Há cinco anos, o mundo da música ganhava um novo capítulo, com o retorno de icônicos cantores e compositores – e o reavivamento de gêneros clássicos dos anos 1980 e 1990 sob uma ótica contemporânea e nostálgica.
Nomes como Lady Gaga e Dua Lipa apostaram fichas no resgate do house e do disco com produções imaculadas, enquanto Taylor Swift adotava um novo caminho em sua carreira ao trazer o folk aos holofotes. Em outro espectro, Fiona Apple fez seu aguardado retorno ao cenário fonográfico ao entregar o melhor álbum de sua carreira, e artistas como Rina Sawayama, Charli XCX e Isabela Merced ganharam mais expressividade no mainstream.
Depois de termos relembrado dez álbuns que fazem cinco anos em 2025, chegou a hora de compilarmos dez músicas icônicas que completam meia década.
Veja abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:
“BLINDING LIGHTS”, The Weeknd
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The Weeknd foi esnobado nas principais premiações da indústria musical na época de lançamento do álbum ‘After Hours’, mas suas incursões não passariam batido do público e da crítica. Com “Blinding Lights”, o cantor rearranja a presença impactante dos sintetizadores e presta homenagem a bandas como a-ha em uma dinâmica e futurista faixa.
“CARDIGAN”, Taylor Swift
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Em 2020, Taylor Swift abria uma nova e inesperada era com “Cardigan”, lead single de ‘folklore’, com potência e poesia como nunca vistos na carreira da cantora. A melódica composição, auxiliada pela produção magistral de Antonoff, é guiada essencialmente pelo piano e abre espaço para o folk, arquitetando uma narrativa mnemônica sobre um romance perdido nas memórias.
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“I CAN’T BREATHE”, H.E.R.
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Em meio aos protestos contra os brutais assassinatos de civis negros nos Estados Unidos, incluindo o sufocamento que matou George Floyd, a cantora estadunidense H.E.R. criou um hino R&B e trip-hop para denunciar a falta de empatia e a corrupção dos oficiais de justiça com a potente “I Can’t Breathe”.
“PHYSICAL”, Dua Lipa
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O implacável sucesso crítico e comercial de ‘Future Nostalgia’, 2º álbum de Dua Lipa, não poderia existir sem levarmos em conta a iteração intitulada “Physical”, que exala uma mistura bastante equilibrada e enérgica das explorações de Olivia Newton-John décadas atrás e da idealização da performer em homenagear todos os nomes que a influenciaram como musicista.
“RAIN ON ME”, Lady Gaga & Ariana Grande
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Em 2020, “Rain On Me” apenas confirmou o que todos sabíamos: Lady Gaga estava pronta para voltar ao pop. Unindo forças com Ariana Grande, o soberbo house-pop dominou as paradas do mundo inteiro e conquistou inúmeros prêmios desde seu lançamento. Exuberante, provocativo e envolvente, a canção era exatamente do que precisávamos para afogar nossas mágoas e nos esquecer do show de horrores que 2020 foi.
“BOSS BITCH”, Doja Cat
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‘Aves de Rapina: O Álbum’ já abre do melhor jeito possível com a incrível proeminência de Doja Cat e a impecável arquitetura de “Boss Bitch”. Apesar de bastante familiar (ainda mais quando pensamos na transição dos anos 2000 para os 2010), a canção transborda com um delicioso rap guiado por sintetizadores do electro e do dance-pop, entregando uma rendição frenética e inebriante ao extremo – sabendo o momento certo de recuar para um instrumental mais densa e de utilizar os familiares moduladores de voz.
“MIDNIGHT SKY”, Miley Cyrus
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Até mesmo Miley Cyrus se rendeu ao passado ao lançar o lead single de ‘Plastic Hearts’. “Midnight Sky” é uma explosiva fusão entre disco, synth-pop, pop rock e electropop, que arranca de Cyrus seus melhores vocais e transforma a canção em um hino de liberdade própria para as pistas de dança.
“DEATH BY ROCK AND ROLL”, The Pretty Reckless
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Já fazia um tempo desde que The Pretty Reckless lançava músicas originais, mas nos presenteou no começo de 2020 com a divulgação de “Death By Rock and Roll”. O lead single do vindouro álbum homônimo (com estreia agendada para 2021) é uma ode ao hard rock e mistura sensualidade e acidez – além de ser guiado pelos potentes vocais de Taylor Momsen.
“WAP”, Cardi B feat. Megan Thee Stallion
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Cardi B e Megan Thee Stallion trouxeram toda a química e a sensualidade possíveis para a amálgama perfeita entre o dirty rap e o hip hop de “WAP”, uma das maiores colaborações do ano. Através de versos pungentes e bastante explícitos, a canção ganha os nossos corações (e as nossas playlists) principalmente por suas mensagens em acordo com o movimento sexo-positivo e a exaltação do corpo feminino.
“WHAT’S YOUR PLEASURE?”, Jessie Ware
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Jessie Ware exalou toda sua glória com o requinte sensorial de ‘What’s Your Pleasure?’ – e a faixa titular do álbum é tudo o que esperaríamos de uma obra desse calibre. Nutrindo-se de um disco mais amadurecido e mergulhando de cabeça nas recriações uptempo do EDM (sendo inspirada inclusive por Lady Gaga), a sutileza vocal e a onírica atmosfera são o bastante para nos tirar do chão.