ator é sempre buscar trabalhar com grandes cineastas. E com Phoenix não é diferente. Aqui, é exatamente o que ele faz ao ser comandado pelo indicado ao Oscar Spike Jonze (Quero Ser John Malkovich). Joaquin já era um ator três vezes indicado ao Oscar quando lançou este que é um dos melhores filmes desta década. Na trama, o ator vive Theodore um sujeito solitário, ainda “de luto” pela separação da mulher (vivida por sua companheira na vida real, Rooney Mara). Quando as relações humanas parecem não fazer mais sentido, ele termina se apaixonando por um revolucionário sistema de inteligência artificial, com a voz de Scarlett Johansson. Mas a relação homem/máquina ainda precisa ser aprimorada. Ela foi indicado para 5 Oscar, incluindo  melhor filme, e levou o de roteiro, mas Phoenix foi injustiçado e ficou de fora.

Commodus (Gladiador)

É seguro dizer que esta obra de Ridley Scott, indicada para 12 Oscar e vencedora de melhor filme, colocou o nome de Joaquin Phoenix no mapa. Até então o ator havia sido um intérprete mirim e se saído bem em sua fase jovem pós-adolescente. Porém, sua coroação na fase adulta veio com Gladiador, o filme que fez seu nome estar na boca de todo fã de cinema e não apenas em rodinhas cinéfilas. Fora isso, foi daqui que veio sua primeira indicação ao Oscar, na pele do vilanesco filho negligenciado do Imperador Romano Marcus Aurelius. Sem qualquer moral, o herdeiro destrona o pai, e inicia sua trajetória de crueldade rumo ao poder.

Johnny Cash (Johnny & June)

O terceiro filme da lista conta com a segunda indicação de Phoenix ao Oscar. De forma espantosa, o ator se transforma no músico country Johnny Cash, conhecido como o homem de preto, falecido dois anos antes do lançamento do filme em 2005. De forma metódica, Phoenix captura todas as nuances do cantor e inclusive solta a voz em performances cheias de energia. Como o mundo não é justo, apesar dos elogios e da indicação, Phoenix não saiu com o prêmio, ao contrário de sua companheira de cena, Reese Witherspoon. O fato virou até brincadeira entre a dupla de amigos. Johnny & June foi indicado para 5 Oscar no total.

Freddie Quell (O Mestre)

O filme que estremeceu as bases da Cientologia e a amizade entre Paul Thomas Anderson e Tom Cruise – fervoroso adepto da religião/seita. Jogando a luz na criação e nos primórdios da ideologia, o cineasta conta com um timaço dando apoio à história, entre eles Philip Seymour Hoffman como o criador da ideia e Amy Adams como sua esposa. Mas é a visceralidade animalesca de Phoenix na pele de Freddie Quell, um homem perturbado e sem rumo, a atuação que se destaca. É nele que os conceitos irão ser testados para ver se funcionam de verdade. O Mestre recebeu três indicações ao Oscar, todas de atores para o trio citado e Phoenix mais uma vez era esquecido na hora da grande noite.  Esta foi sua última indicação até então – apesar de sempre surpreender com seus desempenhos.

Jimmy Emmett (Um Sonho Sem Limites)

Veículo para uma Nicole Kidman em ascensão brilhar – saindo da sombra do marido Tom Cruise, em seu primeiro protagonismo –, e ela faz justamente isso, esta obra de humor negro do diretor Gus Van Sant trouxe atrelada uma grande surpresa: o primeiro desempenho chamativo de Joaquin Phoenix. Ainda um rapaz de 21 anos na época do lançamento, o ator porto-riquenho era reconhecido pela primeira vez e elogiado por seu talento dramático, na pele de um jovem seduzido pela ambiciosa e inescrupulosa personagem de Kidman, uma aspirante a repórter e apresentadora, que consegue convencê-lo a matar seu marido. Grandes atuações em todo o canto neste filme.

Abbé de Coulmier (Os Contos Proibidos do Marquês de Sade)

No mesmo ano de Gladiador, Joaquin Phoenix entregava outro desempenho acima da média, em um filme igualmente muito falado. Este com teor mais adulto e polêmico. Baseado na peça premiada de Doug Wright (que também adapta o roteiro para o cinema), o texto reimagina os últimos dias do libertino Marquês de Sade (vivido por Geoffrey Rush no filme). Phoenix vive François Simonet de Coulmier, um padre católico francês, sacerdote encarregado da administração de um asilo para loucos. O ator ainda um jovem ascendendo na carreira, entregava duas atuações de peso no mesmo ano e escrevia seu nome dentre os intérpretes mais promissores da época.

Bruno Weiss (Era uma Vez em Nova York)

Como dito, um bom ator anseia trabalhar com bons diretores. E uma das parcerias mais frutíferas e constantes da carreira de Joaquin Phoenix foi com o diretor James Gray – em cartaz nos cinemas com a ficção científica Ad Astra: Rumo às Estrelas, protagonizada por Brad Pitt. Foram três trabalhos de Phoenix e Gray juntos, desde 2000, até chegarmos neste item em 2013. Apesar de todos serem colaborações de qualidade, aqui selecionamos a última parceria da dupla: seu projeto mais ambicioso. Sempre tendo Nova York como pano de fundo, aqui Gray volta no tempo para os anos 1920, para contar a história de uma imigrante polonesa (papel da francesa Marion Cotillard), tentando a vida como artista na terra das oportunidades. Phoenix mais uma vez aceita o papel de antagonista, na pele de um empresário inescrupuloso e abusivo. O ator acrescenta diferentes nuances ao personagem, subvertendo nossas expectativas.

Larry ‘Doc’ Sportello (Vício Inerente)

Nesta nova colaboração de Phoenix com o diretor Paul Thomas Anderson, o clima é totalmente outro de O Mestre. Um filme bem mais leve e voltado para o humor, mas sem esquecer as esquisitices e pontas deixadas soltas (tão típicas do diretor). Aqui, os dois brincam com o gênero do cinema de detetives particulares, colocando o inusitado investigador maconheiro Doc (Phoenix) numa trama pra lá de complicada, muito além de sua alçada. Este é um trabalho verdadeiramente único na filmografia de Phoenix nesta fase de sua carreira, mais acostumado a trabalhos intensos. Aqui, o ator tem a chance de deixar correr sua veia cômica. Apesar de baseado no livro de Thomas Pynchon, são notáveis as semelhanças com a comédia cult O Grande Lebowski (1998), dos irmãos Coen.

Joe (Você Nunca Esteve Realmente Aqui)

Escrito e dirigido pela cineasta Lynne Ramsey, o longa é baseado no livro de Jonathan Ames. A cineasta é especialista em dramas/suspenses psicológicos, sendo seu trabalho mais famoso o visceral Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011). E se muitos acharam que o recente Coringa guarda muitas semelhanças com o icônico Taxi Driver (1976), o mesmo já era dito desta obra. Aqui, Phoenix é Joe, um veterano de guerra atormentado, que encontra dificuldade em se adaptar à sociedade. Ele descobre um grande esquema de tráfico humano, e resolve fazer justiça com as próprias mãos, libertando uma jovem prisioneira. O filme é violento e realista, e o desempenho de um barbudo Phoenix, é claro, é o chamariz.

Jesus (Maria Madalena)

Muitos filmes bíblicos já retrataram a vida e a morte do mártir Jesus Cristo, de Nazaré. Esta investida, no entanto, se difere ao focar a trama em Maria Madalena. Além disso, a proposta deste longa de Garth Davis é desmistificar a imagem entranhada no consciente coletivo sobre esta personagem, muito difamada ao longo dos séculos. A própria igreja católica reconheceu sua importância, a admitindo como uma dos apóstolos – o filme chega na esteira desta revelação histórica. Phoenix vive um Jesus sereno, um líder humano e repleto de dúvidas. Dando vida à sua companheira Maria Madalena, a companheira do ator na vida real, Rooney Mara – em seu terceiro trabalho juntos nas telas.

Bônus 1:

Arthur Fleck (Coringa)

Como deixar de fora o mais recente e elogiadíssimo trabalho de Joaquin Phoenix. O filme vem despertando uma grande divergência de opiniões e a polêmica é garantida. No entanto, em uma coisa todos parecem concordar: a atuação de Phoenix é um dos chamarizes. Desde a risada (um dos pontos mais difíceis de encontrar segundo o mesmo), o ator encontra em cada nuance, em cada trejeito, em cada postura, em cada movimento, uma forma de construir um de seus mais exímios e detalhados personagens. A indicação ao Oscar é garantida e quem sabe o papel finalmente renda ao ator sua tão aguardada estatueta da Academia ano que vem. E você, já foi ver Coringa?

Bônus 2:

Joaquin Phoenix (Eu Ainda Estou Aqui)

Não, este não é um filme de ficção no qual atores interpretam a si mesmos – como Quero Ser John Malkovich ou Almas à Venda. Esta é uma ideia audaciosa, saída das mentes do próprio Joaquin Phoenix e do cunhado Casey Affleck, que podemos dizer não ter dado muito certo. Espécie de mockumentary (um documentário falso e brincalhão), o filme acompanhou um ano da vida de Phoenix – seguido de perto pelo diretor Casey – em sua pretensa aposentadoria da carreira de ator para se tornar um cantor de rap branco. No fim da década passada, Phoenix engordou e ostentou uma senhora barba para dar vida a um personagem: o próprio Joaquin Phoenix, surtado e cansado da vida em Hollywood. Ele chegou a ir a talk shows, como o de David Letterman, e não saiu do “papel”, demonstrando ter verdadeiramente surtado. O lançamento do filme, porém, não atraiu tanta atenção quanto almejada – tendo seus bastidores e sua confecção ganhado mais os holofotes do que o resultado em si.

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