Desde o início da década de 60, o Brasil envia um representante para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, um dos prêmios mais badalados da indústria cinematográfica mundial. Mas somente poucos desses filmes conseguiram chegar na lista final que sempre é muito concorrida, com filmes de todo o planeta. Desde 1999, com a indicação de Central do Brasil, que o Brasil não tem sua indicação entre os cinco finalistas. Pensando em alguns desses filmes e mesclando filmes mais antigos com produções da nova geração, segue abaixo uma lista bem legal com 10 grandes filmes que foram indicações brasileiras ao Oscar:
Democracia em Vertigem (2020)
As verdades só se tornam realmente verdades quando nós mesmos sentimos o que vivemos. Um dos documentários que mais trouxeram discussões nos últimos tempos, Democracia em Vertigem, que está disponível na plataforma de streaming Netflix, é uma saga sobre os rumos políticos do Brasil nos últimos anos e a troca do poder da esquerda para a direita. Abordando relatos pessoais em paralelo com a cronologia de queda da ex-presidente Dilma Rousseff, a competente cineasta Petra Costa narra essa trajetória de sua vida que se torna um espelho do que acontece nos bastidores do poder ao seu redor.
Cidade de Deus (2003)
Talvez a Obra-Prima da carreira de Fernando Meirelles, um filme que ficará marcado na memória de todos os cinéfilos e cinéfilas que já o assistiram, uma impactante produção do nosso audiovisual. Em 2002, chegou aos cinemas de todo o Brasil, Cidade de Deus, adaptado do livro homônimo de Paulo Lins. No filme conhecemos a trajetória da Cidade de Deus, desde a década de 60 até o início dos anos 80. Pelas histórias de personagens moradores da região, vamos vendo histórias que levaram o lugar a ser considerado uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro.
Marte Um (2023)
O refletir e os choques entre os sonhos e a realidade. O sonho de uma expedição até Marte em 2030 acaba sendo o pontapé de um lindo filme, que detalha os sonhos dentro de um contexto mais amplo, de esperança. Dirigido por Gabriel Martins, Marte Um nos mostra o cotidiano agitado de uma família dentro de um olhar urbano que caminha pelos relatos de uma sociedade que vive seus dias sem saber como será o amanhã. Há também um olhar delicado para o conflito de gerações quando pensamos nas formas de enxergar as mudanças, o sonhar.
Bingo: O Rei das Manhãs (2018)
Na trama, conhecemos o ator Augusto Mendes (Vladimir Brichta), um pai amoroso que mora com sua mãe Marta Mendes (Ana Lúcia Torre), uma ex-atriz de novela, e que está buscando melhor colocação profissional depois de participações em diversos filmes de pornochanchada e pequenos papéis em novelas. Certo dia, quando chegara para um teste em uma prestigiada emissora de televisão resolve se candidatar a vaga de apresentador de um novo programa infantil onde precisa interpretar um palhaço ao vivo, todos os dias de semana. Após ser aprovado no teste, mesmo com algumas dúvidas da diretora do programa Lucia (Leandra Leal), Augusto passa a fazer muito sucesso com o programa e isso acaba trazendo diversos vícios que ficam fora de controle, alterando sua relação com os mais próximos principalmente.
Que Horas Ela Volta? (2016)
Na trama, acompanhamos a carismática empregada Val (Regina Casé), uma mulher que vive já há anos com uma família de classe alta em São Paulo. A personagem é detalhada, um raio-x completo de sua personalidade é apresentado ao público de maneira muito eficiente. Val possui um grande conflito mal resolvido em seu passado, com sua única filha que precisou abandonar há mais de 10 anos. Toda essa junção de emoções chega como uma erupção sentimental quando a antes jovem, agora vestibulanda Jéssica (interpretada pela excelente Camila Márdila), bate em sua porta. Seu único contato em Sp, onde quer prestar o vestibular, é a própria mãe. Assim, numa leque de situações, algumas um tanto quanto constrangedoras, mãe e filha precisam definir para sempre seu destino.
Central do Brasil (1999)
Escrito pelos roteiristas Marcos Bernstein e João Emanuel Carneiro, o filme conta a saga de uma ex-professora chamada Dora que escreve cartas na Central do Brasil e em um dia trágico, com mais um acidente de trânsito na cidade, acaba embarcando em uma jornada em busca do pai de Josué, um menino de 9 anos, que tem o sonho de ser motorista de caminhão, que não tem mais ninguém na cidade após o falecimento da mãe. Assim, Dora e Josué irão percorrer milhares de quilômetros, seja de ônibus, seja de carona, para enfim tentar chegar até o pai do garoto.
O Pagador de Promessas (1963)
Baseado numa peça teatral de Dias Gomes, ganhador da Palma de Ouro em Cannes, O Pagador de Promessas escrito e dirigido por Anselmo Duarte, nos apresenta Zé do Burro, um homem humilde que na tentativa de salvar seu burro fez uma promessa. Ao longo da sua jornada para pagar essa promessa, enfrentará muitos conflitos.
São Paulo, Sociedade Anônima (1966)
Escrito e dirigido por Luís Sérgio Person, São Paulo, Sociedade Anônima conta a história de um cidadão de classe média que consegue um emprego em uma grande empresa e vamos vendo seus futuros conflitos, até mesmo uma crise existencial tendo como palco a cidade de São Paulo.
O Quatrilho (1996)
Baseado no livro homônimo de José Clemente Pozenato, O Quatrilho, ambientado em 1910 no sul do Brasil conta a história de um casal de amigos, imigrantes italianos, que resolvem morar na mesma casa e acaba surgindo um interesse amoroso recíproco de uma das esposas pelo marido da outra.
O Que é Isso, Companheiro? (1998)
Dirigido por Bruno Barreto e lançado nos cinemas no ano de 1997, em O Que é Isso, Companheiro? conhecemos a história do sequestro de um embaixador dos Estados Unidos no Brasil no final da década de 60, por um grupo de guerrilheiros de esquerda que lutam contra a ditadura militar. O roteiro é baseado parcialmente no livro homônimo de Fernando Gabeira.