Há poucas semanas, foi confirmado que Ben Affleck não retornará ao papel de Bruce Wayne em ‘The Batman‘, novo filme-solo do personagem que está sendo desenvolvido por Matt Reeves. Desde então, vários nomes foram cotados para o papel. Dentre eles, um chamou mais a atenção dos fãs, para o bem, mas principalmente para o mal: Robert Pattinson.
Após surgir para o mundo como Cedric Diggory em ‘Harry Potter e o Cálice de Fogo‘, o ator foi lançado ao estrelato como Edward Cullen na quadrilogia ‘Crepúsculo‘. Na pele do vampiro que brilha diante da luz do sol, Pattinson se tornou objeto de paixão de milhões de adolescentes, mas ficou marcado por momentos de atuação realmente constrangedores.
Diante disso, se formou a ideia de que Pattinson era um ator de segunda categoria, apenas mais um rostinho bonito que não sabia atuar e que estaria destinado à romances adolescentes de qualidade duvidosa. Mas o tempo passou e ele evoluiu muito em sua carreira, fruto de escolhas que fugiam completamente do óbvio. Então, o que haveria de errado na possibilidade de interpretar o Homem-Morcego? O CinePOP responde: NADA! Vem conferir a nossa lista de 10 motivos pelos quais esta ideia não é tão maluca assim!
Crepúsculo é passado
Deve um ator ser estigmatizado por um trabalho infeliz? Será que ele não deve receber novas oportunidades? Lembramos que Ryan Reynolds fez Lanterna Verde antes de brilhar com Deadpool. O lançamento de Crepúsculo já completou mais de 10 anos, não há porque o ator continuar marcado, ainda mais que já demonstrou seu talento inúmeras vezes, como vamos tratar mais à frente. Já chegou a hora de perdoarmos Pattinson por seu vampiro sexy. E o mesmo vale para Kristen Stewart; mas nem tanto para Taylor Lautner, é bem verdade.
Idade apropriada
Para embarcar em mais uma história de origem do Homem-Morcego, é necessária a contratação de um ator jovem. E este ainda é o caso de Robert Pattinson, que possui 32 anos. Ele é mais novo que George Clooney (36), Val Kilmer (36), Michael Keaton (38) e Ben Affleck (44) quando assumiram o personagem. Só é um aninho mais velho que Christian Bale, que tinha 31 anos à época do lançamento de Batman Begins. Também ajuda o fato do ator não só ser jovem, como parecer mais novo. Se necessário, pode se passar por um Bruce Wayne ainda mais jovem.
Bonito-feio (ou feio-bonito)
Ok, ok, este é um lado subjetivo. Nem todo mundo pode concordar. Mas ele não se tornou um símbolo sexual à toa. Sua beleza não característica pode ajudar no desenvolvimento de um personagem complexo e interessante. Vamos lembrar que Bruce Wayne não é necessariamente um galã, mas sim um sujeito vaidoso, arrogante e, eventualmente, galanteador. Filmes como Lembranças e Água para Elefantes já mostraram que o ator tem sim a capacidade de viver um sujeito conquistador.
Experiência em blockbusters
Ainda que algumas pessoas possam desvalorizar suas experiências em Harry Potter e o Cálice de Fogo e Crepúsculo, é inegável que estamos diante de um ator que sabe como lidar com a pressão de milhões de fãs ensandecidos. Não é ninguém que não saiba aonde está pisando. Já lidou com a rotina de milhões de entrevistas, produções caras e participações em Comic-Cons mundo afora.
Confiança
A carreira de Robert Pattinson é uma antes e uma depois de Bom Comportamento. O filme dirigido pelos irmãos Benny Safdie e Josh Safdie foi uma das sensações do cinema em 2017, e muito por causa do impressionante trabalho do ator. À época do lançamento, quando chegou até a ser contado para o Oscar, o astro falou à Variety: “Acho que sou mais confiante agora. Este foi um papel desafiador e aprendi muito sobre minhas habilidades como ator. Sempre que faço um novo filme, fico mais confiante.” Tal confiança é fundamental para assumir o papel do Batman e saber que vai ter que lidar com a fúria de milhões de nerds.
Transpira tensão
Aqui vamos citar Bom Comportamento novamente (e não pela última vez). O Batman é um super-herói marcado pela tensão, pelo tormento. E Pattinson transpira perfeitamente tais elementos. Foi assim no referido filme, mas também no ainda inédito High Life, excelente longa de Claire Denis exibido no Festival de Toronto de 2018. Na produção, ele atua ao lado de Juliette Binoche.
Interesse
Não há dúvida que algo importante para quem assume um papel de filmes de super-heróis é o interesse no gênero e o respeito aos fãs. Em entrevista ao canal CBC Television, em 2012, Pattinson brincou que estaria desesperado para fazer um filme de super-herói. Mais sério, ele falou que atores também podem buscar atuações fora da caixa em blockbusters e citou o grande trabalho de Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas. Tendo esta referência, só gera mais curiosidade para vê-lo na pele do Morcego.
Entrega à direção
Desde que deixou Crepúsculo, Pattinson se revelou um ator muito comprometido com seus diretores. Trabalhou com nomes consagrados como David Cronenberg, James Gray e Claire Denis, mas também buscou o contato com cineastas mais jovens, como David Michôd e os irmãos Safdie. É possível imaginar uma ótima relação com Matt Reeves, que tem certa experiência com filmes comerciais, mas que sempre mostrou uma personalidade, principalmente em Cloverfield: Monstro.
Versátil
Em 15 anos de carreira, Robert Pattinson já atuou em romance adolescente, comédias, dramas, filmes históricos, suspenses, ficção científica, aventuras e por aí vai. Já fez filme de grande orçamento e produções quase de garagem. Já trabalhou com diretores consagrados e jovens iniciantes. Falta um filme de super-herói em sua trajetória. O por que não agora? Vem, The Batman!
Realmente talentoso
Chegamos ao item que os haters de Crepúsculo vão jurar de pé junto que não é verdade. Mas é certo que a carreira de Pattinson pós Edward Cullen é repleta de ótimos trabalhos. Água para Elefantes, Cosmópolis, The Rover – A Caçada, Mapas para as Estrelas, A Infância de Um Líder, Z: A Cidade Perdida, Bom Comportamento e High Life são exemplos de atuações marcantes do ator. E, como destacado anteriormente, em produções de estilos e gêneros diferentes. Ele é sim um ator bastante talentoso.
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