sexta-feira , 22 novembro , 2024

16 Grandes Atores que já Passaram pelo Universo Cinematográfico da Marvel

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Com Vingadores: Guerra Infinita nos cinemas pisando na sociedade mundial e quebrando todo tipo de recorde em bilheteria, resolvemos ponderar sobre um dos melhores fatores do longa: as atuações. O vilão Thanos é enaltecido por todos os especialistas e fãs, e seu intérprete Josh Brolin, mesmo enterrado debaixo de quilos de maquiagem CGI, tem sido laureado com todos os elogios possíveis e imagináveis. Mas Brolin (indicado ao Oscar em 2009) não é o primeiro grande ator a permear uma produção do estúdio durante estes dez anos de estabelecimento.

Vamos então conhecer quem são os monstros sagrados e jovens talentosíssimos que já deram o ar da graça neste universo interligado.



Jeff Bridges

Tudo começou com ele. É inegável que todos os atores de Homem de Ferro (2008), o primeiro filme oficial do MCU são talentosos, e que Downey Jr. rouba a cena como Tony Stark. Mas a verdade é que o filme foi a volta por cima do protagonista, sua reviravolta na carreira, enquanto Jeff Bridges, o intérprete do vilão Obadiah Stane, estava no auge quando decidiu aceitar o convite para seu primeiro filme dentro do subgênero. O desempenho de Bridges no filme é nada menos do que o de um grande artista.

O ator já tinha 4 indicações ao Oscar na época. Depois de Homem de Ferro, finalmente vencia o prêmio (Coração Louco, 2009) e foi indicado mais duas vezes.

Anthony Hopkins

Filmes de super-heróis de quadrinhos saíram de vez da marginalidade e ganharam o mainstream. E a forma como percebemos isso foi quando começaram a atrair alguns dos astros mais talentosos e veteranos ainda em atividade. Um dos maiores foi Anthony Hopkins. Então você já pode imaginar a surpresa geral quando foi feito o anúncio da escalação do veteraníssimo e imortal Hannibal Lecter para Thor (2011). Uma escolha ideal, o Shakespeariano Hopkins viveu nos cinemas, em sua primeira incursão no subgênero, o “pai de todos”, Odin, o soberano de Asgard e pai dos rivais Thor (Chris Hemsworth) e Loki (Tom Hiddleston).

O ator retornaria ao papel em Thor: O Mundo Sombrio (2013) e Thor: Ragnarok (2017). Hopkins na época já havia vencido o Oscar (O Silêncio dos Inocentes, 1992) e tinha outras três indicações.

Tommy Lee Jones

Apesar de ser um ator e diretor consagrado, os fãs de quadrinhos não tinham a melhor das lembranças da primeira participação do veterano Tommy Lee Jones por um filme do subgênero – é claro que estamos nos referindo à infame caracterização de Jones como Harvey ‘Duas Caras’ em Batman Eternamente (1995). De bufão brincalhão, Jones assumiu mais sua persona carrancuda quando foi a vez de participar de uma produção da Marvel.

Em 2011, no longa solo do Capitão América: O Primeiro Vingador , Jones pôde expressar toda severidade do Coronel Chester Phillips, o militar responsável por servir de superior direto de Steve Rogers durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, o ator já tinha duas indicações ao Oscar e uma vitória (O Fugitivo, 1994). Depois de Capitão América, Jones foi indicado mais uma vez.

Natalie Portman

Uma das atrizes mais novas da nossa lista, Portman não é menos talentosa. A contratação dela para viver a protagonista feminina em Thor (2011) igualmente chamou atenção, neste caso porque havia acabado de sair de sua vitória no Oscar por Cisne Negro (2010). O filme do Deus do Trovão foi um dos primeiros projetos lançados pela atriz após sua honraria máxima na carreira. No primeiro filme solo do herói, Portman viveu a cientista Jane Foster.

A experiência da atriz na produção, no entanto, não foi das melhores, e após o resultado, ela não queria retornar para a continuação O Mundo Sombrio (2013), mas foi obrigada contratualmente. Já na terceira parte, Ragnarok (2017), a atriz conseguiu se manter de fora. Antes de Thor, Portman já tinha uma indicação ao Oscar e a citada vitória. Depois de ambos os filmes da Marvel, ela viria a ser indicada mais uma vez.

Ben Kingsley

O prestigiado Sir Ben Kingsley já havia feito duas adaptações de videogames – de qualidades divergentes – mas nenhum filme de super-herói de quadrinhos quando foi escolhido para viver o arqui-inimigo do Homem de Ferro, Mandarim. Quem já assistiu a Homem de Ferro 3 (2013) sabe que o resultado foi nada menos do que polêmico e dividiu a opinião de críticos e fãs. Uma coisa que não pode ser dita sobre a abordagem é que esta não foi uma versão corajosa do personagem, mesmo tendo enraivecido metade do público-alvo (ou seria mais da metade).

Essa foi uma reviravolta que ninguém estava esperando e o motivo para todos os que não gostaram do filme, desmerece-lo. Na época do lançamento, Kingsley já tinha seu Oscar na prateleira (Gandhi, 1983) e mais três indicações. Depois que a Marvel trouxe de volta um certo nêmesis em Guerra Infinita, não seria interessante ver o Mandarim novamente? Respondam sem agressões.

Benicio Del Toro

Ator do método, o mexicano Benicio Del Toro também não escapou do radar dos produtores da Marvel na hora de formar seu universo cinematográfico. A participação do vencedor do Oscar, no entanto, é pequena, como um personagem secundário. O primeiro vislumbre no Colecionador (entidade cósmica conhecida por… bem, colecionar qualquer item raro pelas galáxias, incluindo seres vivos), papel que Del Toro vive, foi nas famosas cenas pós-créditos da casa, em Thor: O Mundo Sombrio (2013).

Depois disso, o ator teve uma participação maior em Guardiões da Galáxia (2014), além de ser o único da lista que faz parte do elenco de Guerra Infinita, podendo ter um gostinho de Thanos em seu caminho. Antes de viver o personagem de madeixas brancas, o mexicano já tinha seu Oscar em casa (Traffic, 2000) e uma segunda indicação.

Glenn Close

Veteraníssima e com mais anos de carreira dentre todas as atrizes da lista, Glenn Close é uma artista de respeito. Com a carreira iniciada em meados da década de 1970, Close tem 84 créditos como atriz, entre séries, filmes e produções para a TV. Dentre suas personagens mais famosas estão Alex Forrest, a psicótica cozinheira de coelhos em Atração Fatal (1987), e a icônica vilã Cruella De Vil, saída da animação 101 Dálmatas diretamente para as formas live action da veterana (e de novo numa continuação).

Ou seja, Close não era estranha a este tipo de material quando aceitou viver, em uma pequena participação, a oficial Nova Prime de Guardiões da Galáxia (2014). Esperamos que a Marvel e James Gunn possam trazê-la de volta à ativa em um próximo Guardiões. A atriz é, infelizmente, uma das poucas na lista que ainda não possui um Oscar decorando a casa – apesar das seis indicações. O mundo não é mesmo justo.

Robert Redford

Bem, aqui zeramos a lista. Realmente poderíamos parar a lista por aqui (mas ela ainda possui mais 8 itens). Deu para ver que ela não foi feita por ordem de importância de carreiras, caso contrário o nome do octogenário Robert Redford estaria entre os primeiros. Pense em lendas vivas como Clint Eastwood, Woody Allen e Al Pacino, é exatamente onde se encaixa o nome deste ícone da sétima arte mundial, responsável entre outras coisas pelo famoso festival de Sundance, a casa dos filmes independentes nos EUA.

Isso é só para termos uma ideia do impacto que foi o anúncio da presença do lendário artista em uma produção da Marvel. A coisa não fica muito maior do que isso. E o papel também não foi nada menos do que perfeito para o ator, e fundamental para a trama. Redford é Alexander Pierce, chefão da SHIELD, que esconde um terrível segredo – só um ator de seu status poderia trazer o peso necessário para o personagem. A presença de Redford aqui faz alusão aos clássicos de espionagem nos quais o ator fez carreira.

A lenda possui uma indicação como melhor ator, uma vitória no Oscar como diretor, outras duas indicações (diretor e filme) e uma estatueta pelo conjunto da obra.

Michael Douglas

“Nunca mais eu vou dormir. Ih, que isso! Michael Douglaxx”. Não pera. Aqui estamos falando de coisas boas. Então vamos pular para o ator Hollywoodiano, nascido da realeza do cinema, cuja participação em um filme da Marvel causou impacto pela falta de precedentes. O veterano Michael Douglas também nunca havia se enveredado pelo subgênero até aceitar viver o cientista Hank Pym, nos quadrinhos o primeiro Homem-Formiga e membro fundador dos Vingadores.

Apesar de alguns planos iniciais de incluir o personagem logo de começo, ele viria a dar as caras somente no filme solo do personagem em 2015. Mas aqui existe uma pegadinha, na forma de uma sacada muito boa da parte dos roteiristas e produtores. Pym não é o foco da aventura, sendo o Homem-Formiga do passado nas formas de Douglas. O manto é passado por ele para Scott Lang (Paul Rudd). O ator é outro na lista cujo contrato garante novas aparições.

Assim, Douglas volta este ano como Pym em Homem-Formiga e a Vespa – que terá participação de outra veterana, Michelle Pfeiffer – ela só não está na lista porque seu filme ainda não foi lançado. Douglas tem um Oscar como produtor (Um Estranho no Ninho) e outro como ator, por Wall Street: Poder e Cobiça (1987), papel que revisitou em 2010, na continuação Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme.

Mads Mikkelsen

Desde que apareceu em seus filmes mais elogiados, o ator dinamarquês foi abraçado pelos cinéfilos cult e enaltecido como um dos melhores da atualidade. Assim, ele caiu no radar de Hollywood e começou a adentrar no terreno dos blockbusters, sem falar na série cultuada Hannibal, na qual deu sua versão ao personagem imortalizado no cinema por Anthony Hopkins.

2016 foi um grande ano para Mikkelsen, e além do papel importante no derivado de uma das maiores franquias da história, em Rogue One: Uma História Star Wars, o ator foi o antagonista de Doutor Estranho, uma das apostas mais arriscadas da Marvel. Na pele de Kaecilius, o dinamarquês deu vida a um cruel mago, de olhos esquisitos, e apresentou uma grande ameaça. Coincidentemente, Mikkelsen já havia vivido um vilão de olhos estranhos em 007 – Cassino Royale (2006).

Apesar de ter protagonizado verdadeiras obras-primas, vide Depois do Casamento (2006) e A Caça (2012), o ator nunca concorreu a um Oscar. Seu dia irá chegar!

Tilda Swinton  

Ainda falando do arriscado filme místico da Marvel, Doutor Estranho (2016), é inegável que o longa possui um dos melhores elencos do acervo da casa – no qual ainda podemos destacar as presenças de Rachel McAdams, Chiwetel Ejiofor, Benedict Cumberbatch e Michael Stuhlbarg. No entanto, esta é uma das produções do estúdio que mais dividiu críticos e fãs. Uma curiosidade cerca o papel da talentosíssima Tilda Swinton: em sua contraparte nos quadrinhos, o Ancião era um homem asiático idoso.

A qualidade andrógena da atriz britânica permitiu certa dualidade com o personagem, permitindo sua mudança para um ser assexuado e careca. Antes disso, Morgan Freeman foi cogitado para o papel, o que seria uma mudança criativa também – para eliminar o estereótipo do mestre asiático sabe-tudo. Esperamos que o desfecho de Doutor Estranho possa ser alterado de alguma forma para uma eventual continuação – que não é muito mencionada – e que A Anciã possa ser trazida de volta na pele de Swinton.

Apesar do talento inegável, a atriz só possui uma indicação ao Oscar, seguida de vitória, na carreira, pelo filme Conduta de Risco (2007).

Michael Keaton

Keaton é um veterano que foi redescoberto pela indústria recentemente, mostrando como é bom dar valor a atores que colecionam muitas primaveras em seu cinturão. Tudo voltou a acontecer para o ator quando o mexicano Alejandro Iñárritu escreveu para ele o papel principal na obra-prima Birdman (2014). A metalinguagem é grande ali e o personagem é Keaton, se mesclando numa simbiose assustadora. Não por menos, o filme rendeu uma indicação para o ator, a primeira e única em sua carreira – pela qual deveria ter levado o Oscar para casa (maldito seja Eddie Redmayne).

Mesmo assim, o que seguiu foram trabalhos de qualidade consecutivos – Spotlight: Segredos Revelados (2015) e Fome de Poder (2016). E aí chegamos em sua participação num filme do estúdio, como o vilão Abutre no reboot Homem-Aranha: De Volta ao Lar, o primeiro filme do herói já nos domínios (em partes) da Marvel. Assim como Birdman, a participação do ator aqui quebra as barreiras da metalinguagem e sai das telas.

Tudo porque Keaton foi o primeiro Batman do cinema, lá em 1989 no filme de Tim Burton (papel que reprisou em 1992), dando o pontapé inicial para a era de ouro dos quadrinhos no cinema – que ainda passaria por uma epopeia na década de 1990. Ou seja, é muito legal ver a desconstrução deste mito, trazendo o ator para viver outra criatura alada, desta vez do outro lado da lei, num filme do subgênero. Fora isso, Keaton foi elogiadíssimo por seu desempenho como um sujeito desesperado e empreendedor equivocado.

Cate Blanchett

É muito legal ver a Marvel trazer para o seu universo astros consagradíssimos, com anos de estrada já na terceira idade. Mas não é apenas este o esquema da empresa. Então, que tal trazer astros no auge de suas carreiras? Foi exatamente o tentado e conquistado com a australiana Cate Blanchett, que muito bem poderia estar no topo desta lista, como contratação mais surpreendente. Se perguntar para qualquer cinéfilo, a atriz entra na lista das dez melhores em atividade – quiçá uma das cinco.

Então, quando disse sim para Thor: Ragnarok (2017), o mundo olhou para a produção de outro ângulo. Assim como Redford (com quem trabalhou junto no essencial Conspiração e Poder, 2015), Blanchett topou a empreitada a pedido de familiares (no caso, seus filhos, fãs do subgênero). Assim, o caminho estava tomado para viver uma das vilãs mais cruéis do MCU – responsável pela dizimação de um povo inteiro e pelo fim de um planeta/país (Asgard) – a Deusa do Morte em pessoa: Hela.

As consequências de seus atos ainda são sentidas em Guerra Infinita. A australiana tem dois Oscar (O Aviador, 2004, e Blue Jasmine, 2013) e outras cinco indicações (duas no mesmo ano). Isso tudo, antes de viver Hela. Qual outra vilã tem essa moral?

Sterling K. Brown

Talvez o ator menos conhecido da lista, e o que possui menos tempo de relevância na carreira. Mesmo assim, Sterling K. Brown é um papa-prêmios e está sempre no radar quando o assunto é TV. No cinema o ator ainda não possui uma grande carreira, mas já demonstrou muito talento e alcance performático em dramas televisivos, vide The People Vs. O.J. Simpson – série pela qual marcou presença – e This Is Us, na qual está desde 2016 e levou importantes estatuetas por sua excelência, como o Globo de Ouro.

Brown também esteve no filme indicado ao Oscar este ano, Marashall: Igualdade e Justiça. Mas a surpresa mesmo foi vê-lo no blockbuster da Marvel, Pantera Negra, um dos maiores sucessos da empresa, que entrou para a história por sua importância social. Brown vive N´Jobu, tio do protagonista, que abandonou Wakanda e decidiu viver em Nova York. Sua participação ocorre no prólogo do filme e é importantíssima para todo o desenrolar da trama.

Este ano ainda, Brown poderá ser visto em dois filmes que prometem dar o que falar, para o bem ou para o mal: Hotel Artemis e a reimaginação de Predador.

Forest Whitaker

Assim como outros desta lista, o veterano Whitaker parece ter sido redescoberto e emplaca em tudo que é blockbuster de peso. Em 2016, o ator esteve em Rogue One: Uma História Star Wars, primeiro derivado da mega franquia após a compra pela Disney. Com a Marvel, o ator faz seu primeiro filme na pele de Zuri, o líder espiritual de Wakanda, no estrondoso sucesso Pantera Negra. Zuri serve de conselheiro e figura paterna para o herói, depois que este assume o trono com a morte de seu pai.

Whitaker traz para o papel toda a sua peculiaridade e presença de tela, além de viver um dos momentos mais dramáticos do longa. O talentoso ator e diretor, no entanto, tem apenas uma indicação na carreira, seguida de vitória, pelo impactante O Último Rei da Escócia (2006).

Lupita Nyong´o

Uma das atrizes mais talentosas a chegarem ao cinema hollywoodiano nesta nova década, a mexicana (sim, ela nasceu no México), filha de pais Quenianos, garantiu seu nome nas estrelas ao vencer o Oscar por seu trabalho dilacerador em 12 Anos de Escravidão (2013), uma das produções mais importantes a serem lançadas nos últimos 20 anos – pelo menos. Como era de se esperar, Lupita Nyong´o não teve muitas chances depois disso.

Seus papeis de maior abrangência eram através de personagens em CGI, nos quais emprestava apenas sua voz, vide Mogli – O Menino Lobo (2016) e os novos Star Wars (2015 e 2017). Mas isso mudou com Pantera Negra, filme de importância revolucionária, que jogou a luz num grupo muito especial de atores, principalmente nas mulheres. No longa, Nyong´o ganha seu melhor papel desde 12 Anos, na pele de Nakia, a espiã de Wakanda, e por quem o herói possui uma paixão correspondida.

É ótimo ver a atriz em cena novamente, e como nós pedíamos por isso. Uma pena que tenha demorado cinco anos. O pedido é que desta vez Lupita siga conseguindo novos personagens relevantes em filmes idem. A próxima parada da atriz é na comédia de terror Little Monsters, e existem rumores de que ela estará na nova versão de As Panteras, ao lado de Kristen Stewart, a ser dirigida por Elizabeth Banks. Faça acontecer!

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Vamos então conhecer quem são os monstros sagrados e jovens talentosíssimos que já deram o ar da graça neste universo interligado.

Jeff Bridges

Tudo começou com ele. É inegável que todos os atores de Homem de Ferro (2008), o primeiro filme oficial do MCU são talentosos, e que Downey Jr. rouba a cena como Tony Stark. Mas a verdade é que o filme foi a volta por cima do protagonista, sua reviravolta na carreira, enquanto Jeff Bridges, o intérprete do vilão Obadiah Stane, estava no auge quando decidiu aceitar o convite para seu primeiro filme dentro do subgênero. O desempenho de Bridges no filme é nada menos do que o de um grande artista.

O ator já tinha 4 indicações ao Oscar na época. Depois de Homem de Ferro, finalmente vencia o prêmio (Coração Louco, 2009) e foi indicado mais duas vezes.

Anthony Hopkins

Filmes de super-heróis de quadrinhos saíram de vez da marginalidade e ganharam o mainstream. E a forma como percebemos isso foi quando começaram a atrair alguns dos astros mais talentosos e veteranos ainda em atividade. Um dos maiores foi Anthony Hopkins. Então você já pode imaginar a surpresa geral quando foi feito o anúncio da escalação do veteraníssimo e imortal Hannibal Lecter para Thor (2011). Uma escolha ideal, o Shakespeariano Hopkins viveu nos cinemas, em sua primeira incursão no subgênero, o “pai de todos”, Odin, o soberano de Asgard e pai dos rivais Thor (Chris Hemsworth) e Loki (Tom Hiddleston).

O ator retornaria ao papel em Thor: O Mundo Sombrio (2013) e Thor: Ragnarok (2017). Hopkins na época já havia vencido o Oscar (O Silêncio dos Inocentes, 1992) e tinha outras três indicações.

Tommy Lee Jones

Apesar de ser um ator e diretor consagrado, os fãs de quadrinhos não tinham a melhor das lembranças da primeira participação do veterano Tommy Lee Jones por um filme do subgênero – é claro que estamos nos referindo à infame caracterização de Jones como Harvey ‘Duas Caras’ em Batman Eternamente (1995). De bufão brincalhão, Jones assumiu mais sua persona carrancuda quando foi a vez de participar de uma produção da Marvel.

Em 2011, no longa solo do Capitão América: O Primeiro Vingador , Jones pôde expressar toda severidade do Coronel Chester Phillips, o militar responsável por servir de superior direto de Steve Rogers durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, o ator já tinha duas indicações ao Oscar e uma vitória (O Fugitivo, 1994). Depois de Capitão América, Jones foi indicado mais uma vez.

Natalie Portman

Uma das atrizes mais novas da nossa lista, Portman não é menos talentosa. A contratação dela para viver a protagonista feminina em Thor (2011) igualmente chamou atenção, neste caso porque havia acabado de sair de sua vitória no Oscar por Cisne Negro (2010). O filme do Deus do Trovão foi um dos primeiros projetos lançados pela atriz após sua honraria máxima na carreira. No primeiro filme solo do herói, Portman viveu a cientista Jane Foster.

A experiência da atriz na produção, no entanto, não foi das melhores, e após o resultado, ela não queria retornar para a continuação O Mundo Sombrio (2013), mas foi obrigada contratualmente. Já na terceira parte, Ragnarok (2017), a atriz conseguiu se manter de fora. Antes de Thor, Portman já tinha uma indicação ao Oscar e a citada vitória. Depois de ambos os filmes da Marvel, ela viria a ser indicada mais uma vez.

Ben Kingsley

O prestigiado Sir Ben Kingsley já havia feito duas adaptações de videogames – de qualidades divergentes – mas nenhum filme de super-herói de quadrinhos quando foi escolhido para viver o arqui-inimigo do Homem de Ferro, Mandarim. Quem já assistiu a Homem de Ferro 3 (2013) sabe que o resultado foi nada menos do que polêmico e dividiu a opinião de críticos e fãs. Uma coisa que não pode ser dita sobre a abordagem é que esta não foi uma versão corajosa do personagem, mesmo tendo enraivecido metade do público-alvo (ou seria mais da metade).

Essa foi uma reviravolta que ninguém estava esperando e o motivo para todos os que não gostaram do filme, desmerece-lo. Na época do lançamento, Kingsley já tinha seu Oscar na prateleira (Gandhi, 1983) e mais três indicações. Depois que a Marvel trouxe de volta um certo nêmesis em Guerra Infinita, não seria interessante ver o Mandarim novamente? Respondam sem agressões.

Benicio Del Toro

Ator do método, o mexicano Benicio Del Toro também não escapou do radar dos produtores da Marvel na hora de formar seu universo cinematográfico. A participação do vencedor do Oscar, no entanto, é pequena, como um personagem secundário. O primeiro vislumbre no Colecionador (entidade cósmica conhecida por… bem, colecionar qualquer item raro pelas galáxias, incluindo seres vivos), papel que Del Toro vive, foi nas famosas cenas pós-créditos da casa, em Thor: O Mundo Sombrio (2013).

Depois disso, o ator teve uma participação maior em Guardiões da Galáxia (2014), além de ser o único da lista que faz parte do elenco de Guerra Infinita, podendo ter um gostinho de Thanos em seu caminho. Antes de viver o personagem de madeixas brancas, o mexicano já tinha seu Oscar em casa (Traffic, 2000) e uma segunda indicação.

Glenn Close

Veteraníssima e com mais anos de carreira dentre todas as atrizes da lista, Glenn Close é uma artista de respeito. Com a carreira iniciada em meados da década de 1970, Close tem 84 créditos como atriz, entre séries, filmes e produções para a TV. Dentre suas personagens mais famosas estão Alex Forrest, a psicótica cozinheira de coelhos em Atração Fatal (1987), e a icônica vilã Cruella De Vil, saída da animação 101 Dálmatas diretamente para as formas live action da veterana (e de novo numa continuação).

Ou seja, Close não era estranha a este tipo de material quando aceitou viver, em uma pequena participação, a oficial Nova Prime de Guardiões da Galáxia (2014). Esperamos que a Marvel e James Gunn possam trazê-la de volta à ativa em um próximo Guardiões. A atriz é, infelizmente, uma das poucas na lista que ainda não possui um Oscar decorando a casa – apesar das seis indicações. O mundo não é mesmo justo.

Robert Redford

Bem, aqui zeramos a lista. Realmente poderíamos parar a lista por aqui (mas ela ainda possui mais 8 itens). Deu para ver que ela não foi feita por ordem de importância de carreiras, caso contrário o nome do octogenário Robert Redford estaria entre os primeiros. Pense em lendas vivas como Clint Eastwood, Woody Allen e Al Pacino, é exatamente onde se encaixa o nome deste ícone da sétima arte mundial, responsável entre outras coisas pelo famoso festival de Sundance, a casa dos filmes independentes nos EUA.

Isso é só para termos uma ideia do impacto que foi o anúncio da presença do lendário artista em uma produção da Marvel. A coisa não fica muito maior do que isso. E o papel também não foi nada menos do que perfeito para o ator, e fundamental para a trama. Redford é Alexander Pierce, chefão da SHIELD, que esconde um terrível segredo – só um ator de seu status poderia trazer o peso necessário para o personagem. A presença de Redford aqui faz alusão aos clássicos de espionagem nos quais o ator fez carreira.

A lenda possui uma indicação como melhor ator, uma vitória no Oscar como diretor, outras duas indicações (diretor e filme) e uma estatueta pelo conjunto da obra.

Michael Douglas

“Nunca mais eu vou dormir. Ih, que isso! Michael Douglaxx”. Não pera. Aqui estamos falando de coisas boas. Então vamos pular para o ator Hollywoodiano, nascido da realeza do cinema, cuja participação em um filme da Marvel causou impacto pela falta de precedentes. O veterano Michael Douglas também nunca havia se enveredado pelo subgênero até aceitar viver o cientista Hank Pym, nos quadrinhos o primeiro Homem-Formiga e membro fundador dos Vingadores.

Apesar de alguns planos iniciais de incluir o personagem logo de começo, ele viria a dar as caras somente no filme solo do personagem em 2015. Mas aqui existe uma pegadinha, na forma de uma sacada muito boa da parte dos roteiristas e produtores. Pym não é o foco da aventura, sendo o Homem-Formiga do passado nas formas de Douglas. O manto é passado por ele para Scott Lang (Paul Rudd). O ator é outro na lista cujo contrato garante novas aparições.

Assim, Douglas volta este ano como Pym em Homem-Formiga e a Vespa – que terá participação de outra veterana, Michelle Pfeiffer – ela só não está na lista porque seu filme ainda não foi lançado. Douglas tem um Oscar como produtor (Um Estranho no Ninho) e outro como ator, por Wall Street: Poder e Cobiça (1987), papel que revisitou em 2010, na continuação Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme.

Mads Mikkelsen

Desde que apareceu em seus filmes mais elogiados, o ator dinamarquês foi abraçado pelos cinéfilos cult e enaltecido como um dos melhores da atualidade. Assim, ele caiu no radar de Hollywood e começou a adentrar no terreno dos blockbusters, sem falar na série cultuada Hannibal, na qual deu sua versão ao personagem imortalizado no cinema por Anthony Hopkins.

2016 foi um grande ano para Mikkelsen, e além do papel importante no derivado de uma das maiores franquias da história, em Rogue One: Uma História Star Wars, o ator foi o antagonista de Doutor Estranho, uma das apostas mais arriscadas da Marvel. Na pele de Kaecilius, o dinamarquês deu vida a um cruel mago, de olhos esquisitos, e apresentou uma grande ameaça. Coincidentemente, Mikkelsen já havia vivido um vilão de olhos estranhos em 007 – Cassino Royale (2006).

Apesar de ter protagonizado verdadeiras obras-primas, vide Depois do Casamento (2006) e A Caça (2012), o ator nunca concorreu a um Oscar. Seu dia irá chegar!

Tilda Swinton  

Ainda falando do arriscado filme místico da Marvel, Doutor Estranho (2016), é inegável que o longa possui um dos melhores elencos do acervo da casa – no qual ainda podemos destacar as presenças de Rachel McAdams, Chiwetel Ejiofor, Benedict Cumberbatch e Michael Stuhlbarg. No entanto, esta é uma das produções do estúdio que mais dividiu críticos e fãs. Uma curiosidade cerca o papel da talentosíssima Tilda Swinton: em sua contraparte nos quadrinhos, o Ancião era um homem asiático idoso.

A qualidade andrógena da atriz britânica permitiu certa dualidade com o personagem, permitindo sua mudança para um ser assexuado e careca. Antes disso, Morgan Freeman foi cogitado para o papel, o que seria uma mudança criativa também – para eliminar o estereótipo do mestre asiático sabe-tudo. Esperamos que o desfecho de Doutor Estranho possa ser alterado de alguma forma para uma eventual continuação – que não é muito mencionada – e que A Anciã possa ser trazida de volta na pele de Swinton.

Apesar do talento inegável, a atriz só possui uma indicação ao Oscar, seguida de vitória, na carreira, pelo filme Conduta de Risco (2007).

Michael Keaton

Keaton é um veterano que foi redescoberto pela indústria recentemente, mostrando como é bom dar valor a atores que colecionam muitas primaveras em seu cinturão. Tudo voltou a acontecer para o ator quando o mexicano Alejandro Iñárritu escreveu para ele o papel principal na obra-prima Birdman (2014). A metalinguagem é grande ali e o personagem é Keaton, se mesclando numa simbiose assustadora. Não por menos, o filme rendeu uma indicação para o ator, a primeira e única em sua carreira – pela qual deveria ter levado o Oscar para casa (maldito seja Eddie Redmayne).

Mesmo assim, o que seguiu foram trabalhos de qualidade consecutivos – Spotlight: Segredos Revelados (2015) e Fome de Poder (2016). E aí chegamos em sua participação num filme do estúdio, como o vilão Abutre no reboot Homem-Aranha: De Volta ao Lar, o primeiro filme do herói já nos domínios (em partes) da Marvel. Assim como Birdman, a participação do ator aqui quebra as barreiras da metalinguagem e sai das telas.

Tudo porque Keaton foi o primeiro Batman do cinema, lá em 1989 no filme de Tim Burton (papel que reprisou em 1992), dando o pontapé inicial para a era de ouro dos quadrinhos no cinema – que ainda passaria por uma epopeia na década de 1990. Ou seja, é muito legal ver a desconstrução deste mito, trazendo o ator para viver outra criatura alada, desta vez do outro lado da lei, num filme do subgênero. Fora isso, Keaton foi elogiadíssimo por seu desempenho como um sujeito desesperado e empreendedor equivocado.

Cate Blanchett

É muito legal ver a Marvel trazer para o seu universo astros consagradíssimos, com anos de estrada já na terceira idade. Mas não é apenas este o esquema da empresa. Então, que tal trazer astros no auge de suas carreiras? Foi exatamente o tentado e conquistado com a australiana Cate Blanchett, que muito bem poderia estar no topo desta lista, como contratação mais surpreendente. Se perguntar para qualquer cinéfilo, a atriz entra na lista das dez melhores em atividade – quiçá uma das cinco.

Então, quando disse sim para Thor: Ragnarok (2017), o mundo olhou para a produção de outro ângulo. Assim como Redford (com quem trabalhou junto no essencial Conspiração e Poder, 2015), Blanchett topou a empreitada a pedido de familiares (no caso, seus filhos, fãs do subgênero). Assim, o caminho estava tomado para viver uma das vilãs mais cruéis do MCU – responsável pela dizimação de um povo inteiro e pelo fim de um planeta/país (Asgard) – a Deusa do Morte em pessoa: Hela.

As consequências de seus atos ainda são sentidas em Guerra Infinita. A australiana tem dois Oscar (O Aviador, 2004, e Blue Jasmine, 2013) e outras cinco indicações (duas no mesmo ano). Isso tudo, antes de viver Hela. Qual outra vilã tem essa moral?

Sterling K. Brown

Talvez o ator menos conhecido da lista, e o que possui menos tempo de relevância na carreira. Mesmo assim, Sterling K. Brown é um papa-prêmios e está sempre no radar quando o assunto é TV. No cinema o ator ainda não possui uma grande carreira, mas já demonstrou muito talento e alcance performático em dramas televisivos, vide The People Vs. O.J. Simpson – série pela qual marcou presença – e This Is Us, na qual está desde 2016 e levou importantes estatuetas por sua excelência, como o Globo de Ouro.

Brown também esteve no filme indicado ao Oscar este ano, Marashall: Igualdade e Justiça. Mas a surpresa mesmo foi vê-lo no blockbuster da Marvel, Pantera Negra, um dos maiores sucessos da empresa, que entrou para a história por sua importância social. Brown vive N´Jobu, tio do protagonista, que abandonou Wakanda e decidiu viver em Nova York. Sua participação ocorre no prólogo do filme e é importantíssima para todo o desenrolar da trama.

Este ano ainda, Brown poderá ser visto em dois filmes que prometem dar o que falar, para o bem ou para o mal: Hotel Artemis e a reimaginação de Predador.

Forest Whitaker

Assim como outros desta lista, o veterano Whitaker parece ter sido redescoberto e emplaca em tudo que é blockbuster de peso. Em 2016, o ator esteve em Rogue One: Uma História Star Wars, primeiro derivado da mega franquia após a compra pela Disney. Com a Marvel, o ator faz seu primeiro filme na pele de Zuri, o líder espiritual de Wakanda, no estrondoso sucesso Pantera Negra. Zuri serve de conselheiro e figura paterna para o herói, depois que este assume o trono com a morte de seu pai.

Whitaker traz para o papel toda a sua peculiaridade e presença de tela, além de viver um dos momentos mais dramáticos do longa. O talentoso ator e diretor, no entanto, tem apenas uma indicação na carreira, seguida de vitória, pelo impactante O Último Rei da Escócia (2006).

Lupita Nyong´o

Uma das atrizes mais talentosas a chegarem ao cinema hollywoodiano nesta nova década, a mexicana (sim, ela nasceu no México), filha de pais Quenianos, garantiu seu nome nas estrelas ao vencer o Oscar por seu trabalho dilacerador em 12 Anos de Escravidão (2013), uma das produções mais importantes a serem lançadas nos últimos 20 anos – pelo menos. Como era de se esperar, Lupita Nyong´o não teve muitas chances depois disso.

Seus papeis de maior abrangência eram através de personagens em CGI, nos quais emprestava apenas sua voz, vide Mogli – O Menino Lobo (2016) e os novos Star Wars (2015 e 2017). Mas isso mudou com Pantera Negra, filme de importância revolucionária, que jogou a luz num grupo muito especial de atores, principalmente nas mulheres. No longa, Nyong´o ganha seu melhor papel desde 12 Anos, na pele de Nakia, a espiã de Wakanda, e por quem o herói possui uma paixão correspondida.

É ótimo ver a atriz em cena novamente, e como nós pedíamos por isso. Uma pena que tenha demorado cinco anos. O pedido é que desta vez Lupita siga conseguindo novos personagens relevantes em filmes idem. A próxima parada da atriz é na comédia de terror Little Monsters, e existem rumores de que ela estará na nova versão de As Panteras, ao lado de Kristen Stewart, a ser dirigida por Elizabeth Banks. Faça acontecer!

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