2021 é um ano de celebração para o cinema, principalmente com tantas obras aniversariantes. E uma das mais adoradas, que completa duas décadas em breve, é a comédia romântica ‘O Diário de Bridget Jones’.
Estrelada por Renée Zellweger, antes de ganhar o mundo com ‘Chicago’ e com ‘Judy’, a história é centrada na personagem titular, uma mulher britânica de 32 anos que escreve um diário sobre coisas que deseja que aconteçam em sua vida – até que as coisas mudam drasticamente quando dois charmosos homens, Colin Firth e Hugh Grant, lutam por sua afeição.
Fazendo um estrondo crítico e comercial, arrecadando mais de dez vezes seu orçamento de US$25 milhões, o longa foi elogiado pela direção, pelo roteiro, pelo singelo e verdadeiro tom da obra e pela performance de Zellweger – que inclusive ganhou uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.
O sucesso do filme rendeu duas sequências, ‘Bridget Jones: No Limite da Razão’ e ‘O Bebê de Bridget Jones’, além de ter alavando uma legião de fãs e um patamar cult, entrando para a cultura popular da Inglaterra. E, para celebrá-lo, separamos uma breve lista com dez curiosidades sobre o longa-metragem.
Confira:
MÉTODO PERFORMATIVO
Zellweger engordou doze quilos e então trabalhou em uma agência de publicidade real por um mês para se preparar para o papel. Ela adotou um pseudônimo e um sotaque mais “elegante”, e impediu a si mesma de ser reconhecida. Em sua mesa, mantinha uma foto do então namorado Jim Carrey – o que atraía olhares estranhos de seus colegas.
MUDANDO DE VOZ
Para deixar seu sotaque inglês mais natural, Zellweger mantinha-se na personagem até mesmo fora das gravações. Aliás, Grant uma vez percebeu que não ouviu a verdadeira voz da colega até a festa de encerramento das filmagens.
HOMENAGEM ATEMPORAL
Quando Helen Fielding escreveu o romance original centrado em Bridget Jones, baseou o personagem de Mark Darcy na interpretação de Colin Firth em ‘Orgulho e Preconceito’ (1995) – o que é engraçado, considerando que o ator viria a interpretá-lo no filme. Como se não bastasse, a história tem dezenas de outras alusões ao clássico de Jane Austen.
SAGA PIONEIRA
Visto que o filme ganhou duas sequências, a saga ‘Bridget Jones’ tornou-se a primeira trilogia romântica do novo milênio, em que todos os filmes tiveram lançamento nos cinemas e trouxeram a mesma atriz no papel principal.
ESCOLHA (IN)CERTA
Zellweger foi aclamada em seu papel como a personagem-titular, ganhando sua primeira indicação ao Oscar, além de nomeações ao BAFTA e ao Globo de Ouro. E, enquanto a atriz eternizou Bridget Jones na cultura pop, ela não foi a primeira escolha do estúdio: Helena Bonham Carter, Cate Blanchett, Emily Watson e Rachel Weisz (que foi considerada muito bonita para o papel) foram cotadas para estrelar o filme.
CRIANDO AMOR EM MEIO A CRÍTICAS
Sally Phillips, que viveu Sharon na produção, foi criticada por oficiais da igreja da qual frequentava por ter interpretado uma personagem que fala muitos palavrões e que tem atitudes questionáveis. Ela defendeu sua participação no filme dizendo que seu trabalho é criar amor para personagens imperfeitos.
ELENCO VERSÁTIL
Jim Broadbent e Gemma Jones, que interpretaram os pais de Bridget no longa-metragem, e Shirley Henderson, que deu vida a Jude, compartilhariam de uma outra franquia de enorme sucesso: ‘Harry Potter’. O trio encarnaria os icônicos personagens Horácio Slughorn, Papoula Pomfrey e Murta-que-Geme, respectivamente.
CONTROVÉRSIA PATRIÓTICA
A contratação de Zellweger como Bridget Jones causou uma controvérsia inicial, com vários fãs dos livros furiosos pelo fato de uma atriz estadunidense interpretar uma personagem britânica. Entretanto, as discussões morreram assim que o filme estreou, com a crítica e os espectadores aplaudindo a performance da atriz.
“NÃO NO MEU BAR”
Em 2008, a personagem de Bridget Jones foi acusada pelo declínio das vendas de chardonnay na Europa. Oz Clarke, um dos escritores de vinho mais famosos e bem-sucedidos da Inglaterra, disse que a associação da personagem com a bebida havia machucado sua reputação: “até Bridget Jones, chardonnay era muito sexo; depois, as pessoas diziam: ‘Deus, não no meu bar'”.
IMPROVISO À FLOR DA PELE
A cena de luta entre Firth e Grant em ‘O Diário de Bridget Jones’ é uma das mais icônicas do começo dos anos 2000. Entretanto, a sequência não foi coreografada, e sim improvisada entre os dois atores.