domingo , 22 dezembro , 2024

2020 nos cinemas | Podemos esperar por um ano mais original?

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2019 tem sido um grande ano para o cinema comercial, principalmente por causa do insano resultado da Disney. Ainda estamos em agosto e o estúdio já conta com cinco filmes que alcançaram a marca de US$ 1 bilhão nos cinemas mundiais, incluindo a maior bilheteria da história para Vingadores: Ultimato. Dos seis maiores sucessos do ano, cinco são da Disney. E o intruso no Top 6 foi feito em parceria com o estúdio (Homem-Aranha: Longe de Casa).

Ainda como consequência do impacto da Disney e pelo modelo de negócio da empresa, temos visto o cinema se voltar cada vez mais para adaptações dos quadrinhos, refilmagens, versões live-action de animações, spin-offs, continuações e por aí vai. Parece claro que há uma evidente falta de criatividade e originalidade no mercado. Para terem uma ideia, dentre os 23 filmes que superaram a marca de US$ 100 milhões em 2019, apenas dois contam com história originais (Nós e Era uma Vez em Hollywood). 



Isso significa que 17 das maiores bilheterias do ano são variações de coisas que já vimos anos. São os casos de Ultimato (HQ), O Rei Leão (live-action*), Capitã Marvel (HQ), Toy Story 4 (continuação), Longe de Casa (HQ), Aladdin (live-action), Coringa (HQ), It: Capítulo Dois (continuação), Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw (spin-off), John Wick 3: Parabellum (continuação), Como Treinar o seu Dragão 3 (continuação), Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 (continuação), Pokémon: Detetive Pikachu (adaptação), Shazam! (HQ), Dumbo (live-action), Vidro (continuação), Godzilla II: Rei dos Monstros (continuação), Amigos Para Sempre (refilmagem), Uma Aventura Lego 2 (continuação) e As Golpistas (artigo de revista).

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É bom deixar claro que isso não significa que filmes do tipo não devem ser realizados. Pelo contrário, afinal muitos oferecem tudo aquilo que os espectadores estão buscando. Mas também é inevitável sentir a falta de obras que trazem um algo a mais, um diferencial, que são capazes de surpreender. E Nós é um exemplo claro de como dá pra ser comercial e ainda ser criativo. E o mesmo vale para o novo filme de Quentin Tarantino, Era uma Vez em Hollywood.

Fechando a análise de 2019, importante relembrar que o ano ainda trará longas como As Panteras, Frozen 2, Jumanji: Próxima Fase, Star Wars: A Ascensão Skywalker e Minha Mãe é uma Peça 3. Ou seja, teremos muitas obras não-originais com a possibilidade de fazer barulho nas telonas. Isso sem falar em Malévola – Dona do Mal e O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, ainda em cartaz.

Agora, como fica 2020? Vamos ver uma consolidação deste cenário ou existe a expectativa de mudança?  

Então… por mais que esteja praticamente certo que teremos um ano mais fraco da Disney, com “apenas” três grandes possíveis hits (Viúva Negra, Mulan e Os Eternos), seria otimismo demais pensar que 2020 surgirá muito mais criativo ou original do que 2019. Até porque a Warner/DC voltará com Mulher-Maravilha 1984 e Aves de Rapina para “compensar” o fato de que teremos um filme a menos da Marvel. Obviamente, não incluímos Os Novos Mutantes nesta conta, afinal nada garante que realmente será lançado nos cinemas, como é o caso de várias produções da Fox Film.

Olhando o cenário geral, é fácil perceber que as continuações continuarão na moda no próximo ano. São os casos de Bad Boys Para Sempre, Pedro Coelho 2, Godzilla vs Kong, Um Lugar Silencioso 2, King’s Man: A Origem, 007 – Sem Tempo para Morrer, Trolls 2, Legalmente Loira 3, Os Caça-Fantasmas 3, Velozes & Furiosos 9, Bob Esponja 3, Top Gun: Maverick, Escape Room 2, Minions 2, Bill & Ted 3, Morte no Nilo, Um Príncipe em Nova York 2, Sherlock Holmes 3 e Os Croods 2.

Teremos ainda algumas refilmagens/reboots (Convenção das Bruxas, Duna, Jogos Mortais e Amor, Sublime Amor) e outras adaptações dos games (Sonic: O Filme, Uncharted e Monster Hunter), da literatura (Artemis Fowl – O Mundo Secreto), das HQs (Bloodshot e Morbius) e até dos parques de diversão da Disney (Jungle Cruise).

Dentre as produções com roteiro original, as principais apostas são: Tenet, novo filme de Christopher Nolan, com Elizabeth Debicki, Robert Pattinson, Aaron Taylor-Johnson e Michael Caine; Free Guy, comédia de ação com Ryan Reynolds e Joe Keery; Underwater, thriller com Kristen Stewart sobre um desastre natural; 1917, drama de guerra de Sam Mendes; a ação Red Notice, com Dwayne Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot; e a ficção científica BIOS, com Tom Hanks.

Acha que a situação é muito diferente no cinema nacional? Nem tanto. Teremos Detetives do Prédio Azul 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo e, talvez, Turma da Mônica – Lições. As apostas mais comerciais do cinema brasileiro são basicamente comédias e cinebiografias, incluindo um filme sobre a Assembléia de Deus, que promete salas vazias e ingressos esgotados. Dentre as comédias, os destaques são filmes protagonizados por Marcelo Adnet (O Pulo do Gato), Cacau Protásio (A Sogra) e Mariana Ximenes (L.O.C.A.).

É claro que o cinema independente segue repleto de produções originais, mas a falta de criatividade parece ser um caminho sem volta no cinemão comercial. Mais uma vez, não significa que não iremos nos divertir e aproveitar vários dos filmes citados na matéria. Mas uma coisa é certa, a sensação de que “nunca vi isso antes” é algo em falta em Hollywood. Infelizmente.

Deixando um pouco a discussão sobre originalidade de lado e focando nos números, também fica a impressão de que 2020 será um ano mais fraco. Como apontamos no início do texto, seis filmes já superaram a marca do bilhão em 2019 e, sendo conservador, é possível apontar que pelo menos mais três se juntam ao time até o final do ano (Coringa, Frozen 2 e Star Wars IX são minhas apostas). Já para o ano que vem, não há tanta certeza. Viúva Negra e Os Eternos são os novos filmes da Marvel. Um é um prelúdio de personagem que já morreu e o outro apresenta todo um novo grupo de personagens. Devem fazer sucesso, mas nada garante que serão recordistas de bilheteria. A mesma incerteza paira sobre Velozes & Furiosos 9. Os capítulos 7 e 8 fizeram muito sucesso, mas Hobbs & Shaw não repetiu os números e deve terminar rendendo menos que o esperado. Vamos ver se o resultado é por causa de um desgaste da franquia ou se foi apenas pelo desinteresse dos fãs em acompanhar uma trama sem Vin Diesel e companhia. É esperar pra ver.

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Ainda como consequência do impacto da Disney e pelo modelo de negócio da empresa, temos visto o cinema se voltar cada vez mais para adaptações dos quadrinhos, refilmagens, versões live-action de animações, spin-offs, continuações e por aí vai. Parece claro que há uma evidente falta de criatividade e originalidade no mercado. Para terem uma ideia, dentre os 23 filmes que superaram a marca de US$ 100 milhões em 2019, apenas dois contam com história originais (Nós e Era uma Vez em Hollywood). 

Isso significa que 17 das maiores bilheterias do ano são variações de coisas que já vimos anos. São os casos de Ultimato (HQ), O Rei Leão (live-action*), Capitã Marvel (HQ), Toy Story 4 (continuação), Longe de Casa (HQ), Aladdin (live-action), Coringa (HQ), It: Capítulo Dois (continuação), Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw (spin-off), John Wick 3: Parabellum (continuação), Como Treinar o seu Dragão 3 (continuação), Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 (continuação), Pokémon: Detetive Pikachu (adaptação), Shazam! (HQ), Dumbo (live-action), Vidro (continuação), Godzilla II: Rei dos Monstros (continuação), Amigos Para Sempre (refilmagem), Uma Aventura Lego 2 (continuação) e As Golpistas (artigo de revista).

É bom deixar claro que isso não significa que filmes do tipo não devem ser realizados. Pelo contrário, afinal muitos oferecem tudo aquilo que os espectadores estão buscando. Mas também é inevitável sentir a falta de obras que trazem um algo a mais, um diferencial, que são capazes de surpreender. E Nós é um exemplo claro de como dá pra ser comercial e ainda ser criativo. E o mesmo vale para o novo filme de Quentin Tarantino, Era uma Vez em Hollywood.

Fechando a análise de 2019, importante relembrar que o ano ainda trará longas como As Panteras, Frozen 2, Jumanji: Próxima Fase, Star Wars: A Ascensão Skywalker e Minha Mãe é uma Peça 3. Ou seja, teremos muitas obras não-originais com a possibilidade de fazer barulho nas telonas. Isso sem falar em Malévola – Dona do Mal e O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, ainda em cartaz.

Agora, como fica 2020? Vamos ver uma consolidação deste cenário ou existe a expectativa de mudança?  

Então… por mais que esteja praticamente certo que teremos um ano mais fraco da Disney, com “apenas” três grandes possíveis hits (Viúva Negra, Mulan e Os Eternos), seria otimismo demais pensar que 2020 surgirá muito mais criativo ou original do que 2019. Até porque a Warner/DC voltará com Mulher-Maravilha 1984 e Aves de Rapina para “compensar” o fato de que teremos um filme a menos da Marvel. Obviamente, não incluímos Os Novos Mutantes nesta conta, afinal nada garante que realmente será lançado nos cinemas, como é o caso de várias produções da Fox Film.

Olhando o cenário geral, é fácil perceber que as continuações continuarão na moda no próximo ano. São os casos de Bad Boys Para Sempre, Pedro Coelho 2, Godzilla vs Kong, Um Lugar Silencioso 2, King’s Man: A Origem, 007 – Sem Tempo para Morrer, Trolls 2, Legalmente Loira 3, Os Caça-Fantasmas 3, Velozes & Furiosos 9, Bob Esponja 3, Top Gun: Maverick, Escape Room 2, Minions 2, Bill & Ted 3, Morte no Nilo, Um Príncipe em Nova York 2, Sherlock Holmes 3 e Os Croods 2.

Teremos ainda algumas refilmagens/reboots (Convenção das Bruxas, Duna, Jogos Mortais e Amor, Sublime Amor) e outras adaptações dos games (Sonic: O Filme, Uncharted e Monster Hunter), da literatura (Artemis Fowl – O Mundo Secreto), das HQs (Bloodshot e Morbius) e até dos parques de diversão da Disney (Jungle Cruise).

Dentre as produções com roteiro original, as principais apostas são: Tenet, novo filme de Christopher Nolan, com Elizabeth Debicki, Robert Pattinson, Aaron Taylor-Johnson e Michael Caine; Free Guy, comédia de ação com Ryan Reynolds e Joe Keery; Underwater, thriller com Kristen Stewart sobre um desastre natural; 1917, drama de guerra de Sam Mendes; a ação Red Notice, com Dwayne Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot; e a ficção científica BIOS, com Tom Hanks.

Acha que a situação é muito diferente no cinema nacional? Nem tanto. Teremos Detetives do Prédio Azul 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo e, talvez, Turma da Mônica – Lições. As apostas mais comerciais do cinema brasileiro são basicamente comédias e cinebiografias, incluindo um filme sobre a Assembléia de Deus, que promete salas vazias e ingressos esgotados. Dentre as comédias, os destaques são filmes protagonizados por Marcelo Adnet (O Pulo do Gato), Cacau Protásio (A Sogra) e Mariana Ximenes (L.O.C.A.).

É claro que o cinema independente segue repleto de produções originais, mas a falta de criatividade parece ser um caminho sem volta no cinemão comercial. Mais uma vez, não significa que não iremos nos divertir e aproveitar vários dos filmes citados na matéria. Mas uma coisa é certa, a sensação de que “nunca vi isso antes” é algo em falta em Hollywood. Infelizmente.

Deixando um pouco a discussão sobre originalidade de lado e focando nos números, também fica a impressão de que 2020 será um ano mais fraco. Como apontamos no início do texto, seis filmes já superaram a marca do bilhão em 2019 e, sendo conservador, é possível apontar que pelo menos mais três se juntam ao time até o final do ano (Coringa, Frozen 2 e Star Wars IX são minhas apostas). Já para o ano que vem, não há tanta certeza. Viúva Negra e Os Eternos são os novos filmes da Marvel. Um é um prelúdio de personagem que já morreu e o outro apresenta todo um novo grupo de personagens. Devem fazer sucesso, mas nada garante que serão recordistas de bilheteria. A mesma incerteza paira sobre Velozes & Furiosos 9. Os capítulos 7 e 8 fizeram muito sucesso, mas Hobbs & Shaw não repetiu os números e deve terminar rendendo menos que o esperado. Vamos ver se o resultado é por causa de um desgaste da franquia ou se foi apenas pelo desinteresse dos fãs em acompanhar uma trama sem Vin Diesel e companhia. É esperar pra ver.

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