2023 começou com tudo no universo dos streamings! Ótimas produções conseguiram um lugarzinho nos disputados catálogos disponíveis no Brasil. Para te ajudar na busca de um ótimo filme para assistir, segue abaixo 10 ÓTIMOS filmes lançados nos streamings no primeiro semestre de 2023:
As pessoas que perdemos estão sempre com a gente. Reunindo uma trama cheia de mistérios, dois impactantes personagens em busca de respostas para curiosos crimes em uma Nova Iorque de 1830, O Pálido Olho Azul apresenta suas verdades com muitas informações onde perguntas entram e saem da nossa imaginação até o eletrizante desfecho. Um assassinato movido à vingança? Uma morte contextualizada por algum tipo de ritual? Será que tem algo haver com influência de poderes sobrenaturais? Escrito e dirigido pelo ótimo cineasta Scott Cooper, baseado em um livro do escritor norte-americano Louis Bayard, O Pálido Olho Azul surpreendente a todo instante.
Existo porque resisto. Ruído, longa-metragem mexicano dirigido pela cineasta Natalia Beristain é quase um filme denúncia, uma obra que abre o olhar para a violência, para a repressão policial, para a corrupção, todo esse contexto gira em torno de uma trama que nos mostra a incansável busca de uma mãe por informações sobre sua filha desaparecida. Ao longo dos intensos 105 minutos de projeção somos testemunhas de relatos aterrorizantes, de sofrimentos imensuráveis, de absurdos e incertezas que a protagonista encontra pelo caminho. O título não poderia ser mais certeiro, Ruído, aqui no sentido de algo desagradável, com um olhar para dentro, na mistura de sentimentos conflitantes e desesperadores nas dores de uma mãe. No papel principal, a experiente atriz mexicana Julieta Egurrola, mãe da diretora do filme.
Uma eterna busca por respostas sobre alguém que achávamos que conhecíamos. Um dos filmes mais dilacerantes que chegaram ao circuito exibidor nos últimos anos, Aftersun nos mostra lembranças de uma mulher sobre um feriado que passou com o pai anos atrás, na época que tinha ainda 11 anos. Há conflitos nesse pai que são aparentes, parece a todo instante controlar-se de algum pensamento, alguma tristeza profunda, algo que o filme se dedica aos detalhes. Depressão? Sim, podemos pensar nessa variável. Escrito e dirigido pela cineasta escocesa de 35 anos Charlotte Wells, em seu primeiro longa-metragem da carreira, o filme muitas vezes acontece no detalhe, quando percebemos a importância daquele momento, tudo isso somado a uma narrativa que deixa nosso refletir respirar. Um trabalho primoroso que vai demorar para sair de nossos corações.
O inusitado recorte da comida como protagonista de conflitos. Depois de uma grande experiência dirigindo episódios de seriados de sucesso, como: Succession, The Affair e até mesmo Game of Thrones, o cineasta britânico Mark Mylod chega ao seu quarto longa-metragem da carreira trazendo para o público uma sátira sobre rejeição e medo, ao mesmo tempo inteligente que navega nos fenômenos que podem ocorrer na mente humana. A vibe gourmet que acompanha a narrativa nada mais é que uma alegoria já que o subliminar das refeições aqui traçam um paralelo com o instantâneo desabrochar dos pensamentos dos personagens, um reflexo de como enxergam a vida ao seu redor. O roteiro é assinado pela dupla Seth Reiss e Will Tracy, esse último teve a ideia durante sua lua de mel passada na Noruega, quando entrou em um barco para um restaurante chique em uma ilha particular.
A ética, a distopia e a busca de respostas de uma filha. Novo filme do diretor do adorado Invasão Zumbi, Sang-ho Yeon, Jung_E é uma distopia que desenvolve possibilidades caóticas para o planeta, como se fosse um retorno na nossa história com guerras e conflitos ideológicos, a partir das intensas mudanças climáticas provocadas pelas ações do homem, deixando bem transparente a atemporalidade da natureza humana. Em paralelo a isso, assistimos uma história bem profunda entre mãe e filha. Com ótimas cenas de ação, mesmo com um roteiro um pouco confuso, o projeto busca suas atenções em um olhar sobre os relacionamentos, nas relações interpessoais em tempos onde a clonagem é algo que faz parte do cotidiano.
As decisões de um final de vida. Buscando a emoção em contraponto à ação, segue firme e objetivo em investigar ‘o nada a perder’ ou mesmo os últimos atos de um personagem no terço final de sua vida, fato que se torna um bonito paralelo quando pensamos nesse ator e diretor (Clint Eastwood) que nos brindou ao longo dos anos com personagens e filmes marcantes que nunca saíram de nossa memória. Nem tão profundo e crítico como outros mas com uma carga de emoção e romantismo na medida certa Cry Macho pode ser uma das últimas vezes que veremos o Sr. Eastwood numa tela enorme.
Na trama, em uma linha de tempo desconhecida mas pra frente de nosso tempo, conhecemos Roy Mcbride (Brad Pitt) um militar astronauta de alta patente que após um acidente no espaço, onde ele, quase literalmente, cai na terra, é convocado por seus superiores para embarcar em uma missão surpreendente: caçar os rastros de seu pai, H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones) sumido faz anos (que ele pensara estar morto) pois o mesmo está em posso de um dispositivo que é uma real ameaça à humanidade. Assim, largando tudo que é sentimento na Terra, Roy embarca em uma viagem sem destino rumo as profundezas do espaço.
Na trama, conhecemos a vida do ingênuo e trabalhador boa praça Richard Jewell (Paul Walter Hauser), um homem que consegue depois de muito tempo realizar seu sonho de trabalhar como agente de segurança. Anos se passam e ele está trabalhando em um evento, dentro das olímpiadas de Atlanta em 1996, quando acha suspeito uma mochila e dispara a notícia de emergência para os demais agentes, só que minutos depois a mochila com uma bomba explode. Mesmo com algumas poucas mortes, Jewell num primeiro momento é tratado como herói nacional. Só que dias depois, agentes federais pressionados por não encontrarem suspeitos, resolvem investigar Richard Jewell e a informação vaza para a repórter Kathy Scruggs (Olivia Wilde) que com seu artigo consegue transformar o herói em um vilão aos olhos da mídia. Completamente perdido, Richard só pode contar com sua carinhosa mãe Bobi Jewell (Kathy Bates) e um velho amigo e ótimo advogado Watson Bryant (Sam Rockwell) para provar sua inocência.
Na trama, conhecemos a ex-esquiadora de relevante sucesso Sophie (Skyler Davenport), uma jovem que após algumas conquistas na carreira promissora acabou ficando cega. Essa nova condição a levou a uma certa rebeldia que faz com que seu relacionamento com a mãe fica amargurado e chegando ao ponto de inconsequentes roubos em trabalhos que arruma cuidado de lares de pessoas que viajam. Um dia, após aceitar mais um trabalho desse tipo, acaba ficando refém de uma situação inusitada quando ladrões invadem a casa em que ela está para arrombar um cofre. Sem saber direito o que está acontecendo, ela consegue fazer uma chamada de um aplicativo que ajuda pessoas cegas, conhecendo assim Kelly (Jessica Parker Kennedy), uma veterana do exército, que a ajuda a encontrar soluções para que a noite não termine em uma grande tragédia.
Nesse ótimo filme mexicano, dirigido por Lucía Puenzo, baseado em fatos reais, conhecemos uma experiente atleta do saltos ornamentais que treina para as olimpíadas que aos poucos começa a refletir sobre traumas do passado depois que uma verdade vem à tona.