Ninguém é obrigado a assistir tudo que é filme quando lança, muito menos em curto tempo depois. Tem filmes que vamos visitar décadas depois. E tudo bem! Para te ajudar a relembrar, ou até mesmo conhecer pela primeira vez grande obras, segue uma lista bem legal abaixo:
Fim da Sentença (MAX)
A decepção é um labirinto. Escondido no catálogo da HBO Max, esse poderoso drama que parte do recorte de um pai e sua conflituosa com o filho dilacera as mágoas do passado entre idas e vindas da liberdade até a oportunidade. Fim da Sentença, dirigido por Elfar Adalsteins, em seu primeiro longa-metragem, é um interessante road movie que caminha na melancolia para se achar um norte, uma direção, mas de forma próxima à realidade, humana, numa relação angustiante presa em um passado que não existe mais. John Hawkes e Logan Lerman estão sublimes nos seus respectivos papéis.
A Linha (Reserva Imovision)
Um longo caminho para o perdão. Com um slow motion tenso como abre alas, algo que fortifica um importante detalhe do momento de alto clímax ao longo da narrativa, o longa-metragem francês A Linha, indicado ao Urso de Ouro em Berlim em 2022, busca uma profunda análise dentro do que acontece entre quatro paredes de uma família disfuncional onde o antes, o agora e o depois parecem interligados por um reflexo de relações conturbadas. Dirigido pelo cineasta francesa Ursula Meier, o filme, todo rodado todo em Port-Valais, na Suíça, dilacera aos olhos do público a angústia da culpa e do arrependimento por meio de vários personagens em uma narrativa detalhista.
Acertando o Passo (Telecine)
A busca pelo sorriso no rosto até a hora de partir. Trazendo um olhar delicado e divertido para a melhor idade, associado também ao campo da redescobertas da vida, o longa-metragem britânico Acertando o Passo, lançado em 2017, é uma explosão dançante de sentimentos aos olhos de uma protagonista em crise existencial. Dirigido pelo cineasta britânico Richard Loncraine, o alegre projeto mostra a dança como uma ponte para descobertas nas novas maneiras de enxergar a vida.
Até Amanhã (Filmicca)
Quando a responsabilidade bate na porta. Exibido no Festival de Berlim, o drama iraniano Até Amanhã aborda as escolhas de uma jovem mãe e os dilemas que precisa enfrentar quando o destino e suas inconsequências se chocam em um dia intenso onde viverá horas de incertezas, descobertas e muitos aprendizados. Escrito e dirigido pelo cineasta Ali Asgari, o longa-metragem tem seu alicerce nas emoções conflitantes de uma forte protagonista na busca pelos seus sonhos e independência, driblando os olhares julgadores de um país onde a repressão contra a mulher ainda é um chocante retrato dessa sociedade.
Reality (Mubi)
A verdade e a lei. Baseado numa peça teatral do ano de 2019 chamada This A Room, e filmado em apenas 16 dias, o interessante filme Reality nos mostra um interrogatório feito com uma especialista em linguística da inteligência norte-americana acusada de vazar informações que culminaram na exposição de dados que expôs a possível interferência russa nas eleições norte-americanas em 2016. Escrito e dirigido pela norte-americana Tina Satter, o filme possui uma narrativa intrigante, com eficácia no uso da linguagem cinematográfica, buscando interpretações aos conflitos emocionais em todos os momentos.
Suncoast (Star Plus)
Toda vida é preciosa. Inspirado em partes das experiências de vida da própria diretora Laura Chinn, em sua primeira direção de um longa-metragem, Suncoast lida com as variáveis de uma iminente tragédia aos olhos de uma adolescente com inúmeros embates com a mãe. O projeto, que estreou recentemente no catálogo da Star Plus e antes fora apresentado pela primeira vez no Festival de Sundance desse ano, aborda alguns assuntos delicados, reflexões que geram debates na sociedade.
Bunny Drop – Surpresas da Vida (Prime Video)
Na trama, acompanhamos um jovem trabalhador de vinte e poucos anos, o Daikichi (Ken’ichi Matsuyama), que volta para casa após anos para o funeral de seu querido avô e descobre que o mesmo tinha uma filha pequena de cinco anos fora do casamento. Como toda sua família não quer cuidar da jovem, Daikichi assume essa responsabilidade e assim passará por situações e aprendizados que nunca esperava.
Caminhos da Sobrevivência (Netflix)
Mais uma página dos horrores de uma guerra. Baseado em um livro chamado Wil do autor belga Jeroen Olyslaegers, o novo longa-metragem disponível no início de 2024 na Netflix, Caminhos da Sobrevivência, explora o caminho dos dilemas para retratar os labirintos das escolhas na visão de um jovem oficial da força policial em uma Bélgica ocupada pelos nazistas no início da década de 40.
A Rota Selvagem (MAX)
Na trama, exibida no Festival de Toronto de 2017 e no Festival do Rio, acompanhamos a história de Charley (Charlie Plummer), um adolescente de 15 anos que mora com o pai solteiro em Portland. O jovem vive em uma casa humilde e acaba conseguindo trabalho, uma espécie de emprego de verão, como treinador (ou ajudante) de cavalos. Aos poucos vai gostando muito desse trabalho e fica próximo de um dos cavalos de corrida chamado Pete. Quando Pete acaba sendo enviado para ser sacrificado no México, Charley, em um impulso inconsequente resolve fugir com o cavalo.
Antes de Partir (Prime Video)
Na trama, conhecemos Rory MacNeil (Brian Cox) um emburrado senhor que vive seus dias isolado na distante Vallasay, uma ilha na Escócia. Quando precisa de um atendimento médico que não tem por aquelas terras, arruma um pretexto para se consultar de emergência e vai para São Francisco nos Estados Unidos visitar o filho Ian (JJ Feild), um especialista em gastronomia molecular, que não vê faz uma década e meia. Ao longo do tempo que passam juntos, entre encontros e desencontros, uma aproximação acontece, principalmente por Rory enfim conhecer pessoalmente seu neto que o faz encontrar novos rumos para sua fase final da vida.