Quando a gente termina de assistir a ‘La Casa de Papel’, imediatamente a Netflix sugere a série ‘Vis a Vis’, mas… por quê? O que as duas séries têm em comum?
Hoje o CinePOP desvenda porque acabamos viciando nas duas séries!
10 – Álex Pina, O Criador
Bom, para início de conversa, ambas as séries têm o mesmo criador: Álex Pina. Ele não só é o criador, mas também fez o roteiro, argumentou e produziu ambas as séries, além de ter dirigido alguns episódios. O sucesso de ‘Vis a Vis’ permitiu que Álex saísse da Globomedia, onde trabalhava, e fundasse sua própria produtora, a Vancouver Media – cuja primeira criação foi justamente ‘La Casa de Papel’.
9 – Román
Eis um nome que figura ambas as séries: Román. E mais: os dois personagens que levam esse nome fazem o espectador revirar os olhos de raiva. Em ‘Vis a Vis’, Román (Daniel Ortiz) é o irmão mais velho de Macarena Ferreiro, a protagonista. Ele começa a série meio bunda mole, meio atravancando o andar das coisas, convencendo o pai a não se meter nos assuntos da filha. Aos poucos ele se transforma, mas, ainda assim, continua fazendo a gente passar raiva. Já em ‘La Casa de Papel’, Arturo Román (Enrique Arce) é o diretor da Casa da Moeda, que trai a esposa com sua secretária, Mónica (Esther Acebo), e, por conta dele, todo mundo acaba se metendo em furadas – o que faz a gente querer entrar na série e dar uns tapas na cara do personagem. Ou seja: ao que parece, Álex Pina, o criador das séries, tem alguma questão mal resolvida com algum Román.
8 – Ambiente Fechado
Quem faz cinema, sabe: filmar em ambientes fechados é a melhor opção, pois barateia (e muito!) o orçamento e você não fica dependente de condições climáticas. Por isso, a ambientação fechada é também um dos pontos em comum em ambas as séries – em ‘La Casa de Papel’ os assaltantes e reféns ficam confinados na Casa da Moeda espanhola, sendo que antes eles ficaram confinados numa mansão para aprender o plano do assalto; em ‘Vis a Vis’ os personagens ficam confinados em uma prisão, a Cruz del Sur.
7- O Investigador
Ambas as histórias possuem uma linha de investigação. Em ‘La Casa de Papel’ acompanhamos as dificuldades da investigadora Raquel (Itziar Ituño) em conseguir descobrir a identidade dos assaltantes da Casa da Moeda, posteriormente substituída pela investigadora Alicia Sierra (Najwa Nimri). Já em ‘Vis a Vis’ a investigação é conduzida pelo inspetor Castillo (Jesús Castejón), que fica na cola de Macarena e sua família por seu suposto envolvimento com bandidos procurados pela Interpol.
6 – Alba Flores
Pensa numa atriz competente! Alba Flores rouba a cena (e nossos corações) nas duas séries – porque sim, ela está tanto em ‘La Casa de Papel’ quanto em ‘Vis a Vis’. Na primeira ela interpreta Nairóbi, uma das assaltantes mascaradas e, aparentemente, a única com bom senso no grupo. Já na outra série ela interpreta a detenta Saray, uma cigana apaixonada por Cachinhos, e ela canta, dança e toca o terror na prisão. A verdade é que não importa o papel que faça, Alba Flores está roubando as atenções para si e está conduzindo as produções com muita garra e paixão.
5 – Najwa Nimri
Outra mulher que dá um show e que faz parte das duas séries. Em ‘Vis a Vis’ a atriz interpreta Zulema Zahir – simplesmente a detenta mais perigosa da prisão Cruz del Sur. Ela é poderosa, impiedosa e consegue fazer todas as outras morrer de medo. Já em ‘La Casa de Papel’ Najwa é… tam tam tam! A inspetora Alicia Sierra! Aqui a atriz está ruiva e grávida, porém igualmente rouba a cena por sua competência em interpretar bem as emoções com apenas alguns tiques no rosto.
4 – Música de Abertura
Quando a primeira temporada de ‘La Casa de Papel’ estreou, uma das coisas que chamou a atenção foi a poderosa voz por trás da música tema da abertura, ‘My Life is Going On’, interpretada por Cecilia Krull. Não é à toa que, ao começar a ver ‘Vis a Vis’ o espectador reconhece de imediato aquela voz: sim, é a mesma intérprete. Nesta série, ela canta ‘Agnus Dei’, com a mesma força e doçura na voz. Inclusive ela já cantou outros temas em outros projetos do Álex Pina.
3 – Uniforme
Uma das características principais de ‘La Casa de Papel’ é sem dúvida o uniforme dos macacões vermelhos. Isso não só ajuda a padronizar os assaltantes como também fica esteticamente bonito na filmagem. O mesmo ocorre em ‘Vis a Vis’, com as detentas usando uniformes amarelo ovo, que ajuda a dar uma colorida alegre no ambiente pesado do cárcere.
2 – Protagonistas Femininas
É importante ressaltar que, embora as temáticas (assalto, prisão) sejam comumente relacionadas ao universo masculino, ambas as séries possuem protagonistas e narradoras femininas. E esse detalhe faz TODA a diferença na leitura dos fatos. Em ‘La Casa de Papel’ a história é contada pelo ponto de vista de Tóquio (Úrsula Corberó), ao passo que em ‘Vis a Vis’ a história é centrada e narrada por Macarena Ferreiro (Maggie Civantos). Ambas as histórias começam a ser contadas desde antes do evento principal (o assalto/a prisão) e mostram, pela perspectiva delas, como essas personagens vão encarando o novo mundo ao qual passam a pertencer.
1 – Autoridade Feminina
É preciso dizer que os papéis de maior autoridade e de maior destaque em ambas as séries são designados a personagens femininos. Em ‘Vis a Vis’ a diretora da prisão é uma mulher, a protagonista é mulher e, bom, nem precisamos falar que estamos falando de um cárcere para mulheres. Em ‘La Casa de Papel’ tivemos duas investigadoras mulheres, uma narradora mulher e nossa querida Nairóbi, que parecia ser uma personagem secundária, mas que, caramba, como se sobressai na serie né?
Ou seja, diante desses pontos em comum entre as duas séries, fica claro por que ao terminarmos de assistir uma e começarmos a assistir outra simplesmente nos sentimos como se já conhecêssemos aqueles personagens e aquele universo: com tantos pontos em comum, Álex Pina consegue transpor um sentimento de familiaridade ao espectador, que se sente em casa assistindo a qualquer uma de suas produções. Fiquem de olho nesse nome: Álex Pina ainda vai criar muita coisa bacana nesse universo compartilhado que ele está desenvolvendo.