Por incrível que pareça, já faz uma década desde que nomes como Adele, Kendrick Lamar e Florence Welch lançavam álbuns incríveis e que apresentavam sonoridades que marcariam época.
Dentre os principais discos estreando em 2015, podemos citar, apenas como exemplo, ‘To Pimp a Butterfly’, ‘How Big, How Blue, How Beautiful’ e ’25’ – caindo no gosto da crítica e do público e sendo relembrados até os dias de hoje como clássicos instantâneos.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando dez grandes álbuns que completam dez anos em 2025 para você ouvir.
Veja abaixo e conte para nós qual o seu favorito:
VULNICURA, Björk
Lançamento: 20 de janeiro
Desde sua estreia oficial no circuito fonográfico, a artista islandesa Björk mostrou que nunca se preocupou em seguir uma fórmula específica ou acompanhar as tendências do escopo mainstream. E, com seu oitavo álbum de estúdio, ela continuou a apostar fichas em uma sonoridade única e quase etérea: ‘Vulnicura’ trouxe o avant-garde à música eletrônica em uma narrativa honesta, pessoal e que surpreendeu os críticos ao redor do mundo – além de trazer uma experiência visual que ficou conhecida como Björk Digital.
REBEL HEART, Madonna
Lançamento: 06 de março
Três anos depois de ter apostado fichas com ‘MDNA’, Madonna resolveu explorar seu lado mais rebelde e honesto ao retornar para o mundo da música com o subestimado ‘Rebel Heart’. Composto por nada menos que 19 faixas, a produção foi elogiada pela crítica especializada, que o caracterizou como o melhor lançamento de sua carreira em uma década, e também estreou em 2º lugar nos charts da Billboard, além de render algumas canções muito bem produzidas para a carreira da Rainha do pop.
TO PIMP A BUTTERFLY, Kendrick Lamar
Lançamento: 15 de março
O terceiro álbum de Kendrick Lamar, ‘To Pimp a Butterfly’, é considerado um dos melhores da história por se configurar como um arauto do empoderamento racial, movido por versos que falam sobre a discriminação sofrida pela população negra e pela importância da cultura como arma de luta contra a opressão. Aqui, Lamar mergulha no experimentalismo do hip hop e no jazz rap, arquitetando uma magnum opus que viria a influenciar gerações de artistas e que reafirmaria sua importância no cenário fonográfico.
HOW BIG, HOW BLUE, HOW BEAUTIFUL, Florence and the Machine
Lançamento: 29 de maio
Incorporando elementos do folk, do blues e do gospel, ‘How Big, How Blue, How Beautiful’ apresentou um lado mais refinado da banda conhecida como Florence and the Machine ao narrar canções focadas em conflitos pessoais e lutas internas. Afastando-se do teor mais “livre” dos álbuns anteriores do grupo, por assim dizer, a produção contou com quatro singles oficiais e conquistou nada menos que cinco indicações ao Grammy Awards.
EMOTION, Carly Rae Jepsen
Lançamento: 24 de junho
Após ter apostado fichas em um forte bubblegum pop, Carly Rae Jepsen resolveu voltar-se para os anos 1980 para a produção de seu terceiro álbum de estúdio, ‘Emotion’. Apresentando uma amálgama interessante de estilos alternativos à medida que se aliou a produtores mainstream como Sia, Greg Kurstin e Dev Hynes, Jepsen mergulhou de cabeça no dance-pop e no synth-pop para uma divertida e exuberante jornada guiada por canções como “I Really Like You” e “Run Away With Me”.
CURRENTS, Tame Impala
Lançamento: 17 de julho
‘Currents’, de Tame Impala, tornou-se em pouco tempo um dos melhores álbuns recebidos pelos críticos internacionais do século – e da carreira desse icônico ato fonográfico. Trazendo elementos do pop psicodélico, do disco, do R&B e do electropop, todas as faixas do compilado foram escritas e produzidas por Kevin Parker, em uma reflexão contínua sobre o processo de transformação pessoal e uma visão romântica do mundo – para o bem ou para o mal.
BEAUTY BEHIND THE MADNESS, The Weeknd
Lançamento: 28 de agosto
Indicado à categoria de Álbum do Ano, ‘Beauty Behind the Madness’ configura-se como o segundo álbum de estúdio de The Weeknd e o trouxe oficialmente para o cenário mainstream ao mostrar que o cantor e compositora estava a par das tendências populares da época. Contando com cinco singles – dois dos quais alcançaram o topo da Billboard Hot 100 -, o disco conta com a faixa “Earned It”, que foi utilizada no filme ’50 Tons de Cinza’ e conquistou uma indicação ao Oscar de Melhor Canção Original.
HONEYMOON, Lana Del Rey
Lançamento: 18 de setembro
Com ‘Honeymoon’, Lana Del Rey mergulhou em uma instrumentação diferente da produção anterior, ‘Ultraviolence’, voltando às raízes do baroque-pop e construindo narrativas que falam sobre a tortura do romance, o ressentimento, a luxúria e, principalmente, um escapismo poético que, até então, já havia se tornado marca registrada de suas composições. Além disso, o disco conta com os ótimos singles “High by the Beach” e “Music to Watch Boys To”.
REVIVAL, Selena Gomez
Lançamento: 09 de outubro
A década de 2010 foi marcada por inúmeras mudanças no cenário musical – e uma dessas mudanças foi o ressurgimento do electro-dance e synth-pop como estampa do cenário mainstream. E, enquanto diversos artistas de mantinham atados às tendências, Selena Gomez fez a mesma coisa com ‘Revival’, uma belíssima e confessional produção que apresentou uma nova camada de sua identidade artística ao misturar desejo, projeção, frustração e sensualidade em um mesmo lugar.
25, Adele
Lançamento: 20 de novembro
Com ’25’, Adele viria a trilhar um caminho de sucesso semelhante ao seu álbum predecessor, ’21’. Vendendo mais de 30 milhões de cópias, não é necessário nem mencionar a aceitação do público pelo álbum; contando com músicas como “Hello”, “Send My Love (To Your New Lover)” e “When We Were Young”, o estilo da cantora e compositora voltou-se para a celebração do R&B e do soul, abrindo espaço para profundas elegias românticas e para reflexões melancólicas sobre um passado que nunca mais irá voltar.